Perfil da Unidade

ESQUADRÃO AEROTERRESTRE DE SALVAMENTO - PARA-SAR

EAS

Nossa Lida Vossa Vida!


 

Tão antiga como a própria criação da Força Aérea Brasileira (FAB) a história do PARA-SAR remonta á primeira metade da década de 1940 na antiga Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, surge à personalidade e o carisma impar de Achile Garcia Charles Astor, escritor, atleta, professor, militar da legião estrangeira e, principalmente pára-quedista.

 

Charles passou a ministrar cursos de salto livres no Aeroclube de São Paulo, chamando a atenção de todos no setor aeronáutico. Em pouco tempo, Charles foi convidado em 1943 a ministrar instrução de salto para cadetes da Aeronáutica, na antiga Escola de Aeronáutica do Campo dos Afonsos, sendo o responsável pela introdução e difusão desta atividade na FAB e na verdade o responsável pela introdução de tal modalidade em nosso País. Nessa época, Charles Astor contava com a colaboração de um grupo de militares da FAB, porém com formação civil de pára-quedismo no Aeroclube do Brasil. Esse esporte foi ganhando adeptos e atraindo a atenção dos cadetes, que o admiravam pelas façanhas que fazia ao saltar das asas das aeronaves, utilizando-se de um pára-quedas confeccionado por ele mesmo.


No final da década de 1940, as autoridades aeronáuticas de diversos países estabeleceram novas regras e diretrizes para as missões de busca e salvamento (SAR) tendo em vista o sucesso das unidades e brigadas de pára-quedistas durante inúmeras ações na 2º Guerra Mundial, essas organizações propuseram a utilização de pára-quedas nas missões SAR, como meio de chegar com mais agilidade e rapidez em locais de difícil acesso.

 

Tendo em vista essa nova tendência mundial, a então Diretoria de Rotas Aéreas – da FAB (atual Departamento de Eletrônica e Proteção ao Vôo - DEPV), iniciou em meados de 1958 estudos para a criação de uma unidade especializada em busca e salvamento nas instalações da antiga Escola de Aviação Militar no Campo dos Afonsos passando a ser conhecido como PARA-SAR, ou seja, o militar pára-quedista apto a realizar, busca e resgate. O nome PARA-SAR, apesar de ter nascido bem antes da própria Esquadrilha, nunca chegou a ser o nome oficial da Unidade, sendo, porém, a designação mais antiga e tradicional do pára-quedista operacional em salvamento e resgate da Força Aérea.

 

Com Experiências e resultados obtidos em 1963 foi criada a 1º Esquadrilha Aeroterrestre de Salvamento (1º EAS). Com o constante aperfeiçoamento e o alto grau de treinamento dos militares do PARA-SAR no dia 20 de novembro de 1973, a 1º EAS foi extinta, dando lugar ao Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento - EAS, com a incumbência de realizar a formação dos pára-quedistas da FAB, a instrução e o adestramento das Equipes de Resgate dos Esquadrões de Helicópteros, a instrução de salto semi-automático dos cadetes e o cumprimento de inúmeras missões especiais. O Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS). Além das missões de resgate, o PARA-SAR sempre manteve um treinamento especifico para combate, sendo apto a realizar resgates em zonas de combate (C-SAR).

 

Hoje a EAS possuem em sua estrutura duas esquadrilhas – uma de Busca e Resgate e a outra de Operações Especiais. Futuramente o PARA-SAR poderá ter três esquadrilhas de Operações Especiais/Comandos, de Busca e Resgate e uma de instrução.


O PARA-SAR pode ainda executar missões chamada de Guia Aérea Avançada, que consiste em se infiltrar militares no território inimigo para “iluminar” um alvo, de modo que as aeronaves de ataque possam atingir com precisão o alvo determinado de acordo com as novas doutrinas da FAB em utilizar bombas inteligentes (como as guiadas a laser). Com isso, a Guia Aérea Avançada terá maior precisão e vai expor ainda menos os comandos do EAS em território inimigo.

 

Formação e Treinamento

O ingresso no esquadrão é voluntário, para membros ativos da FAB, Praças de qualquer arma ou quadro, e Oficiais de Infantaria.

