Perfil da Unidade

75Th US ARMY RANGERS


HISTÓRIA

A história dos Rangers americanos pode ter começado não-oficialmente com a criação do Rangers de Rogers na época pré-revolução americana durante a guerra contra os franceses e os índios. Seguindo estes temos os Ranges de Francis Marion da Revolução americana e os Rangers de John S. Mosby da Guerra Civil americana. fdfdf

ORIGEM DO TERMO
A origem dos Rangers esta localizada antes da criação da nação americana. O termo " Rangers" evoluiu desde o décimo terceiro século na Inglaterra, quando foi usado para descrever alguém que vivia na fronteira. Pelo século, o termo serviu como título para organizações militares, como os "Rangers da Fronteira" que defenderam a fronteira entre a Inglaterra e Escócia. O termo cruzou o Atlântico para o continente norte americano com os primeiros colonos. Major Robert Rogers

PRÉ-REVOLUÇÃO 
Os Rangers de hoje do Exército dos EUA podem localizar a sua origem histórica por volta do ano de 1670. Nesta época o Capitão Benjamim Church organizou uma companhia de tropas e a designou de Rangers. Os Rangers de Church lutaram com distinção durante a Guerra do Rei Philip com os índios da fronteira de 1670 até o fim da guerra em 1675. Durante as Guerras francesas e índias de 1754 a 1763, nove companhias de Rangers foram organizadas sob as ordens do Major Robert Rogers para lutar ao lado dos britânicos. Rogers era um chefe brilhante e persuasivo e publicou em 1756 uma lista de 28 normas operacionais que visavam dar ao combatente uma orientação sobre táticas.... As regras de Rogers' são tão pertinentes que ainda hoje são adotadas pelos Rangers.    

Os primeiros Rangers  organizados por Rogers tinha que seguir a risca algumas normas de combate escritas por ele, e que até hoje são seguidas por todos os Rangers do Exército dos EUA. O respeito a estas normas  permite a qualquer Ranger o cumprimento de qualquer missão com sucesso:

  • Não se esqueça de nada.

  • Mantém o teu mosquete limpo, o teu machado afiado e sessenta tiros (pólvora e bala). 

  • Mantém-te preparado para marchar com o aviso prévio de um minuto.

  • Quando em marcha aja como se quisesses caçar um veado. 

  • Descobre o inimigo antes que ele te descubra a ti.

  • Informa com verdade sobre o que vires e o que fizeres. Há um exercito que depende das informações corretas que lhe fornecermos. 

  • Conta a quem quiseres as “lôas” que quiseres acerca dos RANGERS mas nunca mintas a um RANGER ou a um Oficial. Indio norte-americano.

  • Não corras riscos que não devas.

  • Quando num deslocamento seguirmos em coluna por um devemos faze-lo suficientemente desenfiados para que um mesmo tiro não atinja dois homens.

  •  

    Se atravessarmos um pântano ou terreno macio devemos faze-lo em linha. É mais difícil ao inimigo seguir o nosso rasto.

  • Quando tivermos de marchar devemos faze-lo até ao cair da noite de modo a darmos ao inimigo a menor possibilidade de agir contra nós.

  • Quando estacionarmos, metade do efetivo mantém-se acordado enquanto a outra metade dorme.

  • Se fizermos prisioneiros devemos mantê-los separados até que tenhamos tempo de os interrogar, de tal forma que não possam “cozinhar” uma “história” entre eles.

  • Nunca se regressa pelo mesmo itinerário . Segue-se um itinerário diferente para não sermos emboscados.

  • Quer se marche em grupos de grande efetivo quer de pequeno efetivo, cada grupo tem de manter um explorador vinte metros á sua frente, um em cada flanco a vinte metros e outro vinte metros á retaguarda de tal modo que o “grosso” do grupo não seja surpreendido e “limpo”.

  • Em cada noite ser-te-á dito onde te deves reunir se formos atacados por um efetivo numericamente superior.

  • Não se pára para tomar uma refeição sem colocar sentinelas.

