Perfil da Unidade

56º Grupo de Caça - 8ª Força Aérea dos EUA - 2ª Guerra Mundial


Nos céus da Europa, dilacerados pela guerra, o 56º Grupo de Caça dos Estados Unidos entrou em combate quase diário contra a Luftwaffe de Hermann Goering, numa corrida para alcançar superioridade aérea antes da planejada invasão Aliada ao continente. O Wolfpack de Zemke, como se tornou conhecido, era parte integrante da dominação dos aviadores combatentes da Alemanha nazista. Pilotando o menos glamuroso P-47 Thunderbolt, esses aviadores americanos combateram a Luftwaffe, desde o começo da ofensiva aérea contra a Alemanha até os últimos dias da guerra.

 

A ALCATÉIA DE ZEMKE

Voando a 6.000 m de altitude sobre o Mar do Norte, o tenente-coronel David Schilling inclinou-se na cabine de seu P-47 Thunderbolt para observar, em meio à névoa, a linha costeira da Festung Europa (Fortaleza Europa) - a designação alemã para os territórios europeus que os exércitos nazistas ocupavam. O piloto moveu o manche em sentido lateral, fazendo balançar as asas do avião: era o sinal para os outros 36 Thunderbolt da primeira seção de ataque assumirem formação de combate. Passava um pouco das 12h. Faltavam quarenta minutos de vôo para o encontro com os Boeing B-17 Flying Fortress - Fortaleza Voadora que seguiam para Berlim.

 

Dois dias antes, a Força Aérea americana havia realizado seu primeiro grande bombardeio contra a capital inimiga. Agora, 8 de março de 1944, os B-17 retornavam para terminar sua missão. O Comando da 8ª Força Aérea da USAAF (Força Aérea do Exército dos EUA) previa o ataque em massa ,da Luftwaffe. Por isso designara seu grupo de caças de melhor desempenho, o 56º para defender os bombardeiros. Tão logo alcançaram as Fortalezas Voadoras, as três esquadrilhas do 56° Grupo prepararam-se para enfrentar o iminente ataque alemão. Em pouco tempo avistaram, a menos de 10 km, as trilhas de condensação de cerca de 25 aviões inimigos.

"Aqui é o Yardstick. Demônios na posição das cinco horas. Siga-me, Esquadrão Woodfire." - Após a mensagem de Schilling, os pilotos americanos iniciaram uma curva ascendente rumo às trilhas de condensação .' Com isso, não viram a enorme formação de caças inimigos que voava mais abaixo. Com as vantagens da surpresa e da altitude, um grupo de
Focke-Wulf Fw 190 atacou a esquadrilha, abatendo dois P-47 em sua primeira passagem.

Coronel Hubert Zemke, comandante do
56° Grupo de Caças da USAAF, Inglaterra.

O coronel Hubert Zemke esteve entre os mais notáveis comandantes de caças da Segunda Guerra Mundial. Além de excelente piloto de combate - com dezessete aviões inimigos
abatidos em vôo, no período em que comandava a “Alcatéia de Zemke", era um tático brilhante e um líder nato.

 

Na ilustração, Zemke está vestido com macacão de vôo, e usa seu pára-quedas
de assento dentro do arnês padrâo para pilotos de caças. Juntamente com os óculos de aviador e o salva-vidas inflável, de fabricação americana, traz duas peças de origem britânica: um capacete de vôo Tipo C e uma máscara de oxigênio Tipo F.

 


A superioridade alemã teve curta duração. Os 36 Thunderbolt da segunda seção de ataque haviam decolado dez minutos após a partida do primeiro grupo. Ao ouvir os sinais de alerta transmitidos pelo rádio, seu líder, o tenente-coronel Francis Gabreski, ordenou que os pilotos acelerassem ao máximo e socorressem os companheiros. Quinze minutos depois, os atacantes da
Luftwaffe se dispersavam. Mas a luta não terminara ainda. Quando os aparelhos alemães se dirigiram aos campos de pouso, para reabastecimento e rearmamento, foram seguidos pelos Thunderbolt, que abateram vários Messerschmitt Bt 109 e FW 190. Em sucessivas passagens, os americanos também destruíram aparelhos no solo. Três horas e quarenta minutos após a decolagem, a maioria dos Thunderbolt estava de volta
à base de Halesworth, em Suftolk (Inglaterra) . Muitos praticamente não tinham uma gota de combustível, pois o combate a toda potência havia consumido gasolina à média de trezentos galões por hora.


