Perfil da Unidade

SPECIAL AIR SERVICE - SAS

CAMPANHAS

2ª Guerra Mundial - Norte da Europa - 1944-45


Operador do SAS nas Falklands, armado com um Colt Commando.

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Reorganização

Em janeiro de 1944 o SRS se tornou o 1 SAS e, junto com o 2 SAS, foi colocado sob o comando do 1º Corpo de Exército Aerotransportado. Em março de 1944, o comando britânico autorizou a criação da Brigada SAS para operações na Europa. A Brigada foi formada e treinou para o Dia-D na área de Ayrshire, Escócia. O comandante da Brigada SAS seria o General-de-brigada Roderick McLeod. Roderick McLeod, era um oficial artilheiro sem experiência em operações especiais.

A Brigada SAS era assim constituída: 1 SAS sob o comando do Ten. Coronel  Paddy Mayne, o 2 SAS sob as ordens de Will Stirling, dois regimentos de pára-quedas franceses "Chasseurs Parachutistes" (um de franceses livres  e outro ex-Vichy, recrutado na Argélia que formavam o 3 e 4 SAS), uma companhia independente de pára-comandos belgas (5 SAS) e o Esquadrão "F" - liderado pelo major Hopkinson, conhecido também por Esquadrão 'Phantom', cuja tarefa consistia em recolher informações atrás das linhas inimigas e enviá-las à base. O 'Phantom' era uma unidade altamente secreta que foi formada em 1940. Ele avançava para além da frente de batalha para escutar as comunicações táticas inimigas, e então retransmiti-las para o Quartel-General do comando mais alto dentro do teatro de operações para evitar assim a perda de tempo entre os QGs intermediários da cadeia de comando. O Esquadrão Fantasma era dividido em patrulhas comandadas composta um capitão, um graduado e quatro soldados. Todos os membros do Fantasma foram treinados como sinaleiros, e treinados nos padrões do SAS. Os oficiais eram oriundos de unidades de cavalaria ou infantaria. Equipes do Fantasma foram anexadas ao 1 e 2 SAS para proverem comunicações de rádio para o QG da Brigada SAS localizado na Inglaterra. O 1 e 2 SAS usavam essas equipes para solicitar ressuprimento de equipamentos, armas e explosivos durante as suas missões. A brigada SAS tinha cerca de 2.500, sendo que destes 2.000 eram operacionais. O QG da brigada trabalhou também com o 46º e o 38° grupos da RAF, o Grupo de Operações Especiais e a 1ª Divisão Aerotransportada. 

O ESQUADRÃO SAS: Havia cerca de cem homens em cada unidade. Um esquadrão típico contava, em média, com 26 jipes blindados, com tripulações de três ou quatro homens. Havia também duas tropas, com três seções cada uma.

SAS e D-dia 
Em janeiro de 1944 de janeiro a atenção dos planejadores do Supremo Quartel-General das Forças Expedicionárias Aliadas (SHAEF - Supreme Headquarters, Allied Expeditionary Force) foi dirigida para os desembarques na Normandia. Como parte do 1º Corpo de exército Aerotransportado, os homens foram ordenados a usar o distintivo do SAS em uma boina vermelha, característica das forças pára-quedistas, em vez da boina castanha tradicional do SAS; Mayne e alguns dos veteranos ignoravam esta ordem e usavam a boina original do SAS sempre que estavam longe de oficiais superiores.

O SHAEF planejava tornar o papel do SAS semelhante ao das tropas aerotransportadas ou dos commandos tradicionais, que seriam lançadas para assegurar a saída das forças aliadas das cabeças-de-praia no Dia-D. O SAS seria usado como uma força de reconhecimento à frente das colunas de tanques e da infantaria motorizada - um papel para o qual eles não tinham treinado e que certamente produziria pesadas baixas nas tropas do SAS. 

Paddy Mayne e Bill Stirling protestaram duramente contra esta forma de se usar as unidades SAS. Quando Stirling pediu para o pessoal reconsiderar, eles se recusaram, e se demitiu do comando do 2 SAS. Como disse o seu irmão "ele perdeu a batalha mas ganhou a guerra ", porque esta ação drástica fez os planejadores aliados reconsiderar o papel do SAS e decidiram que os seus destacamentos seriam lançados a cerca de 80 km da linha de frente. Com a demissão de Bill o comando do 2 SAS, passou para o Ten. Coronel Brian Franks.

As operações na França consistiram em dois tipos: o primeiro era missões táticas em pequena escala levadas a cabo a serviço do  21º Grupo de Exército (britânico), tais como cortar as linhas de comunicações e de provisão inimigas em áreas da retaguarda ou prover inteligência. O segundo tipo de missões eram desenvolvidas a longo prazo, onde patrulhas de combate eram lançadas para permanecer na retaguarda inimiga atacando as suas posições alemãs e dar apoio aos Maquisards (os Maquis - a resistência francesa). 

As operações com a resistência seguiam um procedimento padrão: Primeiro um pequeno destacamento com uma seção de sinaleiros era lançado de pára-quedas numa determinada área para estabelecer contato com a resistência, geralmente eram recebidos por uma equipe de recepção, organizada pelo SOE. Então, quando uma zona de desembarque  era estabelecida, a força principal era enviada. Bases do tamanho de um esquadrão eram montadas em áreas arborizadas no interior, e depois um fluxo constante de munição, explosivos e suprimentos era enviado de pára-quedas, inclusive morteiros e armas anti-tanque. Em todas essas missões o pessoal do SAS usou jeeps para seus deslocamento. Este jeeps tinham chapas de aço e estavam armados com duas a cinco metralhadoras Vickers K ou Bren, bazooka e um morteiro de 3". Tanques extras de combustível davam um alcance de 650 milhas.O 1 SAS foi o primeiro a entrar em ação. Algumas missões tiveram êxito, outras não. Nas operações TITANIC I e IV   pequenas unidades foram lançadas no interior da Normandia na noite de 5 junho de 1944 para simular um desembarque aerotransportado completo. Sua efetividade foi perdida na confusão dos desembarques das divisões pára-quedistas Aliadas. 