Em 1982, teve início o primeiro Curso Operacional PARA-SAR, visando o preparo completo de seus integrantes para o cumprimento de missões de Busca e Salvamento, abrangendo os conhecimentos técnico-operacionais necessários à atuação nos diferentes cenários do território brasileiro. O curso era estruturado em módulos, sendo cada módulo um estágio específico: Salto Livre; Sobrevivência no Mar; Máquinas, Motores e Comunicações; Operações na Selva; Tiro de Combate; e outros mais. Devido aos intervalos entre os estágios, Levava por vezes até cinco anos para concluir a formação operacional, buscando reduzir esse tempo, surge em 1994 o chamado "mochilão", fazendo os estágios acontecerem em sequência ininterrupta, reduzindo para um ano a duração do curso. Neste mesmo ano teve início o primeiro Curso de Paraquedista Militar da Aeronáutica, ministrado pelo PARA-SAR nas instalações da Academia da Força Aérea durante suas fases básica e técnica, tendo sido mantido ativo até 1999.

 

Hoje o PARA-SAR e responsável pela formação dos pára-quedistas da FAB, a instrução para equipes de resgate (que no caso da FAB estão divididos em seis esquadrões de asas rotativas e no 2º/10º GAV, especializado em busca e salvamento) e instrução de saltos para os cadetes da AFA. Sendo por muito tempo subordinado administrativamente a Base aérea dos Afonsos no Rio de Janeiro, o EAS foi transferido e esta subordinada a Base Aérea de Campo Grande no Mato Grosso do Sul, e operacionalmente é subordinado a II Força Aérea, que é a responsável por todos os esquadrões de asas rotativas, patrulha e resgate da FAB.


Para compor o PARA-SAR todos os militares são voluntários, fator fundamental em uma tropa em que muitas vezes ultrapassa seus próprios limites físicos e psicológicos, alem do fato de todo os Oficiais, Graduados e Cabos estabilizados são de Infantaria (Militares do quadro temporário como Soldados de Segunda classe, Soldados de Primeira Classe e Cabos não estabilizados não podem pertencer ao efetivo do EAS). Ao ingressar, o militar começa sua formação realizando um curso de busca e resgate (Resgate SAR) e, logo em seguida, realiza o curso de pára-quedista militar (ministrado pelo Exército brasileiro) com saltos semi-automáticos, e salto livre de pára-quedas. Por fim o militar realiza outros três cursos também ministrados pelo Exército (mestre de salto, mestre de salto livre e mestre de salto precursor) ficando apto a realizar algumas missões de resgate. Continuando sua formação, recebe um curso de mergulho (autônomo e dependente) e em algumas ocasiões alguns militares realizam o curso de mergulhador de combate (conduzido pela Marinha do Brasil com o GruMec) capacitando-os a executar, os diversos tipos de Operações Especiais submarinas.

Este militar do PARA-SAR está equipado com o equipamento completo de emprego em missões de Comando. Ele está armado com um fuzil SG-551 equipado com uma mira óptica, outro item que mostra a exclusividade de seus recursos. Atrás dele o símbolo dos comandos.


A maior parte dos militares que fazem parte do PARA-SAR possui no seu currículo o curso do Centro de Instrução de Guerra na Selva (CIGS). Reconhecido como o melhor em todo o mundo em seu gênero. O membro do PARA-SAR pode ainda realizar o curso de Para-Comandos que atualmente esta sendo substituído pelo curso de Operações Especiais PUNHAL (mas que mantém a mesma doutrina do Para-comandos). Alem disso o militar de Operações Especiais esta apto a realizar regates em Zona de Combate C-SAR (Combat Search and Rescue - Busca e Resgate em Combate) sendo dividido em três teatros de operações Zona Verde (onde não há perigo do inimigo, Zona Amarela (onde pode haver tropa inimiga) e Zona Vermelha (Território Completamente Hostil). O EAS também trabalha na questão do antiterrorismo, anti-seqüestro, para isso possui o Grupo Especial de Resgate e Retomada (GERR). Por ter sido sediado durante muitos anos no Rio de Janeiro, o PARA-SAR adquiriu a doutrina de combate em localidades, que visam à realização de ações com enfrentamento em meio urbano realizando diversos treinamentos conjuntos com o BOPE-RJ. Constantemente os militares do PARA-SAR realizam intercâmbios com o exercito e a marinha, para aumentar os conhecimento e manter-se atualizado com as mais novas tendências e doutrinas operacionais.

 

Sendo assim o militar do PARA-SAR estar habilitado a realizar Ações de Comandos, missões SAR/CSAR, Guerra Irregular, Operações Contra Forças Irregulares, Reconhecimento Especial, Contraterrorismo, Operações Psicológicas e de Inteligência, além de ter na sua formação operacional os seguintes cursos, também ministrados pelo próprio EAS: Salto Livre Militar, Mestre de Salto Precursor, Mestre de Salto Livre e Mergulho Autônomo, bem como o de Paraquedista Militar, ministrado pelo Exército Brasileiro.