Nos relatórios, trinta aeronaves alemãs foram dadas como destruídas, um novo recorde para um grupo de caças numa única missão. Entre elas, estavam incluídos dois FW 190 e um Ju 88, derrubados pelo capitão Walker “Bud” Mahurin. O capitão Gerald Johnson e o tenente Robert Johnson destruíram, cada um deles, dois Bf 109. O total do 56° Grupo elevou-se a trezentas unidades abatidas. Em contrapartida, naquele dia o grupo sofreu suas perdas mais pesadas: cinco Thunderbolt, um dos quais atingido por fogo antiaéreo. Era o preço da atuação basicamente ofensiva que consagrou o 56° Grupo na 8ª Força Aérea.

 

Boa parte do sucesso do 56.° Grupo pode ser atribuída a seu comandante, o coronel Hubert “Hub” Zemke, por sua liderança ativa, táticas bem avaliadas e ênfase na disciplina de vôo, No entanto, para chegar a essa posição, ele e seus companheiros tiveram de enfrentar uma série de dificuldades.

 

O 56° Grupo de Caças foi formado no início de 1941, em Savannah, Geórgia, antes da entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial. Compunha-se da 61ª, da 62ª e da 63ª Esquadrilha. Em seu primeiro ano de existência permaneceu com guarnição reduzida e pouquíssimas aeronaves, até que, em janeiro de 1942, tornou-se o primeiro grupo a receber o P-47 Thunderbolt, o novo caça para grande altitude da Republic Aviation Corporation. No final de 1942, quando chegou a ordem de deslocamento do grupo para a Grã-Bretanha, seus pilotos já conheciam bastante bem o P-47.

 

Todo novo modelo de aeronave apresenta problemas técnicos, e o Thunderbolt não foi exceção. Um dos aspectos mais graves, só resolvido na Grã-Bretanha, consistia na interferência da ignição do motor no sistema de radiorrecepção, em VHF. Ã eliminação dos problemas retardou de tal maneira o uso operacional do P-47 que o 56° Grupo só ficou definitivamente equipado e pronto para entrar em ação em 8 de abril de 1943.

 

Às primeiras experiências de combate dos pilotos de Zemke em nada poderiam recomendá-los. No primeiro encontro com o inimigo, as táticas e o controle deficientes resultaram na perda de dois Thunderbolt. Em maio, o grupo abateu seu primeiro "inimigo”; soube-se, mais tarde, que a vitima era um SUPERMARINE SPITFIRE da RAF, a Força Aérea britânica (o piloto conseguiu sobreviver). Em 26 de junho, a Luftwaffe derrubou três P-47. Dois outros receberam tamanho castigo que tiveram de ser retirados de serviço, após o retorno à Inglaterra.


O duro aprendizado estendeu-se por quatro meses. As perdas se multiplicavam, superavam em muito as vitórias mas os pilotos sobreviventes adquiriam uma experiência inestimável. Além disso, a liderança de Zemke começava a apresentar os primeiros resultados. Mesmo os aviadores mais rebeldes aceitaram sua exigência de rígida disciplina em vôo. Zemke também incutiu em sua equipe a importância do planejamento tático: ele considerava que o êxito dependia de explorar as vantagens do P-47 e minimizar seus pontos fracos.

 

Segundo a análise de Zemke, o Thunderbolt era pesado e tinha pouca aceleração e razão de subida, se comparado a seus principais adversários, o Messerschmitt Bf 109 e o Focke-Wulf F W 190. Também não podia bater os modelos inimigos nas manobras de combate em baixa velocidade. No entanto, em altitude acima de 7.500 m, quando o turbocompressor passava a funcionar automaticamente, o P-47 ultrapassava essas aeronaves em vôo nivelado e, desde que a velocidade não caísse abaixo de 360 km/h, também podia superá-las em rendimento. Além disso, devido a seu peso, o P-47 tinha facilidade nas manobras em pique para escapar aos ataques do Bf 109 ou do FW 190 e, aproveitando o impulso atingido, voltava a grande altitude em ascensão vertical. Ou seja, os pilotos do Thunderbolt deveriam evitar combates em ascensão, só entrar em dogfights se pudessem conservar alta velocidade, e explorar sua superioridade em pique para atacar e fugir.