Na Operação HOUNDSWORTH o 1 SAS operou nas colinas Morvan, a oeste de Dijon durante três meses a partir de  5 de junho de 1944. Nessa operação as cobriram cerca de 6.000 milhas quadradas, atacando 22 estradas de ferro, matando ou ferindo cerca de 200 alemães, e apontando 30 objetivos para os bombardeiros Aliados. 

Em apoio aos desembarques do Dia-D, 24 homens do 3 SAS saltaram de pára-quedas na área a oeste de Limoges, França, como parte da da operação SAMSON. A sua missão era atacar as rodovias impedindo ao máximo a movimentação de tropas inimigas e dar assistência aos Maquis locais.

Na operação SAMWEST (6 a 9 de junho de 1944), 116 homens do 4 SAS saltaram na região norte da Bretanha com a missão de estabelecer uma base próxima a St. Brieuc e conduzir operações preventivas contra a movimentação de tropas alemãs vindas do oeste da Bretanha em direção ao Normandia onde estava a localizada a cabeça-de-praia aliada.

Como parte da operação SAMWEST, cinco homens de uma força conjunta (SAS/Phantom) participam da operação WASH. Eles são lançados de pára-quedas no norte da França, com a missão de coletar inteligência sobre a posição e movimentação de tropas inimigas.

Na Operação BULBASKET o Esquadrão B do 1 SAS operou em Vienne, área ao sul de Poitiers a partir de 6 junho de 1944. Patrulhas levaram a cabo emboscadas e a ataques as linhas trem, com a ajuda dos Maquis. Porém os homens do SAS foram traídos e durante ataque muitos homens foram mortos ou capturados e a operação foi fatalmente comprometida. Os homens capturados cerca de 24 foram executados pelos alemães.

Na operação COONEY 18 homens do 4 SAS (ex-Vichy) foi inserido na noite de 7 de junho de 1944 entre St. Malo e Vannes (Bretanha), para atacar linhas de trens e estradas para dificultar o deslocamento de tropas alemãs em direção as cabeças-de-praia na Normandia. 

A Operação GAIN começou na metade de junho de 1944 e foi até agosto. Ela esteve centrada em Forêt d'Orléans. O Esquadrão D do 1 SAS foi lançado de pára-quedas com o objetivo de encontrar os Maquis e conduzir ataques contra as comunicações do alemães. Traições e emboscadas atrapalharam a operação. 

Durante a operação LOST, 7 membros do 4 SAS saltam na Bretanha para se encontrar com outras equipes do 4 SAS e conduzir operações de larga escala contra unidades inimigas naquela região. (Junho - julho de 1944).

Homem do SAS no norte da Europa. Observe a boina vermelha dos pára-quedistas com o emblema do SAS.  

Militar do SAS em 1945 com seu uniforme de campanha. Note a boina vermelha e o casaco Denninson, itens característicos dos pára-quedistas britânicos.

Devido a atrasos o 2 SAS não entrou na campanha francesa até julho de 1944. As operações SWAN DEFOE tinham por objetivo levantar inteligência na área de Argentan, na Normandia, mas devido ao rápido avanço dos aliados ambas perderam a sua razão. 

A Operação GAFF  foi planejada para matar ou capturar o Marechal Rommel no seu QG em  HQ em La Roche Guyon, em 25 de julho de 1944. Sete homens do 2 SAS saltaram de pára-quedas em Ramouillet. A equipe descarrilou trens e montou  emboscadas e eventualmente atacou um QG alemão em Mantes, mas evidentemente não encontrou Rommel. 

Em fins de julho de 1944 aconteceu a operação WALLACE, em que 60 homens do 2 SAS em 23 jeeps, divididos em 3 grupos, se dirigiram para Rennes chegando até as Montanhas Vosges. O SAS tinham também a tarefa de estabelecer fortes bases na área. Em Vosges as patrulhas foram caçadas pelos alemães em retirada e finalmente alcançadas pelo avanço das tropas americanas em setembro de 1944. Na operação cerca de 500 alemães foram mortos ou feridos, 59 veículos, um trem e 100.000 galões de combustível destruídos e inclusive atacaram o QG alemão em Chatillon. Sete homens do SAS morreram, sete ficaram feridos, dois foram capturados e 16 jeeps foram perdidos.

Em 29 de julho na Operação HAGGARD, 52 homens do Esquadrão B do 1 SAS, reforçados com pessoal do 3 SAS foram designados para estabelecer uma base ao sul do rio Loire, entre Nevers e Gien, e conduzir ataques contras os alemães.

Durante a operação DICKENS (julho-setembro de 1944),  65 homens do 3 SAS saltaram na área de Nantes/Saumur no oeste da França com a tarefa de colher inteligência, organizar a resistência local e atacar as forças alemãs.

