Perfil da Unidade

FORÇAS PARAMILITARES DA CIA 

(AGÊNCIA CENTRAL DE INTELIGÊNCIA)

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Acredita-se que exista na CIA (Agência Central de Inteligência), a Divisão de Atividades Especais (SAD - Special Activities Division), que é uma divisão do National Clandestine Service da CIA, que é responsável para ação encobertas e "atividades especiais", subordinada ao Diretório de Operações.

O SAD seria o braço ofensivo da Agência. Dentro da SAD há dois grupos distintos. Um para operações paramilitares e outro para influência política. Os oficiais desta divisão são convocados quando o presidente dos EUA quer influenciar secretamente a política de países estrangeiros, sem que sejam notados sinais da ação americana. Os oficias da divisão no cumprimento de suas missões podem gerar crises econômicas e políticas nos países estrangeiros, fortalecer e financiar grupos aliados, além de influenciarem as eleições locais através da mídia, sindicados, etc, além de inúmeras outras ações secretas. A divisão conta com uma força paramilitar de elite, o supersecreto, rude e eficaz Grupo de Operações Especiais (SOG - SpecialOperations Group) quando necessita realizar ações de combate nos países ou regiões em que está operando. O SOG é composto por cerca de 250 (este número pode ser aumentado) especialista militares (homens e mulheres) e é virtualmente um exército secreto independente com seu próprio orçamento anual de milhões de dólares. Estas operações incluem a coleta de inteligência em área hostil, ou em áreas em que as operações militares e/ou de inteligência dos EUA precisam ser encobertas. Quando os membros do SOG (chamados oficiais de operações paramilitares) estão em missão, normalmente não levam nenhum objeto ou roupa (por exemplo, uniformes militares) que os associem aos Estados Unidos. Se comprometidos durante uma missão, o governo dos Estados Unidos irá negar qualquer relação com o envolvido e sua missão. Os oficiais de operações paramilitares constituem a maioria dos que recebem com as secretas condecorações Distinguished Intelligence Cross e a Intelligence Star, duas das medalhas de mais alto valor da CIA. Não surpreendentemente, até 2004 eles correspondiam a quase a metade das 79 estrelas sem nome que compunham o Memorial Wall da CIA em seu QG, que é uma homenagem aos membros da CIA mortos em serviço desde a fundação da Agencia em 1947.

O primeiro dos agentes da CIA a serem mortos no cumprimento do dever foi Douglas Mackiernan. Ele trabalhava publicamente sob cobertura diplomática como um funcionário do Dep. de Estado dos EUA. Na verdade ele era oficial de inteligência da CIA, um dos primeiros desde sua criação em 1947. A sua tarefa em Tihwa, Sinkiang, incluía a coleta de inteligência sobre as atividades nucleares russas na China Ocidental. Além isto, ele nutria o movimento anti-comunista entre tribos locais. Mackiernan foi morto em abril de 1950 acidentalmente em posto de fronteira quando tentava passar o Tibete quando este ainda era livre.

Uma das estrelas mais recentes foi a de Mike Spann. Mas a CIA sofreu mais baixas no Afeganistão que a agência ainda não divulgou. Um agente da CIA foi ferido por uma bala no peito durante um tiroteio no sul do Afeganistão, e um dos soldados americanos cuja morte foi confirmada estava trabalhando com uma equipe da CIA quando foi atingido em um outro confronto.

O SOG opera de perto com a Força Delta, US Navy Seal (SEAL-6) e os Boinas Verdes americanos das US ARMY SPECIAL FORCES, também como o MI6/SIS e SERVIÇO AÉREO ESPECIAL (SAS) britânicos e com , mas tem uma relação mais distante com outras unidades especiais dos EUA como os Rangers e USMC. Alguns até acreditam que o SOG e o SAD são a mesma coisa, é que durante certo tempo eles foram chamados de SAS-Special Activities Staff e que depois foi renomeado para MSP - Military Special Projects. Mas é tudo especulação, o que é normal quando se trata de uma unidade secreta da CIA e suas operações.  

Visão Geral
Como braço armado do National Clandestine Service, SAD/SOG realiza missões militares de ação direta, como invasões, emboscadas, sabotagem e assassinatos, guerra não convencional (por exemplo treinando e liderando grupos guerrilheiros e unidades de exército de outros países em combate). O SAD/SOG também realiza  Reconhecimento Especial que pode ser para fins militar e/ou de inteligência, em áreas hostis e extremamente sensíveis.

Outro grupo dentro dentro do SAD realizar operações psicológicas encobertas, eles realizam as chamadas black propaganda, "ação política" e "influencia encoberta" para afetar a mudança política em uma região como parte importante da política externa dos EUA. Alguns exemplos de programas de ação política foram a prevenção das vitórias do Partido comunista italiano (PCI) nas eleições entre 1948 e inícios dos anos 1960; ter subvertido o governo pró-comunista do Irã em 1953, Guatemala em 1954, e 1957 na Indonésia, e provendo fundos e apoio ao Solidariedade após a imposição da lei marcial na Polônia depois de 1981. Os golpes promovidos pela CIA no Irã, na Guatemala e no Chile geraram regimes repressivos que terminaram por prejudicar mais no final das contas a política externa norte-americana.

O SAD provê ao Presidente dos Estados Unidos uma opção quando ações diplomáticas ou militares não são viáveis ou não são politicamente possíveis. O SAD pode ser acionado diretamente pelo Presidente dos Estados Unidos ou pelo Conselho de Segurança Nacional a mando do Presidente. O SAD é menor que a maioria das outras unidades de missões especiais como Força Delta e SEAL Six.

Foi entendida melhor a existência da SAD como resultado da "Guerra Global ao Terror". Começando no outono de 2001, equipes paramilitares do SAD/SOG chegaram no ao Afeganistão para caçar líderes da Al-Qaeda, facilitar a entrada das Forças Especiais dos EUA e ajudar a Frente islâmica Unida para a Salvação do Afeganistão contra o Talibã. Unidades do SAD/SOG também derrotaram o Ansar al-Islã no norte do Iraque antes da invasão em 2003 e treinaram, equiparam, organizaram e levaram as forças curdas a derrotar o Exército iraquiano exército no Kurdistan. Apesar de ser a unidade mais secreta das Operações Especiais dos EUA, já foram publicados numerosos livros contando as façanhas dos oficiais paramilitares da CIA, incluindo Feet to the Fire: CIA Covert Operations in Indonesia, 1957-1958 de Kenneth J. Conboy e James Morrison e Shooting at the Moon: The Story of America's Clandestine War in Laos de Roger Warner.

A maioria dos peritos considera o SAD/SOG a força primária dos EUA em guerra não-convencional, se aquela guerra consiste em administrar operações de contra-insurgência  ou criar uma insurreição em um país estrangeiro. O SAD/SOG seleciona seus operadores em sua maioria de dento das unidades de elite do Exército norte-americano, como os SEALs da Marinha emparelha (especialmente do United States Naval Special Warfare Development Group também conhecido como DEVGRU ou SEAL Team Six), do 1st Special Forces Operational Detachment-Delta (também conhecido como Combat Application Group (CAG), dos Grupos de Forças Especiais (também conhecidos como Boinas Verdes), dos US Army Rangers, e dos USMC Recon e dos Air Force Pararescue e dos Combat Control Teams, mas, se necessário também das autoridades civis, como o Drug Enforcement Administration (DEA), unidades da SWAT.

Ações encobertas

A autorização para que a CIA venha coletar inteligência, conduzir contra-inteligência e realizar a ações encobertas vem do National Security Act de 1947. O Presidente Ronald Reagan emitiu a Ordem Executiva 12333 intitulada "United States Intelligence Activities" em 1984. Esta ordem definia as ações encobertas como "atividades especiais", tanto políticas como militares, e que os EUA poderia legalmente negá-las, concedendo exclusivamente a CIA sua execução. A CIA foi também designada como a única autoridade neste área, ao abrigo da Lei 1991 de Autorização de Inteligência, espelhado no título 50 do Código dos Estados Unidos Seção 413. A CIA tem de ter uma ordem emitida pelo Presidente dos Estados Unidos, a fim de conduzir as suas atividades no âmbito da alteração Hughes-Ryan alteração da Lei 1991 de Autorização de Inteligência. Estas ações, então, são controladas por dois comitês do Senado, Senate Select Committee on Intelligence e House Permanent Select Committee on Intelligence. Como conseqüência deste quadro, a CIA tem o maior supervisão que qualquer das outras agências governamentais.

Cada Presidente desde George Washington usou pelos menos uma vez ações encobertas como parte da sua política externa mais ampla, seja republicano ou democrata, liberal ou conservador. A maioria destas operações encobertas foram bem sucedidas. A maioria das operações que não foram bem sucedidas foram dirigidos pelo presidente sobre as objeções da CIA. Alguns dos aspectos mais controversos dos programas de "ação encoberta", tais como a guerra Irã-Contras, não foram n nem executados pela CIA. OS programas de ações encobertas também são bem menos caros do que ações militares declaradas. O Pentágono encomendou um estudo para determinar se a CIA ou o Departamento de Defesa deve realizar operações paramilitares. O estudo determinou que a CIA deveria manter esta capacidade e ser o "único órgão do governo a conduzir este tipo de ação". O Departamento de Defesa constatou que ele não tem autoridade legal para efetuar a ação encoberta, nem a agilidade para realizar estes tipos de missões.

Seleção e treinamento

O SAD/SOG tem várias centenas de funcionários, quase todos eles antigos membros das unidades do Comando Conjunto de Operações Especiais (JSOC) unidades. Estas unidades incluem a Força Delta, Navy Seals, DEVGRU, Rangers, Forças Especiais do Exército e USMC Recon. A posição formal da CIA para estas pessoas é de oficiais de operações paramilitares. Estes agentes são, então, plenamente capacitados como agentes clandestinos de inteligência, também conhecida como espiões.

Os principais pontos fortes dos agentes paramilitares do  SAD/SOG são agilidade, adaptabilidade e negação. Eles muitas vezes operam em pequenas equipes, geralmente com seis operadores, todos com amplo conhecimento em operações especiais e competências especializadas que dificilmente existem em qualquer unidade especial. Eles também estão plenamente capacitados para missões clandestinas de inteligência.

Estes agentes operam freqüentemente em locais remotos atrás das linhas inimigas para realizar suas  missões de ação direta (incluindo ataques e sabotagens), apoio de espionagem HUMINT, contra-espionagem, sabotagem, guerrilha ou guerra não-convencional, e missões de salvamento de reféns. Dentro Grupo de Operações Especiais SAD, há três elementos. Estes elementos são: Braço Aéreo,  Braço Marítimo e Braço Terrestre. Juntos eles dão ao SAD/SOG uma combinação completa de armas militares para ações encobertas. Os paramilitares constituem o núcleo de cada ramo e rotineiramente se mover entre eles para obter conhecimentos em todos os aspectos da SOG. Desta forma os paramilitares são treinados para operar em todas estas áreas. Como esses agentes são recrutados a partir das unidades de elite dos EUA e, em seguida, recebem treinamento adicional de ações clandestinas de inteligência e treinamento em todos os braços do SAD em todos os ambientes, a maioria dos especialistas de segurança nacional avaliam o SOG como a elite das elites das unidades americanas de missões especiais unidade.

O candidato ao SAD, tal como acontece para qualquer vaga na CIA, deve ter um diploma de bacharel. Não é incomum que os funcionários do SAD também tenham graduação e/ou diplomas das Ivy League. Os funcionários do SAD são treinados em Camp Peary, Virgínia (também conhecido como "A Fazenda") e em propriedades privadas e centros de treinamento em todo os Estados Unidos. Além dos dois anos de treinamento para ser um oficial de inteligência clandestina, os paramilitares são treinados para um elevado nível de proficiência no uso e táticas de um grau muito amplo das mais modernas armas, explosivos e armas de fogo (americanas ou não), combate corpo-a-corpo, direção ofensiva-defensiva, fuga (incluindo se soltar de algemas e fugir de confinamentos), dispositivos explosivos improvisados, pára-quedismo militar (HALO e HAHO), mergulho de combater, uso de pequenas e grandes embarcações, línguas estrangeiras, disfarces, Sobrevivência, Evasão, Resistência e Fuga (SERE), extrema sobrevivência, treinamento médico, comunicação e acompanhamento tático. Estas são apenas algumas das habilidades exigidas aos paramilitares.