Rogers Rangers

REVOLUÇÃO AMERICANA, GUERRA DE 1812 E GUERRA CIVIL 
Em 1775, o Congresso Continental autorizou a criação de 10 companhias de atiradores (seis na Pennsylvania, duas em Maryland,Mosby e duas na Virgínia) para serem treinadas e equipadas para uso na revolução. Em 1777, estes soldados foram colocados sob as ordens de Dan Morgan e foram identificados como "Corpo Rangers". Também durante a revolução americana, foi criada uma força de 150 homens especialmente escolhidos para missões de reconhecimento e batizada de Rangers de Connecticut. Eles estavam sob as ordens de Thomas Knowlton. 

Depois da Revolução americana, a maioria do Exército Continental foi licenciado, incluindo todas as forças de estilo de Rangers. Mas os EUA começou a enfrentar sérios problemas de fronteira Oeste. Como passar do tempo o governo federal e os estados começaram a criar unidades Rangers para dar cabo desses problemas. Em janeiro de 1812, foram criadas seis companhias de Rangers para proteger os colonos da fronteira Oeste. O próprio General Andrew Jackson, criou uma companhia de Rangers em 1818. Em 1832, um batalhão Ranger foi formado para lutar contra os índios. Também durante os anos de 1830s, os Texas Rangers foram criados e empregados ao longo da fronteira do Texas. Eventualmente mais de vinte companhias Rangers estavam servindo no Texas durante os anos 1850s. Os Rangers foram usados como unidades batedores e de reconhecimento para as forças americanas na Guerra com o México.

Porém os problemas entre o Norte e o Sul dos EUA se agravaram e uma sangrenta Guerra Civil eclodiu. Oficialmente designado 43º Batalhão de Cavalaria da Virgínia, do Exército Confederado do Sul, os Rangers de Mosby eram liderados por John Singleton Mosby que acreditava que recorrendo a assaltos agressivos atrás da linha inimigas, ele poderia levar os seus adversários a ter de deslocarem muitos soldados para guardar muitos pontos vitais e assim deixar na retaguarda valiosas tropas e recursos que poderiam de outra forma serem usadas em outro lugar. Estes Rangers foram particularmente ativos na Virgínia e em Maryland por um período de 20 vinte meses entre 1863 a 1865 e mantiveram uma reputação excelente dentro do Exército Confederado. Eles conduziram uma ataque a um trem de munição de do General Longstreet e destruíram equipamentos valiosos. Depois da guerra civil, unidades de Rangers continuaram trabalhando com as unidades de Cavalaria de fronteira que protegem os colonos. 

ERA MODERNA

II GUERRA MUNDIAL – OS NOVOS RANGERS  

A segunda parte da história dos Rangers  americanos tem seu início com a formação dos Rangers  de Darby, durante a Segunda Guerra Mundial.  Quando os EUA entraram na Segunda Guerra Mundial, O Maj. Gen. Lucien Truscott americano oficial de ligação com o Comando britânico convenceu o Chefe de Estado-Maior do Exército da necessidade da criação de uma unidade americana no estilo Commandos.

O Ten Coronel  Darby em 1942 na Escócia.

Em 26 de maio de 1942 foi expedida uma ordem autorizando a Truscott  e ao Major General Russell P. Hartle, comandante das forças do Exército dos EUA na Irlanda do Norte, a formarem 1º Batalhão americano no estilo Commandos  a ser comandado pelo Capitão William Darby, graduado de West Point com treinamento anfíbio.  Darby era ajudante de ordens de Hartle e pareceu a todos uma ótima escolha. Foi decidido, que o nome Commandos estava mais relacionado com a história militar britânica, e que o nome Rangers era mais adequado a uma unidade americana devido toda a sua carga histórica, sendo assim a nova unidade foi batizada de 1º Batalhão Ranger, mais era comumente conhecida como os Rangers de Darby. 