O 4 SAS participou da operação DINGSON (julho-agosto de 1944) em que 160 homens e 4 jeeps, aterrissaram perto de Vannes (Bretanha) na noite de 5/6 de junho de 1944. O objetivo era estabelecer uma base local, organizar a resistência na região e realizar missões contra os alemães. Dentro de uma semana após a sua chegada já tinham reunido cerca de 2.000 Maquis. Os alemão revidaram, mas os bretões abrigaram as tropas. Calcula-se que entre 30-80.000 bretões foram treinados e foram usados contra os alemães e deram apoio ao avanço americano até Brest em agosto.

Na operação HARDY, 55 homens do 2 SAS, apoiados por 12 jeeps, foram lançados no leste da França pra estabelecer uma base operacional em Plateau de Langres, a noroeste de Dijon e levantar inteligência e realizar operações ofensivas. (Julho e setembro de 1944) 

58 homens do 2 SAS participaram da operação RUPERT. Eles tinha a tarefa de conduzir missões de sabotagem contra a linha férrea entre Verdun e o leste da França. (Entre julho e setembro de 1944)

Em 31 de julho de 1944 um pequeno destacamento do 5 SAS foi lançado durante a operação SHAKESPEARE a oeste de Paris, com a missão de atacar tropas nazistas em retirada. (Julho e agosto de 1944)

Entre 2 de agosto a 06 de outubro de 1944, o 3 SAS, participou da operação MOSES, em que 47 homens receberam a tarefa de romper as comunicações inimigas entre Poitiers e o sudoeste da França.

As operações DUNHILL (3 e 4 de agosto - 5 equipes do 2 SAS saltariam na retaguarda inimiga na Bretanha para levantar inteligência sobre a movimentação de tropas alemãs) e TRUEFORM (16 e 17 de agosto - 102 homens dos 1, 2 e 5 SAS seriam lançados de pára-quedas em 12 zonas de saltos ao nordeste de Paris com ordens de infligir o máximo de danos as tropas alemãs em retirada) montadas em agosto de 1944 foram alcançados pelo rápido avanço Aliado. 

Entre 3 e 15 de agosto de 1944 aconteceu a operação BUNYAN, realizada por 20 membros do 5 SAS que foram inseridos na área de Chartres (França) com a missão de acossar as forças alemãs em retirada.

Em 9 de agosto de 1944 durante a operação CHAUCER, 22 homens do 5 SAS fora lançados em Le Mans, França, para conduzir ataques contra as forças alemãs em retirada. 

Entre11 e 24 de agosto de 1944, 32 homens do 3 SAS participaram da operação MARSHALL. Eles foram lançados de pára-quedas na área de Correza , França, com a missão de interferir nos movimentos inimigos e organizar melhor a resistência local.

Durante a operação HARROD, 85 homens do 3 SAS receberam a tarefa de dar suporte ao flanco direito do 3º Exército dos EUA em sua movimentação em direção a Alemanha. (12  de agosto e 04 de setembro de 1944)

A operação LOYTON (12 de agosto a 9 de outubro de 1944) foi a maior realizada pelo  2 SAS na França. 91 homens e uma equipe do Phantom saltaram em 12 de agosto de 1944 na área de Raon l'Etape, a oeste de Strasbourg. O objetivo da operação era levantar inteligência para realizar ataques contra as tropas inimigas, e para apoiar os guerrilheiros locais da resistência francesa. Mas a área estava ocupada por tropas alemães em retirada que possuíam unidades especiais anti-SAS e anti-Maquis.Na operação os contatos com os Maquis foram incertos e muitos homens foram capturados nos ataques alemães. Os jeeps foram enviados pelo ar, mas o terreno difícil limitou o seu uso. Esse operação é significativa para o SAS porque as tropas alemães prenderam e levaram para os campos de concentração 210 homens de Moussey, em punição por esta localidade ter abrigado o SAS.

Operação KIPLING (de 13 de Agosto a 26 de Setembro) foi a última missão do SAS na França. 107 homens em 46 jeeps do Esquadrão C saltaram em Forêt de Merrivaux na área de Auxerre, centro da França e tinha a tarefa de auxiliar desembarques de forças aerotransportadas enviadas para ocupar o espaço em Orleans. Eles estavam a lesta da GAIN e a nordeste da HAGGARD. As patrulhas se uniram aos Maquis e começaram a realizar patrulhas ofensivas, mas as tropas alemãs estavam em retirada e existiam poucos alvos. A ação mais significativa aconteceu na aldeia de Les Ormes e o assalto subseqüente salvou 18 reféns feitos pelas SS em vingança do primeiro ataque.

Entre 13 e 24 de agosto, 28 homens do 3 SAS participaram da operação SNELGROVE. Eles foram lançados de pára-quedas no sudoeste da França com a missão de impedir o movimento de tropas alemãs e dar suporte a resistência local.

Entre 13 de agosto e 19 de setembro de 1944, 27 homens do 3 SAS, participaram da operação BARKER. Eles foram lançados de pára-quedas na área de Saone-et-Loire, com a tarefa de interromper os movimentos inimigos e dar suporte aos Maquis locais.

Durante a operação JOCKWORTH,  57 homens do 3 SAS saltaram de pára-quedas no sudoeste da França com a missão de atrapalhar os movimentos operacionais das tropas alemãs e apoiar a resistência local. (15 de agosto a 30 de setembro de 1944)

Na operação NOAH, 41 homens do 5 SAS saltaram na região das Ardenas para levantar inteligência sobre a presença inimiga na região. (16 de agosto a 13 setembro de 1944)

O 3 SAS enviou 57 homens na operação NEWTON (19 de agosto a 20 de setembro) para a França com a missão de reforçar as bases do SAS instaladas em território francês e conduzir operações contra os alemães.