Historia

Segunda Guerra

Enquanto na Segunda Guerra Mundial o Office of Strategic Services - OSS (que era bem similar ao SPECIAL OPERATIONS EXECUTIVE-SOE britânico) tecnicamente era uma agência militar sob o comando dos Chefes de Estado Maior, na prática era bastante autônomo de controle militar e tinha acesso direto ao Presidente Franklin D. Roosevelt. O Major General William Joseph Donovan era o chefe do OSS. Donovan tinha sido condecorado com a medalha de honra durante a primeira guerra. Ele também era advogado e colega de Roosevelt. Como a CIA que seria criada após a Segunda Guerra, o OSS realiza a coleta de inteligência através de agentes e possuía uma braço de operações especiais paramilitares. Sua Divisão de Inteligência Secreta era responsável por espionagem, enquanto suas equipes da Operação Jedburgh, eram uma unidade conjunta de americanos, britânicos e franceses, era um antepassado dos grupos que criariam unidades de guerrilha, tal como as Forças Especiais do Exército norte-americano e os paramilitares da CIA.

A operação Jedburgh teve o seu nome, provavelmente atribuído aleatoriamente a partir de uma lista de nomes pré-aprovados código, a partir da cidade Jedburgh no Scottish Borders. After about two weeks of paramilitary training at commando training bases in the Scottish highlands, the Jeds moved to Milton Hall , which was much closer to London and Special Forces Headquarters. Após cerca de duas semanas de treinamento paramilitar no comando da formação bases na região dos Highlands escoceses, mudou-se para o Jeds Milton Hall, que era muito mais perto de Londres e de Forças Especiais Sede.

A OSS lançou 87 equipes Jedbourg na Europa ocupada a Segunda Guerra Mundial. A equipe consistia de um oficial americano, um operador de rádio e um oficial do país do local de operação (francês, holandês etc). A equipe treinava e comandava a guerrilha local em operações de sabotagem, inteligência e ação direta. As equipes Jedburgh armaram e treinaram mais de 20 mil guerrilheiros. Foram usados para cortar linhas ferroviárias, emboscar tropas e comboios de estrada com objetivo de desviar forças de outras frentes. Depois da invasão no dia D passaram a proteger as pontes e fontes elétricas das tropas alemães que se retiravam. O conhecimento do terreno, a mobilidade e o moral alto foram importantes para realizarem a missão. Os EUA consideram que tiveram um efeito equivalente a 12 divisões. Outras 19 equipes tipo OG formadas por 15 homens podiam operar sozinhas ou com ajuda da guerrilha local. Foram responsáveis por 928 mortes entre os soldados alemães com apenas 13 perdas. Já o Destacamento 101 da OSS atuou em Burma com 684 americanos controlando 11 mil guerrilheiros locais. Sofreram 22 mortos mais 184 baixas na guerrilha contra 5 a 10 mil japoneses mortos. Foram responsáveis por 90% da inteligência coletada e designaram 85 dos alvos da USAAF na região. Para conseguir respeito da guerrilha local tiveram que aprender e adotar a cultura e linguagem local. Depois da Segunda Guerra Mundial a OSS foi desbandada por competir com outras agências de inteligência como o FBI e a CIA. As operações da OSS são um dos poucos exemplos de operações de guerra não convencional com sucesso.

Membro da resistência norueguesa armado com uma submetralhadora Sten. Várias grupos da resistência recebem treinamento, apoio e armas do OSS.

 

Os Grupos Operacionais do OSS eram unidades americanas maiores que levaram a cabo ação direta atrás das linhas inimigas. Até mesmo durante a Segunda Guerra, a idéia de juntar inteligência e unidades de operações especiais sem um controle militar rígido era controversa. O OSS operou principalmente no Teatro Europeu de Operações (ETO) e até certo ponto no Teatro de Operações China-Birmânia-Índia, enquanto o General de Exército Douglas MacArthur era extremamente relutante em ter qualquer pessoal do OSS dentro da sua área de operações.

De 1943-1945, o OSS desempenhou um papel importante treinando tropas chinesas nacionalistas na China e Birmânia, e recrutou forças irregulares nativas para realizarem sabotagem e servirem de guias para as forças Aliadas na Birmânia contra o Exército japonês. O OSS também ajudou a armar, treinar e provê os movimentos de resistência, inclusive o Exército de Libertação Popular de Mao na China e o Viet Minh na Indochina francesa, que eram áreas ocupadas pelos japoneses durante a Segunda Guerra Mundial. Outras funções do OSS incluíram o uso de propaganda, espionagem, subversão, e planejamento para o pós-guerra.

Um das maiores realizações do OSS durante a Segunda Guerra Mundial foi sua penetração na Alemanha nazista. O OSS era responsável por treinar comandos alemães e austríacos para missões dentro da Alemanha. Alguns destes agentes, muitos deles comunistas exilados e membros do partido socialista, ativistas trabalhistas, prisioneiros de guerra alemães anti-nazistas, e os refugiados alemães e judeus. No auge de sua influência durante a Segunda Guerra Mundial, o OSS empregou quase 24.000 pessoas. Os oficiais paramilitares do OSS eram lançados de pára-quedas em muitos países ocupados pelos nazistas, como a França, Noruega e Grécia. Em Creta, os homens do OSS equiparam e lutaram ao lado da resistência grega contra as forças de ocupação nazista.

O OSS foi licenciado logo após o fim da guerra, com suas funções de analise de inteligência passando temporariamente ao Departamento de Estado. A espionagem e contra-inteligência foram entregues as unidades militares. As funções paramilitares e relacionadas a eles passaram a ser executadas por variados grupos ad hoc como o Office of Policy Coordination. Entre a criação da CIA original pelo Ato de Segurança Nacional de 1947 e suas várias fusões e reorganizações em 1952, as funções do OSS do tempo da guerra geralmente foram passadas para a CIA. A missão de treinar e geralmente conduzir guerrilhas ficou as Forças Especiais do Exército dos Estados Unidos, mas as missões que exigiam permanecer encobertas foram para o braço paramilitar da CIA. O descendente direto das operações especiais do OSS é a Divisão de Atividades Especiais da CIA.

Tibete

Depois da invasão chinesa do Tibete, a CIA inseriu equipes paramilitares SAD nesta região para treinar e conduzir a resistência tibetana contra o Exército de Liberação do Povo. Estas equipes eram selecionaram e então treinavam os tibetanos nas Montanhas Rochosas dos Estados Unidos. As equipes SAD aconselharam e conduziram estes comandos contra os chineses, vindo tanto do Nepal quanto da Índia. Além disso, os oficiais paramilitares do SAD foram os responsáveis pela fuga clandestina do Dalai Lama para Índia, escapando da captura e execução certa pelo pelo governo chinês. A ajuda dos EUA a resistência tibetana cessou depois que em 1972 Nixon visitou a China e os EUA e a China comunista normalizaram suas relações.

De acordo com um livro escrito pelo oficial aposentado da CIA, John Kenneth Knauspor, intitulado Orphans Of The Cold War: America And The Tibetan Struggle For Survival, Gyalo Thondup, o irmão mais velho do 14º (e atual) Dalai Lama, enviou para a CIA cinco recrutas tibetanos. Estes recrutas foram treinados então em táticas paramilitares na ilha de Saipan, nas Marianas do Norte. Pouco depois, os cinco homens eram secretamente enviados de volta ao Tibete para “avaliar e organizar a resistência” e selecionar outros 300 tibetanos para treinamento. Estas atividades aconteceram até a viagem histórica de Richard Nixon a China e tiveram muito êxito na resistência aos chineses comunistas.

Coréia

A CIA patrocinou uma variedade de atividades durante a Guerra da Coréia. Estas atividades incluíram operações marítimas atrás das linhas da Coréia do Norte. A ilhas Yong Do, conectada por um istmo a Pusan, servia de base para essas operações e que foram levadas a cabo por guerrilheiros coreanos bem treinados. Os quatro principais conselheiros americanos responsáveis pelo treinamento e planejamento operacional dessas missões especiais eram Dutch Kramer, Tom Curtis, George Atcheson and Joe Pagnella. Todos estes operadores operaram pela Joint Advisory Commission, Korea (JACK), com seu QG em Tongnae, uma aldeia perto de Pusan, na costa sudeste da península.

Estas equipes paramilitares eram responsáveis por numerosas invasões marítimas e emboscadas atrás das linhas norte-coreanas, como também de operações de salvamento de prisioneiros de guerra. Estas foram as primeiras unidades de guerra não-convencional marítimas que treinaram forças nativas como unidades substitutas de forças americanas. Eles também proveram um modelo, junto com outro grupo patrocinado pela CIA e treinado por seus paramilitares, para as atividades do Military Assistance Command, Vietnam-Studies and Observations Group (MACV-SOG) realizadas pela CIA e pelas Forças Especiais americanas no Vietnã. Além disso, os paramilitares da CIA trabalharam diretamente para os chefes militares americanos, especificamente com o 8º Exército, na chamada iniciativa Tigre Branco. Esta iniciativa incluía a infiltração de comandos coreanos e oficias paramilitares da CIA atrás das linhas inimigas antes dos dois grandes assaltos anfíbios realizados pelos americanos na Coréia do Norte. Ainda na década de 1950 a CIA se viu envolvida com a derrubada do governo de Mosaddeq no Irã, em 1953 e do governo de Arbenz na Guatemala em 1954.

Cuba

A Invasão da Baía dos Porcos foi uma operação planejada e dirigida pela CIA e lançada da Flórida, destinada a derrubar o regime comunista de Fidel Castro, em Abril de 1961. A invasão foi um fracasso e resultou na morte de 114 homens e na captura de outros 1.189, todos cubanos exilados, pertencentes a Brigada 2506. Quatro funcionários da CIA foram mortos na invasão. O planejamento inicial para essa operação começou com a administração do Presidente Dwight D. Eisenhower e teve continuidade com o Presidente John F. Kennedy. O plano foi criado pela CIA e autorizado pelo Presidente do Joint Chiefs of Staff após revisão por parte de todos os chefes do serviço militar. A operação (denominada Operação Zapata) originalmente seria assalto anfíbio perto da cidade de Trinidad através das montanhas Escambray. O plano também exigia um substancial componente aéreo com ataques preparatórios contra as forças de Castro antes do desembarque e de apoio aéreo próximo considerável para cobrir o movimento das forças invasoras, uma vez em terra. O local do desembarque foi alterado e uma grande parte do apoio aéreo foi retirado pelo Presidente John F. Kennedy devido ao receio de uma repercussão pública. A força desembarcou em 17 de Abril de 1961 e os combates duraram até 21 de Abril.

Os oficias paramilitares da CIA Grayston Lynch e William "Rip" Robertson foram os primeiros a chegarem a praia e lideraram a invasão. O Exército cubano sofreu muitas baixas, mas essas são difíceis de determinar, mas fontes estimam que elas foram milhares (entre 2.000 e 5.000) na maior parte resultante de uma série de fracassos de contra-ataques para forçar a Brigada 2506 a voltar para o mar. O episódio da Baía dos Porcos foi um dos maiores fracassos da CIA em toda a sua história.

Bolívia

Ao ditador cubano Fidel Castro enviou Che Guevara para a Bolívia para iniciar um movimento revolucionário junto aos nativos na remota região montanhosa de Ñancahuazú. A União Soviética apoio o esforço cubano para se formar um exército revolucionário com o objetivo de derrubar o governo boliviano. As ações guerrilheiras de Guevara e seu ELN (Exército de Libertação Nacional da Bolívia), foram relativamente bem sucedidas, pois os guerrilheiros estavam bem equipados e treinados e lutavam contra o fraco aparato militar boliviano na difícil região montanhosa de Camiri. No final dos anos 1960, a CIA implantou equipes SAD na Bolívia para treinar o exército boliviano contra o ELN. Essas equipes SAD mantinham contato com Forças Especiais dos EUA e Bolívia para rastrear e capturar Che Guevara. Em 9 de outubro de 1967, pouco depois de ter sido capturado, Guevara foi executado por seus captores a mando do presidente boliviano René Barrientos, sob as objeções dos oficias da CIA presentes.

Vietnam e Laos

A missão original do OSS, sob as ordens do Major Archimedes Patti, no Vietnã durante a Segunda Guerra Mundial era trabalhar com Ho Chi Minh para preparar forças para apoiarem os EUA em sua luta contra o Japão. No pós-guerra os EUA ignoraram as tentativas de Ho Chi Minh para manter uma relação amigável. A falta de compromisso entre o EUA e os grupos pró-independência vietnamitas que estavam resistindo ao retorno do controle colonial francês depois do fim da guerra, deixou  Ho Chi Minh enfurecido.

Durante o seu envolvimento no conflito vietnamita, entre tantas atribuições os paramilitares da CIA treinaram e comandaram membros da tribo de Hmong no Laos e no Vietnã. Este esforço foi considerado um sucesso significante, e as ações destes oficiais não foram conhecidas por vários anos. As forças combatentes da minorias étnicas chegaram cerca de 10.000 e realizavam missões de ação direta, comandados pelos oficiais paramilitares da CIA contra as forças de Pathet Lao e seus aliados norte-vietnamitas. O braço aéreo da CIA na região era a Air America.

