Lanchas PT - "Patrol Torpedo"

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As lanchas torpedeiras norte-americanas chamadas de PT ("Patrol Torpedo") eram uma versão das Motor Torpedo Boat-MTB. Essas lanchas pequenas e velozes, feitas de madeira, foram usadas pela US Navy durante a Segunda Guerra Mundial com a finalidade de atacar navios de tamanho maior. Os esquadrões de PT foram apelidados de "a frota de mosquitos". Os japoneses as chamavam de "o barco do diabo".

 

As lanchas torpedeiras são originarias do período pré-Primeira Guerra Mundial. Naquela época as embarcações deslocavam cerca de 300 toneladas a uma velocidade máxima de 25 a 27 nós. Essa embarcações foram construídas com o fim de destruir navios de grande porte utilizando torpedos de baixo custo. Os barcos PT usados na Segunda Guerra Mundial pelos americanos foram construídos usando o projeto de cascos desenvolvidos para corridas de barcos. As PT  eram muito menores (30-75 toneladas) e mais velozes (35-40 nós) que os modelos antigos de torpedeiras.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, os EUA desenvolveram e fabricaram três tipos de lanchas torpedeiras, a Higgins de 78 pés e as ELCO (Electric Boat Company)de 77 e 80 pés. Cada modelo podia ser distinguido dos demais, além do comprimento, configuração, armas e outros detalhes. A ELCO 80 representou a maior classe, e entrou em cinco séries, com um total de 300 unidades. Criada em mogno e movido por três motores Packard 4M-2500, estes barcos facilmente ultrapassavam 40 nós. Os equipamentos e armamentos foram continuamente atualizados e melhorados através da experiência adquirida no campo de batalha e em constante mutação do papel que esses navios desempenharam durante toda a guerra.

 

As PT  tipo Higgins tinham uma tripulação de 15 homens. Tinham um comprimento de 23,94 m, largura 6,10 m; puntal de 3.20 m, cala médio de 1.30 m e 38 toneladas de deslocamento. A propulsão era fornecida por 3 motores a gasolina de 4.500 Packard HP com 3 hélices. Velocidade máxima de 42 nós e econômica de 17 nós. Raio de ação de 1.000 milhas a 20 nós. Tinha dois canhões Bofors de duplo propósito de 40 mm; 4 metralhadoras .50 pol; 2 ou 4 tubos lançadores de torpedos, de acordo com o modelo.

 

As PT foram criadas para atacar navios maiores com torpedos, usando sua alta velocidade para chegar perto do alvo, e seu pequeno tamanho para evitar serem detectadas e atingidas por tiros dos navios inimigos. Elas também eram muito menos caras de se fabricar do que os navios de guerra de grande porte, e seu motor era muita mais rápido, menor e mais barato do que o do torpedeiro convencional.

 

Durante a Segunda Guerra Mundial, as lanchas PT americanas engajaram destróieres inimigos e outras embarcações de superfície, que iam desde pequenos barcos de abastecimento até navios de grande porte. As lanchas PT também funcionavam como canhoneiras contra pequenas embarcações do inimigo, e contra barcos blindados japoneses que eram usados para o transporte inter-ilhas.

 

A aparente fragilidade dos barcos PT, o seu combustível altamente inflamável, a sua proteção escassa e suas missões solitárias classificaram o seu serviço como "descartável", no âmbito da Marinha dos EUA.
 