Promovido a Major, Darby recebeu milhares de voluntários, principalmente da 1º Divisão Blindada e da 34ª Divisão de Infantaria e de outras unidades americanas no Irlanda do Norte. Depois de um processo cuidadoso de seleção, o 1º Batalhão Ranger foi ativado em 19 de junho de 1942. A unidade tinha o tamanho de batalhão e seria anexada à Brigada de Serviços Especiais britânica para treinamento e controle tático. Foi decidido, que o nome Commandos esta mais relacionado com a história militar britânica, e que o nome Rangers  era mais adequado a uma unidade americana devido toda a sua carga histórica, sendo assim a nova unidade foi batizada de 1º Batalha Ranger, mais era comumente conhecida como dos Rangers de Darby. 

O próximo desafio era treinar os Rangers  corretamente para se tornarem verdadeiros Commandos. Para isto, o 1º Batalhão Ranger foi transportado para o Centro de Treinamento de Commandos do Exército Britânico em Achnacarry, Escócia. Durante várias semanas, os Rangers  foram testados no seu limite pelos instrutores do Centro de Treinamento, comandados pelo Coronel Charles Vaughan. Ao final do treinamento quinhentos dos seiscentos voluntários que Darby trouxe com ele a Achnacarry sobreviveram e foram graduados no curso. O treinamento era realmente duro, e usava fogo real. Um Ranger foi mortos e alguns ficaram feridos nos exercícios de fogo real. 

DIEPPE

A primeira ação de combate real enfrentada pelos Rangers  foi o assalto anfíbio a Dieppe, quando uma força anglo-canadense desembarcou nas praias francesas em 19 de agosto de 1942. Foi a primeira vez que tropas do Exército dos EUA lutavam contra os alemães em solo europeu. Neste assalto os americanos enviaram 44 soldados e 5 oficiais. Destes 3 foram mortos e outros 5 capturados.    

ÁFRICA DO NORTE

Sob a liderança de Darby, agora promovido a Tenente Coronel, o 1º Batalhão Ranger foi enviado para participar da invasão da África do Norte, tendo como objetivo o Porto de Arzew, na Argélia, que seria tomado através de assalto noturno de pára-quedistas Rangers  que imediatamente, silenciaram duas baterias e abriram caminha para a Primeira Divisão de Infantaria para capturar Oran.

Sargento do 1º Batalhão Ranger - Argélia - Novembro de 1942. A bandeira dos EUA no ombro esquerdo e a faixa de pano branco no direito serviam de identificação entre as forças aliadas e as tropas de francesas Vichy.

Mais tarde na Tunísia o 1º Batalhão executou o seu primeiro raid atrás das linhas inimigas, quando os Rangers  assaltaram à noite Sened, matando um número grande de defensores e levando dez prisioneiros, com só um Ranger morto e dez feridos. Em 31 de março de 1943, o 1º Ranger receberam ordens do General Patton para captura o passo de El Guettar. Com uma marcha noturna de doze milhas por terreno montanhoso, surpreendendo as posições inimigas na retaguarda. Pelo amanhecer os Rangers se lançaram contra os italianos surpreendidos, e limparam o  passo de El Guettar e capturaram duzentos prisioneiros. Para esta ação o Batalhão ganhou sua primeira Citação Presidencial e Darby ganhou sua primeira DSC.  

SICÍLIA

Depois da Tunísia, tendo como objetivo a invasão da Sicília, foi ativado o 3º e 4º Batalhões Rangers, em abril de 1943 em Nemours, Argélia. Ambos foram treinados por Darby e tinham o 1º Batalhão como base. O Major Herman Dammer assumiu o comando do 3º e o Major Roy Murray o 4º. Darby permaneceu como comandante do 1º, mas na prática estava a cargo do que foi conhecido como  os Rangers de Darby. Os três batalhões foram a ponta de lança do Sétimo Exército nos desembarques em Gela e Licata e tiveram um papel chave campanha siciliana que culminou na captura de Messina.  

ITÁLIA

Os três Batalhões anexados ao Quinto Exército se agruparam para a invasão da Itália através de de Salerno. Os Rangers rapidamente tomaram ambos os lados da Passagem de Chinuzi e enfrentaram oito contra-ataques alemães e com isso ganharam duas Citações de Unidade Distinta. Aqui o Coronel Darby comandou uma força de mais de dez mil homens com elementos da 36ª Divisão, várias companhias da 82ª Divisão Aerotransportada e elementos da artilharia, e daqui o Quinto avanço contra Nápoles.