Elementos do SAD foram vistos no Programa Phoenix da CIA. Um componente do Programa Phoenix estava envolvido na captura e assassinato suspeitos de fazeram parte do Viet Cong. Para alguns o Prjeto Phoenix foi um sucesso, pois entre 1968 e 1972, neutralizou 81.740 membros da Frente de Liberação Nacional do Vietnã do Sul (Viet Cong), dos quais foram mortos 26.369. Este era um contingente considerável do inimigo morto entre 1969 e 1971, e o programa teve êxito também destruindo a infra-estrutura do inimigo. Antes de 1970, os planos comunistas enfatizavam atacar o programa de pacificação do governo e os funcionários do Phoenix especificamente se tornaram foram alvos. O Viet Cong também impôs cotas. Em 1970, por exemplo, os funcionários comunistas perto de Da Nang na região norte do Vietnã do Sul,  ordenaram a morte de mais de 400 pessoas julgadas serem do governo “tirano” e para ser aniquilado qualquer um que se envolvesse com o programa de pacificação. Vários oficiais norte-vietnamitas fizeram declarações sobre a efetividade do Phoenix. No fim, uma invasão convencional por parte do Vietnã do Norte, e não os insurgentes guerrilheiros do Viet Cong é que derrotaram os sul-vietnamitas.

O Viet Cong era um inimigo implacável e bastante motivado por sua causa. Ele mobilizava homens e mulheres e era abastecido pelo Vietnam do Norte, Rússia e China.

O MAC-V SOG (Studies and Observations Group que foi nomeado originalmente de Special Operations Group, mas foi mudado para propósitos de cobertura), foi criado e ativado durante a Guerra do Vietnã. A CIA não teve um participação muito ativa no MAC-V SOG, mas teve controle operacional de alguns dos programas. Muitos dos membros militares de MAC-V SOG se uniram a CIA ao fim do seu serviço militar. O legado de MAC-V SOG continua dentro da CIA com Grupo de Operações Especiais do SAD.

Um dos paramilitares da CIA mais famoso no Vietnã foi o lendário Tony Poe. Ele foi a inspiração para o personagem Coronel Kurtz do filme Apocalipse Now de 1979. Poe foi premiado com a Estrela da Inteligência, uma ocorrência muito rara, duas vezes. Poe ganhou o respeito dos nativos Hmong por práticas que eram até mesmo selvagens para os padrões dos nativos. Os guerreiros Hmong trouxeram as orelhas dos soldados inimigos mortos para ele, e ele remeteu as orelhas para a embaixada dos EUA em Vientiane provar a contagem de corpos. Ele derrubava as cabeças cortadas dos inimigos em locais hostis em uma forma horrível de guerra psicológica. Ele também foi  várias vezes ferido em combate.

Outro paramilitar da CIA no Vietnã foi os ex-sargento William Billy Waugh, que foi um soldado das Forças Especiais  altamente decorado e serviu no Exército dos Estados Unidos e nas operações especiais da CIA por mais de cinqüenta anos. Billy Waugh serviu como soldados da forças especiais na Coréia e no Vietnã onde era membro do 5º Grupo de Forças Especiais e se uniu ao MACV-SOG. Enquanto trabalhava para o SOG, Waugh ajudou a treinar forças e cambojanas principalmente em táticas de guerra não-convencional dirigidas contra o Exército Norte- vietnamita que operava ao longo da trilha Ho Chi Minh. Ele recebeu uma Estrela de Prata, quatro Estrelas de Bronze por Valor e oito Corações Púrpuras. Waugh se uniu a CIA como um Oficial de Operações Paramilitares em 1961. Ele levou a cabo operações secretas ao longo do mundo. As mais importantes destas operações incluíram a prisão de Carlos o Chacal e a localização Osama bin Laden no Sudão. Porém, Waugh não teve aprovação para assassinar o líder da Al-Qaeda. Aos 71 anos Waugh estava na equipe Jawbreaker, que foi a primeira a entrar no Afeganistão e era conduzida por Gary Schroen. Durante este tempo, Waugh ajudou a derrotar o Talibã Tora Bora.

Durante a Guerra do Vietnã, a CIA tinha cerca de 500 oficiais paramilitares organizando operações de contraguerrilha no Sudeste da Ásia, além de atuarem na África, América do Sul e Central e Europa Oriental.

A CIA esteve envolvida em planos de assassinato de líderes do Congo, Cuba e Iraque, e foi vinculada por uma investigação do Senado em 1976 aos golpes que resultaram nas mortes dos líderes da República Dominicana, Vietnã e Chile. Num esforço para limpar a sua reputação a CIA praticamente licenciou a sua força paramilitar

 

Quando Ronald Reagan quis conter o comunismo nos anos 80, a Agência precisou mais uma vez de peritos paramilitares para suas operações cobertas contra os soviéticos no Afeganistão e para treinar os Contras na Nicarágua. Como não tinha quase mais ninguém para fazer isso, teve que pedir emprestado homens as Forças Especiais do Exército e a Marinha dos EUA ou contratar militares aposentados das Forças Especiais. Mesmo com tantas atividades (e novos escândalos ) as forças paramilitares da CIA continuaram bem reduzidas.

Nicarágua

Soldado das "forças especiais" das FDN, Forças Democráticas da Nicarágua, armado com um fuzil automático Tipo 56, uma cópia chinesa do AKM soviético. Este grupo Contra formado por Adolfo Calero Portocarrero como o líder político e Bermudez como chefe militar. esse grupo financiado e treinado pela CIA estabeleceu bases de treinamento na Guatemala e Flórida e bases operacionais em Honduras. O FDN tinha 5.000 homens em 1982, e de 10-15.000 em 1984.

Em 1979, o governo da Nicarágua, liderado pelo ditador Anastasio Somoza Debayle, caiu para os Sandinistas. Uma vez no poder, os Sandinistas dissolveram a Guarda Nacional da Nicarágua e prenderam muitos dos soldados acusados de atrocidades e massacres. Os soldados que escaparam formaram a espinha dorsal do que ficou conhecido como la contra-revolucion (ou simplesmente Contra).

As equipes SAD foram destacadas para formar e conduzir essas forças contra os Sandinistas visto que estes eram pró-Cuba e apoiavam iniciativas de espalhar a revolução socialista. Houve também atividades paramilitares baseadas em Honduras e na Costa Rica.

A ajuda militar direta dos Estados Unidos, foi proibida pelo Senado dos EUA em 1983 e estendida até outubro de 1984, e esta proibição atingia não só o Departamento de Defesa, mas incluía também a CIA - Central Intelligence Agency. A proibição abrangia só gastos dos fundos das agencias de inteligência, sendo assim alguns funcionários do Conselho de Segurança Nacional - National Security Council (NSC), tentaram levantar dinheiro de outra forma para financiar as operações clandestinas contra os Sandinistas.

Esses esforços resultaram na controversa operação Irã-Contras de 1986. O Irã-Contras foi um escândalo de corrupção envolvendo o tráfico de armas protagonizado pela CIA Americana no ano de 1986. Foi também chamado de "Irangate". Desafiando as leis e o próprio Congresso americano, a agência envolveu-se em negociações para a venda de armas ao Irã. Em troca, os iranianos deveriam interceder pela libertação de cidadãos estadunidenses presos no Líbano.

Parte do dinheiro da venda das armas foi depositada pelos iranianos em contas bancárias da Suíça controladas pelos rebeldes da Nicarágua, os contras, que lutavam para derrubar o governo sandinista.

Dessa forma os Estados Unidos financiaram a derrubada do governo soberano da Nicarágua, assim como interferiram de forma criminosa em outros países. Ao mesmo tempo em que os EUA oficialmente armavam o Iraque, por baixo do pano também vendiam armas para o Irã via Israel. Após sua descoberta, o escândalo provocou o afastamento de vários assessores do governo estadunidense, entre eles o tenente-coronel Oliver North, apontado como o principal responsável pela operação.

A opinião pública dos Estados Unidos ficou chocada ao conhecer o lado terrorista da agência de informações de seu próprio país. Na verdade tal escândalo fazia parte da estratégia estadunidense para a guerra Irã-Iraque, já que desejava que ambos os lados se digladiassem de forma a se exaurirem.

O escândalo gerou muitos protestos na imprensa americana e expôs os setores da inteligência dos EUA a vergonha. Mas no final pouco efeito sortiu toda agitação. Congresso posteriormente retomou a ajuda aos Contras, totalizando mais de US$ 300 milhões. A guerra Contra x Sandinista terminou, quando o governo revolucionário permitiu eleições livres e os sandinistas saíram do poder 1990. Contudo, o líder sandinista Daniel Ortega foi reeleito como presidente da Nicarágua, em 2006 e assumiu o cargo novamente em 10 de janeiro de 2007.

El Salvador

A CIA e seus paramilitares também se envolveram em ações de contra-insurreição em El Salvador. Com o objetivo de parar a insurreição esquerdista, as equipes paramilitares da CIA e das Forças Especiais dos EUA montaram e treinaram unidades moldado no "Programa Phoenix" da época do Vietnã para combater os membros e os simpatizantes da FMLN. Os americanos foram denunciados por promoverem a tortura nesse país.

Muitos alegam que as técnicas de interrogação de prisioneiros em El Salvador pressagiaram a forma como seriam usadas depois no Iraque e Afeganistão. Na realidade, quando um programa de contra-insurreição semelhante foi proposto no Iraque, ele foi chamado "A Opção Salvador".

Afeganistão e os soviéticos

Durante a guerra soviética no Afeganistão na década de 1980, Oficiais de Operações Paramilitares da CIA foram determinantes na formação, equipamento e, por vezes comando das forças Mujaheddin contra o Exército Vermelho. Embora a CIA, em geral, e Charlie Wilson, um congressista do Texas em particular, tenham recebido a maior parte da atenção, o principal arquiteto desta estratégia foi Michael G. Vickers, um jovem oficial paramilitar SAD/SOG. Os esforços da CIA foram importantes para ajudar a termina a ocupação soviética do Afeganistão.

(Esquerda) - Hamid Walid, na Província de Wardak. Esse guerrilheiro afegão ficou famoso pelo uso do RPG-7. Ele destruiu 12 blindados e inúmeros caminhões com essa arma.  

(Direita) - O famoso líder guerrilheiro afegão Ahmad Shah Massoud, no Vale Panisher em 1984. Ele está armado com um AKM capturado que tem um lançador de granadas BG-15 de 40mm.

Um dos responsáveis em coordenar ação do Ocidente contra os soviéticos no Afeganistão foi Michael G. Vickers, que foi Secretário Assistente de Defesa para Operações Especiais e Conflito de Baixa de Intensidade, foi um ex-oficial Boina Verde e oficial de operações paramilitares da CIA. Na CIA, ele teve um papel fundamental no armamento da resistência afegã para lutar contra os soviéticos e é considerado o arquiteto por atrás do programa que levou os soviéticos a uma derrota significante na Guerra Fria.

Equipe paramilitares do SAD estavam ativas no Afeganistão na década de 1990 em operações clandestinas para localizar e matar ou capturar Osama Bin Laden. Estas equipes planejaram várias operações, mas não receberam a ordem final para a execução do Presidente Bill Clinton, porque a informação disponível não garantia um bom resultado em troca de possíveis acidentes. Estes esforços, no entanto construíram muitas das relações que se revelariam essenciais em 2001 quando os EUA se decidiu pela invasão do Afeganistão.

Somália

O SAD/SOG enviou equipes de paramilitares para a Somália antes da invasão das forças dos EUA em 1993. Em 23 de dezembro de 1992, Oficial paramilitar da CIA Larry Freedman se tornou a primeira vítima do conflito na Somália. Freedman, 51 anos, era um ex-Sargento Major da Força Delta e soldado das Forças Especiais e tinha servido em todo conflito que os EUA tinha lutado, oficialmente ou não, desde o Vietnã. Freedman foi morto enquanto realizava uma missão de reconhecimento especial como antecedência da entrada das forças do Exército norte-americano. A missão dele era completamente voluntária, que exigia a entrada em uma área muito hostil sem qualquer apoio. As ações dele proveram as forças dos EUA inteligência crucial para planejar o desembarque anfíbia dos americanos. Ele e outros três agentes da CIA, todos listados oficialmente como "pessoal de segurança do Departamento de Estado" estava próximos a cidade de Bardera, quando houve uma explosão e Freedman morreu dos ferimentos. Outro agente também morreu. Freedman era parte de uma "equipe pickup", uma unidade paramilitar de elite cuja função era fornecer a Agência e ao embaixador residente um fluxo de informação específico para orientar as operações militares  dos EUA. Freedman foi condecorado com a Intelligence Star no dia 5 de janeiro de 1993 por seu "heroísmo extraordinário".