O 3 SAS realizou a operação ABEL entre 27 de agosto e 22 setembro de 1944. Nela 82 homens conduziram ações do tipo "atacar e correr" com a ajuda dos Maquis durante a vital batalha do passo Belfort.

O 5 SAS (Companhia Independente de Pára-quedistas belgas) realizou na França entre 28 de agosto e 01 setembro a operação BENSON. Seis membros do 5 SAS saltaram no nordeste da França para coletar inteligência concernente ao poder e movimentação das tropas alemãs.

Na operação DERRY (agosto de 1944), 89 homens do 3 SAS, saltaram em Finisterre na Bretanha, com a tarefa de atacar as forças alemãs e proteger os viadutos em Morlaix e Plougastel.

O 4 SAS enviou 317 homens e 54 jeeps para participarem da operação SPENSER. Eles foram infiltrados atrás das linhas inimigas com a missão de causar o maior número de baixas possível as tropas alemãs em retirada. (29 de agosto a 14 de setembro de 1944)

Entre 02 e 12 de setembro de 1944, 41 membros do 5 SAS participaram da operação BERGBANG. Eles saltaram na região de Liege-Aachen-Maastricht para auxiliar a resistência local e atacar as linhas de comunicação inimiga a leste do rio Meuse.

Na operação BRUTUS (2 de setembro de 1944), 19 homens do 5 SAS saltaram a leste do rio Meuse em 2 de setembro para contatar o Exército Secreto belga e outro destacamento do 5 SAS.   

Durante a operação CALIBAN (6-11 de setembro), 26 homens do 5 SAS saltaram em Bourg Leopold (nordeste da Bélgica) para atacar as linhas de comunicação inimigas a leste do rio Meuse.

Entre 16 de setembro de 1944 e 14 de março de 1945 o 5 SAS executou a operação FABIAN. Durante  seis meses 5 membros do 5 SAS operaram próximo a Arnhem, Holanda, com a missão de coletar inteligência  e determinar a localização dos locais de lançamentos dos foguetes  V2.

A operação PISTOL (15 de setembro a 3 de outubro de 1944) foi a última missão do 2 SAS na França. Nela 51 homens foram lançados na região da  Alsace/Lorraine com o objetivo de romper as comunicações rodoviárias e ferroviárias de Metz e Nancy até a planície do Reno. A missão aconteceu sem o auxílio dos Maquis e só conseguiu cortar uma linha férrea e descarrilar quatro trens. Um grande números homens do SAS foram capturados, mas só dois foram executados.

Em 26 de setembro o 5 SAS deu inicio a operação PORTIA. Sete homens foram lançados próximo a Drente, Holanda, com a missão de levantar inteligência sobre a movimentação inimiga e estudar a possibilidade de se instalar uma base secreta do SAS. A missão durou até março de 1945.

Entre dezembro de 1944 e janeiro de 1945, nas Ardenas, Bélgica, 186 homens do 4 SAS, com o apoio de 31 jeeps participaram da operação FRANKLIN. Eles tinham por missão dar suporte ao VIII Corpo dos EUA durante a batalha do Bolsão.

Em 1944 de dezembro a 2ª Companhia 2.SAS foi enviada para a Itália. Eles eram operar no alemão ocupou parte do norte de Itália. Esta companhia começou operação “Tômbola” em 1945 de março. Eles parachuted em atrás de linhas inimigas treinar o italiano local grupos lutadores e para co-ordenada as operações deles/delas contra os alemão. Estes grupos foram feitos para cima de russo, comunistas italianos, prisioneiros escapados de guerra, e italiano que tinha deixado as unidades de exército deles/delas. O SAS organizou estas tropas em uma unidade lutadora funcionando. Eles tiveram o headquarter deles/delas em um vale pequeno nas montanhas. (Eles usaram uma 75mm arma como a parte principal das defesas que tinham sido airdropped pelo RAF) Em 1945 de março eles atacaram o headquarter do LI. Corpo de exército de exército alemão. Eles mataram muitas posição alta officers alemão no ataque. Eles devolveram à base deles/delas com vítimas só claras. Eles continuaram as operações deles/delas até 2 semanas antes do fim da guerra. 

Durante a operação GALIA 33 homens, da tropa A, do Esquadrão 3 do 2 SAS foram lançados de pára-quedas no norte da Itália para se encontrar com a resistência, levantar inteligência e organizar ataques contra os os alemães. (27 de dezembro de 1944 a 14 de fevereiro de 1945) 

O 5 SAS participou de uma grande operação chamada REGENT, entre 27 de dezembro de 1944 e 15 de janeiro de 1945. Nela o 5 SAS recebeu a tarefa de apoiar unidades blindadas britânicas contra o avanço de tropas alemãs durante a Batalha do Bolsão nas Ardenas.

No início de 1945 uma equipe do 2 SAS foi inserida durante a operação CANUCK entre a Riviera italiana e o nordeste da Itália para atacar linhas de comunicação alemãs.

Em fevereiro de 1945, McLeod, comandante da Brigada SAS, foi substituído pelo general-de-brigada Mike Calvert, com grande experiência em guerra não convencional, adquiridas junto aos chindits na Birmânia. Ele liderou o SAS até o fim da guerra.

O 1 e 2 SAS realizaram operações de reconhecimento ao leste de Wesel na operação ARCHWAY (março-maio de 1945) com o objetivo de cruzar o Reno em apoio ao avanço do 21º Grupo de Exércitos. Eventualmente rechaçou numerosos ataques alemães até Kiel.

O 2 SAS montou uma operação chamada de IBROX, em que 10 homens, em março de 1945, seriam enviados a Noruega para destruir a porte ferroviária próxima a Tronheim.  