Originalmente concebido como uma arma anti-navio, as lanchas torpedeiras PT receberam o crédito por muitas embarcações japonesas afundadas durante o período entre dezembro de 1941 e da queda das Filipinas, em Março de 1942. Essas lanchas foram muito eficazes contra as barcaças de transporte de suprimentos dos japoneses. O Japão tinha perdido muitos navios transportes para o poder aéreo dos americanos durante o dia, e passou a utilizar barcaças de baixo calado para reabastecer as tropas entre as ilhas durante a noite. A pouca profundidade significava que os destróieres aliados eram incapazes de segui-las, devido ao risco de encalhe e as barcaças podiam ser protegidas por um guarda-chuva de baterias costeiras. Já as PTs podiam muito bem operar em águas rasas e caçar e afundar as barcaças.  O uso de torpedos contras as barcaças em águas rasas não era eficiente, pois a profundidade mínina dos torpedos era de 3 m e as barcaças navegavam com apenas 1,5 m de profundidade. Por isso as PT instalavam mais armas pesadas que fossem capazes de afundar essas embarcações. A eficiência das PTs no afundamento das barcaças de abastecimento japonesa foi considerada uma das principais razões porque os japoneses tiveram que racionar alimentos e munições e tiveram problemas na substituição de tropas durante as Campanhas da Nova Guiné e das Ilhas Salomão, e fez das lanchas torpedeiras o principal alvo da aviação japonesa.

 

Embora a missão principal continuasse sendo a de atacar navios de superfície e embarcações, as lanchas PT também foram usadas efetivamente para colocar minas e lançar cortinas de fumaça, e coordenar operações de salvamento marítimo e aéreo, salvamento de náufragos, destruir barcos suicidas japoneses, destruir minas flutuantes, e realizar operações de inteligência ou de assalto.

 

PT Boats fought in all theaters of Naval Combat Operations during WWII - but perhaps nowhere were they more suited to the environment than in the island-studded tropical SW Pacific. On December 27, 1943, PT-190 and PT-191 were attacked by fighter and dive-bomber elements as they made their way back to their base at Dreger Harbor, on New Guinea. The Imperial Japanese navy, totaling approximately 28 aircraft, surprised the PT's as they were crossing the open stretch of water between New Britain and New Guinea known as the Vitiaz Strait.

 

Primeiros engajamentos

 

Quando o japonês golpearam Pearl Harbour e as Filipinas, um esquadrão estava instalado em cada área. Na ocasião havia cerca de 29 lanchas torpedeitas PT na Marinha dos EUA. A unidade MTBRON 3 estava em Nova Iorque se preparado para ir para o Panamá. As tripulações da MTBRON 1 em Pearl Harbour estava entre as primeiras unidades a responder ao ataque, reivindicando dois dos primeiros aviões abatidos. Porém, tantos navios estavam atirando nos aviões japoneses que era impossível fazer outras reinvidicações de aviões abatidos.

 

O esquadrão também viu ação durante a Batalha de Midway em maio de 1942, onde abateu três aeronaves inimigas. Depois foi deslocado para a área entre as Ilhas de Ellice e as Aleutas. Os esquadrões MTBRON 13 e 16 foram desdobrados para as Aleutas em março e agosto de 1943. Depois em maio de 1944 esses esquadrões foram transferidos para o Pacífico Sudoeste. Nas águas do Alaska realizaram patrulhas e operações de vigia antiaérea.

 

Em Manila Bay o MTBRON 3 possuia só seis barcos; seis tinham sido transferidos para o MTBRON 1 em Pearl Harbor. as lanchas torpedeiras foram atacadas na na baía e provaram a teoria que eles poderiam fazer manobras evasivas violentas para escapar das bombas lançadas contra elas. No primeiro dia de ataque japonês elas abateram três aviões inimigos.

 

Enquanto os barcos estavam incólumes, eles perderam a maioria do seus suprimentos e torpedos quando o Depósito de Munição Naval foi bombardeado. Durante os meses seguintes, as lanchas torpedeiras realizaram muitas patrulhas. As condições eram cruéis, havia pouco combustível (a maioria estava contaminada, reduzindo a velocidade e causando obstrução súbita), poucas peças e nenhum torpedo. Quatro PTs foram usados para evacuar o general MacArthur de Corregedor no dia 11 de março de 1942, 560 milhas infiltrando por patrulhas japonesas para Mindanao no sul, donde ele foi por via aérea para a Austrália. Os dois barcos restantes do esquadrão evacuaram o presidente filipino Quezon de Negros para Mindanao no dia 19 de março de onde saiu das Filipinas por via aérea. Com seus barcos sem condições de lutar algumas tripulações foram resgatadas através de submarino; outras se uniram as guerrilhas, e muitos foram capturados.