Todas as três unidades Rangers lutaram depois nas montanha durante um duro perto de San Pietro, Venafro e Cassino. Então depois de um pequeno período pequeno, os batalhões foram reorganizados e recrutaram novos voluntários. Os  três batalhões, reforçados pelo o 509º Batalhão de Pára-quedas, a 83ª Guerra Química, 4.2 Batalhão de Morteiros e o 36º de Engenheiros de Combate, foi designado como Força Ranger 6615 sob as ordens de Darby,  que foi promovido finalmente ao Coronel. Esta força foi a ponta-de-lança dos desembarques noturnos a Porto de Anzio, onde capturou duas baterias, tomou a cidade e alargou o perímetro da cabeça-de-praia — O que foi uma clássica a operação dos Rangers. 

Na noite de 30 de janeiro de 1944, os 1º e 3º Batalhões se infiltraram 5 milhas atrás das linhas alemãs enquanto o 4º Batalhão lutou para limpar a estrada para Cisterna, um objetivo chave para o 5º Exército. Mas preparados para um contra-ataque volumoso, os alemães tinham reforçado as suas linhas uma noite antes, e ambos e os 1º e 3º batalhões foram cercados e sofreram muitas baixas. Os Rangers lutaram corajosamente e infligiram muitas baixas ao inimigo, mas a pouca munição e tempo não permitiram uma maior penetração das posições inimigas mais fortes. 

4º Batalhão Rangers - Anzio - Itália - 1944.

Entre os mortos do 3º Batalhão estava o seu comandante, o Major Alvah Miller, e o comandante do 1º Batalhão, Major John Dobson, foi ferido.

A perdas sofridas  pelos 1º e 3º Batalhões combinou com as vítimas pesadas que o 4º Batalhão tinha sofrido, porém elas não foram em, pois o ataque Ranger conduzido em Cisterna tinha interferido no contra-ataque alemão e contrariado a ordem de Hitler para empurrar os aliados ao mar. 

DIA -D - 6 de junho de 1944

Outras unidades Rangers continuaram orgulhosamente a tradição Ranger e aumentaram os seus padrões nas operações do teatro europeu. O 2º Batalhão Ranger foi ativado em 1º de abril de 1943, em Camp Forrest, Tennessee,  treinado e comandado elo  Tenente Coronel James Earl Rudder.

O 5º Batalhão Ranger foi ativado em 1 de setembro de 1943 também em Camp Forrest, e seu comandante era o Tenente Coronel Max Schneider, antigo oficial executivo do 4º Batalhão Ranger.  

O 2º  Batalhão Ranger, como parte do 1º Exército Americano, recebeu a missão mais perigosa durante os desembarques americanos na praia de OMAHA na Normandia, no dia 6 de junho de 1944, o Dia-D. Ele seria apoiado pelo 5º Batalhão Rangers e pela Companhia A do 116º Regimento de Infantaria. 

O 1º Exército dos EUA foi encarregado de assaltar as praias de codinome UTAH e OMAHA. A praia de UTAH era de responsabilidade do VII Corpo de Exército, incluindo a 4ª Divisão de Infantaria, enquanto que o V Corpo de Exército, reforçado pela 1ª Divisão de Infantaria desembarcaria em OMAHA. 

Depois dos desembarques na Itália era a primeira vez que os americanos realizavam uma grande operação anfíbia na Europa. Só que eles iriam enfrentar um inimigo muito mais bem preparado, equipado e decidido do que em Salerno.

Ficou decido que os Rangers iriam participar desta arriscada operação. Sendo assim três companhias do 2º Batalhão Ranger, D, E, e F assaltariam os precipícios perpendiculares de Pointe du Hoe, que era um rochedo triangular de uns 150 pés, que ficava entre UTAH e OMAHA  e era considerada como a mais perigosa posição defensiva de toda a Mancha.