As equipes do SAD/SOG foram fundamentais trabalhando com JSOC e localizando alvos de alto valor (leia-se: líderes rebeldes). Os paramilitares da CIA foram bem-sucedidos em suas missões conjuntas JSOC/CIA, mesmo trabalhando debaixo de condições extremamente perigosas, com pequeno ou quase nenhum apoio. Em uma operação específica, a famosa "Operação Condor", onde os paramilitares trabalharam com um oficial de operações técnico vindo do Directorate of Science and Technology da CIA, conseguiram monitorar Osman Ato, um rico homem de negócios, importador de armas e tesoureiro de Mohammed Aideed. Uma vez confirmada a sua identidade e localização, a Força Delta lançou uma operação de captura. Um sniper em um helicóptero Little Bird disparou três tiros no motor do carro que transportava Ato. O carro parou e operadores Delta transportados em Blackhawks desceram e prenderam Ato. Foi o primeiro "takedown" de helicóptero contra suspeitos em um carro em movimento.

Em 2009, o US Public Broadcasting System (PBS) informou que Al-Qaeda tinha enviando terroristas para a Somália durante anos. Até dezembro de 2006, o governo da Somália não tinha nenhum poder fora da cidade de Baidoa, a 150 milhas da Capital. A zona rural e a Capital eram dominados por Senhores da Guerra e grupos de milícia que poderiam ser comprados para proteger grupos terroristas .A Al-Qaeda tormou o controle do Sul da Somália, inclusive a Capital do país, em junho de 2006, incitando a Etiópia a enviar tropas para tentar proteger o governo transitivo. Em dezembro, os Tribunais islâmicos advertiram a Etiópia que declarariam guerra se a Etiópia não removesse todas as tropas da Somália. O Xeique Sharif Ahmed, o líder dos Tribunais islâmicos pediu uma jihad, ou guerra santa, contra a Etiópia e encorajou que guerreiros islâmicos estrangeiros viessem para a Somália. Naquele momento, os Estados Unidos acusaram o grupo de ser controlado pela Al-Qaeda, mas os Tribunais islâmicos negaram a acusação. Oficiais da CIA mantiveram contatos aproximados no país e eliminaram um grupo de Senhores da Guerra na Somália para ajudar a caçar membros da Al-Qaeda em 2006, de acordo com o New York Times. Enquanto isso, Ayman al-Zawahiri, um dos líderes da Al-Qaeda, emitiu uma mensagem que pedia para todos os muçulmanos virem para a Somália. Oficiais CIA/SAD/SOG tiveram muito êxito monitorando e dirigindo ataques aéreos contra terroristas da Al-Qaeda na Somália. No dia 9 de janeiro de 2007, disse um funcionário dos EUA que foram mortos dez terroristas em um ataque aéreo naquele país.

Novo fôlego

Em 1990, o SOG tinha sido praticamente desmanchado, vítima do ultraje doméstico e internacional com a interferência letal da Agência em outros países. Cortes orçamentários do Congresso na CIA reduziram os recursos para a força clandestina, e a Agência começou a considerar que satélites espiões bilionários coletavam inteligência mais eficientemente e sem causar embaraços aos Estados Unidos. 

 

Por isso até 1997, a Agência vinha se concentrando na obtenção de inteligência de forma mais tradicional para ser usada por outras partes do governo. Os agentes da CIA, freqüentemente trabalhando disfarçados como diplomatas americanos, empresários ou jornalistas, obtinham grande parte de seus segredos no circuito de coquetéis de embaixadas ou subornando funcionários estrangeiros. A maioria nem mesmo tinha treinamento em armas e considerava os poucos comandos SOG remanescentes como relíquias de uma era passada. 

 

Mas o pêndulo logo voltou a pender para o lado das forças paramilitares à medida que as autoridades de inteligência perceberam que a tecnologia tinha suas limitações. Os satélites, por exemplo, não podiam ver dentro de prédios, escutas telefônicas não podiam captar todos os movimentos do inimigo ou suas reações psicológicas. Agora eles não apenas estão de volta; eles são a nova linha de frente da guerra contra o terrorismo. E, disse um membro da inteligência americana, "eles sabem de que lado sai a bala". Foi George Tenet, Diretor da CIA,  quem começou a remontar o SOG, quando assumiu a Agência em 1997. Ele queria mais espiões humanos em campo e os queria armados. Com Tenet a frente da CIA os paramilitares entraram na Bósnia e em Kosovo para coletar inteligência e caçar os acusados de crimes de guerra, como o líder sérvio-bósnio Radovan Karadzic e seu principal general, Ratko Mladic. Mas as equipes recém-formadas ainda não tinham pessoal suficiente para capturá-los mesmo quando eram capazes de localizar os alvos sérvios. "A CIA", reclamou um ex-conselheiro de Clinton, "não tinha capacidade de lidar com uma comitiva de três ou quatro carros com guarda-costas". As forças paramilitares da CIA também se envolveram com o combate as narcoguerrilhas na América do Sul, lutando especialmente na Colômbia. Tenet sentia que precisava aumentar a capacidade dos paramilitares da CIA e os ataques de 11 de setembro de 2001 simplesmente aceleraram seus esforços.

 

Confrontado com a Al Qaeda de Osama Bin Laden, um inimigo que não tem exército, alvos fixos e território definido, o governo Bush necessitava de uma força militar não convencional. Ele precisava de combatentes capazes de se igualar a Al Qaeda em astúcia, adaptabilidade e, até certo ponto, crueldade. Assim em 2002, centenas de milhões de dólares adicionais foram injetados no orçamento da CIA pelo presidente George W. Bush, um homem  predisposto a acreditar fortemente na Agência que seu pai já chefiou. Ele ordenou que os agentes SOG unissem suas forças às dos serviços de inteligência estrangeiros. Ele até mesmo autorizou a CIA a raptar terroristas visando desbaratar suas células ou até mesmo matá-los. Tudo isto pode resultar em uma agência de inteligência mais ágil e eficaz. Ou pode resultar em uma CIA que novamente ultrapassa os limites da coleta de segredos e interfere à força nas questões de países estrangeiros. 

 

Apesar de minúsculo segundo os padrões do Pentágono, o SOG cresceu para várias centenas de agentes. Desde do início da guerra contra o terrorismo eles já foram enviados para o Paquistão, Afeganistão, Norte da África e Leste Asiático. "São pessoas que estão atuando diariamente ao redor do mundo", disse Jim Pavitt quando era o vice-diretor de operações da CIA: "Eu posso inserir rapidamente e clandestinamente uma equipe em qualquer lugar". O futuro pode trazer missões ainda mais ambiciosas. Em maio de 2002, Bush assinou uma diretriz altamente confidencial autorizando ataques preventivos pelo Pentágono e pela CIA contra países que estejam próximos de obter armas nucleares. Fontes do governo disseram que os especialistas em armas nucleares do Departamento de Energia treinaram agentes do SOG sobre como atacar instalações nucleares inimigas. Numa crise com a Coréia do Norte, Washington em último caso pode acionar uma equipe do SOG para entrar em ação.

O Afeganistão novamente

Oficialmente, a guerra no Afeganistão teve início em 7 de outubro de 2001, com a primeira série de ataques aéreos americanos. Para o SOG, entretanto, a batalha teve início em 26 de setembro, 15 dias depois dos ataques ao World Trade Center e ao Pentágono. A CIA tinha estado em contacto com a Aliança do Norte, durante vários anos, durante a sua campanha contra os talibãs. Ficou claro para os planejadores da CIA que a chave do sucesso no Afeganistão seria utilização de forças anti-talibã nativas, a saber, a Aliança do Norte, posicionada no Norte do Afeganistão, e as tribos Pushtan, no Sul. Essas forças em combinação com o poder aéreo dos EUA e as forças de operações especiais no chão, podiam derrotar o inimigo. A CIA viu a Aliança do Norte, como prioridade - se os talibãs pudessem ser derrotados no Norte, o Sul iria seguir os americanos. Antes de qualquer ação militar dos EUA acontecer, a CIA teria de ir  até os lideres da Aliança do Norte e estabelecer um acordo.

Oficial de uma OGA - "Other Government Agency - Outra Agência Governamental" do período da inserção da equipe Jawbreaker para o posto Anaconda em 2001 no Afeganistão. Ele usa roupas civis, jaqueta North Face, calças Levis e tênis Merrell Sawtooth. No seu peito tem uma variante familiar do 'Chi-Com' para transportar carregadores de AK47, muito popular no Afeganistão. O coldre parece ser um Safariland 6304 que leva uma Glock 19 9x19mm semi-automática.
A sua arma primária é um AK47 romeno de 7.62x39mm, versão conhecida como Modelo 90. Fuzis AK47 e AKM "esterilizados" foram tirados dos estoques da CIA para serem usados pelas equipes SAD

visto a facilidade de acesso a munição 7.62x39mm no Afeganistão.

 

No final de setembro de 2001, uma equipe de cerca de dez homens chamada Jawbreaker, e liderada por Gary Berntsen, voou para o Uzbequistão em um avião de carga L-100-30 (a versão civil do Hercules C-130) pertencente a CIA. Uma vez lá eles se prepararam para a inserção no Afeganistão. No dia 26 de setembro, a equipe Jawbreaker voou em um helicóptero MI-17 da CIA, operado pelo seu braço aéreo, através das montanhas Hindu Kush, indo em direção ao Vale Panjshir, ao norte de Cabul, onde foram se encontrar com representantes da Aliança do Norte. Também estava na equipe de Berntsen, William Billy Waugh, de 71 anos. ele era um veterano experiente que desde a guerra da Coréia estava em combate. Durante este tempo, Waugh ajudou a derrotar o Talibã em Tora Bora.

Um dos agentes SOG da Jawbreaker se chamava "John". De dentro do helicóptero ele viu pela janela, enquanto sobrevoava a Passagem de Anjuman e entrava no Vale Panjshir, ao nordeste de Cabul uma patrulha de homens barbados com turbantes e empunhando rifles AK-47.

John puxou a manga de um homem da Aliança do Norte, que estava a bordo para conduzir a aeronave pelas montanhas traiçoeiras do nordeste do Afeganistão. "Eles não são dos nossos", berrou o afegão, avisando John que o helicóptero poderia receber disparos por baixo. Mas os combatentes do Talibã ficaram tão atônitos pela aparição da aeronave acima deles que não tiveram tempo de retirar as armas do ombro e atirar antes que ela voasse para fora do alcance. "Ótimo", berrou o agente da CIA para o seu companheiro afegão. Uma semana antes, John (esse nome é falso) estava estudando em uma escola de línguas na Virgínia, se preparando para uma missão totalmente diferente no exterior. (Que língua e onde ele não disse.) A agência o convocou para se juntar à primeira equipe americana que entraria no Afeganistão. Isso é típico para um agente paramilitar da CIA, que a qualquer instante pode ser convocado para o que "John" chama de equipe "pickup" (de familiarização).

Na noite de sua chegada ao Afeganistão, Berntsen reúne-se com Sawari Muhammed Arif, chefe do serviço de inteligência da Aliança do Norte. Ele dá a Sawari $ 500.000 e promete muito mais dinheiro e apoio em breve.

A equipe rapidamente estabeleceu uma base de operações perto de Barak, com comunicação segura como o CIA Counterterrorist Center (CTC). Os oficias da SAD estavam armados com AK-47s, inclusive o Modelo 90 de fabricação romena, e pistolas Browning High Power ou Glock 19 de 9 milímetros. A equipe trouxe consigo equipamentos avançados de comunicação via satélite e equipamento de mapeamento GPS. Seu equipamento de comunicações permitiam assim que esses homens reportassem diretamente a Langley e ao Comando Central (CENTCOM), as primeiras impressões em terra sobre o Afeganistão. A equipe também levou duas malas com 3 milhões de dólares em moeda corrente dos EUA, em notas de 100 dólares sem seqüência para serem usadas para comprar o apoio da tropas da Aliança do Norte para a Operação Enduring Freedom.

Eles carregavam equipamentos avançados de comunicação via satélite, equipamento de mapeamento GPS e cerca de 3 milhões de dólares em dinheiro vivo. O dinheiro seria usado para comprar os senhores da guerra afegãos para lutarem contra o Taleban e a Al Qaeda.