 

Descrição dos cursos ministrados pelo EAS:

 

Busca e Resgate

O curso abrange o aprendizado de: acesso a aeronaves; combate a incêndio; máquinas, motores e equipamentos rádio; mergulho livre; operações helitransportadas; orientação e busca terrestre; sobrevivência no mar; sobrevivência na selva; tática de combate SAR; montanhismo; teoria de busca e salvamento; e capacitação em socorro pré-hospitalar militar.

 

Mergulho Autônomo

Habilita a realizar o mergulho a ar (autônomo e dependente). Utilizado com vista à recuperação de carga ou peças de aeronaves acidentadas e submersas.

 

Técnicas Aeroterrestres

Destina-se a formar o Mestre de Salto Precursor, habilitando a realização de lançamento de pessoal e material leve de uma aeronave militar, na vertical de um ponto de lançamento materializado no solo (letra código) ou na luz verde; inspeção de pessoal e aeronaves; dobragem, inspeção e preparação de pára-quedas para salto semi-automático; e calcular e efetuar o lançamento de uma equipe de pára-quedistas conhecendo apenas a intensidade e direção do vento, sem ponto materializado no solo (lançamento precursor). Também é ministrado um reconhecimento técnico pormenorizado dos procedimentos inerentes as funções do mestre de salto, em todas as aeronaves de transporte de tropas da FAB.

 

Salto Livre

Visa habilitar pára-quedistas a realizar salto livre e salto livre operacional, a pequena ou grande altitude, e ainda equipados com mochila e armados, visando seu emprego em operações militares.

 

Mestre de Salto Livre

Habilita a realizar o lançamento livre, organizar aeronave para o salto e organizar uma equipe terra. São ministradas noções de meteorologia e leitura de documentos meteorológicos; técnicas de trabalho relativo de velame; precisão no alvo; técnicas avançadas de navegação; e técnicas de queda livre.

 

Comandos

Conhecido como Pára-Comandos, reúne técnicas de C-SAR (Combat Search and Rescue - Busca e Resgate em Combate) e ações de Comandos para capacitar a sobrevivência, evasão e resgate em território hostil, próximo ou atrás das linhas inimigas.

 

 

PARA-SAR em missão C-SAR (Combat Search and Rescue - Busca e Resgate em Combate)

 

Vital no moderno Teatro de Operações, o C-SAR é uma das especialidades do PARA-SAR. O objetivo é repatriar pilotos abatidos em combate além das linhas inimigas, o que é uma tarefa complexa e perigosa. Normalmente as ações são furtivas e aerotransportadas por helicópteros, como os CH-34 do 3º/8° GAV. Uma equipe C-SAR é pequena, geralmente formada por cinco elementos que estão aptos a realizar todo o tipo de tarefa de combate e resgate, estando sempre bem equipada e armada e pronta para responder a focos de resistência (topo à direita). Outro fator de destaque é a capacidade de atendimento pré-hospitalar, pois todos os integrantes do PARA-SAR são paramédicos.

 

Os militares do PARA-SAR em missão de Comandos

 

Um PARA-SAR é um militar brevetado como pára-quedista militar (meio mais eficiente para atingir locais de difícil acesso, além de tornar mais rápido o socorro a acidentados) e que, após concluir um curso de especialização, está habilitado a desempenhar  missões de salvamento/resgate, ações de comando e antiterror. Ele é treinado em:

 

* Montanhismo - Necessário devido ao grande número de acidentes aeronáuticos que acontecem neste tipo de terreno e também em caso de buscas a montanhistas;

* Mergulho - Utilizado com vista a recuperação de carga ou peças de aeronaves acidentadas e submersas;

* Operações helitransportadas - São utilizadas quando o local onde ocorreu o sinistro permite a chegada do helicóptero e o conseqüente desembarque do socorro, seja através de rapel, mac guire, fast hope, hellocasting ou pelo simples desembarque caso a aeronave tenha condições de pouso

* Sobrevivência (selva e mar) - Locais de difícil acesso e operação no resgate de;

* Primeiros-socorros, dentre outros.

 

Pastor

Para quem adentra a sede do PARA-SAR, logo à frente da recepção está uma placa com dezenas de nomes, todos numerados por ordem de formatura. É um número vitalício, que identifica a Ordem dos Pastores, como é conhecido o militar operacional em Salvamento e Resgate. Este é o objetivo de quem vem servir no PAR\-SA.R, conquistar o título de Pastor. Para os militares do PARA-SAR, a raça que empresta o codinome ao esquadrão tem as características básicas de um Homem-SAR: leal, vigilante, amigo e agressivo se for necessário.