 

O desempenho do 56° Grupo confirmaria a eficácia dessa apreciação tática. As Browning desfechavam mais de cem disparos por segundo. A potência de fogo do B-47 era fantástica. Dispunha de oito metralhadoras Browning de 12,70 mm, cada uma desfechando, numa rajada, mais de cem disparos por segundo - o bastante para destruir ou avariar seriamente qualquer caça alemão. Como as armas estavam instaladas nas asas, o fogo convergia para um determinado ponto; Zemke fez com que os pilotos percebessem a importância da avaliação correta da distância para o êxito do ataque.


No dia 17 de agosto de 1943, a 8ª Força Aérea empreendeu uma missão de bombardeio às instalações de uma fábrica de rolamentos, em Schweinfurt. Ao retornar,
as Fortalezas Voadoras teriam a escolta do 56° Grupo. Os pilotos de Zernke encontraram-nas sobre a Bélgica, quando sofriam o ataque de caças alemães. O coronel posicionou suas esquadrilhas acima dos bombardeiros. Quando os Bf 109 e os FW 190 voltavam para nova passagem, os caças americanos mergulharam sobre eles. Seguiu-se um violento combate, com a perda de três P-47; porém, o 56º retornaria à base após destruir dezenove aeronaves inimigas, um recorde para um grupo da 8ª Força Aérea.

 

Em Fevereiro de 1944 o 56º definir uma nova tendência para as unidades de caça 8 AF pintando a ponta do nariz de suas aeronaves com as cores dos esquadrões. O 61ª era vermelho, o 62º amarelo e 63º azul. Os três narizes aqui representados são: 61º 42-75508 HV-B “Pistol Packin’ Mama” do Praeger Neyland; 62º 42-75237 LM-S “Whack” de Dave Schilling e do 63º42-75185 UN-X “Princess Pat” de Charles Reed. Essas cores só duraram até março de 1944, quando 8º Comando de Caça decidiu sobre o sistema de narizes coloridos para representar o grupo ao invés dos esquadrões individuais, com o 56º, em seguida, adotando o nariz vermelho como identificação.

 

Dois dias depois, Zemke teve a oportunidade de repetir essa tática, obtendo dez vitórias contra uma única perda. Em setembro, abateram-se nove aparelhos alemães. A instalação de tanques auxiliares de combustível, que proporcionavam de trinta a quarenta e cinco minutos adicionais de vôo, permitiu que os Thunderbolt atingissem o interior da Alemanha. Em 5 de novembro, o 56° alcançou sua centésima vitória, conquistando definitivamente o primeiro lugar entre os grupos de caças sediados na Inglaterra. No final do mês, numa missão a Emden, obteve um novo recorde: 23 vitórias.


Nesse combate, o capitão "Bud" Mahurin abateu três aeronaves inimigas, tornando-se o primeiro do grupo da 8ª Força Aérea a atingir um número de vitórias
individuais expresso em dois algarismos: 11 vitórias. Mahurin fora um dos pilotos “problema" do 56°. Chegou a receber sérias advertências de Zemke por
ter voado baixo e colidido com um
B-24 Liberator, sobre a Inglaterra. O Liberator continuou voando, enquanto Mahurin teve de saltar de pára-quedas de seu Thunderbolt sem cauda. No final de novembro de 1943, outros pilotos do 56° obtiveram a qualificação de ás: David Schilling e Gerald Johnson, com oito aeronaves abatidas cada um; Zemke, com sete; Robert lohnson e Walter Cook, com seis; e Francis Gabreski, com cinco. Alguém chamou o 56° Grupo de “Alcatéia de Zemke”, e o nome pegou.


