Perfil da Unidade ESQUADRÃO AEROTERRESTRE DE SALVAMENTO - PARA-SAR
Nossa Lida Vossa Vida!
Tão antiga como a própria criação da Força Aérea Brasileira (FAB) a história do PARA-SAR remonta á primeira metade da década de 1940 na antiga Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, surge à personalidade e o carisma impar de Achile Garcia Charles Astor, escritor, atleta, professor, militar da legião estrangeira e, principalmente pára-quedista.
Charles passou a ministrar cursos de salto livres no Aeroclube de São Paulo, chamando a atenção de todos no setor aeronáutico. Em pouco tempo, Charles foi convidado em 1943 a ministrar instrução de salto para cadetes da Aeronáutica, na antiga Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, sendo o responsável pela introdução e difusão desta atividade na FAB e na verdade o responsável pela introdução de tal modalidade em nosso País. Nessa época, Charles Astor contava com a colaboração de um grupo de militares da FAB, porém com formação civil de pára-quedismo no Aeroclube do Brasil. Esse esporte foi ganhando adeptos e atraindo a atenção dos cadetes, que o admiravam pelas façanhas que fazia ao saltar das asas das aeronaves, utilizando-se de um pára-quedas confeccionado por ele mesmo.
Tendo em vista essa nova tendência mundial, a então Diretoria de Rotas Aéreas – da FAB (atual Departamento de Eletrônica e Proteção ao Vôo - DEPV), iniciou em meados de 1958 estudos para a criação de uma unidade especializada em busca e salvamento nas instalações da antiga Escola de Aviação Militar no Campo dos Afonsos passando a ser conhecido como PARA-SAR, ou seja, o militar pára-quedista apto a realizar, busca e resgate. O nome PARA-SAR, apesar de ter nascido bem antes da própria Esquadrilha, nunca chegou a ser o nome oficial da Unidade, sendo, porém, a designação mais antiga e tradicional do pára-quedista operacional em salvamento e resgate da Força Aérea.
Com Experiências e resultados obtidos em 1963 foi criada a 1º Esquadrilha Aeroterrestre de Salvamento (1º EAS). Com o constante aperfeiçoamento e o alto grau de treinamento dos militares do PARA-SAR no dia 20 de novembro de 1973, a 1º EAS foi extinta, dando lugar ao Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento - EAS, com a incumbência de realizar a formação dos pára-quedistas da FAB, a instrução e o adestramento das Equipes de Resgate dos Esquadrões de Helicópteros, a instrução de salto semi-automático dos cadetes e o cumprimento de inúmeras missões especiais. O Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS). Além das missões de resgate, o PARA-SAR sempre manteve um treinamento especifico para combate, sendo apto a realizar resgates em zonas de combate (C-SAR).
Hoje a EAS possuem em sua estrutura duas esquadrilhas – uma de Busca e Resgate e a outra de Operações Especiais. Futuramente o PARA-SAR poderá ter três esquadrilhas de Operações Especiais/Comandos, de Busca e Resgate e uma de instrução.
Formação e Treinamento
O ingresso no esquadrão é voluntário, para membros ativos da FAB, Praças de
qualquer arma ou quadro, e Oficiais de Infantaria.
Hoje o PARA-SAR e responsável pela formação dos pára-quedistas da FAB, a instrução para equipes de resgate (que no caso da FAB estão divididos em seis esquadrões de asas rotativas e no 2º/10º GAV, especializado em busca e salvamento) e instrução de saltos para os cadetes da AFA. Sendo por muito tempo subordinado administrativamente a Base aérea dos Afonsos no Rio de Janeiro, o EAS foi transferido e esta subordinada a Base Aérea de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, e operacionalmente é subordinado a II Força Aérea, que é a responsável por todos os esquadrões de asas rotativas, patrulha e resgate da FAB.
Sendo assim o militar do PARA-SAR estar habilitado a realizar Ações de Comandos, missões SAR/CSAR, Guerra Irregular, Operações Contra Forças Irregulares, Reconhecimento Especial, Contraterrorismo, Operações Psicológicas e de Inteligência, além de ter na sua formação operacional os seguintes cursos, também ministrados pelo próprio EAS: Salto Livre Militar, Mestre de Salto Precursor, Mestre de Salto Livre e Mergulho Autônomo, bem como o de Paraquedista Militar, ministrado pelo Exército Brasileiro.