 

Pacífico Sul


Os barcos PT foram os primeiros a chegar em Guadalcanal em 12 de outubro de 1942, mais de dois meses após os fuzileiros navais terem desembarcado, eles faziam parte da MTBRON 3. Dentro de alguns dias, os primeiros barcos engajaram destróieres japoneses do Tokyo Express vindos de Rabaul. Foi nesta época que os tripulantes das PT descobriram que seus torpedos eram defeituosos, e sem radar as embarcações tinham dificuldades em localizar os destróieres inimigos. Por isso as lanchas torpedeiras tinham muitas vezes que chegar bem perto para atacar os destróieres, e assim ficavam expostas ao fogo pesado de armas de 13,2 mm das embarcações inimigas e dos seus hidroaviões.

 

Os destróieres inimigos estavam transportando tropas e suprimentos para a guarnição japonesa em Guadalcanal. Hidroaviões PBY da US Navy equipadas com radar começaram a vigiar os barcos japoneses em janeiro de 1943 e informar o seus movimentos. O primeiro sucesso significativo aconteceu quando a PT 59 afundou um submarino de abastecimento e outros dois barcos afundaram um destróier, apesar de uma lancha ter sido perdida na ação. Os japoneses relataram que as lanchas PT eram difíceis de se detectar quando elas se escondiam nas margens ao longo da selva e das enseadas.

 

As PTs logo aprenderam a se esconder nas sombras das nuvens à deriva. Na noite de 10-11 de janeiro de 1943, nove destróieres japoneses correu para uma surtida de abastecimento das suas tropas em terra. Alertados os americanos enviaram 13 embarcações PT para interceptar os japoneses. O resultado da ação foi três destróieres danificados e duas PTs perdidas e uma danificada. Os destróieres se retiraram e foram forçados a abandonar 1.200 tambores de combustível e ração à deriva. Apenas 220 chegaram aos japoneses, o restante foi metralhado pelas PT e por aviões. Na primeira semana de fevereiro os japoneses começaram a evacuar Guadalcanal.

 

Durante os ataques os homens no deck temiam estilhaços e balas do inimigo, devido ao risco de explosões e existiam de fato muita preocupação com os hidroaviões japoneses, que eram difíceis de detectar, mesmo com radar, mas as aeronaves japonesas podiam facilmente detectar o rastro fosforescente deixado pelas hélices das lanchas torpedeiras americanas. Também havia o perigo de fogo amigo. Há vários casos registrados de barcos sendo atacados por aeronaves amigas, e situação similar também para os submarinos dos EUA. Vários barcos PT foram perdidos devido o "fogo amigo" de aviões e destróieres aliados.

 

Duas lanchas PT Elco atacam embarcações japonesas com torpedos e armas automáticas pesadas nas Ilhas Salomão em 1943

 

Os Aliados se moveram para as Ilhas Salomão, Nova Geórgia, Bougainville e Nova Bretanha. Os japoneses tinham guarnições numerosas nessas ilhas e as distâncias entre cada uma era relativamente curta. Nessa época o radares instalados nas PT e nas aeronaves tornavam mais perigoso para as guarnições o seu reabastecimento por destróieres. Para solucionar o problema os japoneses começaram a usar barcaças artilhadas (elas estavam armadas com metralhadoras de 7.7mm e 13.2mm, canhões de 20mm e 25mm, e armas antitanque de 37mm) para transportar seus suprimentos a noite entre as suas bases. Em resposta

alguns lanchas PTs foram modificadas para se tornar uma "PT canhoneira". Na Canhoneira PT, os torpedos e as cargas de profundidade foram removidos e substituídos por mais armas pesadas, por canhões de 37 mm e 40 mm. Estas versões tinham blindagem extra, embora nem sempre eficaz.

 

As lanchas PTs aperfeiçoaram suas táticas de caça as barcaças, operando em grupos de dois ou três, no caso de um barco ser atingido os outros podiam socorre  a tripulação ou rebocar o barco danificado.