Nos meses seguintes, os “lobos” continuaram a obter êxitos seguidos; em cinco ocasiões, derrubaram mais de nove aviões inimigos. Robert Johnson tornou-
se o primeiro às da 8ª Força Aérea, com 22 inimigos abatidos até meados de março. Outros pilotos do 56º aproximavam-se desse total. Apesar de o número de
vitórias em relação às perdas ser extremamente favorável, ainda ocorriam insucessos, a maioria resultante de ataques a objetivos no solo, quando a artilharia ligeira antiaérea dos alemães cobrava seu preço. (Para incentivar a destruição de aeronaves inimigas no solo, a
8ª Força Aérea considerava essas vitórias iguais às obtidas em combate aéreo.)

 

P-47D-25-RE 42-26641 do Coronel David Schilling, Oficial Comandante do 56º Grupo de Caça - 1944

À 27 de março, o grupo perdeu dois de seus principais ases: Gerald Johnson e "Bud" Mahurin. O primeiro teve seu avião abatido por fogo antiaéreo quando investia contra alvos terrestres, sendo aprisionado. "Bud" Mahurin levou a pior num ataque a um bombardeiro Dornier. Conseguiu escapar à captura e depois retornou à Inglaterra com o auxilio da Resistência francesa. Em abril, o 56° Grupo foi deslocado para Boxted, no Essex, deixando Halesworth vazia para a chegada de um grupo de bombardeiros. A mudança coincidiu com o declínio geral das forças da Luftwaffe, severamente castigada pelos caças americanos de longo raio de ação: dai por diante, a média de vitórias do grupo declinou. O 56° passou a sofrer a concorrência de outros grupos de caças da USSAF, equipados com o P-51 Mustang. O alcance maior dos Mustang permitia que acompanhassem as Fortalezas Voadoras até seus alvos, enquanto os Thunderbolt estavam limitados a um raio máximo de ação de 720 km, e isso quando equipados com dois tanques auxiliares alijáveis, transportados nas asas. Na primavera de 1944, foram as unidades de Mustang que se engajaram na maioria dos principais combates.

 

Zemke estava decidido a oferecer maior número de vitimas a seus “lobos”. Seu novo plano requeria a incursão do grupo até um determinado ponto da Alemanha, na vanguarda de uma missão de bombardeio. Em seguida, alguns Thunderbolt abririam em leque de 180 graus, à procura do inimigo. Se um desses aviões de busca fizesse contato, pediria auxilio pelo rádio à força principal de P-47 que formaria ao centro, pronta para entrar em ação. Em 12 de maio de 1944, quando a 8ª Força Aérea iniciou sua campanha contra a indústria petrolífera alemã, o "leque de Zemke“ foi colocado em pratica, com resultados assornbrosos. De fato, o grupo encontrou mais ação do que poderia enfrentar, e o próprio Zemke escapou por pouco. Os alemães abateram três P-47; porém, ao voltar para Boxted, o grupo reivindicou a destruição de dezoito aeronaves.

 

O número global de vitórias chegou a mais de quatrocentos. Em maio, Robert Johnson elevou seu escore individual a 28, número igualado em julho por Francis
“Gabby" Gabreski, e que permaneceu como o maior total individual entre os pilotos de caças americanos na Europa, durante toda a guerra. Johnson retornou aos Estados Unidos depois de concluir seu tempo de serviço.

 

Gabreski não teve a mesma sorte. Fez um pouso de emergência durante um ataque contra objetivos terrestres e terminou por se juntar aos antigos pilotos do 56º, num campo de concentração alemão para prisioneiros de guerra.

 

Aviões do 56º apóiam o avanço de tropas americanas na França após os desembarques no Dia-D


As possibilidades de se conseguir um alto número de vitórias individuais chegaram ao fim no verão de 1944, embora Fred Christensen ainda obtivesse 22 vitórias antes de encerrar seu turno de serviço. Destas, as seis últimas foram contra veículos de transporte que ele surpreendeu num circuito de tráfego. Com o Dia-D e o conseqüente avanço por terra dos Aliados, na França e nos Países Baixos, o 56º Grupo passou a receber um número crescente de missões de ataque a objetivos no solo.
Para essas missões o resistente P-47 era mais indicado que o P-51, com seu vulnerável motor de refrigeração líquida.