A Operação AMHERST (abril de 1945) foi a última operação aerotransportada do SAS da guerra. Nela o 3 e 4 SAS foram lançados de pára-quedas a frente do 1º Exército Canadense no nordeste da Holanda. Sua missão era evitar a destruição do aeródromo de Steenwijk e capturar 18 pontes na vanguarda canadense.

Durante a operação HOWARD, os Esquadrões B e C do 1 SAS, receberam a missão de providenciar reconhecimento avançado para a 4ª Div. Blindada canadense em seu avanço pelo norte da Alemanha. (Abril e maio de 1945). O 5 SAS também levantou inteligência para a 4ª Divisão Blindada canadense durante o seu avanço pelo noroeste da  Alemanha. O 1 e 5 SAS participaram do ataque canadense em Wilhelmshaven - que consistiu em uma uma série de golpes e ações de assalto, que infligiu muitas baixas no SAS devido a pouco blindagem de seus jeeps. 

Entre 3 e 18 de abril o 2 SAS esteve envolvido com a operação KEYSTONE. Um esquadrão de jeeps foi enviado a ao sul de Ijsselmeer, Holanda para interromper a movimentação de tropas inimigas.

O SAS foi a primeira unidade britânica a chegar ao campo de concentração de Belsen. O SAS tinha avançado profundamente na Alemanha em defesa do 8º Batalhão de Pára-quedas quando viu o massacre de presos do campo de concentração em Celle. Então o Esquadrão D do 1 SAS foi enviado a Belsen para evitar mais massacres antes que os alemães abandonassem o campo, e antes que as principais forças britânicas o capturassem. Eles chegaram lá em 15 de abril. Eis o relato de um dos membros do Esquadrão "A maioria dos guardas eram húngaros, que pareciam estar drogados. Quando chegamos ao local, eles ainda atiravam contra alguns dos prisioneiros, mas o local era tão grande que simplesmente  não pudemos impedi-los. Claro, eu nunca estivera antes num campo de concentração. Só de ver aquelas pobres pessoas, reduzidas a pele e ossos, deixava a gente doente. Ficamos em Belsen cerca de uma hora, até a chegada das tropas do Exército, que assumiu o controle do campo".

Entre 3 de abril e 8 de maio de 1945 na operação LARKSWOOD, dois esquadrões do 5 SAS, realizaram reconhecimento para o II Corpo canadense e para a Divisão Blindada polonesa em seu avanço pela Holanda. 

Depois de enfrentar o inimigo de Lübeck no final de abril de 1945, como parte da operação ARCHWAY, o Esquadrão D do 1 SAS recebeu ordens de seguir a toda velocidade para o porto de Kiel. O Esquadrão D foi dividido em grupos para levar os membros da Força T, uma unidade especial composta por cientistas altamente qualificados, que deveria chegar antes dos soviéticos aos estaleiros de submarinos no Báltico e à fábrica de armamentos Walther, a fim de obter o máximo possível de informações exclusivas sobre os equipamentos militares alemães. O SAS correu contra o tempo, chegando bem à frente dos exércitos aliados em 3 de maio. Kiel estava completamente vazia, apesar de ter sobrevivido à pior fase do bombardeio aliado. Eles chegaram a um quartel naval onde conseguiram persuadir um oficial superior alemão a se render. Chegando ao canal, os britânicos viram um navio tentando escapar. Alinharam os jipes ao longo das margens e começaram a atirar, o que fez o navio voltar. Os alemães estavam levando prisioneiros algemados e os jogavam ao mar.

Na operação APOSTLE (maio-agosto de 1945) o QG da Brigada SAS, o 1 e o 2 SAS foram levados por via aérea  da Inglaterra para Stavenger na Noruega em maio de 1945 para supervisionar a rendição de 300.000 alemães. As unidades passaram uns quatro meses de calmaria, apenas desarmando as forças inimigas.

Durante as operações na França 53 homens do SAS foram dados como desaparecidos. Eles na verdade foram executados por ordem de Hitler, o infame ' Order Comando' criado em 1942.  Em maio de 1945 foi criada uma equipe do SAS encarregado de investigar os crimes de guerra (SAS War Crimes Investigation Team), especialmente a captura e morte de durante a Operação Bulbasketem. A equipe foi enviada secretamente a Europa para descobrir o que aconteceu aos seus soldados. Comandado pelo Major Barkworth, a equipe confirmou a captura, assassinato e enterro de muitos dos homens do SAS classificados como desaparecidos em combate. Localizou os sepulcros e então juntou evidências, para logo em seguida seguir em caçada aos torturadores e assassinos pelas zonas de ocupação britânica, americana e francesa na Alemanha, em campos de concentração e outros lugares. Alguns dos que foram capturados foram enforcados ou condenados a longas penas de prisão por crime de guerra.

O SAS caçou criminosos de guerra nazistas por toda a Alemanha

Também há evidência que ao mesmo tempo que a equipe de investigação de crimes de guerra do SAS estava trabalhando, equipes secretas de caça do SAS estavam localizando e executando criminosos de guerra (homens das SS, Gestapo, Wermacht e traidores civis) culpados de mata homens do SAS e pessoal do SOE, mas que por um motivo ou outro escapariam do julgamento de Nuremberg. Muitos tentavam se esconder ou fugir diante do caos do pós-guerra. A existência das equipes de caçadores nunca foi admitida. 