 

Muitas vezes as PTs estavam a espreita para emboscar alvos com torpedos a distâncias de cerca de 900m. Durante alguns desses ataques noturnos, a posição dos PTs podia ser denunciada pelo rastro luminoso causado pelo óleo dentro do pó preto acionador do tubo de lançamento do torpedo Mark XIII pegando fogo durante a seqüência de lançamento. A fim de evitar o risco serem atingidos pelos disparos do inimigo, os barcos PT podiam lançar uma cortina de fumaça emitida da popa. As forças inimigas usavam holofotes ou os hidroaviões lançaram sinalizares luminosos para localizar a rota de fuga dos PTs, iluminando-os para serem destruídos pelas armas de pesado calibre. Às vezes, as PTs utilizavam cargas de profundidade como uma arma confusão de última hora para assustar os destróieres que os perseguiam.. Eles ajustavam a carga de profundidade para explodir no momento em que o destróier estivessem passando por cima dela.

 

A partir de meados de 1943 e, posteriormente, o velho pó preto velho acionador dos tubos de lançamento de torpedos foi foram removidos e substituídos por um novo tipo de lançador. O novo lançador Mk I lançava o torpedo em um rack "roll-off" efetivamente eliminado o velho problema do flash de luz que indicava a posição do barco PT como resultado de uma queima de óleo. O novo lançador não usava qualquer tipo de explosivo para lançar o torpedo, e livrava a embarcação de 1.000 kilos dos lançadores antigos.

 

Uma lancha torpedeira ataca um destróier japonês. Essa era uma ação arriscada para esses barcos de madeira.

 

Na noite de 1/2 de agosto de 1943 cinco destróieres japoneses fora de Kolombangara foram engajados por 15 PTs divididas em três grupos. Oito barcos lançaram 30 torpedos, mas esses não causam qualquer dano. Foi nesta batalha que a lancha PT 109 ficou famosa, pois o seu comandante, LTJG John F. Kennedy, seria mais o 35 º presidente americano (1961-63). Na noite da batalha a PT 109 foi abalroada por um destróier japonês em alta velocidade e foi colocada fora de ação, e afundou depois de algumas horas. Onze homens da tripulação sobreviveram ao abalroamento, e eram foram capazes de nadar até uma pequena ilha a alguns quilômetros de distância. Durante os próximos sete dias, o tenente Kennedy demonstrou "heroísmo, coragem, resistência e excelente liderança" que ajudou a sua equipe a sobreviver, e evitar ser capturada pelos japoneses e, eventualmente, conseguir fazer contato com as forças americanas a fim de serem resgatados. Para isso, o tenente Kennedy foi condecorado com a Medalha da Marinha.

 

Esse foi o último encontro com os destróieres japoneses, mas eram uma ameaça constante os caças, caças-bombardeiros e torpedo-bombairos que decolavam a partir de Rabaul, importante base da Marinha Imperial instalada na extremidade noroeste da Nova Britânia. Porém diante de ataques aéreos a manobrabilidade dos barcos os tornavam alvos muitos difíceis e de fato, poucas PTs foram perdidas para ataques aéreos. Outra ameaça era os bancos de areia nas águas mal mapeadas. Operando a noite, as vezes um ou outro barco ficavam encalhados Poucos, também, ficaram livres do fogo das barcaças japonesas que estavam aumentando seu poder de fogo. Os americanos não tinham recursos para impedir totalmente o tráfego das barcaças, mas impunham ao inimigo perdas tais que as guarnições japonesas sofriam de escassez de alimentos e munições.


A capacidade do inimigo de evacuar suas tropas das ilhas em frente ao avanço dos aliados também foi limitado. Os espaços próximos entre as grandes ilhas nas Ilhas Salomão  eram ideais para as lanchas PT. Porém esses barcos tiveram menos utilidade no Pacífico Central, onde ilhas e atóis eram bem afastados. Os japoneses também tinham pré-estocado muitos suprimentos em suas bases e não teriam falta de suprimentos tão cedo. Por isso a possibilidade de uso das PTs era pequena. Em junho de 1944 os esquadrões do Pacífico Sul estavam sob o comando da Sétima Frota e suas operações foram transferidas para o Sudoeste do Pacífico.