Descrição dos cursos ministrados pelo EAS:
Busca e ResgateO curso abrange o aprendizado de: acesso a aeronaves; combate a incêndio; máquinas, motores e equipamentos rádio; mergulho livre; operações helitransportadas; orientação e busca terrestre; sobrevivência no mar; sobrevivência na selva; tática de combate SAR; montanhismo; teoria de busca e salvamento; e capacitação em socorro pré-hospitalar militar.
Mergulho Autônomo Habilita a realizar o mergulho a ar (autônomo e dependente). Utilizado com vista à recuperação de carga ou peças de aeronaves acidentadas e submersas.
Técnicas AeroterrestresDestina-se a formar o Mestre de Salto Precursor, habilitando a realização de lançamento de pessoal e material leve de uma aeronave militar, na vertical de um ponto de lançamento materializado no solo (letra código) ou na luz verde; inspeção de pessoal e aeronaves; dobragem, inspeção e preparação de pára-quedas para salto semi-automático; e calcular e efetuar o lançamento de uma equipe de pára-quedistas conhecendo apenas a intensidade e direção do vento, sem ponto materializado no solo (lançamento precursor). Também é ministrado um reconhecimento técnico pormenorizado dos procedimentos inerentes as funções do mestre de salto, em todas as aeronaves de transporte de tropas da FAB.
Salto LivreVisa habilitar pára-quedistas a realizar salto livre e salto livre operacional, a pequena ou grande altitude, e ainda equipados com mochila e armados, visando seu emprego em operações militares.
Mestre de Salto LivreHabilita a realizar o lançamento livre, organizar aeronave para o salto e organizar uma equipe terra. São ministradas noções de meteorologia e leitura de documentos meteorológicos; técnicas de trabalho relativo de velame; precisão no alvo; técnicas avançadas de navegação; e técnicas de queda livre.
ComandosConhecido como Pára-Comandos, reúne técnicas de C-SAR (Combat Search and Rescue - Busca e Resgate em Combate) e ações de Comandos para capacitar a sobrevivência, evasão e resgate em território hostil, próximo ou atrás das linhas inimigas.
PARA-SAR em missão C-SAR (Combat Search and Rescue - Busca e Resgate em Combate)
Vital no moderno Teatro de Operações, o C-SAR é uma das especialidades do PARA-SAR. O objetivo é repatriar pilotos abatidos em combate além das linhas inimigas, o que é uma tarefa complexa e perigosa. Normalmente as ações são furtivas e aerotransportadas por helicópteros, como os CH-34 do 3º/8° GAV. Uma equipe C-SAR é pequena, geralmente formada por cinco elementos que estão aptos a realizar todo o tipo de tarefa de combate e resgate, estando sempre bem equipada e armada e pronta para responder a focos de resistência (topo à direita). Outro fator de destaque é a capacidade de atendimento pré-hospitalar, pois todos os integrantes do PARA-SAR são paramédicos.
Os militares do PARA-SAR em missão de Comandos
Um PARA-SAR é um militar brevetado como pára-quedista militar (meio mais eficiente para atingir locais de difícil acesso, além de tornar mais rápido o socorro a acidentados) e que, após concluir um curso de especialização, está habilitado a desempenhar missões de salvamento/resgate, ações de comando e antiterror. Ele é treinado em:
* Montanhismo - Necessário devido ao grande número de acidentes aeronáuticos que acontecem neste tipo de terreno e também em caso de buscas a montanhistas; * Mergulho - Utilizado com vista a recuperação de carga ou peças de aeronaves acidentadas e submersas; * Operações helitransportadas - São utilizadas quando o local onde ocorreu o sinistro permite a chegada do helicóptero e o conseqüente desembarque do socorro, seja através de rapel, mac guire, fast hope, hellocasting ou pelo simples desembarque caso a aeronave tenha condições de pouso * Sobrevivência (selva e mar) - Locais de difícil acesso e operação no resgate de; * Primeiros-socorros, dentre outros.
Pastor
Para quem adentra a sede do PARA-SAR, logo à frente da recepção está uma placa
com dezenas de nomes, todos numerados por ordem de formatura. É um número vitalício,
que identifica a Ordem dos Pastores, como é conhecido o militar operacional em Salvamento e Resgate. Este é o
objetivo de quem vem servir no PAR\-SA.R,
conquistar o título de Pastor. Para os militares do PARA-SAR, a raça que
empresta o codinome ao esquadrão tem as características básicas de um Homem-SAR:
leal, vigilante, amigo e agressivo se for necessário.