As tarefas realizadas pelos Jawbreaker incluíram:

  • Reuniões com os principais comandantes da Aliança do Norte para garantir a sua cooperação com o plano de intervenção militar dos EUA no Afeganistão. Uma grande parte destas reuniões consistiu em demonstrar sinceridade das intenções americanas. Milhões de dólares em dinheiro foram entregues aos lideres da Aliança do Norte para que pudessem comprar armas e suprimentos.  
     

  • Estabeleceu uma célula de inteligência conjunta CIA/Aliança do Norte, a fim de recolher e compartilhar inteligência sobre as forças do Taliban/Al Qaeda no Norte. A Jawbreaker estava particularmente interessada na localização de líderes da Al Qaeda, incluindo Bin Laden, bem como os locais de treinamento da Al Qaeda.
     

  • Utilizando dispositivos GPS, a Jawbreaker mapeou as posições da Aliança do Norte e das forças talibãs. Estes mapas foram vitais para garantir que os ataques aéreos dos EUA só atingiriam as posições inimigas.
     

  • Uma antiga pista de aterrissagem britânica foi convertida em uma pista capaz de apoiar os vôos de suprimento do Air Branch L100.
     

  • Preparar o terreno para que as Forças de Operações Especiais dos EUA entrassem no vale Panjshir e iniciassem operações contra os talibãs/Al Qaeda. Uma ODA, do 5º Grupo de Forças Especiais foi  inserido no vale, na noite de 19 d outubro e estabeleceu contato com a Jawbreaker. A ODA tinha trazido designadores laser SOFLAM Laser Target Designators (LTDs) com eles, a fim de direcionar os ataques aéreos dos EUA contra alvos inimigos ao longo da  planície Shomali.

A equipe  foi inserida no Afeganistão a partir da antiga base soviética de Karshi-Khandabad (K2) no Uzbequistão, onde uma formidável base americana foi montada. Os americanos pousaram no Vale de Panjshir em seu de madrugada. Os operadores das Forças Especiais americanas chamavam esses paramiio simplesmente pela sigla OGA, que quer dizer "Other Government Agency - Outra Agência Governamental". A equipe de oito homens era formada por ex-operadores especiais e especialistas em comunicações e lingüísticas. Quatro agentes da equipe eram fluentes em farsi ou dari, que há anos perambulavam pelo Afeganistão recrutando espiões para a Agência.

Desde seu envolvimento direto no Afeganistão, a CIA organizou um pequeno braço aéreo, equipado com pelo menos dois aviões de transporte An-32 transportes e vários helicópteros Mi-8/17, adquiridos de fontes diferentes dentro da antiga-URSS. Este Mi-17 é usado, junto com vários outros exemplos, para transportar paramilitares da CIA (mas também membros das forças especiais dos EUA)

ao redor do Afeganistão, desde outubro de 2001. Estes helicópteros são baratos e de fácil manutenção, e suas peças são fáceis de encontrar. Eles também são um dos poucos helicópteros militares capazes de operar sobre as montanhas do Afeganistão e chamam menos atenção do que os MH-60 Black Hawks e os MH-53 Pavelows durante as missões secretas.

 

A equipe "Jawbreaker" facilitou o contato planejado do primeiro destacamento das Forças Especiais dos EUA com os comandantes da Aliança do Norte, que assinalaram potenciais alvos aéreos para o CENTCOM; proveram também capacidade C-SAR inloco e também avaliação para os ataques aéreos da campanha que se iniciaria. A missão dos homens da CIA também era contatar pessoas e coletar inteligência para caçar Bin Laden. Apesar de não capturarem Bin Laden, as operações da CIA foram um sucesso e ajudaram a derrubam o regime Talibã. 

De acordo com George Tenet, ex-Diretor da CIA, em seu livro "Center of the Storm", em 9 de outubro 2001 Hamid Karzai entrou no Afeganistão com os seus suportes para tomar a cidade de Tarin Kowt. Forças talibãs lançaram um contra-ataque contra as forças leves de Karzai e ele foi forçado a se retirar. Em 3 de novembro Karzai contactou um membro da unidade paramilitar da CIA identificado apenas como "Greg V.", que agiu imediatamente, ligando-se com o sua equipe conjunta SAD/SOG/US Army Special Forces/JSOC.  De lá, eles fizeram uma inserção noturna em Tarin Kowt. Karzai foi depois de aldeia em aldeia buscando apoio à luta contra os talibãs. Em 17 de novembro uma grande batalha foi realizada. Vários dos novos recrutas da Karzai fugiram, mas Greg V. tomou o comando e foi de posição defensiva em posição defensiva gritando: "Se necessário, morram como homens!". Tenet diz em seu livro, "Foi um momento seminal. Se a posição de Karzai caido, como parecia provável para muitos em 17 de novembro, todo o futuro da rebelião Pashtun no sul poderia ter terminado."

Posteriormente, em 5 de dezembro Karzai conduziu a sua força contra a resistência talibã em Khandahar, sendo um dos últimos pontos de defesa do inimigo. Greg V. foi o principal assessor de Karzai nesta batalha, quando, como resultado de um erro no cálculo de um Controlador de Combate Aéreo uma bomba caiu sobre a sua posição. "Greg V. se jogou sobre o corpo de Karzai e salvou sua vida. No mesmo dia Khandahar caiu e Karzai foi nomeado o primeiro-ministro interino."

Tenet escreveu: "A derrota do Taliban e da Al-Qaeda no Afeganistão aconteceu em uma questão de semanas, foi realizado por 110 agentes da CIA, 316 soldados das Forças Especiais, vários operadores do Comando Conjunto de Operações Especiais (JSOC) e uma série de ataques aéreos contras as linhas inimigas - um bando de irmãos com o apoio do poder aéreo dos EUA, seguindo um plano da CIA, que tem de ser classificado como um dos grandes sucessos na história Agência." Várias Intelligence Stars foram distribuídas por essas atividades. Uma força combina SAD, Forças Especiais dos EUA e da Aliança do Norte derrubou o talibã no Afeganistão, com o mínimo de perda em vidas de americanos. Eles fizeram isso sem a necessidade das forças convencionais dos EUA.

O operador da extrema esquerda armado com um AK-47 possivelmente é da CIA e o da direira um operador das SF ou Delta.

Os operadors com AK-47 possivelmente são da CIA e o da direira um operador das SF ou Delta.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Cenas reais de oficias da equipe Jawbreaker em 2001 no Afeganistão.

 

Na base aérea em Bagram perto de Kabul onde uma grande quantidade de forças americanas ainda estão baseadas, funcionários dos EUA não  fazem nenhuma tentativa para esconder a presença das unidades paramilitares da CIA no meio de outras unidades americanas e aliadas - ou do  fato de que essas unidades regularmente operam ao lado de forças convencionais em missões de combate. 

 

O porta-voz das forças da Coalizão no Afeganistão, normalmente responde as perguntas sobre o papel das unidades paramilitares da CIA dizendo reconhecer a presença nas missões de "pessoal de outras  entidades" governamentais dos EUA. Mas em momento algum usa a palavra "Agência" ou a sigla CIA. 


Os jornalista são aconselhados a não fotografar os agentes da CIA ou tentar entrevistá-los. Houve casos em que homens em uniforme de combate do exército dos EUA, mas sem insígnia militar, ameaçaram atirar nos repórteres ou fotógrafos que os encontraram durante as operações. O Pentágono queria enviar repórteres em missões com as forças especiais dos EUA, mas a presença de "pessoal de outra entidade " nessas missões fez com isso fosse impossível. 

 

Na verdade foi no Afeganistão pós-11 de setembro que os americanos vislumbraram o mundo dos paramilitares da CIA quando o americano Johnny (Mike) Spann, de 32 anos, foi morto no Afeganistão em novembro de 2001, após ter sido dominado pelos prisioneiros talibãs que ele estava interrogando. De forma não característica, a CIA confirmou que Spann era um dos seus, um membro do SOG. Talvez o objetivo da CIA fosse o de melhorar a sua imagem junto ao povo americano, tentando minorar a sua falhar em não ter detectado os movimentos da Al-Qaeda nos ataques de 11 de setembro, mostrando que o seu pessoal está lutando e até morrendo na luta contra o terrorismo. A CIA em fevereiro de 2003 divulgou que Helge Boes, de 32 anos, oficial da Agência morreu durante treino no Afeganistão e outros dois agentes ficaram feridos quando uma granada explodiu antes do tempo em um local não especificado. Ele se tornou o segundo membro da CIA a morrer em missão no Afeganistão.

Iêmen
Em 5 de novembro de 2002, um míssil Hellfire lançado de um Predator controlado pela CIA matou vários membros da Al-Qaeda que viajavam em uma área remota do Iêmen. Paramilitares do SAD/SOG tinham equipes no terreno e rastrearam os seus movimentos ao longo de meses e solicitaram este ataque aéreo. Um dos que estavam no carro era Al-Haitham al-iemenita, chefe operativo da Al-Qaeda no Iêmen, e suspeito, de em outubro de 2000 ter atacado o Destróier USS Cole. Cinco outras pessoas, acreditasse de baixo nível da Al-Qaeda, também foram mortos. O Secretário Adjunto da Defesa Paul Wolfowitz disse o ataque foi "uma operação de um grande êxito tático" e disse que "esses ataques não são úteis apenas em matar terroristas, mas em forçar a Al-Qaeda a mudar sua tática." Haitham, um nativo do Iêmen conhecido por sua competência com explosivos, foi monitorado, na esperança de que ele iria ajudar a levar os Estados Unidos ao líder da Al-Qaeda, Osama bin Laden. A eliminação de Haitham e a captura de Abu Faraj al-Libbi no Paquistão em 2005, demonstrou a determinação dos americanos de caçar implacavelmente a liderança da Al-Qaeda em todos os seus níveis.

Iraque

Equipes paramilitares SAD entraram no Iraque antes da invasão em 2003. Uma vez no terreno eles ajudaram a preparar o cenário da batalha para a chegada da forças militares EUA. As equipes da CIA, ao lado de uma força combinas das Forças Especiais dos EUA organizam uma força de combate curda para auxiliar na invasão. Esta equipe conjunta lutou duramente contra o Ansar al-Islam, um aliado da Al-Qaeda, em uma batalha no nordeste do Iraque. Esta batalha tinha o objetivo de tomar um território que estava sob o controle do Ansar al-Islam e que foi executada antes da invasão, em Fevereiro de 2003. Nestes combates os EUA contavam com os paramilitares da CIA e soldados do 10º Grupo de Forças Especiais do Exército americano (boinas verdes). Esta batalha não foi totalmente coberta pela mídia internacional, mas foi uma batalha chave na luta dos EUA contra o terrorismo. Ela resultou na morte de um grande número de militantes do Ansar al-Islam e na descoberta de uma instalação de armas químicas em Sargat. Sargat foi o único local em que foram encontradas este tipo de arma na guerra do Iraque.

As equipes do SAD/SOG também realizaram arriscadas missões de reconhecimento especial, atrás das linhas inimigas, com o objetivo de identificar alvos entre os líderes iraquianos. Estas missões levaram ao primeiro ataque aéreo contra Saddam Hussein e os seus principais generais. Embora este ataque contra Hussein não o tenha matado, foi bem sucedido em terminar com a sua capacidade efetiva de comandar e controlar suas forças. Outros ataques contra generais chaves foram bem sucedidos e significativamente degradaram a capacidade de comando para reagir contra a invasão liderada pelos EUA. Os oficiais do SAD foram também bem sucedidos em convencer oficias importantes do Exército iraquiano a entregar as suas unidades uma vez que o combate começou e/ou não se opor à invasão.

Como a Turquia, mesmo sendo membro da OTAN, se recusou a permitir que seu território fosse utilizado para a invasão, as forças especiais dos EUA e as equipes do SAD/SOG, entraram pelo norte do Iraque, tendo o apoio dos curdos. Os esforços dos americanos mantiveram o 5º Corpo de Exército do iraquiano no lugar para lutar contra os curdos, em lugar de avançar contras as forças invasoras que vinham do sul. Essa ação combinada levou a derrota dos iraquianos.