 

Sudoeste do Pacífico


Em dezembro de 1942 os primeiros barcos PT começaram suas operações nas águas da Nova Guiné. As primeiras bases foram estabelecidas no extremo leste da ilha grande, em Papua. Os japoneses estavam estabelecendo posições ao longo da costa. A principal base do Japão naquela região era a base da marinha em

Rabaul. Como nas Ilhas Salomão, muitas bases japonesas foram estabelecidas e recebiam seus suprimentos através de barcaças que corriam a costa das ilhas.

 

A missão principal das PT era mais uma vez atacar esta linha de suprimento inimiga. Os navios maiores eram afundados pelas aeronaves da Marinha e do Exército, mas as barcaças eram um trabalho das PT. Aqui havia falta de recursos e suprimentos, e quanto um barco era avariado, dependendo de suas condições, se não desse para recuperar, a embarcação seria usada para prover equipamentos para as outras como radar e motores.

 

Lancha Torpedeira PT 66 - Elco Patrol Torpedo em Nova Guiné em 1943

 

Porém, em fevereiro 1943 mais barcos haviam chegado. A Batalha do Mar de Bismarck aconteceu em março e as PTs foram enviadas para caçar as embarcações japonesas sobreviventes da batalha, mas só afundaram um único navio de carga e um transporte de tropas. Com o avanço de MacArthur pela costa, muitas bases inimigas foram evitadas e isoladas, e as PT atacavam sua linha de suprimentos. Os barcos de PT também apoiaram desembarques anfíbios e interceptaram reforços para as bases japonesas.

 

As operações das PTs ao redor da Nova Guiné foram completadas em novembro de 1944 com 14 esquadrões servindo nesta área, o mesmo número que serviu na área do Sul do Pacífico.

 

Neste momento era hora de voltar para as Filipinas. Em outubro de 1944 cinco esquadrões participaram das operações envolvendo o desembarque de tropas americanas nas Filipinas. O tipo de operações realizadas nas Filipinas foram praticamente as mesmas que aconteceram em outros lugares, com a intercepção de barcos japoneses de suprimento que se deslocam de ilha para ilha. Os americanos usaram 20 esquadrões de PT nas Filipinas.
 

Nas ações contra os japoneses as tripulações das PTs demonstrar bravura em numerosas ocasiões, como exemplo:

- A PT-41 , comandada pelo tenente John D. Bulkeley , realizou a famosa fuga do General Douglas MacArthur da Ilha de Corregidor, Filipinas. Bulkeley foi agraciado com o Medalha de Honra para as suas operações nas Filipinas antes do resgate de MacArthur.Bulkeley inspirou o livro They Were Expendable, e um filme do mesmo nome.
 

- A revista Life publicou um artigo sobre os capitães das lanchas PT nas batalhas ao largo de Guadalcanal, falando das façanhas dos tenentes Stilly Taylor, Leonard A. Nikoloric, Les Gamble, e Bob e John Searles.  O artigo mencionava muitas lanchas PT da RON2 e RON5 (PT- 36, PT-37, PT-39, PT-44, PT 46, PT-48, PT-59 , PT-109 , PT-115 e PT-123).

 

- Outras lanchas PT que ganharam fama durante a guerra foram as PT-363 e PT-489, barcos utilizados pelos pelo LCDR Murray Preston para resgatar um aviador abatido em Wasile Bay, ao largo da Ilha Halmahera, pelo que Preston foi condecorado com a Medalha de Honra.

 

- A PT-137 ficou famosa por seu confronto contra um destróier japonês na noite de 25 de outubro de 1944, quando o torpedo lançado pela PT-137 passou por baixo da quilha do destróier indo atingir o cruzador leve Abukuma durante a Batalha do Estreito de Surigao.

 

Mediterrâneo e Canal da Mancha

 

Três esquadrões de lanchas torpedeiras PT serviram no Mediterrâneo e quatro no Canal da Mancha. No mediterrâneo as PTs freqüentemente operavam com as
MTB britânicas nas costas norte africanas, sicilianas, italianas e francesas. Operando distantes de suas bases semper existia o perigo das aeronaves do Eixo e de barcos E-boat. As PT estavam principalmente envolvidas em operações contra os barcos armados de suprimentos alemães, e em ações anti-E-boat.