Com o término da guerra na Europa, Stirling foi libertado do Castelo de Colditz e voltou ao regimento com idéias de transferir o SAS pare o Extremo Oriente. Stirling planejava atacar a estrada de ferro da Manchuria na China, e golpear as  rotas de provisão japonesas na Malásia. Porém o lançamento das bombas atômicas em agosto de 1945 levaram ao termino da guerra e o SAS não foi transferido para Oriente.

A Brigada SAS foi licenciada 8 outubro de 1945 depois de quatro anos de serviço exemplar: o 5 SAS foi transferido para o Exército belga em setembro, o 3 e 4 SAS foram transferidos para o Exército francês no começo de outubro de 1945. Uma semana depois, o l e 2 SAS foram desmobilizados. Durante as operações na Europa, a brigada matou ou feriu 8 mil inimigos e capturou mais 23 mil. Cerca de 350 soldados do SAS foram mortos ou gravemente feridos durante a campanha. A  equipe de investigação de crimes de guerra do SAS continuou suas operações até 1949.   

O SPECIAL AIR SERVICE logo após a 2ª Guerra Mundial:

Um estudo realizado pelo último comandante do SAS, Michael Calvert, encomendado pelo Escritório de Guerra em 1946, concluiu que não havia nenhuma necessidade de uma unidade como o  SAS no pós-guerra dentro do Exército britânico. Mas logo após a desmobilização do 1 e 2 SAS em 1945, deu-se início uma campanha dentro do Exército britânico para resgatar a capacidade operacional do SAS. 

 

Os soviéticos não se mostravam muito amistosos e os britânicos viam nos russos possíveis futuros inimigos. Sendo assim, diante do novo contexto europeu, a necessidade de unidades capazes de realizar reconhecimentos de longo alcance e assaltos em profundidade se fez presente. Porém o Exército britânico não tinha mais unidades especiais para isso.  Insignia do Artists Rifles.

A luta em resgatar o estilo SAS foi conduzida pelo Ten. Coronel Brian Franks, que durante a guerra foi comandante do 2 SAS em substituição a Bill Stirling. Ele agora era um oficial do TA-Territorial Army (Reserva) e trabalhava no ramo hoteleiro.  Franks acreditava que as habilidades de muitos homens do SAS não podiam ser desperdiçadas na vida civil. Por isso através da Associação Regimental que ele ajudou a criar, Franks solicitou ao Escritório da Guerra o estabelecimento de uma unidade de reserva do SAS. Logo depois chegou-se a uma solução, e o papel do SAS foi dado a um antigo batalhão de infantaria do TA, o Artists' Rifles, que tinha servido como unidades de treinamento para cadetes durante a guerra. 

A nova unidade foi chamada de 21º Regimento do Serviço Aéreo Especial (21 SAS). Os números 1 e 2 (invertidos) eram uma referencia ao 1 e 2 SAS do tempo da guerra.Não se usou a ordem 1 e 2 porque já existia um 12º Batalhão (pára-quedistas) no TA. O recrutamento começou em setembro de 1947, inicialmente na área de Londres, área do Artists' Rifles. Franks foi o seu primeiro comandante e assim permaneceu até 1950. No princípio foi usada a antiga insígnia dos Artists' Rifles, Marte (deus da guerra) e Minerva (deusa das artes) em uma boina marrom com o distintivo do SAS no ombro, mas logo o " Punhal Alado" voltou a ser usado. 

O regimento foi equipado inicialmente com jipes armados. A tarefa principal do 21 SAS era o reconhecimento estratégico e a realização de assaltos a serviço do 1º Corpo do Exército britânico na Alemanha no caso de uma invasão soviética na Europa Ocidental. 


OS JEEPS DO SAS  (NORTE DA EUROPA 44-45):

Os jeeps utilizados pelo SAS no norte da Europa em 1944-45 eram o meio de transporte perfeito para a realização de assaltos de penetração de longa distância no território inimigo. Vigorosos e confiáveis, eles transportavam um terrível poder de fogo. Toda a dianteira de cada jipe era coberta por uma chapa blindada com semicírculos de vidro à prova de bala, que serviam de proteção ao motorista e ao artilheiro da frente. Alguns veículos também estavam equipados com um dispositivo para cortar arame, colocado acima do pára-choque dianteiro. O armamento consistia em duas metralhadoras Vickers para o artilheiro da frente e outras duas para o artilheiro de trás. Além disso, um veículo em cada três dispunha de uma metralhadora pesada Browning de 12,7 mm. O motorista contava com uma metralhadora Bren. As Vickers, disparavam quinhentos projéteis por minuto. Todas as armas eram dotadas de um carregador de cem cartuchos com uma mistura de munição traçante, projéteis incendiários e outros capazes de penetrar em blindagens - uma carga letal. Cada tripulação levava também um morteiro de 51 mm, granadas e grande quantidade de munição para as armas de pequeno porte. Com aproximadamente 250 litros de combustível, cada jipe tinha uma autonomia aproximada de 800 km. Havia um tanque de gasolina sob o banco do passageiro e outros dois na traseira. Assim, o espaço tornava-se reduzido para o artilheiro de trás, o que dificultava sua pontaria.

 

Descrição de um típico jeep do SAS (Europa 1944-45)

1 - Metralhadora Vickers K do motorista. 

2 - Metralhadoras Vickers K gêmeas com ângulo de tiro de 150° em azimute, para o artilheiro da frente. 

3 - Caixa de munição para os tambores das Vickers K.

4 - Kit de primeiros-socorros.

5 - Caixa com dois tambores de munição para as Vickers K, com 100 cartuchos de .303 cada tambor. 

6 - Bolsa grande de combate para toda a tripulação.