 

Em agosto de 1944, Zemke deixou a “alcatéia” para assumiro comando de outro grupo de caças. Logo em seguida, porém, foi abatido e aprisionado. David Schilling recebeu o comando do 56° Grupo, agora formado, em grande parte, por pilotos substitutos (muitos veteranos já haviam retornado aos Estados Unidos). Em setembro, o 56° realizou sua missão mais desastrosa: recebeu a tarefa de localizar e bombardear baterias antiaéreas, durante uma operação de apoio ao assalto aerotransportado às pontes de Arnhem. A má visibilidade ajudava a ocultar a caça, mas não o caçador. Dezesseis P-47 não retornaram a Boxted.

 

Em dezembro de 1944, aproveitando-se do mau os alemães desfecharam uma grande contra-ofensiva na área das Ardenas. Quando as condições atmosféricas melhoraram, a campanha recebeu o reforço da Luftwatfe: era as oportunidade que a "alcatéia" esperava. Em 23 de dezembro, Schilling comandou 56 Thunderbolt numa missão de reconhecimento sobre a área de Bonn. Graças a um equipamento de radar de microondas de alarma antecipado, os grupo foi orientado na direção de cerca de 250 FW 190 e Bf 109, aglomerados em várias formações e voando baixo. Com a vantagem da altitude, Schilling deu as instruções para o ataque, que
resultou na destruição em massa de 37 aviões inimigos contrata perda de apenas três. O próprio comandante destacou-se no combate, ao destruir três Bf 109 e dois FW 190, elevando para 22 o total de suas vitórias.

 

O dia 23 de dezembro de 1944 foi uma data histórica para o 56º Grupo de Caça. Neste dia a unidade abateu 37 aviões inimigos e o Coronel David Schilling, seu Oficial Comandante, abateu 3 Bf 109 e 2 Fw 190.


Durante quase todo o ano de 1945, o 56º esteve poucas vezes em ação, em parte devido a problemas técnicos com o novo modelo P-47M, somente solucionados no final de março. Nas últimas semanas da guerra, poucas vezes foram avistados aviões inimigos. As duas últimas vitórias aéreas, contra jatos ME-262, ocorreram em 7 de abril. A l3 de abril, o grupo realizou seu ataque de maior êxito contra objetivos em terra, destruindo noventa aeronaves da Luftwaffe no campo de pouso de Eggebek, próximo a Hamburgo - embora, a essa altura, os alemães provavelmente tivessem pouco ou nenhum combustível para abastecê-las. A última missão do 56.° realizou-se em 21 de abril: um reconhecimento, sem incidentes, à frente de bombardeiros, na área de Munique.

 

Introduction of the P-47M brought about a flamboyant change in unit paint schemes. The three squadrons all chose different schemes for their new mounts and these were applied to the top surfaces only. Undersides were left in bare metal, as were (usually) the wing and tailplane leading edges and canopy frames. 61st FS - red rudders, serials and letters with white outlines to the code letters. Topsides matt black. It is said that this finish took on a deep purplish/plum coloured tinge in sunlight but Lt. Russ Kyler disputes this. . 62nd FS - yellow rudders, codes and serial #s. Topside markings dark green and a lightish grey, possibly Sea Grey or Ocean Grey in various patterns, field applied so that no two were the same 63rd FS - topsides 2-tone blue, similar to Azure Blue and Dark Mediterranean Blue. Rudders and serials sky blue, code letters silver with (usually) thin black outlines. Note that some P-47Ms had fin fillets and wing pylons ex-factory; the early ones were retrospectively field-fitted.