 
Os esquadrões participaram de missões especiais como coleta de inteligência, infiltração ou retirada de agentes e pilotos abatidos atrás das linhas inimigas, entre outras; eles reivindicaram ter afundado 28 vasos inimigos e perderam quadro embarcações. as vezes chegavam a noite num porto italiano e disparavam seus torpedos.

 

As lanchas torpedeiras PT só chegaram ao Canal da Mancha em mrço de 1944. A primeira unidade foi a MTBRON 2, com apenas três barcos especialmente equipados e suas tripulações treinadas para infiltrar agentes do OSS. Três mais esquadrões eventualmente foram desdobrados para servir sob as ordens das British Coastal Forces. Além de patrulhas para interceptar o tráfico litorâneo, durante os desembarques na Normandia, essas lanchas levaram oficias seniores à praia, escoltaram caça-minas, e o resgate de sobreviventes de vasos afundados, e vigilância contra ataques de E-boat. Elas também atacaram caça-minas alemães e outras embarcações inimigas e continuaram suas patrulhas no Canal da Mancha. Foram perdidas três PT mas nenhuma vaso inimigo foi afundado.

 

Vida da tripulação

Lutar nas pequenas lanchas PT exigia muito das tripulações, devido às características únicas do seu tipo de guerra, que lembrava um pouco o de pilotos de caça. Primeiro, em um navio com uma tripulação de cerca de uma dezena de marinheiros (dependendo do tipo), cada homem era muito importante para o sucesso e a sobrevivência da embarcação. A intensidade e a velocidade dos acontecimentos num barco PT exigia de seus comandantes tomadas rápidas de decisão, onde um erro podia ser fatal. Também quase sempre exigia coragem e iniciativa, dos oficias e marinheiros. Muitos foram decorados por suas ações, tanto em missões de sucesso e na tentativa desesperada para sobreviver.

 

Os artilheiros desses barcos tinham de ser muito rápidos e precisos no manuseio de suas armas, durante as breves, porém ferozes batalhas que eles travavam. Eles estavam sempre expostos ao forte vento e a água no convés deste pequeno e rápido barco, pois deviam sempre estar em constante prontidão para um encontro surpresa, as vezes os homens ficavam tão esgotados que em algumas missões se levava uma tripulação extra para possíveis substituições, mesmo para uma missão de uma noite. Um comandante americano tentou superar estava limitação física e psicológica tentando recrutar tantos atletas para a sua unidade quanto possível. A solução britânica era ter muitos grupos de voluntários civis com experiência anterior em iates de funcionamento e outros navios de pequeno porte.
 

Os engenheiros dos barcos PT foram muitas vezes obrigados a serem assistentes técnicos, conforme a sua capacidade de reparação urgente dos motores danificados durante as batalhas e outros danos, muitas vezes em condições extremas de fogo, fumaça, etc, significando muitas vezes a diferença entre voltar avariado para a base ou se ser afundado ou explodir. Muitos engenheiros foram decorados pelo seu desempenho em tais condições. Por exemplo, o engenheiro do barco PT 191, que foi duramente atingida por aviões japoneses, recebeu a Cruz da Marinha pelo conserto do motor danificado, impedindo um incêndio e salvando as vidas dos tripulantes feridos, sempre sob fogo japonês.

Armamento

O armamento das PT mudou bastante durante a guerra, devido a mudanças no papel que essas embarcações vieram a desempenhar. Basicamente o armamento anti-navio primário era dois ou quatro tubos lançadores de torpedo de 21pol., que lançavam torpedos Mk VIII, que por sua vez pensavam 2.600 libras e tinham uma ogiva com 466 libras de TNT, com um alcance de 16.000 ardas a 36 nós. Esses torpedos e os tubos foram trocados em 1943 por quatro em racks roll-off. Neste caso os torpedos utilizados eram os Mk XIII com 2.216 libras de peso e uma ogiva com 600 libras de Torpex, com um alcance de 6.300 jardas a uma velocidade de 33.5 nós.