7 - Bolsa pequena pra itens de primeira necessidade.

8 - Metralhadoras Vickers K gêmeas para o artilheiro traseiro.

9 - Metralhadora Bren 303.

10 - Tanque extra de combustível blindado coberto com espuma de borracha - um de cada lado do veículo. 

11 - Rede de camuflagem do veículo.

12 - Metralhadora MP40 alemã.

 

Jeep S.A.S Europe

SAS - PROCEDIMENTOS ADOTADOS DURANTE AS PARADAS NOTURNAS:
Operando a frente dos exército aliados muitas numa distância de 100 km os homens do SAS deslocava-se com seus jeeps durante o dia, enfrentando qualquer oposição inimiga e descansavam à noite - quando isso era possível. Normalmente o procedimento de parada noturna era o que se segue: "A noite, fazíamos um acampamento numa fazenda, escondíamos os jipes e dormíamos no celeiro. Sempre procuramos lugares bem abertos, que nos proporcionassem uma ampla visão da área, evitando emboscadas inimigas ou qualquer ataque inesperado. Geralmente, colocávamos três ou quatro sentinelas de guarda durante toda a noite. Os jipes recebiam as principais atenções. Nas paradas noturnas, as tripulações verificavam os pneus, inspecionavam os motores e reparavam quaisquer falhas dos veículos. Todos tinham um certo conhecimento de mecânica, e muitos soldados lidavam com jipes desde a guerra no deserto. Quando ficávamos sem as nossas rações tínhamos que tirar de onde estávamos. Ficávamos constantemente alertas, à procura de grandes casas de fazenda. Quando encontrávamos alguma, íamos direto para a cozinha. As vezes havia grandes presuntos pendurados sobre a lareira."


Paddy Mayne (Lt. Col. R. B. Mayne, DSO, Ulster Rifles Real) 

Paddy Mayne nasceu em 11 de janeiro de 1915 em em Mountpleasant, Newtownards , Irlanda do Norte. Ele foi educado no Regent House School em sua cidade e era excelente em todos os tipos de esportes. Ele trabalhou como advogado em Belfast e também era um jogador internacional de rúgbi e campeão de boxe das universidades irlandesas.

Paddy Mayne foi comissionado como segundo-tenente comissão na 5ª Bateria Antiaérea Leve em março de 1939.  Mas quando a guerra foi declarada a 5ª Bateria foi  para Egito sem Mayne. Ele foi transferido para o Royal Ulster Rifles, The Cameronians, e depois para o Commando 11 (escocês) que foi enviado para Lamlash, na ilha de Arran. Em 31 de janeiro de 1941 o Commando 11 foi enviado de navio para Kabrit, próximo a Genefa ao sul do Canal de Suez. 

Paddy Mayne conduzindo um jeep pelo deserto africano.  

Apesar de temperamental Paddy Mayne era um militar brilhante no cumprimento das táticas do SAS.

Após um treinamento adicional os commandos fora enviados para Chipre para fazer parte da Layforce, sob o comando do brigadeiro Robert Laycock. Em 3 de junho de 1941, 400 homens navegaram para Síria para tomar parte de um assalto as margens da embocadura do rio Litani. Os comandos capturaram todos os seus objetivos, porem tiveram cerca de 100 baixas. Mayne foi mencionado em despachos por sua bravura em ação. 

Porém a inclinação de Mayne para a bebida e a violência o colocava em dificuldades. Ele estava cumprindo pena de prisão por haver atacado um oficial superior quando Stirling o recrutou para o SAS. O comandante do SAS disse para ele: "Eu quero a sua palavra de que você nunca mais baterá num oficial comandante!". Mayne deu a sua palavra e uma lendária parceria nasceu desse encontro. Sob que condições consentiram na sua libertação, é coisa ainda não esclarecida, mas no dia seguinte ele já estava trabalhando com Stirling.

Mayne conduziu um das patrulhas na desastrosa primeira operação do SAS e comandou muitos assaltos a aeródromos logo depois. Em uma ocasião, quando a provisão de bombas Lewes (dispositivos incendiários que receberam o nome de seu inventor) tinha acabado, ele incapacitou uma aeronave arrancando seu painel de controle com as próprias mãos. Stirling cometeu um engano quando transferiu o recém promovido Capitão Mayne para treinar os recrutas depois da morte de Jock Lewes no último dia de 1941. Mayne odiou o trabalho - ele queria estar no meio da ação. Ele chegou a acusar Stirling de tê-lo afastado do combates para que o próprio David pudesse colher a pontuação de aeronaves destruídas, pois Mayne era o campeão nesta "modalidade". Poucas semanas depois Stirling colocou Mayne de volta as operações e designou o Sargento Major Pat Riley para conduzir a administração e o treinamento do SAS. 

Quando o SAS foi equipado com jeeps, Mayne se sentiu extremamente a vontade.Embora ele gostasse de atirar com as Vickers contras os aviões da Luftwaffen, indubitavelmente a atividade favorita dele era dirigir um jeep pelo refeitório dos oficiais depois de grandes bebedeiras no acampamento do SAS em Kabrit. Porém havia pouco tempo para as farras, pois o SAS passava cada vez mais tempo atrás das linhas inimigas. 

Quando foi formado o 1 SAS, Mayne foi promovido a Major e assumiu o comando do Esquadrão A. Este esquadrão era formado em sua maioria pelos homens mais experientes do SAS. Em 1942 Mayne começou  a operar da velha base do LRDG em Kufra, realizando patrulhas distantes no oeste que chegavam até a linha Mareth, que era a linha de defesa alemã na Tunísia oriental. Em janeiro de 1943, ele e outros homens foram enviados para o Líbano para um de esqui. Os esquadrões B e C e algumas patrulhas francesas estavam agora no deserto e aos veteranos foi dado uma parada em suas missões de combate.