Plantão e rotina Diariamente duas equipes estão alertas durante o expediente e, após, de sobreaviso. Uma equipe SAR compõem o Alerta de um CH -34 do 3°/8° GAVe a outra o Alerta de um C-130 do 1º GTT. Durante o expediente, o tempo de resposta em caso de acionamento para o CH-34 é de 20 minutos. Já para o C-130 é de duas horas, em virtude da preparação da aeronave, que geralmente é acionada em missões de busca no mar. Quando no período de sobreaviso, o tempo de acionamento para ambas as equipes é de duas horas. O start das missões é dado pelo Centro de Operações Aéreas da II FAE (COA-lI), que possui um plantão H-24 e é informado de qualquer situação de perigo pelos sete SALVAERO existentes no Brasil- há um em cada COMAR. Não é em todo acidente que o EAS é acionado. Isto porque, além do EAS, todas as unidades de helitransporte e o 2°/10° GAV estão aptos a realizar missões SAR. Em caso de acionamento, o COA irá inicialmente deslocar a unidade mais próxima da região do sinistro (salvo este ser de grande proporção). A presença do EAS e até mesmo de outras unidades só ocorrerá em função da dimensão e dificuldades impostas pelo acidente. Pode-se dizer que, normalmente, se o PARA-SAR é acionado, é porque a coisa é grave. O acionamento da unidade sempre significa uma emergência, sendo assim todos no PARA-SAR mantêm suas mochilas em condições e uma mala de roupas pronta, sempre à mão, pois esses homens podem ficar sabendo a hora da saída, mas não a da volta para casa.
Enquanto outros militares correm 2 km em 12 minutos, de short e camiseta, os soldados de elite da FAB correm 5 km em 25 minutos, de calça e bota. Nadam fardados, como fariam na selva ou no mar - às vezes de mochila. O PARA-SAR é formado por cerca de 120 militares voluntários, com idade média de 35 anos. O Brasil têm sete equipes Sar: Manaus (AM), Recife (PE), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria (RS), Campo Grande (MS) e Belém (PA). Além disso, muitos militares fazem o curso e voltam a suas unidades. Para ser do grupo de elite, o soldado aprende a saltar de pára-quedas e a fazer mergulho autônomo. O PARA-Sar não tem aviões nem helicópteros. O grupo é levado por outros esquadrões aos locais onde precisa agir Estão vinte e quatro horas à disposição da Força Aérea Brasileira, e passam cerca de sete meses longe de casa em missões.
Equipamento de resgate e emprego operacional é o que não falta ao EAS. Dentro do prédio da unidade existe uma gama enorme de materiais para uso nas mais diversas situações de salvamento e combate. São geradores de pequeno, médio e grande porte, barcos, botes, lanternas, cordas, pás, equipamentos de primeiros socorros, de cozinha, acampamento, escalada, mergulho e, claro, de pára-quedismo, formando uma verdadeira parafernália. Tudo está setorizado e devidamente organizado, sendo mantido um rigoroso controle de validade dos equipamentos. Isto se faz necessário, pois material vencido pode comprometer uma missão. Dois setores de destaque dentro do PARA-SAR são o de equipamentos de mergulho e de pára-quedismo. Este último possui uma sala com temperatura controlada, que abriga os cinco modelos de pára-quedas empregados pelo EAS, que vão desde o desportivo, passando pelo de instrução e pelo operacional.
Instrução para os Cadetes da Aeronáutica
Além das missões SAR, a unidade é a única na FAB a realizar missões de Operações
Especiais. Utilizada em missões de C-SAR (Combat SAR), resgate de reféns,
preparação de terreno, reconhecimento, sabotagem e qualquer tipo de missão furtiva em
território inimigo, as
atividades de Operações Especiais no PARA-SAR são executadas somente pelos
militares com curso de Operações Especiais. Para o Esquadrão, esta missão é
considerada uma pós-graduação, onde após ter cumprido todos os cursos de
formação operacional em SAR, o militar pode optar por realizar um dos cursos de
Operações Especiais. Estes cursos são ministrados em parceria com o EB e podem
ser de Comandos (realizado pela Brigada de Operações Especiais) ou Guerra na
Selva (realizado no CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva). São cursos
de três meses, em média, com uma carga de trabalho muito puxada, onde poucos
conseguem se formar.
Nova sede operacional
A sede operacional do esquadrão foi transferida para a Base Aérea de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, devido a posição estratégica da cidade de Campo Grande, poderá atuar com ainda maior rapidez em todo o território nacional.