O assalto seria realizado debaixo de intenso fogo de metralhadoras, morteiros e artilharia e os Rangers deviam destruir no topo do Pointe du Hoe uma bateria alemã de seis peças de 155 mm, com cerca de 22.0000 de alcance e que poderia disparar contra OMAHA e UTAH. Era de suma importância que essa posição inimiga fosse neutralizada. Por isso tropas especiais de assalto deveriam ser usadas contra essa posição. 

Bombardeios A-20 bombardeiam Pointe du Hoe

As Companhias Rangers  D, E e F receberam a missão de escalar o precipício e eliminar as peças de artilharia. Ao mesmo tempo, as Companhias A, B e C desembarcariam no flanco ocidental de OMAHA com a Companhia A do 116º Regimento de Infantaria, em direção de Vierville sur Mer, para assegurar a estrada litoral que conduz a Pointe du Hoe e destruir as posições alemãs e estação de radar no caminho. Ambas forças Rangers  estavam preparadas para auxiliar a outra se algo saísse errado. Se tudo ocorresse de acordo com plano, as forças Rangers  se uniriam no alto de Pointe du Hoe e apoiariam o avanço para do V Corpo de Exército.   

O penhasco de Pointe du Hoe

Com os V e VII Corpos de Exército se aproximando de suas respectivas praias, as 3 companhias do 2º Batalhão Ranger desembarcavam na pequena praia de Pointe du Hoe e começaram a dar início ao longo processo de escalar o precipício com escada de corda. Os Rangers  estavam debaixo de constante fogo inimigo, principalmente metralhadoras, vindo de todos os lados, mas os homens continuaram a sua ascensão. Os primeiros Rangers  a alcançar o topo do precipício fizeram isso quase no mesmo instante em as primeiras ondas de invasão chegavam em UTAH e OMAHA. Para supressa dos Rangers  apenas um pequeno pelotão alemão estava no topo e foi rapidamente eliminado. As peças de artilharia alemã de 155mm não estavam no local, tinham sido deslocadas mais para o interior através de trilhos.    

Local dos canhões de 155mm

Mas os Rangers não se deram por vencidos, avançaram para o interior eliminando focos de resistência inimiga. Em seu avanço uma dupla solitária formada pelos sargentos Leonard Lomell e Jack Kuhn, descobriram os canhões de 155mm bem camuflados a cerca de 1km para o interior. Suas guarnições estavam a cerca de 100m e se preparavam para entrar em formação. Aparentemente os canhões foram recuados para evitarem o forte bombardeio aliado. Sem perder tempo o sargento Lomell com a cobertura Kuhn usou granadas de termita para inutilizar o mecanismo de recuo e de pontaria em direção de dois canhões e a alça de mira de um terceiro. Os dois correram para pegar mais granadas de termita e voltando a bateria desmantelaram os outros três canhões. Outros Rangers destruíram o deposito de munição inimigo. Eram 09:00 e os Rangers completaram a sua missão.

US Rangers atacam ferozmente Pointe du Hoc. O militar empunhado a sub-metralhadora

Thompson é o sargento Leonard Lomell

Enquanto isso, a força Ranger em OMAHA estava em dificuldade. A Companhia A do 116º sofreu grande baixas na praia e os Rangers  se viram praticamente sozinhos. Com a Companhia A  fora de ação, as tropas Aliadas mais próximas estavam a cerca de 2 quilômetros dali. Os Rangers  se viram presos na praia e tentaram encontrar uma saída. Só 31 homens da Companhia C conseguiram sair dali. Com a força Ranger imóvel, 4 soldados, os Tenentes William Moody e Sidney Saloman, e os Sargentos Julius Belcher e Sgt Richard Garrett começaram a procurar uma saída daquele inferno. Eles encontraram um caminho e rapidamente lançaram cordas para os seus companheiros e os Rangers  começaram a escalada. Por 07:30, a Companhia C estava em no cume e de frente para uma casa fortificada.  