A captura de David Stirling foi um desastre para o 1 SAS, que realizou algumas missões  depois disto mas que caiu nas garras do Estado-maior britânico e foi dissolvido em 19 de março de 1943.

Em abril de 1943, o Esquadrão A de Paddy Mayne recebeu as sobras do Esquadrão B (o comandante do B tinha sido sido feito prisioneiro) e foi formado um  novo Esquadrão, que ficou conhecido como SRS - Special Raiding Squadron. O SRS tinha um QG e três tropas, com três seções cada. O SRS devia ser usado como uma tropa de choque de elite para atacar posições litorâneas alemãs e italianas nos Bálcãs e no Mediterrâneo central. O SRS ficou subordinado ao QG das Forças Incursoras.

O SRS participou da invasão de Sicília e de campanha italiana até a batalha de Termoli, onde lutou bravamente, mas sofreu muitas baixas. Em dezembro o SRS foi enviado para Algiers, na Argélia e de lá  enviada para a Escócia em dezembro de 1943, onde foi reorganizado como 1 SAS, que faria parte da futura Brigada SAS.Mayne assumiu o 1 SAS como Tenente Coronel. Os outros componente da Brigada SAS eram o 2 SAS (sob o comando de Bill Stirling), 3 e 4 SAS( franceses) e 5 SAS (belgas). A Brigada SAS ficaria subordinada ao Corpo de Exército Aerotransportado e seus componentes teriam que trocar a tradicional boina bege pela boina vermelha dos pára-quedistas, mas com o distintivo original do SAS.Mayne e muitos veteranos não usavam a boina vermelha e não ausência de oficiais superiores colocavam a velha boina bege do SAS.

O SAS teve uma participação bastante ativa na Europa a partir do Dia-D. Sempre operando a frente dos exército aliados, sendo lançados de pára-quedas ou avançando com seus jeeps, eles muitas vezes estabeleciam bases avançadas  em bosques e florestas. Os seus esquadrões do SAS realizavam reconhecimento avançado, colhiam informações, realizam emboscadas e ataques relâmpagos a tropas alemães, centros de comando ou abastecimento, pontes, rodovias e estradas de ferro e organizavam focos locais da resistência. Muitas e muitas vezes operaram com o pessoal do SOE (Special Operations Executive) britânico e do OSS (Office of Strategic Services) americano.

Na maior parte dos quatro meses seguintes ao Dia-D, o tenente-coronel Paddy Mayne, coordenava ele mesmo os esquadrões de campo, corria de uma unidade à outra dando conselhos, avaliando o ritmo de progresso, envolvendo-se na ação - e até mesmo participando de festividades improvisadas, nas quais os soldados consumiam álcool de madeira e outras bebidas que pareciam mais perigosas para a saúde do que os disparos alemães.

Onde os alemães eram fracos o SAS podia estabelecer zonas liberadas,  mas freqüentemente eles achavam mais difícil se esconder na Europa do que na vastidão do deserto na África do Norte. Também diferente dos combates na Líbia e Tunísia era o tratamento dados aos homens do SAS capturados. Enquanto o tratamento dado pelo Afrika Korps aos prisioneiros era cavalheiresco, respeitando as regras da guerra, as tropas alemãs (especialmente as SS) na Europa executavam a maioria dos pessoal capturado do SAS. 

Pelo inverno de 1944 a maioria do 1 SAS estava servindo de ponta de lança das tropas aliados ou tinha se infiltrado atrás das linhas alemãs através de jeep ou a pé. Eles tinham matado mais de mil alemães e tinham destruído uma enorme quantia de equipamento inimigo, como também indicado muitos alvos para ataques aéreos. Havia pouco trabalho para eles durante o inverno europeu como a linha de frente estabilizada e lhes foi ordenando voltarem para o Reino Unido por um mês.

Em 7 de abril de 1945 Mayne levou de volta ao continente europeu os esquadrões B e C do 1 SAS para o que seria a última campanha da guerra. Eles foram operar especialmente em defesa da 4ª Divisão Blindada canadense e lutaram perto de Meppen, no noroeste da Alemanha. Mas outras operações foram realizadas por todo 1 SAS nos meses finais da guerra na Europa. o SAS também operou com unidades blindadas britânicas,

Em maio de 1945 o 1 SAS foi para a Noruega com o resto da Brigada SAS onde eles tiveram a tarefa de desarmar as unidades alemães agrupadas na área de Bergen. Os regimentos do SAS britânicos foram desmobilizados no Reino Unido em outubro de 1945 e Mayne foi licensiado logo após. Ele tinha recebido quatro Ordens de Serviço Distintos (DSO - Distinguished Service Orders) por sua incrível coragem e liderança em combate. Alguns historiadores afirmam que se ele não tivesse um gênio tão explosivo poderia ter recebido a Victoria Cross, a mais alta condecoração militar britânica. Ele recebeu também a The Legion D´Honneur e a Croix de Guerre, francesas.

Depois de um período trabalhando com o Observatório Britânico da Antártica (British Antarctic Survey) nas Falklands e Geórgia do Sul, ele voltou a trabalhar como advogado em sua cidade natal, Newtownards, mas ele realmente nunca mais se acostumou a sua nova vida de civil. Paddy Mayne morreu em um acidente de carro em 1955, quando voltava para sua em Newtownards. 



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