Para tornar-se um Pastor, o voluntário (com graduação mínima de cabo) deverá galgar êxito em cinco cursos, a começar pelo Curso SAR (com 30 vagas oferecidas a cada dois anos) e o de Pára-quedista Básico, que pode ser realizado anualmente no EB ou no EAS. Estes cursos são oferecidos não só para militares do EAS, como para todas as unidades de Asas Rotativas e para o 2°/10° GAV, visto que cabe ao PARA-SAR formar as tripulações destas unidades que tiram alerta SAR. É pré-requisito para as tripulações de helicóptero e dos SC-95B ter o curso SAR para que possam voar missões Busca e Salvamento. Para as unidades aéreas, a formação se encerra com o curso SAR, mas para os pertencentes ao EAS, esta é a primeira etapa que, somada ao curso de PQD Básico, os colocará na posição de ser chamados de "PARA-SAR Básico': já entrando na escala de serviço do CH -34, contudo ainda em formação. Normalmente, depois de dois anos de formação, muita dedicação e muito aprendizado, o PARA-SAR tem um novo Pastor.
Seu código - PASTOR. Sempre pronto para o resgate! 

 

Plantão e rotina

Diariamente duas equipes estão alertas durante o expediente e, após, de sobreaviso. Uma equipe SAR compõem o Alerta de um CH -34 do 3°/8° GAVe a outra o Alerta de um C-130 do 1º GTT. Durante o expediente, o tempo de resposta em caso de acionamento para o CH-34 é de 20 minutos. Já para o C-130 é de duas horas, em virtude da preparação da aeronave, que geralmente é acionada em missões de busca no mar. Quando no período de sobreaviso, o tempo de acionamento para ambas as equipes é de duas horas. O start das missões é dado pelo Centro de Operações Aéreas da II FAE (COA-lI), que possui um plantão H-24 e é informado de qualquer situação de perigo pelos sete SALVAERO existentes no Brasil- há um em cada COMAR. Não é em todo acidente que o EAS é acionado. Isto porque, além do EAS, todas as unidades de helitransporte e o 2°/10° GAV estão aptos a realizar missões SAR. Em caso de acionamento, o COA irá inicialmente deslocar a unidade mais próxima da região do sinistro (salvo este ser de grande proporção). A presença do EAS e até mesmo de outras unidades só ocorrerá em função da dimensão e dificuldades impostas pelo acidente. Pode-se dizer que, normalmente, se o PARA-SAR é acionado, é porque a coisa é grave. O acionamento da unidade sempre significa uma emergência, sendo assim todos no PARA-SAR mantêm suas mochilas em condições e uma mala de roupas pronta, sempre à mão, pois esses homens podem ficar sabendo a hora da saída, mas não a da volta para casa.

Mesmo sendo uma força especializada em resgate, o PARA- SAR está preparado para funções de combate, sendo seus integrantes treinados em técnicas especiais.

A bordo de uma aeronave da FAB (provavelmente um C-105 Amazonas), o pessoal do PARA-SAR tem a vantagem de ser deslocada para a área da missão, mesmo a longas distancias e em curto espaço de tempo.

 

Enquanto outros militares correm 2 km em 12 minutos, de short e camiseta, os soldados de elite da FAB correm 5 km em 25 minutos, de calça e bota. Nadam fardados, como fariam na selva ou no mar - às vezes de mochila. O PARA-SAR é formado por cerca de 120 militares voluntários,  com idade média de 35 anos. O Brasil têm sete equipes Sar: Manaus (AM), Recife (PE), Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Santa Maria (RS), Campo Grande (MS) e Belém (PA). Além disso, muitos militares fazem o curso e voltam a suas unidades. Para ser do grupo de elite, o soldado aprende a saltar de pára-quedas e a fazer mergulho autônomo. O PARA-Sar não tem aviões nem helicópteros. O grupo é levado por outros esquadrões aos locais onde precisa agir Estão vinte e quatro horas à disposição da Força Aérea Brasileira, e passam cerca de sete meses longe de casa em missões. 