A missão que capturou Saddam Hussein foi chamada de "Operação Red Dawn". Foi planeada e realizada por equipes da Força Delta e do SAD/SOG (em um Força Tarefa denominado Task Force 121). A operação envolveu também cerca de 600 soldados da 1ª Bde, da 4ª Div. de Infantaria dos EUA. Cerca de 40 operadores das operações especiais foram acionados para a operação. Grande parte da publicidade e do crédito pela captura foi para os soldados da 1ª/4ª, mas a CIA e a Task Force 121 foram a força motriz por traz de tudo. "A Task Force 121 foi realmente quem puxou Saddam para fora do buraco" disse Robert Andrews, ex-Subsecretário Adjunto de Defesa para operações especiais e conflitos de baixa intensidade. As unidades paramilitares da CIA continuaram a operar em conjuntos com as forças do JSOC no Iraque e em 2007, a associação criou uma força letal com muitos de crédito com um impacto importante no sucesso dos "Surge". Eles fizeram isso por matar ou capturar vários dos principais líderes Al-Qaeda. Em uma entrevista no programa da CBS chamado 60 Minuto, o ganhador do Pulitzer, o jornalista Bob Woodward descreveu uma nova capacidade de operações especiais que permitiram este sucesso. Esta capacidade foi desenvolvido pelas equipes conjuntas da CIA e do JSOC. [125] Vários altos funcionários do governo americano afirmaram que a "união de esforços do JSOC e das unidades paramilitares da CIA foi o mais significativo tributo para a derrota da Al-Qaeda no Iraque".

Missão mundial

Se há missões em países onde são negadas as forças dos EUA de operar, como Paquistão ou Irã, as unidades SAD/SOG são as primeiras forças americanas a serem acionadas para executarem operações secretas. Na Guerra Global ao Terror, o SAD tem a dianteira na guerra secreta que é empreendida contra Al - Qaeda. As equipes SAD/SOG  neutralizaram muitos dos líderes sêniors da al-Qaeda. Entre estes: Abu Zubaydah, o chefe de operações da Al-Qaeda; Ramzi Binalshibh, o assim chamado 20º seqüestrador do 11 de setembro de 2001; O cérebro por trás do 11 de setembro, Khalid Sheikh Mohammed; e Abu Faraj al-Libi, o "general de campo" da Al-Qaeda que tomou o lugar de Khalid Sheikh Mohammed após a sua captura no Paquistão. Antes do começo da Guerra ao Terror, o SAD/SOG localizou e capturou muitos terroristas notáveis e os criminosos internacionais como Abimael Guzman, Che Guevara e Carlos o Jackal. Estes apenas três do mais de 50 terrorista capturados com a ajuda das equipes do SAD/SOG entre 1983 e 1995.

Em 2002, a administração Bush (o que foi continuado sob a liderança do Presidente Barack Obama) preparou uma lista de líderes terroristas para segundo as necessidades autorizar a CIA a matá-los ou capturá-los com o mínimo de perdas civis. A lista inclui líderes chaves da Al-Qaeda e de outros líderes de grupos terroristas. Esta lista é chamada de "high value target list". Ao Presidente não é exigido aprovar cada nome acrescentado à lista legalmente, nem é exigido a CIA obter aprovação presidencial para ataques específicos, embora o Presidente seja mantido bem informado sobre operações.

Foram despachadas equipes SAD/SOG para a Geórgia onde se acreditava que dúzias de membros da Al-Qaeda fugitivos do Afeganistão tinham ido buscar refúgio com os separatistas da Chechenia. Os esforços da CIA já resultaram na captura de 15 militantes árabes ligados a Al-Qaeda. As equipes SAD/SOG também foram ativas na Filipinas onde 1.200 "conselheiros militares" americanos ajudaram a treinar os soldados locais em operações de contra-terrorismo contra o grupo islâmico radical Abu Sayyaf, que se suspeita tenha ligações com a Al-Qaeda. Pouco se sabe sobre esse programa secreto nas Filipinas, mas alguns analistas acreditam que foi permito ao SAD procurar os suspeitos terroristas nas Filipinas contanto que suas ações nunca sejam reconhecidas. O mesmo pode ser verdade também para países como o Paquistão, Sudão e Indonésia e em vários outros países onde os governos não desejam anunciar a sua cooperação com Washington. Existem a muito tempo rumores no ocidente nos círculos diplomáticos de que suspeitos da Al-Qaeda no Sudão estão desaparecidos.

As equipes do SAD/SOG também executaram a evacuação clandestina de cidadãos e pessoal diplomático dos EUA em países como a Somália, Libéria, Iraque (durante a Guerra do Golfo) e Libéria, durante os períodos de hostilidade, como também a inserção de Oficiais de Operações Paramilitares antes da entrada das forças dos EUA forças militares em todo conflito desde a Segunda Guerra Mundial. Os oficiais SAD operaram secretamente desde 1947 em lugares como Coréia do Norte, Vietnã, Laos, Camboja, Líbano, Irã, Síria, Líbia, Iraque, El Salvador, Guatemala, Colômbia, México, Nicarágua, Honduras, Chile, Bósnia, Sérvia, Somália, Kosovo, Afeganistão e Paquistão.

Operações recentes

Um recente exemplo de uma das operações SAD/SOG foi o assalto a Abu Kamal na Síria em 26 de outubro de 2008. Além disso, as equipes SAD/SOG tem visto muita ação dentro de Paquistão atacando alvos da Al-Qaeda em operações com aeronaves Predador golpeia e junto com elementos do USSOCOM eles têm treinado comandos paquistaneses. Antes de deixar a presidência, George Bush autorizou a morte de oito líderes sênior da Al-Qaeda através de ataques aéreos. Entre esses líderes mortos estava o planejado dos atentados 2006 que visavam explodir aviões que voavam sobre o Atlântico e o líder do atentado ao Islamabad Marriott Hotel no dia 20 de setembro de 2008 onde morreram 53 pessoas. O Presidente Barack Obama autorizou a continuação destas operações e no dia 23 janeiro de 2009, o SAD/SOG matou 20 terroristas no noroeste do Paquistão. Um funcionário de segurança paquistanês declarou que estas ataques mataram 10 insurgentes pelo menos, incluindo cinco estrangeiros e possivelmente “um alvo de alto-valor” como um líder de alto escalão da Al-Qaeda ou do Talibã. No dia 14 de fevereiro, um Predador da CIA matou 27 homens pertencentes ao Talibã e Al-Qaeda em um ataque com mísseis no Waziristan do Sul, um lugar seguro para os terroristas perto da fronteira afegã onde se acredita que altíssimos líderes da Al-Qaeda estejam escondidos.  

Quem são os paramilitares da CIA?
Um cara típico é o "John" da equipe Jawbreaker. Como todos os outros agentes paramilitares do SOG, John passou anos nas forças armadas americanas antes de se juntar à CIA; cinco anos é a exigência mínima. Os recrutadores da CIA rondam regularmente clubes como os do Fort Bragg, na Carolina do Norte, onde fica o quartel-general do Comando das Operações Especiais do Exército, à procura operadores das Forças Especiais, especialmente da Força Delta, que estejam interessados em um trabalho ainda menos convencional e salário maior (um agente iniciante do SOG em 2004 podia ganhar mais de US$ 50 mil por ano; o salário inicial de um sargento dos boinas verdes neste mesmo ano era de US$ 41 mil). Os soldados das Forças Especiais do Exército, os Seals da Marinha e os comandos da Força Aérea são rotineiramente enviados temporariamente à agência para fornecer

Foto que mostra a intricada relação de forças especiais e paramilitares no Afeganistão.

capacidade militar especial que a CIA necessita para missões específicas. Se um soldado é designado para um trabalho altamente clandestino, seu histórico é mudado para parecer que deixou as forças armadas ou recebe status de civil, um processo chamado de "sheep dipping" (imersão do carneiro), a prática de lavar o carneiro antes de ser tosado. 

 

Em resumo, basicamente os candidatos para o SOG são provenientes principalmente de duas fontes: A primeira é especialmente a Força Delta e o US Navy's Naval Special Warfare Development Group (DEVGRU- conhecido antigamente como  SEAL Team SIX). Os demais candidatos são tirados de outras unidades militares de elite como a Força de Reconhecimento dos USMC; das Forças Especiais do Exército do EUA; dos SEALS em geral e dos Commandos da Força Aérea. Mas, se necessário a CIA recrutam também das autoridades civis, como o Drug Enforcement Administration (DEA) e unidades da SWAT.

 

Treinamento

Os indivíduos selecionados pela CIA para servirem como operadores do SOG passam por um treinamento inicial parecido como o adotado pela Força Delta e o SAS britânico e depois são destacados para uma de suas três divisões operacionais. Assim que chega, o recruta passa por uma grande variedade de cursos civis e militares ministrado em um centro de treinamento criado durante a Segunda Guerra Mundial como uma base de treinamento para os Seabees da Marinha norte-americana: O Campo Peary.

 

Ele se constitui em uma área de mais de 3.600 hectares de mata cercada por cercas de arame farpado, perto de Williamsburg, Virgínia, e é mais comumente conhecido Centro de Treinamento Especial (STC - Special Training Center) ou simplesmente "A Fazenda ", é neste centro que o Diretórios de Operações da CIA treina os seus agentes. 

 

Lá os paramilitares passam pelo curso de um ano (Curso Básico de Operações) que todos os novos agentes da CIA devem cursar para aprender o conhecimento básico do ramo, como infiltração e exfiltração em países hostis, comunicação em código, recuperação de mensagens, manejo com armas, direção ofensiva e defensiva, explosivos e recrutamento de agentes estrangeiros como espiões dos Estados Unidos. Não é incomum para os estudantes que participam do Curso Básico de Operações viajar para Williamsburg,  para praticar suas novas habilidades em um ambiente de mundo real.

 

A CIA deseja que seus agentes paramilitares sejam capazes de roubar segredos tanto quanto de explodir pontes, além de lidar com parafernálias tecnológicas. John se lembra orgulhosamente de ter ouvido um comandante afegão dizer a um companheiro: "Sim, eu tenho estes americanos comigo, e sim, eles têm rifles, mas não acho que sejam soldados. Eles passam o tempo todo com laptops". John disse: "Nós escrevemos centenas e centenas de relatórios de inteligência".

No Campo Peary, os novos recrutas do SOG também aperfeiçoam suas habilidades militares, como tiro com vários tipos de armas, estabelecimento de zonas de pouso em áreas remotas para aeronaves da agência e ataque a locais inimigos com uma pequena unidade. Alguns são enviados para uma instalação secreta da Força Delta no Fort Bragg, para aprender técnicas de terrorismo e antiterrorismo altamente especializadas, além de aprenderem como resgatar um agente mantido como refém.

Esse operador da CIA, membro da equipe Jawbreaker, era amigo de Johnny (Mike) Spann e depois que este foi morto por prisioneiros talibãs, ele foi resgatado pelo SBS britânico. Depois soube-se que seu nome era Dave Tyson.

 

Apesar do que mostram os filmes e romances "A Fazenda" não é o último estágio para os oficiais paramilitares ou não da Agência. Para instruções mais avançadas em outras habilidades, como arrombamento de edifícios; roubo e fotografia de documentos ou equipamento;  técnicas de recuperação de indivíduo amigável ou hostil; CQB, levantamento de inteligência, assassinato, guerra urbana, reconhecimento profundo atrás de linhas inimigas, fuga e evasão e um curso conhecido como Técnicas Aplicadas de Explosivos ( AET - Applied Explosive Techniques - que é muito  com os SEALs da Marinha), os recrutas viajam para o "Point " que está localizado fora dos limites da cidade de Elizabeth, na Carolina do Norte.   

 

O Harvey Point Defense Testing Activity foi construído originalmente durante a Segunda Guerra Mundial para servir como uma base para os Zepelins que realizavam patrulhas anti-submarina ao longo do litoral Leste, e depois foi transformado em um centro de treinamento avançado para Agência, o Exército dos EUA, e outras unidades especiais. 

 

Cursos ministrados por empresas civis também tem um papel fundamental dentro da instrução dos operadores do SOG. Essas empresas, muitas delas criadas por homens que já participaram das Forças Especiais, ministram cursos de contraterrorismo, vigilância, eletrônica, defesa pessoal,  CQB, etc.

 

Divisões

Os paramilitares da CIA possuem três divisões operacionais: Aérea, marítima e terrestre.

 

Divisão aérea: 
É descendente das Air America, Southern Air Transport e Evergreen Air. Os oficiais do Pentágono, sarcasticamente a apelidaram de Waffen CIA. Essa divisão conta com pequenos jatos de passageiros em alerta para levar agentes paramilitares para qualquer parte do mundo em até duas horas após a notificação. Outros aviões de carga, podem lançar suprimentos para abastecer as equipes em locais remotos. Em áreas como o Afeganistão e a Ásia Central, onde helicópteros de fabricação russa chamam menos a atenção, a agência usa uma grande quantidade de aeronaves do período soviético que o Pentágono capturou em conflitos anteriores ou comprou no mercado negro. A divisão provê todos os recursos secretos de aviação da Agência. 

Em Honduras, em 1985, os pilotos de CIA pilotaram aviões Beechcraft King Air modificados com antenas e equipamentos de escuta eletrônica, para apoiar as operações SIGINT (signals intelligence) levados a cabo pela Intelligence Support Activity-ISA. Em recentes tempos, eles operaram helicópteros de fabricação russa MI-8 e Mi-17 em operações especiais no Afeganistão e Iraque. Os aviões da CIA são normalmente registrados por empresas legítimas, mas na verdade são empresas de fachada da CIA.