 


A Introdução do P-47M trouxe uma mudança nos esquemas de pintura da calda dos aviões da unidade. Os três esquadrões escolheram diferentes esquemas e estes foram aplicados nas superfícies superiores somente. A parte debaixo foi deixada Undersides foram deixados em bare metal, assim como (geralmente) as asas e bordos do leme bordos e molduras de copa. 61 FS - lemes vermelhos, folhetins e letras brancas com contornos para o código de letras. Topsides preto fosco. Diz-se que este revestimento assumiu a púrpura profunda / ameixa tinge de cor no sol, mas o tenente Russ Kyler contesta. . FS 62 - lemes amarelo, códigos e serial # s. marcações Topside verde escuro e cinza lightish, possivelmente Sea Grey ou Ocean Grey em diversos padrões, campo aplicado de modo que não há dois eram os mesmos 63 FS - topsides dois tons azul, semelhante ao azul e Dark Blue Mediterrâneo. Lemes e séries céu azul, o código de prata com letras (geralmente) preta fina contornos. Observe que alguns P-47Ms tinha filetes fin e postes ala da fábrica, os primeiros foram retrospectivamente campo equipada.

 

 

O total de aeronaves inimigas destruídas por grupos americanos de caças, na Europa, só foi retificado após o cessar das hostilidades quando os antigos, pilotos, prisioneiros de guerra, puderam ficar disponíveis para interrogatório. Atribuíram-se ao 56° de 1.000 aeronaves destruídas, em ar e em terra um número pouco menor que o total de aeronaves abatidas pelo 4° Grupo de Caças.

 

No entanto, em termos de vitórias em combate aéreo, o 56° permaneceu imbatível. Suas 675 vitórias confirmadas ultrapassavam larga margem o total do grupo que obteve o seguir do lugar. Além disso, teve a maior média de vitórias contra perdas, com apenas 128 aeronaves abatidas em ação (o 4° Grupo perdeu 241).

 

O 56° Grupo reunia seis dos dez maiores ases americanos na Europa, entre eles Gabreski e Johnson, empatados no primeiro lugar. Nada menos que dezoito Distinguished Service, a segunda maior condecoração americana, foram conferidas à "Alcatéía de Zemke”.

 

Francis Gabreski
Entre os muitos ases do 56° Grupo de Caças, os detentores do melhor escore foram Francis Gabreski e Robert Johnson, ambos com 28 aeronaves abatidos. Robert Johnson serviu tanto na 61ª quanto na 62ª Esquadrilha. Realizou 91 missões de combate entre junho de 1943 e maio de 1944, quando retornou aos Estados Unidos. Excelente piloto, dotado de grande capacidade tática, podia explorar ao máximo as qualidades do P-47 no combate contra seus oponentes alemães.

 

Gabreski, nasceu nos EUA, mas era filho de imigrantes poloneses. Ele conseguiu suas asas e seu comissionamento como a Segundo Tenente no Corpo Aéreo do Exército dos EUA em março 1941, e foi enviado para o Havaí a bordo do SS Washington em seu primeiro posto de serviço no 45ª Esquadrão de Perseguição do 15º Grupo de Perseguição . Gabreski estava no Havai durante o ataque japonês a Pearl Harbor. Ele juntou membros de seu esquadrão em caças P-36 em uma tentativa de interceptar os atacantes, mas os japoneses tinhamse retirado antes de sua reação.  

 

Em setembro de 1942 Gabreski, promovido a Capitão, é enviado para a Inglaterra como oficial de ligação junto ao lendário Esquadrão 303 (polonês) da RAF. A idéia era que pilotos americanos obtivessem experiência de combate junto a pilotos da RAF, e como ele falava polonês juntou-se aos poloneses. Mas quando Gabreski chega em outubro na Inglaterra o 303 está d licença e Gabreski juntasse então em janeiro de 1943 a 315ª Esquadrilha da RAF (polonesa). Nesta unidade ele pilotou caças Spitfire Mk IX realizando treze missões operacionais em aviões Spitfire. Em fevereiro, retomou ao 56°, como líder de vôo da 61ª Esquadrilha.


Em agosto de 1943 abateu sobre a França um FW 190, sua primeira vitima. Nos onze meses seguintes, outras 27 aeronaves caíram sob o fogo de suas metralhadoras. Derrubado sobre a Alemanha, em 20 de julho de 1944, tentou escapar, mas cinco dias depois foi capturado e levado para um campo de prisioneiros, onde permaneceu até o final do conflito. A Gabreski foi creditado oficialmente pela USAAF 28 aviões abatidos em combates aéreos e 3 destruídos em terra, tendo ele voando 166 sortidas de combate.