 

Equipamento de resgate e emprego operacional é o que não falta ao EAS. Dentro do prédio da unidade existe uma gama enorme de materiais para uso nas mais diversas situações de salvamento e combate. São geradores de pequeno, médio e grande porte, barcos, botes, lanternas, cordas, pás, equipamentos de primeiros socorros, de cozinha, acampamento, escalada, mergulho e, claro, de pára-quedismo, formando uma verdadeira parafernália. Tudo está setorizado e devidamente organizado, sendo mantido um rigoroso controle de validade dos equipamentos. Isto se faz necessário, pois material vencido pode comprometer uma missão. Dois setores de destaque dentro do PARA-SAR são o de equipamentos de mergulho e de pára-quedismo. Este último possui uma sala com temperatura controlada, que abriga os cinco modelos de pára-quedas empregados pelo EAS, que vão desde o desportivo, passando pelo de instrução e pelo operacional.

 

Instrução para os Cadetes da Aeronáutica

O PARA-SAR é responsável por algumas das instruções aos Cadetes da Academia da Força Aérea, em Pirassununga: Estágios de Operações Especiais, Mergulho Livre e Montanhismo para os Cadetes Infantes; Estágio de Operações Helitransportadas para Cadetes Infantes e Intendentes; Estágio de Ressuprimento Aéreo para Cadetes Intendentes e Estágios de Salto de Emergência, Sobrevivência no Mar e Sobrevivência na Selva para os três cursos, e a colaboração no Exercício de Evasão para os três cursos.

 

C-SAR e missões de combate

Além das missões SAR, a unidade é a única na FAB a realizar missões de Operações Especiais. Utilizada em missões de C-SAR (Combat SAR), resgate de reféns, preparação de terreno, reconhecimento, sabotagem e qualquer tipo de missão furtiva em território inimigo, as atividades de Operações Especiais no PARA-SAR são executadas somente pelos militares com curso de Operações Especiais. Para o Esquadrão, esta missão é considerada uma pós-graduação, onde após ter cumprido todos os cursos de formação operacional em SAR, o militar pode optar por realizar um dos cursos de Operações Especiais. Estes cursos são ministrados em parceria com o EB e podem ser de Comandos (realizado pela Brigada de Operações Especiais) ou Guerra na Selva (realizado no CIGS - Centro de Instrução de Guerra na Selva). São cursos de três meses, em média, com uma carga de trabalho muito puxada, onde poucos conseguem se formar.

Nas missões de combate, as equipes possuem diversos equipamentos e armamentos especiais, inclusive de tiro de precisão (sniper), além de empregar os equipamentos usuais das missões SAR. Além de realizar operações com benefício direto para a FAB, o PARA-SAR opera também em conjunto com o EB, especialmente com a
Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp) e com Marinha, especialmente com o GRUMEC-Grupo de Mergulhadores de Combate e com o 'Batalhão Tonelero' do Corpo de Fuzileiros Navais.

 

Nova sede operacional

 

A sede operacional do esquadrão foi  transferida para a Base Aérea de Campo Grande, Mato Grosso do Sul, devido a posição estratégica da cidade de Campo Grande, poderá atuar com ainda maior rapidez em todo o território nacional.

 

Frases do PARA-SAR:

"Como o cão pastor alemão, devemos ser leais, vigilantes e, se necessário, agressivos."

"Só voltamos de uma busca depois de encontrar os sobreviventes, os destroços ou os corpos."

 

Missões

Uma das primeiras e missões do PARA-SAR aconteceu em 1964 quando foi acionado para resgatar um grupo de missionários sequestrados por índios Atroaris, situado ao norte do estado do Amazonas. Durante a missão, os índios prepararam uma emboscada e um militar foi flechado vindo há falecer pouco tempo depois.


Em Junho de 1967 aconteceu uma das mais marcantes missões de resgate de sua historia quando um Douglas C-47 da FAB, que ao decolar da Base Aérea de Cachimbo às 21:00 hs teve uma pane completa no sistema de radio/navegação depois de pouco mais de duas horas de vôo, vindo a se perder na imensidão da noite até cair por falta de combustível, por volta das 04:56 hs. Depois de dez dias de buscas, o aparelho foi encontrado perto da cidade de Jubara. A operação, a maior que a FAB realizou em sua historia até aquele momento, mobilizou 32 aeronaves, que voaram cerca de 1.100 horas até localizar o C-47. Os homens do PARA-SAR foram os primeiros a chegar ao local a bordo de um Bell SH-1D do 2º/10º GAv, resgatando cinco sobreviventes dos 25 tripulantes que estavam abordo do C-47.