Frases do PARA-SAR: "Como o cão pastor alemão, devemos ser leais, vigilantes e, se necessário, agressivos." "Só voltamos de uma busca depois de encontrar os sobreviventes, os destroços ou os corpos."
Missões Uma das primeiras e missões do PARA-SAR aconteceu em 1964 quando foi acionado para resgatar um grupo de missionários sequestrados por índios Atroaris, situado ao norte do estado do Amazonas. Durante a missão, os índios prepararam uma emboscada e um militar foi flechado vindo há falecer pouco tempo depois.
No inicio da década de 1970 surgiu um movimento guerrilheiro na região amazônica ao longo do rio Araguaia, que viria a ser conhecido como Guerrilha do Araguaia. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa. Na época as Forças Armadas iniciaram um estudo para efetuar as operações antiguerrilha. A área dominada pelos guerrilheiros abrangia em torno de sete mil quilômetros quadrados, indo da cidade de Xambioá até no sul do Pará, nas proximidades de Marabá. O Exército Brasileiro descobriu a localização do núcleo guerrilheiro em 1971 e fez três investidas contra os rebeldes. A ação de repressão da força legal pode ser dividida em três fases, quais sejam: a 1ª Fase, Operação Peixe de abril a outubro de 1972; a 2ª Fase, Operação Sucuri de abril a agosto de 1973; e a 3ª Fase, Operação Marajoara de setembro de 1973 a março de 1975.
A
Força Aérea Brasileira apoiou a Operação Traíra, com seis helicópteros
de transporte de tropas UH-1 HUEY, seis aviões turboélices de
treinamento e ataque AT-27 Tucano e aviões de apoio logístico C-130
Hércules e C-115 Búfalo. O PARA-SAR foi acionado para apoiar a operação
realizando ações em conjunto com o Exército Brasileiro que enviou
elementos de forças especiais e de comandos do Batalhão de Forças
Especiais (atuais 1º Batalhão de Forças Especiais e 1º Batalhão de Ações
de Comandos), e também guerreiros de selva do até então 1º Batalhão
Especial de Fronteira, para atacar a base guerrilheira que se encontrava
em território colombiano, próxima a fronteira. Também apoiaram,
militares do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, principal unidade do
Comando Militar da Amazônia. O Exército Colombiano apoiou a Operação
Traíra com o Batalhão Bejarano Muñoz, acredita-se que tenha bloqueado a
rota de fuga dos guerrilheiros, caso tentassem fugir do ataque do
Exército Brasileiro. O saldo da Operação Traíra foi o de 21
guerrilheiros mortos, inúmeros capturados, maior parte do armamento e
equipamento recuperados, e desde então, nunca mais se soube de invasões
das FARC em território brasileiro, e muito menos de ataques a militares
brasileiros.
Operações de resgate sobre o mar são parte da rotina destes
bravos soldados. Em maio de 2009, esta tropa, foi incumbida de
resgatar corpos e destroços do Airbus A330 da Air France que caiu no
oceano Atlântico vitimando 230 pessoas.
Um dos mais novos recursos materiais do PARA-SAR da FAB (Força Aérea
Brasileira) é o excelente helicópteros Sikorsky UH-60 Blackhawk.
Trata-se de uma das melhores aquisições que a FAB já fez para esta
operação.
Em
2006, um Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas, que fazia o vôo 1907, de
Manaus para Brasília, se chocou em pleno ar com um jato Legacy que
seguia de São Paulo rumo aos Estados Unidos. O Boeing caiu em uma região
de mata fechada no Norte de Mato Grosso com 154 pessoas a bordo. E os
militares do PARA-SAR foram acionados para o resgate embarcando em um
C-130 do 1º Grupo de transporte de tropas que decolou da Base Aérea dos
Afonsos com destino ao Campo de Provas Brigadeiro Veloso localizado em
cachimbo (PA). Os destroços do Boeing 737-800 foram localizados pelo
mesmo C-130 que deixou os militares do PARA-SAR em Cachimbo. As
coordenadas foram imediatamente transmitidas e um Bell UH-1 HUEY, do 2º/10ºGAv,
levou uma equipe do EAS num percurso de 231Km de distancia até o local
do acidente, sobrevoando a perigosa imensidão verde de altas e largas
arvores. Os trabalhos na mata foram muito intensos. Uma equipe fazia p
pernoite na selva, já que o PARA-SAR havia montado uma base para
permitir que o pessoal trabalhasse até o limite da escuridão. A segunda
dormia na fazenda Jarina, para tomar banho e ter um descanso melhor e a
terceira equipe ficava em Cachimbo. Todos os 154 corpos foram
encontrados colocando aprova o lema do PARA-SAR “Nós não deixamos
ninguém para trás”. Sendo essa uma das maiores operações de resgate
realizado pelo EAS.