As lanchas PT também eram fortemente armadas com armas automáticas. As primeiras estavam armadas com canhões Oerlikon de 20mm na popa. No final da guerra, vários destes canhões de 20 milímetros foram adicionados no convés da proa. Além disso as primeiras lanchas tinham duas metralhadoras Lewis de .30 cal (7.62 mm). Mais tarde, na guerra, uma ou duas metralhadoras Browning .30 cal foram montadas para cada uma das prateleiras na frente torpedo pedestal. Mais tarde duas metralhadoras gêmeas .50 (12,7 mm) foram montadas em torres.

Alguns barcos PT carregavam duas ou quatro cargas de profundidade Mk VI da US Navy em racks roll-off na popa. Ocasionalmente, alguns barcos PT de linha de frente PT receberam canhões de 37 milímetros antiaéreos, lançadores de foguetes ou morteiros. A partir de meados de 1943 a maioria das lanchas PT montara um canhão Bofors de 40 milímetros na plataforma de popa. Essa arma tinha uma taxa de 120 tiros/minuto e um alcance de 5.420 metros e era operado por 4 homens. No início de 1945 as PT receberam dois lançadores foguetes Mark 50 que podiam lançar oito foguetes Mark 7 ou oiti Mark 10, cada um, com um alcance de 11.000 jardas. Estes 16 foguetes, mas 16 cargas extras davam aos PT um poder de fogo comparável aos canhões de 130 mm dos destróieres. No final da guerra, um barco PT tinha mais "poder de fogo por tonelada" do que qualquer outro navio da Marinha dos EUA.

Embora não seja tecnicamente uma arma, o radar Raytheon SO também foram instalados nas PT. Esses radares davam as lanchas torpedeiras a vantagem de interceptar embarcações inimigas à noite.

As lanchas PT americanas da Segunda Guerra foram construídas principalmente pela Elco, Higgins Motors, Huckins Yatch Works e outras firmas que em tempo de paz comercializavam barcos de recreio.

 

Pós-guerra

 

No final da Segunda Guerra, quase todos as lanchas PT sobreviventes foram desmanteladas ou queimadas na praia. Grande parte dessa destruição ocorreu na PT Base 17, em Samar, Filipinas, perto Bobon Point, quando 121 PTs foram queimadas.

 

As PT que sobraram foram em pequenas quantidades enviadas para a Argentina (eram 10 barcos e chegaram 1948, servindo no patrulhamento do Rio da Prata até a década de 1970), Cuba, Finlândia, Filipinas, Coréia do Sul, e Iugoslávia. Os barcos restantes os E.U. foram quebrados. Algumas foram vendidos as civis e utilizadas como barcos de turismo, barcos de pesca ou mergulho, etc. Alguns exemplares estão em exposição em museus. A Marinha manteve apenas quatro barcos para os testes e construiu entre 1950-51 quatro novos tipos de desenvolvimento. Uma delas foi usada mais tarde para acompanhar o iate presidencial.

 

Em 1962 a Marinha dos EUA adquiriu 27  PTF-Patrol Torpedo Fast, que eram ligeiramente maiores e mais bem armadas do que seus antecessores da Segunda Guerra. Eles foram usados principalmente ao largo da costa vietnamita para operações especiais e apoio de fogo. A maioria dos noruegueses foram construídos barcos Nasty-classe. Depois alguns foram entregues para aos sul-vietnamitas e os demais aposentados. Muitas vezes os PTF são confundidos com os PT da Segunda Guerra Mundial. Porém esses barcos mais modernos não devem ser confundidos com os barcos da Segunda Guerra, pois eles diferem em várias características chaves, tais como comprimento, largura, equipamentos, motores, tamanho da tripulação, material de construção e armamento.

 

Fontes:

http://www.2worldwar2.com/pt-boats.htm

http://en.wikipedia.org/wiki/PT_boat

 


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Assunto: Lanchas PT - "Patrol Torpedo"