 

No inicio da década de 1970 surgiu um movimento guerrilheiro na região amazônica ao longo do rio Araguaia, que viria a ser conhecido como Guerrilha do Araguaia. Criada pelo Partido Comunista do Brasil (PC do B), uma dissidência armada do Partido Comunista Brasileiro (PCB), tinha como o objetivo fomentar uma revolução socialista, a ser iniciada no campo, baseado nas experiências vitoriosas da Revolução Cubana e da Revolução Chinesa. Na época as Forças Armadas iniciaram um estudo para efetuar as operações antiguerrilha. A área dominada pelos guerrilheiros abrangia em torno de sete mil quilômetros quadrados, indo da cidade de Xambioá até no sul do Pará, nas proximidades de Marabá. O Exército Brasileiro descobriu a localização do núcleo guerrilheiro em 1971 e fez três investidas contra os rebeldes. A ação de repressão da força legal pode ser dividida em três fases, quais sejam: a 1ª Fase, Operação Peixe de abril a outubro de 1972; a 2ª Fase, Operação Sucuri de abril a agosto de 1973; e a 3ª Fase, Operação Marajoara de setembro de 1973 a março de 1975.


A FAB participou das operações contra a guerrilha empregando esquadrões de helicópteros (a maioria UH-1H Huey). Cada helicóptero transportava dois membros PARA-SAR armados de fuzis e metralhadoras para garantir a segurança da aeronave. As aeronaves cumpriram missões de infiltração, exfiltração, ressuprimento e evacuação aeromédica, a participação da FAB foi fator primordial para o êxito alcançado. Em 1973 com o inicio a Operação Marajoara aconteceram ataques combinados do Destacamento de Forças Especiais do Exercito, PARA-SAR da FAB e do Destacamento de Fuzileiros Navais transportados pelos UH-1H da FAB que partiram da base do Exercito em Xambioá. Essa foi a primeira grande ofensiva e o resultado foi um sucesso. Os helicópteros mais uma vez tiveram um papel fundamental nessa operação. O helicóptero, em certo sentido, inquietava a tropa guerrilheira, pois esta nunca sabia ao certo se tinha ou não tropa onde ela estava. O PARA-SAR seria novamente empregado na "Operação Limpeza" para não deixar nenhum registro da passagem dos guerrilheiros e das tropas, além disso documentos foram queimados e os acampamentos, desmontados.


Com o passar do tempo, o PARA-SAR ficou mundialmente conhecido e foi prontamente solicitado em dezenas de intervenções dentro e fora do país. Em 1973 um dos casos mais emblemáticos aconteceu na Nicarágua onde um forte terremoto atingiu Manágua capital do país. O prédio da embaixada do Brasil ficou severamente danificado e com risco de desabamento. No seu interior, existia um cofre de cerca de 500 kg contendo importantes e sigilosos documentos de segurança nacional, que precisavam ser resgatados a qualquer custo. Militares do PARA-SAR decolaram a bordo de um C-130 Hercules da FAB. Durante o resgate, uma das paredes ruiu e imediatamente parte do prédio começou a desabar. Felizmente ninguém se feriu, e graças à pericia dos homens do EAS todos os documentos foram resgatados e trazidos de volta ao Brasil, porém o PARA-SAR permaneceu no país, para realizar o resgate da população flagelada alem da distribuição de água e comida.


Em 1991, um grupo de 40 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, que se auto denominava "Comando Simon Bolivar", adentrou em território brasileiro, próximo a fronteira entre Brasil e Colômbia, às margens do Rio Traíra no Estado do Amazonas, e atacou de surpresa o Destacamento do Exército Brasileiro, que estava em instalações semi-permanentes e possuía efetivo muito inferior a coluna guerrilheira que o atacara. Nesse ataque morreram três militares brasileiros e vinte e nove ficaram feridos; várias armas, munições e equipamentos foram roubados. A ação das FARC no rio Traíra desencadeou o planejamento e a execução de uma operação conjunta efetuada pelas Forças Armadas Brasileiras e Colombianas, denominada "Operação Traíra". Esta Operação foi à principal consequência da Reunião Extraordinária Regional Bilateral Brasil/Colômbia, com a participação, pelas forças colombianas, de autoridades do Comando da IV División del Ejército Nacional de Colômbia, sediado em Vila Vicenzio/Col e, pelas forças brasileiras, de autoridades do Comando Militar da Amazônia, sediado em Manaus/AM.