Nas fases iniciais da Operação Liberdade Duradoura, vôos de helicóptero SAD inseriram paramilitares do braço terrestre e soldados das Forças Especiais no país. Além de transportar os agentes do SAD, as aeronaves agiram também como plataformas de vigilância aérea. Providas com dispositivos de imagens térmicas, e transportando fotógrafos do SAD, esses helicópteros monitoravam as montanhas, vales e planícies desérticas dos Afeganistão a procura de forças dos talibãs e da Al Qaeda.CIA Twin Lontras e Colide 8 Turboélices foram ativos no Afeganistão e Iraque, enquanto inserindo e extraindo operações de CIA. Os turboélices da CIA, Twin Otters e Dash 8 tem sido ativos tanto no Afeganistão quanto no Iraque, inserindo e extraindo agentes SAD da CIA.

 

Entre as muitas missões realizadas pela divisão aérea estão:


* infiltração e exfiltração secreta de pessoal da CIA.
* transporte secreto de cargas sensíveis.
* vigilância e coleta de inteligência

* ataque - esta função era realizada em menor escala por helicópteros artilhados em apoio ao pessoal em terra, mas nos últimos anos com o uso de aeronaves não-tripuladas, a CIA se tornou mais letal em seus ataques contra alvos terroristas. 


 

Acreditasse que o seu pessoal é capacitado a operar qualquer tipo de aeronave. Alguns de seus pilotos são selecionados diretamente do 160º Regimento de Aviação de Operações Especial do Exército de EUA, outros de grandes companhias aéreas civis. A divisão já proveu pessoal para diversas empresas de fachada como a "Sea Spray" (Pertencente ao Exército e a CIA), e entregou armamentos para os Contras nicaragüenses, e abasteceu os rebeldes da UNITA em Angola. 


A parte da divisão aérea que chamou mais a atenção recentemente foi a frota de aviões por controle remoto Predator, armada com mísseis Hellfire de 1,5 metro, que a agência comprou da Força Aérea. Em novembro de 2001, a CIA empregou o avião robô para eliminar um tenente de Bin Laden, Mohammed Atef. Em novembro passado, um Predator no Iêmen atacou e matou um comandante da Al Qaeda e seus cinco acompanhantes, apesar do ataque ter gerado controvérsia: um dos mortos era um cidadão americano. Possivelmente ocorreram outros erros. Em fevereiro de 2002, um Predator da CIA disparou contra um grupo de homens afegãos reunidos em torno de um caminhão, matando pelo menos três deles. A inteligência americana insiste que se tratava de um bando da Al Qaeda, mas os habitantes locais dizem que eram apenas negociantes de ferro velho e contrabandistas. 

 

Tipos de aeronaves usadas pelos braço aéreo:

* aeronaves ligeiras
* aviões turboélice de
transporte

* aviões de transporte a jato
* helicópteros 

* aeronaves não-tripuladas

Entre os aviões conhecidos que voam pela CIA temos:

DHC-6 Twin Otter 



 

 

 

Vários Twin Otters estão no inventário da divisão aérea. Estes aviões ligeiros de dois motores são ideais para pequenos transportes das equipes SAD/SF, devido à sua capacidade de pousos e decolagens curtas, em pistas rudimentares. Em abril de 1980 uma aeronave Twin Otter, com a inscrição N79582, foi fotografada em uma base em Omã e segundo informações tinha sido usada para realizar missões noturnas no Irã para inspecionar possíveis locais de aterrissagem para uma eventual operação de resgate de reféns americanos presos em Teerã.

Aviões DHC-6 com várias antenas instaladas foram vistos no Afeganistão. Estas antenas indicam capacidade de comunicações seguras e possivelmente SIGINT. Uma aeronave do mesmo modelo com a inscrição N6161Q, pertencente a Aviation Specialists Inc, foi vista em Sherkat no Afeganistão em Novembro de 2001 e transportava vários "jornalistas"'. A aeronave estava equipada com vários antenas que é muito incomum para um avião civil.

DCH-8 Dash 8 



Tal como o seu primo menor, o DH-6, este turboélice canadense de alcance médio, foi visto no Afeganistão várias vezes.

Antonov AN-32 



Este avião transporte de fabricação russa é operado pela CIA em muitas missões de suporte as equipes do SOG em muitos lugares do mundo é uma aeronave robusta e não chama muita atenção em países da África e da Ásia.

Lockheed L-100-30



É a versão civil do C-130. A CIA opera vários desses modelos pelo mundo todo. A
Teppa Aviation é um companhia aérea com fortes ligações com a CIA e opera vários L-100-30. Acreditasse amplamente que seus aviões são usados em missões secretas em nome da CIA.

Dassault Falcon 50 

Esse jato, é camuflado para parecer um jato comum de uma empresa aérea privada, mas na verdade é utilizado pela CIA para o transporte secreto de terroristas capturados. Esse vôos são chamados de "rendition flights" e causaram polêmica quando foram descobertos em 2004.

Gulfstream Aerospace GV Gulfstream V 



Tal como acontece com o Dassault Falcon 50, este jatos da CIA foram usados para os
"rendition flights'".

Boeing 737 



Este avião Boeing 737-7BC acreditasse estar envolvidos com transporte de prisioneiros para vários centros de "interrogatório" ao redor do mundo.

Boeing C-32B 

É uma variante militar do Boeing 757, que se acredita e utilizado para inserção e extração secreta de pessoal. Os C-32Bs tem realizado rápidos vôos para países em crise ao redor do mundo. Em fevereiro de 2004 um C-32B foi usado secretamente para  levar  Jean-Bertrand Aristide, presidente deposto do Haiti para seu exílio na África.

O 486ª Flight Test Wing da USAF opera vários Boeing 757s, conhecidos como C-32Bs, em nome do Departamento de Estado, que também são usados pelo Federal Emergency Management Agency e pelo Foreign Emergency Support, mas sempre tende a aparecer em lugares incomuns onde o SOG operam subseqüentemente.

Acreditasse que esta aeronave tenha dado apoio equipe Jawbreaker quando esta chegou ao Uzbequistão para preparar a invasão do Afeganistão.

Este Boeing 757 do US State Department foi visto em Cape Town para onde transportou uma equipe do Foreign Emergency Support em resposta antecipada a um suposto ataque terrorista contra o embaixador americano. A aeronave estava exibindo um número de série da USAF falso.

MQ-1 Predator

Estas aeronaves não tripuladas são usadas tanto para missões de vigilância quanto para missões de ataque com 2 misseis AGM-114 Hellfire. Esta arma versátil para voar sobre o Afeganistão e ser pilotada por um operador em  Langley, EUA, através de uma conecção segura via satélite. Um conjunto de sensores em uma torre sob seu queixo fornecer a sua capacidade de vigilância, enquanto um designador laser e 2 AGM-114 Hellfire dar-lhe os dentes.

Mil MI-8 / MI-17 'Hip' 



A CIA utilizam freqüentemente 
helicópteros de fabricação russa, como os MI-8/MI-17s, para operações secretas. Como estes helicópteros são geralmente comuns em muitas regiões do globo, chamam menos atenção do que eles os Black Hawks ou MH-53 Pavelow americanos e assim não podem ser facilmente ligados as forças dos EUA. Além do mais são baratos e as suas peças de reposição são fáceis de encontrar, o facilia a sua operação e logística. Eles também são um dos poucos helicópteros militares capazes de operar sobre as montanhas do Afeganistão. A CIA equipa essas aeronaves com várias antenas e contramedidas, tais como lançadores de "flare" e jammers infravermelho AN/ALQ-144.
 

Divisão marítima: 

Sua divisão marítima tem lanchas para conduzir comandos até o litoral, e a agência pode alugar navios de carga por intermédio de suas empresas de fachada para transportar equipamentos maiores. Esta divisão é composta principalmente por ex-SEALS e  USMC Force Recon. O pessoal da divisão recebe treinamento semelhante a dos operadores da divisão terrestre, mas com uma maior ênfase no treinamento em atividades anfíbias e subaquáticas. Os operadores desta divisão recebem treinamento em operações com reconhecimento usando jet-sky, operações de ataque e operações de salvamento de reféns ao longo dos contornos de costas hostis. 

 

Um exemplo desta atividades durante os anos 80, quando o pessoal desta divisão treinou  Contras nicaragüenses para usar  lanchas para ataques contra navios sandinistas. Eles também lançaram ataques subaquáticos contra navios ancorados no porto de Manágua em outra ação operadores do SOG junto com SEALs da Marinha,  minaram portos nicaragüenses.

 

Outro exemplo aconteceu em 1991, quando operadores da divisão marítima treinaram para usar jet skis numa possível missão de salvamento de reféns durante a Operação Tempestade no Deserto de Operação. Às vezes são duplicadas as habilidades anfíbias do pessoal da divisão marítima e da divisão terrestre, devido ao fato que muitos operadores da divisão terrestre já terem combatido como mergulhadores qualificados. 

 

Divisão terrestre

É a divisão que receber o treinamento mais diversificado dentro do SOG. Os operadores desta divisão fazem tanto cursos militares quanto civis. Entre os seus  treinamentos estão as seguintes áreas: avaliação de tipos de ameaça; levantamento de inteligência; técnicas de entrada em recintos fechados; comunicações táticas (rádios, infra-vermelho, transmissores de microondas, etc.); níveis de força; controle armado e desarmado de  multidões; uso de facas, técnicas de combate desarmado; liderança e treinamento de equipes; movimento individual e de equipe; estrutura de  penetração; entrada, domínio e uso de vários meios de transporte; busca e resgate de prisioneiros; administração de crises com reféns; táticas de unidade pequenas; patrulha e reconhecimento de longo alcance; explosivos; medicina de combate; sobrevivência em ambientes extremos; desembarques aéreos e anfíbios e operações aerotransportadas; uso de armas leves e pesadas, técnicas de tiro, Combate em ambientes fechados, etc. 

 

Uma operação bem sucedida aconteceu durante a Guerra do Golfo em 1991. Foi uma operação solitária do SOG, que  penetrou na Cidade de Kuwait, invadida pelas tropas iraquianas para recuperar material de inteligência da Embaixada dos EUA sitiada. 

 

Destacamento SOG

A CIA pode retirar pessoal das suas divisões de terra, mar ou ar, dependendo da necessidade da missão, para formar um destacamento do Grupo de Operações Especiais (SOG), inclusive recrutando pessoal de outras divisões da Agência. Um destacamento SOG pode existe por tempo determinado como objetivo levar a cabo operações paramilitares como sabotagem; recuperação de pessoal/material amigo; seqüestro de pessoal/material inimigo; designação de alvos por laser; contraterrorismo; assaltos; resgate de reféns, tomada de instalações, treinamento de guerrilha ou antiguerrilha e outras atividades.  O destacamento SOG pode ser formado por pequenas equipes de até 12 operadores, ou até mesmo de um ou dois operadores, que normalmente não usam uniformes militares. Uma vez organizado, um destacamento do SOG viajaria para a sua área selecionada de operações, e executaria a sua missão sob a coordenação do Diretor de Operações, pelo Chefe local da Estação da CIA, ou por quem for encarregado de levar a cabo a operação. Porém uma vez em campo os operadores devem saber que se um for preso ou morto, o governo dos EUA simplesmente negará sua ligação com ele.

Oposição e rivais

Como vimos o Pentágono não está contente com o avanço agressivo do SOG em seu território. O ressentimento aumenta ainda mais porque os generais sabem que quando se trata de soldados para operações especiais, eles possuem uma capacidade maior do que a dos agentes de Langley. E no Afeganistão, o Pentágono foi requisitado regularmente a fornecer para a CIA pessoal capacitado. O Departamento de Defesa já conta com 44 mil soldados do Exército, Marinha e Força Aérea em seu Comando de Operações Especiais, que são tão capacitados em guerrilhas secretas quanto os agentes da CIA. Nas câmaras do subsolo do quartel-general do comando na Base MacDill da Força Aérea, na Flórida, se encontram planos secretos de contingência para envio de forças especiais para qualquer lugar no mundo, completos com rotas de infiltração, zonas de pouso, contatos de inteligência e pontos de ataque.