 

No pós-guerra, continuou a servir como comandante de caças. O Cel Francis Gabreski, foi nomeado comandante do 51º Grupo na Guerra da Coréia, obtendo 6 ½ vitórias em combates aéreos.

 

O P-47D de Gabreski na época do 56º Grupo de Caça - Aqui com 27 vitorias.

O F-86E-10-NA "Michigan Center/Lady Frances", do 25th FIS da USAF do Coronel Gabreski na Guerra da Coréia em 2 de outubro de 1951 quando abateu um MiG-15 pilotado por I. Morozov - Aqui a aeronave mostra 5 vitorias.
 

Pós-guerra

Com o fim das hostilidades, as aeronaves da unidade foram para os depósitos da USAAF em setembro de 1945. A unidade foi transferida de volta para os EUA em 11 de Outubro de 1945, a bordo do Queen Mary, chegando em Nova York no dia 16 de outubro de 1945 e sendo desativada em 18 de outubro de 1945 em Camp Kilmer, New Jersey.

O Grupo foi reativado em 1º de maio de 1946 como um grupo estratégico de combate do Air Command, sendo atribuído a Décima Quinta Força Aérea na Base Aérea do Exército em Selfridge, Michigan, equipado com caças P-47 e P-51 até que a unidade foi reequipada com as aeronaves Lockheed P-80 em 1947. O grupo treinou para manter a proficiência como uma força de ataque móvel, incluindo missões de escolta de bombardeiros até ser transferida para o Strategic Air Command Continental Air Command em 01 de dezembro de 1948.

Em 15 agosto de 1947, a 56 Fighter Wing foi ativada no âmbito do plano de reorganização Hobson, e o 56 Fighter Group lhe foi atribuído como uma unidade subordinada. O grupo recebeu também a missão da defesa aérea do nordeste dos EUA em abril 1949, e continuou até fevereiro 1952, com sua posterior nomeação para o Comando de Defesa Aérea. Ele foi redesignado
56th Fighter-Interceptor Group, em 20 de janeiro de 1950, e em seguida, inativada em 06 de fevereiro de 1952, devido a reorganização da Força Aérea dos EUA.

 

Ele substituiu o  501st Air Defense Group no Aeroporto Internacional O'Hare, em 18 de agosto, 1955, assumindo a sua missão de defesa aérea e operação das instalações de base ADC em O'Hare.

A unidade m
over-se sem pessoal ou equipamento para KI Sawyer AFB, Michigan, em 1º de outubro de 1959, quando a ADC encerrar as operações de vôo no aeroporto de O'Hare, o grupo absorveu os recursos do 473d Fighter Group até que o grupo foi interrompido, e inativado, em 1º de fevereiro de 1961. Seu 62 FIS permaneceu com um esquadrão operando aeronaves McDonnell F-101
Voodoo até 1969.

Durante a Guerra do Vietnã, o
56th Air Commando (depois Special Operations) Wing
realizou missões de guerra não convencional no teatro de operações Laos. Embora ainda inativo o grupo foi redesignado 56 Tactical Fighter Group, em 31 de Julho de 1985.


56º Grupo de Operações

O grupo foi reativado em 1º de novembro de 1991 como
56th Operations Group atribuído a 56th Fighter Wing em MacDill AFB, Flórida. O OG 56 era um componente operacional de Ala sob a nova concepção de "Objective Wing" da USAF, e recebeu as honras e a história do 56 Fighter Group. Conduziu treinamento de transição com o F-16 em MacDill até meados de 1993, progressivamente cessando as suas operações até 4 de janeiro de 1994 quando foi inativado com a eliminação das operações de caça em MacDill.

O 56 foi posteriormente reativado na Luke Air Force Base, Arizona, em 1º de abril de 1994.
Tem conduzido operações de treinamento como o F-16 desde então e também realizou treinamento para tripulações de F-15E Strike Eagle por um período entre abril de 1994 e março de 1995.

 


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Assunto: 56º Grupo de Caça USAAF