 

A Força Aérea Brasileira apoiou a Operação Traíra, com seis helicópteros de transporte de tropas UH-1 HUEY, seis aviões turboélices de treinamento e ataque AT-27 Tucano e aviões de apoio logístico C-130 Hércules e C-115 Búfalo. O PARA-SAR foi acionado para apoiar a operação realizando ações em conjunto com o Exército Brasileiro que enviou elementos de forças especiais e de comandos do Batalhão de Forças Especiais (atuais 1º Batalhão de Forças Especiais e 1º Batalhão de Ações de Comandos), e também guerreiros de selva do até então 1º Batalhão Especial de Fronteira, para atacar a base guerrilheira que se encontrava em território colombiano, próxima a fronteira. Também apoiaram, militares do 1º Batalhão de Infantaria de Selva, principal unidade do Comando Militar da Amazônia. O Exército Colombiano apoiou a Operação Traíra com o Batalhão Bejarano Muñoz, acredita-se que tenha bloqueado a rota de fuga dos guerrilheiros, caso tentassem fugir do ataque do Exército Brasileiro. O saldo da Operação Traíra foi o de 21 guerrilheiros mortos, inúmeros capturados, maior parte do armamento e equipamento recuperados, e desde então, nunca mais se soube de invasões das FARC em território brasileiro, e muito menos de ataques a militares brasileiros.

Operações de resgate sobre o mar são parte da rotina destes bravos soldados. Em maio de 2009, esta tropa, foi incumbida de resgatar corpos e destroços do Airbus A330 da Air France que caiu no oceano Atlântico vitimando 230 pessoas.

Um dos mais novos recursos materiais do PARA-SAR da FAB (Força Aérea Brasileira) é o excelente helicópteros Sikorsky UH-60 Blackhawk. Trata-se de uma das melhores aquisições que a FAB já fez para esta operação.

 

Em 2006, um Boeing 737-800 da Gol Linhas Aéreas, que fazia o vôo 1907, de Manaus para Brasília, se chocou em pleno ar com um jato Legacy que seguia de São Paulo rumo aos Estados Unidos. O Boeing caiu em uma região de mata fechada no Norte de Mato Grosso com 154 pessoas a bordo. E os militares do PARA-SAR foram acionados para o resgate embarcando em um C-130 do 1º Grupo de transporte de tropas que decolou da Base Aérea dos Afonsos com destino ao Campo de Provas Brigadeiro Veloso localizado em cachimbo (PA). Os destroços do Boeing 737-800 foram localizados pelo mesmo C-130 que deixou os militares do PARA-SAR em Cachimbo. As coordenadas foram imediatamente transmitidas e um Bell UH-1 HUEY, do 2º/10ºGAv, levou uma equipe do EAS num percurso de 231Km de distancia até o local do acidente, sobrevoando a perigosa imensidão verde de altas e largas arvores. Os trabalhos na mata foram muito intensos. Uma equipe fazia p pernoite na selva, já que o PARA-SAR havia montado uma base para permitir que o pessoal trabalhasse até o limite da escuridão. A segunda dormia na fazenda Jarina, para tomar banho e ter um descanso melhor e a terceira equipe ficava em Cachimbo. Todos os 154 corpos foram encontrados colocando aprova o lema do PARA-SAR “Nós não deixamos ninguém para trás”. Sendo essa uma das maiores operações de resgate realizado pelo EAS.

 

Em 2009, novamente o PARA-SAR seria acionado para o resgate de mais um acidente aéreo. Em 31 de maio de 2009, às 19h03min, um Airbus A330-203, de matrícula F-GZCP, partiu do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro-Galeão, e deveria chegar ao Aeroporto Frances de Paris Charles de Gaulle aproximadamente 11 horas depois. O último contato com a tripulação foram mensagens de rotina enviadas aos controladores de terra brasileiros 3 horas e 30 minutos após o início do voo, quando o avião se aproximava do limite de vigilância dos radares brasileiros. Quarenta minutos mais tarde, uma série de mensagens automáticas emitidas pelo avião, indicando problemas. Posteriormente a aeronave foi dada como perdida, tomando como base suas reservas de combustível e o tempo decorrido.

 

A Força Aérea Brasileira deu início a uma operação de busca e resgate a partir do arquipélago brasileiro de Fernando de Noronha, destacando cinco aviões para buscas num trecho delimitado pelo litoral das cidades do Recife, Natal e o arquipélago de Fernando de Noronha. Aviões de reconhecimento franceses foram também destacados para o local, incluindo um de Dakar. A base de apoio às buscas funciona na Base Aérea de Natal em Natal e no Aeroporto de Fernando de Noronha com as buscas coordenadas a partir do Cindacta 3 na cidade do Recife. No Airbus A330 estavam 58 brasileiros, 64 franceses, 28 alemães, 9 italianos e 69 passageiros de outras nacionalidades e 12 tripulantes. Apenas 50 corpos foram localizados, sendo 20 deles de brasileiros.