Em
2009, novamente o PARA-SAR seria acionado para o resgate de mais um
acidente aéreo. Em 31 de maio de 2009, às 19h03min, um Airbus A330-203,
de matrícula F-GZCP, partiu do Aeroporto Internacional do Rio de
Janeiro-Galeão, e deveria chegar ao Aeroporto Frances de Paris Charles
de Gaulle aproximadamente 11 horas depois. O último contato com a
tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra
brasileiros 3 horas e 30 minutos após o início do voo, quando o avião se
aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros. Quarenta
minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo
avião, indicando problemas. Posteriormente a aeronave foi dada como
perdida, tomando como base suas reservas de combustível e o tempo
decorrido.
A
Força Aérea Brasileira deu início a uma operação de busca e resgate a
partir do arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha, destacando
cinco aviões para buscas num trecho delimitado pelo litoral das cidades
do Recife, Natal e o arquipélago de Fernando de Noronha. Aviões de
reconhecimento franceses foram também destacados para o local, incluindo
um de Dakar. A base de apoio às buscas funciona na Base Aérea de Natal
em Natal e no Aeroporto de Fernando de Noronha com as buscas coordenadas
a partir do Cindacta 3 na cidade do Recife. No Airbus A330 estavam 58
brasileiros, 64 franceses, 28 alemães, 9 italianos e 69 passageiros de
outras nacionalidades e 12 tripulantes. Apenas 50 corpos foram
localizados, sendo 20 deles de brasileiros.
Em
2010 um forte terremoto de magnitude 7. abala o Haiti com o epicentro a
poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe. A situação humanitária do
país, o mais pobre das Américas, era caótica. Pelo menos 200 mil pessoas
morreram 300 mil ficaram feridas, 4 mil foram amputadas.
Houve um milhão de desabrigados, pelo menos 21 brasileiros mortos, 18
deles militares das forças de paz da ONU, além do diplomata Luiz Carlos
da Costa. Cinco dias após o terremoto que assolou o Haiti, o Ministério
da Defesa em conjunto com o Comando da Aeronáutica decide enviar o
PARA-SAR e o Pelotão Punhal para compor a MINUSTAH (Missão das Nações
Unidas para Estabilização do Haiti). O Punhal ficou responsável em
garantir a segurança do hospital de campanha que a FAB montou para
atender o povo haitiano por ocasião daquela catástrofe. O PARA-SAR
realizou o resgate das vitimas do terremoto e conduzindo-as para o
hospital de campanha da FAB.
A arma padrão do PARA-SAR é o fuzil suíço Sig Sauer
SG551 de 5,56mm e a pistola Taurus PT-92 (que é a Beretta 92F feita sobre
licença aqui no Brasil). Os snipers do Pára-SAR usam o 551 com mira ACOG ou o
fuzil
Sniper HK PSG1. Eles também utilizam
submetralhadoras UZI israelenses e a HK MP5 9mm.
Homens do PAP-SAR invadem uma aeronave armados com
submetralhadoras UZI
Tipo: Submetralhadora
Uma equipe do PARA-SAR invade uma aeronave durante
treinamento. O militar da frente usa uma submetralhadora MP5 com silenciador
Tipo:
Submetralhadora
Um mergulhador do PARA-SAR surge
empunhando um fuzil SIG SAUER.
Tem fibra de carbono na sua composição,
o que o torna
bem mais leve (3400g).
Tem uma luneta
óptica removível.
O fuzil semi-automático de
precisão HK PSG-1,
faz parte do arsenal do PARA-SAR.
Fuzil Sniper HK PSG1 Emprego: anti-pessoal /
combate urbano
EQUIPAMENTOS
Para cumprir as
árduas tarefas que lhe são designadas, o EAS conta com uma infinidade de
equipamentos modernos, como botes de infiltração e patrulha, kits de primeiros
socorros, equipamentos para escalada, facões, moto-serras, designadores laser,
óculos de visão noturna (NGV Night Vision Goggles), sistema M3TR (Fabricados
pela Rohde & Schwarz) que permite a transmissão de dados e voz criptografados e
com salto de frequências para garantir a segurança e o sigilo das informações.
Fontes:
http://landcombatcb.blogspot.com.br/2011/04/pra-sar-prontos-para-o-resgate.html
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