Mesmo alguns antigos membros da Agência acham que a CIA deveria se ater à inteligência e deixar o trabalho de comandos para as forças armadas. "Os agentes da agência carecem de experiência para serem agentes militares eficazes", disse Larry Johnson, um ex-membro da CIA e especialista em contraterrorismo do Departamento de Estado. "Eles têm treinamento suficiente para serem perigosos tanto para si mesmos quanto para os outros". E há o risco histórico de que as operações paramilitares da CIA, envoltas em camadas de segredo, possam se desgarrar. "Todos já viram este filme antes, no qual guerras secretas se transformam em desastres públicos", alertou John Pike, diretor da GlobalSecurity.org, um centro de estudos de defesa e inteligência. "Nós vamos acabar fazendo coisas que, quando o público americano tomar conhecimento, vão ser repudiadas".


O Pentágono porém não está contente sobre todas as do SOG operando em áreas que considera de sua exclusiva responsabilidade. Quando os auxiliares de  Rumsfeld (então Secretario de Defesa) contaram em setembro fim 2001 que os Destacamentos Alfa das Forças Especiais do Exército dos EUA não puderam entrar lá no Afeganistão até que um contingente da CIA tinha acertado as bases com os "warlords" locais, para que as forças americanas entrassem no país.Rumsfeld vociferou "eu tenho todos estes sujeitos debaixo do braço, e temos que esperar como um pequeno pássaro no ninho pela CIA para que possamos entrar?"


O ressentimento dos generais é que além de aturar os soldados das operações especiais, eles tem que lidar com os fantasmas paramilitares de Langley. E no Afeganistão, o Pentágono regularmente solicitou a ajuda da CIA. O Departamento de Defesa
em seu Comando de Operações Especiais tem cerca de 44.000 homens nas operações especiais servindo no Exército, Marinha e Força Aérea que são qualificados para agirem ou apoiarem guerra de guerrilha e operações secretas como a CIA. Nas câmaras do subsolo do quartel-general do comando na Base MacDill da Força Aérea, na Flórida, se encontram planos secretos de contingência para envio de forças especiais para qualquer lugar no mundo, completos com rotas de infiltração, zonas de pouso, contatos de inteligência e pontos de ataque. Mas os generais ficam embaraçados quando a CIA é solicitada. Mas outros dizem que a CIA tem recursos limitados e precisa da ajuda dos militares. A CIA contava com cerca de 100 agentes circulando pelo Afeganistão durante a invasão americana. Mas as equipes da agência ainda carecem muito de agentes chaves. "Eu assinava mais e mais ordens de envio de pessoal para ir para a CIA", lembrou Robert Andrews, que na época era o vice-secretário-assistente de Defesa para operações especiais. "Eles precisavam de médicos, soldados operacionais e até mesmo dos especialistas em inteligência que tínhamos".

 

Até dentro da Agência alguns pensam que a CIA deveria voltar-se mais para a espionagem e deixar os combates para os militares. Larry Johnson, ex-oficial da CIA e perito em contraterrorismo do Estado de Departamento, disse que os paramilitares não tem experiência e treinamento para serem operadores militares efetivos. Mas outros questionam isto, dizendo que estes paramilitares são recrutados principalmente entre veteranos da Força Delta e SEALs. Outros vozes da oposição dizem que há o perigo histórico das operações da CIA envoltas em camadas de segredo, podem gerar desmandos e descontrole. "Todo  mundo já viu este filme antes, onde guerras secretas se transformaram em desastres públicos" adverte John Pike, diretor de GlobalSecurity.org.


Em defesa a O CIA responde que seus paramilitares assumem trabalhos que o Exército não pode ou não quer assumir. A CIA também exalta a sua flexibilidade de acionar o pequeno e ágil. O SOG é capaz de enviar a qualquer lugar do mundo equipes de 10 operadores ou menos mais rápido que o Pentágono. Este é uma das razões para explicar porque a Agência foi a primeira a chegar no Afeganistão em vez das forças especiais americanas. Fontes de inteligência contaram que a CIA tinha pedido que os operadores da Força de Delta se unisse a sua primeira equipe avançada no Afeganistão mas que o Pentágono recusou os enviar. Uma vez desdobradas, as equipes paramilitares da CIA têm menos regulamentos para as restringir do que suas contrapartes militares.

 

Uma demonstração clara da flexibilidade operacional da CIA, aconteceu durante as suas missões no Afeganistão. Os aviões de carga da Agência lançavam roupas para o frio para os aliados afegãos e selas e fardos de feno para seus cavalos. Certa vez um operativo paramilitar da CIA solicitou botas para as montanhas, pois o talibã podia ouvir os seus passos, e assim foi feito. Kent Harrington, o ex-chefe da CIA para Ásia disse certa vez que se um soldado das forças especiais fosse lançado de pára-quedas como U$ 3 milhões de dólares, ele ia precisar de um avião transporte C-5 Galaxy para voar na retaguarda só transportando toda a papelada necessária para justificar o uso do dinheiro.


O CIA também tem muito mais contatos que o Pentágono entre os serviços de inteligência estrangeiros que podem ajudar com suas operações clandestinas, além de uma rede global de informantes. "A agência tem 'acordos' com pessoas e governos ao redor do mundo em uma base rotineira" diz um funcionário de inteligência norte-americano. "Diga um país em qualquer lugar, e a CIA pode acionar com um ou dois telefonemas quatro ou cinco pessoas que terão uma variedade de habilidades para entrar naquele país sem serem notadas. Os Boinas Verdes podem operar secretamente em uma zona de combate, mas eles teriam dificuldades de infiltrarem uma cidade estrangeira, porque eles não têm uma rede de inteligência tão vasta como a CIA que pudesse escondê-los ali". "Nós temos a habilidade para nos esconder, entramos e adquirimos o que queremos e caímos fora antes qualquer pessoa saiba quem nós somos" afirma outra fonte da CIA.


Os funcionários da CIA, alertam que estão mais preparados para se evitar novos escândalos, insistem que as operações secretas estão agora sujeitas as camadas de supervisão. Antes que a Agência possa lançar uma equipe paramilitar, o Presidente tem que assinar uma autorização com um esboço amplo da operação a ser executada. Um documento anexado com uma descrição mais detalhada da missão, é enviado aos comitês de inteligência do Congresso. Se eles contestarem uma operação, eles podem cortar seus fundos ou da próxima vez o orçamento da Agência. Depois de aprovar uma operação encoberta, o Presidente deixa os detalhes para o Diretor da CIA e seus subordinados. Por exemplo, os funcionários da Administração Bush disseram que ele não ordenou especificamente o ataque com um Predador no Iêmen. Mas depois de 11 de setembro,  ele deu para a CIA a luz verde para usar força letal contra al-Qaeda.

 

Segundo informações o Departamento de Defesa na época de Rumsfeld decidiu formar sua própria força secreta com $1 bilhão em seu orçamento para o trabalho. Por outro lado o Departamento de Defesa criou unidades pequenas e clandestinas, sem quase nenhuma coordenação com o CIA, para caçar terroristas. Vários operadores das Forças Especiais do Exército dos EUA, que fazem parte de uma unidade altamente secreta conhecida com o nome de Intelligence Support Activity-ISA, treinam para se infiltrar em países estrangeiros para espionar. Com sede em Forte Belvoir, Va., a unidade é mais secreta que a Força Delta. Já a Força Delta tem um pelotão de cerca de 100 operações treinados em inteligência para se moverem furtivamente atrás das linhas em um país estrangeiro, usando equipamentos de comunicação de última geração para acionar ataque cirúrgicos de comandos, de navios ou aviões tripulados ou não. Para a CIA tudo isto não é nada divertido. "Não reproduza o que você não precisa reproduzir" diz um oficial de inteligência sênior norte-americano, a respeito dos militares se envolverem com espionagem. Mas o mesmo dizem os militares sobre a CIA em relação a operações de combate. Assim quem arbitra esta disputa? É suposto que o Diretor da CIA, vigie todos os programas de inteligência no governo norte-americano além da própria CIA. Mas o Pentágono que controla mais que 80% do orçamento de inteligência não quer se ninguém lhe controlando.


No final das contas, o homem que escolhe entre eles é o Presidente. O Diretor da CIA e o Secretaria de Defesa informam diretamente ao presidentes sobre as ameaças e opções de respostas. E o Presidente dos EUA decide que força e que meios usar.
Com a possibilidade de conflitos abertos e secretos em várias partes do mundo, as unidades de todas as divisões militares estão mobilizadas para ficar com uma fatia da ação. E a CIA terá a sua parte.

 


 

ALGUMAS ARMAS QUE PODEM SER USADAS PELOS PARAMILITARES DA CIA

 

Série MP5 H&K

 

 

AK-47 varianta sklopka

 

Fuzil Kalashnikov AK-47 

 

 

Rifle Barrett M-82A1 .50 pol 

 


 

A serviço de Sua Majestade


O Serviço Secreto da Inteligência britânico (MI6, serviço externo) esta procurando reconstruir a sua  capacidade de conduzir operações militares clandestinas. O Departamentode Operações Especiais (SOD - Special Operations Department), embora não seja tão influente e nem tão independente como seu predecessor, o Grupo de Ações Políticas Especiais (SPA Group - Special Political Actions Group) cujo operações foram severamente cortadas por Dick White depois que que ele assumiu o como o novo "C" do MI6 em 1956.


O Grupo SPA é um sobrevivente da seção de sabotagem e subversão do antigo SOE, criado na Segunda Guerra Mundial e desbaratado pelo primeiro-ministro britânico Atlee em 1946. Absorvido pelo Serviço Secreto da Inteligência (SIS) como o novo braço das Operações Especiais e subordinado ao Diretório de Planejamento de Guerra, o novo SPA (composto por antigos membros do SOE e das forças especiais) logo ganhou reputação com a sua inclinação para operações arriscadas e intrépidas dentro da Europa Oriental, ocupada pelos soviéticos, no Irã e mais tarde por seu planejamento do assassinato do presidente Nasser do Egito em 1956. 
O SPA finalmente foi fechado por Maurice Oldfield, chefe do MI6 em 1973-74 e seu papel militar foi passado para uma pequena força formada por homens do SAS & SBS conhecida por 'The Increment'.

 

Esta força recebeu a incumbência de executar operações de inteligência em favor do MI6 em países tal como o Afeganistão onde tiveram êxito em coletar equipamentos militares soviéticas de alta tecnologia junto as guerrilhas dos Mudjaheens. Porém o MI6 nunca se negou a usar o seu próprio pessoal em serviços de Forças Especiais ou contratar operadores para trabalhar em área sensíveis e  politicamente embaraçosas no estrangeiro. Diferente do MI5 (serviço secreto interno), alguns oficiais do MI6 são  regularmente treinados no uso de armas de fogo e estão pelo menos parcialmente cientes das técnicas e complexidades de um guerra clandestina. 

O MI6 voltou a ser envolver com grandes operações encobertas ao lado da CIA no Kurdistão durante a Guerra de Golfo de 1991. Porém a operação foi um fracasso. Os paramilitares do MI6 também executaram operações nos Bálcãs, caçando criminosos de guerra e planejou assassinar o presidente Milosovich da Iugoslávia, através de uma poderosa explosão luminosa, que cegaria o motorista do presidente enquanto este viajava em grande velocidade por um
Operadores britânicos no Afeganistão (possívelmente do SAS). dos túneis das auto-estradas de Genebra. Acusações semelhantes também foram vinculas a possíveis tentativas de assassinar Kadafy, o líder da Líbia.


Depois dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001 o interesse do MI6 em forças paramilitares próprias foram renovados entretanto renovado e a Grã-Bretanha permitiu que o MI6 expandisse a sua capacidade militar na forma do Departamento Especial de Operações do Diretório Operacional de Apoio que foi criado em 1994 para apoiar as atividades secretas a longo prazo. A ênfase firmemente está sendo posta em treinamento com armas e explosivos, operações anti-insurgentes, técnicas contra-terroristas e levantamento das experiências da campanha afegã e da guerra global contra os terroristas, para o planejamento de futuras operações. 

 

Apesar de menor que a sua contrapartida americana a unidade paramilitar do Serviço de Inteligência britânico, é extremamente eficiente como já foi demonstrado no Afeganistão, provendo a CIA inestimável  habilidade e conhecimento do local. O grupo de paramilitares do MI6 é composto em grande parte por veteranos com experiência em combate (Irlanda do Norte, Omã, Iêmen, Afeganistão e outros locais)  vindos do SAS, SBS e de outras unidades especiais britânicas. Entre eles existem peritos nas tradições, hábitos e costumes, idiomas, situação política, étnica e religiosa da área de atuação do MI6. Inclusive muitos deles são de etnias diversas e podem passar desapercebidos entre os nativos. Os britânicos têm muito para oferecer a comunidade de inteligência dos os EUA e certamente será solicitado a desempenhar um papel de crescentemente importância na Guerra contra o Terrorismo que provavelmente se espalhará para outras áreas e nações do Oriente Médio e Ásia. 


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Assunto: Paramilitares da CIA