 

Em 2010 um forte terremoto de magnitude 7. abala o Haiti com o epicentro a poucos quilômetros da capital, Porto Príncipe. A situação humanitária do país, o mais pobre das Américas, era caótica. Pelo menos 200 mil pessoas morreram 300 mil ficaram feridas, 4 mil foram amputadas.

 

Houve um milhão de desabrigados, pelo menos 21 brasileiros mortos, 18 deles militares das forças de paz da ONU, além do diplomata Luiz Carlos da Costa. Cinco dias após o terremoto que assolou o Haiti, o Ministério da Defesa em conjunto com o Comando da Aeronáutica decide enviar o PARA-SAR e o Pelotão Punhal para compor a MINUSTAH (Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti). O Punhal ficou responsável em garantir a segurança do hospital de campanha que a FAB montou para atender o povo haitiano por ocasião daquela catástrofe. O PARA-SAR realizou o resgate das vitimas do terremoto e conduzindo-as para o hospital de campanha da FAB.

Armamento

A arma padrão do PARA-SAR é o fuzil suíço Sig Sauer SG551 de 5,56mm e a pistola Taurus PT-92 (que é a Beretta 92F feita sobre licença aqui no Brasil). Os snipers do Pára-SAR usam o 551 com mira ACOG ou o fuzil Sniper HK PSG1. Eles também utilizam submetralhadoras UZI israelenses e a HK MP5 9mm.

 

Homens do PAP-SAR invadem uma aeronave armados com submetralhadoras UZI

Tipo: Submetralhadora
Peso 3,5 kg
Comprimento 470mm (coronha recolhida)
650mm (coronha estendida)
Calibre 9 mm Parabellum, .22 LR, .45 ACP, .41AE
Cadência de tiro 600tpm
Velocidade de saída ~400m/s
Alcance efetivo ~200m
Sistema de suprimento carregadores de 10 (.22 e .41AE), 16 (.45ACP) 20, 32 ou 40 munições

 

Uma equipe do PARA-SAR invade uma aeronave durante treinamento. O militar da frente usa uma submetralhadora MP5 com silenciador

Tipo: Submetralhadora
Sistema de Operação: “Delayed Blowback”
Calibre: 9mm Parabellum
Capacidade: 15/30 tiros
Regime de fogo: Semi ou totalmente automático
Peso: Não municiada: 2,670 gramas; Municiada: 2,970 gramas
Comprimento Total: 680mm (com coronha aberta)
Comprimento do cano: 8,86 polegadas
Raias: 6 à direita
Velocidade inicial do projétil: 354 mps
Cadência de tiro: 800 tpm

 

Um mergulhador do PARA-SAR surge empunhando um fuzil SIG SAUER.

Tem fibra de carbono na sua composição,

o que o torna bem mais leve (3400g).

Tem uma luneta óptica removível.
Calibre 5,56 x 45 mm
Capacidade 5 / 20 / 30 tiros
Operação a gás, com ferrolho rotativo
Miras reguláveis / aparelho óptico
Comprimento do cano 363 mm
Comprimento total 833 mm
Altura 5.46"
Peso 3400 g

 

 

O fuzil semi-automático de precisão HK PSG-1, faz parte do arsenal do PARA-SAR.

 

Fuzil Sniper HK PSG1

Emprego: anti-pessoal / combate urbano
Alcance eficaz: 800m / máximo: 3800m
Calibre: 7,62mm (munição Lapua 167 ou 185 grans)
Origem: ALEMANHA / Fabricação: EUA
Carregador: metálico para 5/10/20 cartuchos
Peso: 8,1 Kg com luneta
Vida útil do cano: 2500 tiros
Raias: por torção do cano hexagonal à direita
Particularidade: Não é ferrolhado, funcionamento semi-automático.

 

 

EQUIPAMENTOS

Para cumprir as árduas tarefas que lhe são designadas, o EAS conta com uma infinidade de equipamentos modernos, como botes de infiltração e patrulha, kits de primeiros socorros, equipamentos para escalada, facões, moto-serras, designadores laser, óculos de visão noturna (NGV Night Vision Goggles), sistema M3TR (Fabricados pela Rohde & Schwarz) que permite a transmissão de dados e voz criptografados e com salto de frequências para garantir a segurança e o sigilo das informações.
 

Fontes:

www.wikipedia.com

http://landcombatcb.blogspot.com.br/2011/04/pra-sar-prontos-para-o-resgate.html

 


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