Os Rangers  assaltaram a casa e Tenente Moody chutou a porta, matou o oficial e conduziu uma busca por trincheiras atrás da fortificação. Os Rangers  começaram uma destruição sistemática das posições defensivas alemãs usando granadas, rifles e até mesmo as suas baionetas. Nesse processo o Tenente Moody foi morto e o Tenente Saloman assumiu o comando. O Sgt Belcher conduziu uma carga contra posições de metralhadoras alemãs que estavam vertendo fogo mortal sobre OMAHA. Granadas de fósforo branco foram usadas, e os Rangers  atiraram nos alemães quando eles fugiram de suas posições em chamas.  

As Companhias A e B do 2º Batalhão Ranger e todo o 5º Batalhão Ranger desembarcaram na praia de OMAHA pouco antes das 8:00 e se dirigiram para se unir mais a frente com a Companhia C no interior. As sobras da 116ª  se uniram aos Rangers  e se formou um Regimento de Infantaria ad hoc. Esta força continuou limpando as posições alemãs ao redor de Vierville. Aos Rangers do 5º e 2º Batalhões, junto com os sobreviventes da 116ª é creditado a economia de muitas vidas americanas durante os desembarques em OMAHA. Os soldados da 1ª Divisão de Infantaria estavam retidos na praia, sofrendo duras baixas, porém tendo uma vez os Rangers furado as defesas inimigas e alcançado a sua retaguarda, todo o inferno cessou e a Big Red One estava livre para sair da praia e estabelecer a sua cabeça de praia. Diante da situação de risco de OMAHA quando havia estagnação na praia, o General Norman D. Cota, assistente do comandante da 29ª Divisão, deu a formosa ordem que hoje se tornou o lema do 75ºInsigia Ranger - Europa - Segunda Guerra Mundial Regimento Ranger "Os Rangers, lideram o caminho!" 

Depois do Dia-D o 5º e 2º Batalhões Rangers desempenharam um papel chave nos ataques contra as fortificações alemãs ao redor de Brest na La Coquet Peninsular.  O 5º  sob o comando do Tenente Coronel Richard Sullivan participou da Batalhão do Bolsão, nas Ardenas, da Floresta de Huertgen e de outras batalhas pela conquista da Europa Central.  Ganhou duas Citação de Unidade Distinta e a Croix de Guerre  francesa. Foi  desativado em 2 de outubro de 1945 em Camp Miles Standish, Massachusetts. O 2º Batalhão Ranger ganhou uma Citação de Unidade Distinta e a Croix Guerre e foi  desativado em Camp Patrick Henry, em 23 de outubro de  1945. 

PACÍFICO

No Teatro de Operações do Pacífico, o 6º Batalhão Ranger de Infantaria teve seu começo no 98º Batalhão de Artilharia de Campo. Ativado em janeiro de 1941 em Fort Lewis, Washington, o 98º serviu na Nova Guiné e estava em Porto Moresby  como parte do 6º Exército sob as ordens do Tenente General Walter Krueger. O Comandante do 6º Exército  estava decidindo a criar uma força maior para realizar as mesmas missões desempenhadas pelos Alamo Scouts, mas que pudesse operar em escala maior. Krueger decidiu que a nova unidade seria criada a partir do  98º Batalhão de Artilharia de Campo. Assim surgiu o 6º Batalhão Ranger em setembro de 1944 em Porto Moresby, Nova Guiné.  

A primeira missão para o 6º Batalhão (que foi a primeira força americana a voltar às Filipinas), comandado pelo Coronel Henry (Hank) Mucci, era destruir defesa costeiras, estações de rádio e de radar estacionadas nas ilhas de Dinegat perto de Leyte. O 6º desembarcou com três dias de antecedência do desembarque da Força de Invasão do VI Exército em 17-18 de outubro de 1944. Eles rapidamente  mataram ou capturaram alguns dos defensores japoneses e destruíram todas as comunicações inimigas. 

A unidade tomou parte nos desembarques das forças dos EUA em Luzon, e realizou várias patrulhas atrás das linhas inimigas, penetrações e pequenos raids que serviram para preparar o que veio a ser conhecido universalmente como o maior e mais ousado raid da história do Exército dos EUA.

Em 30 de janeiro de 1944, a Companhia C, apoiada por um pelotão da Companhia F, 120 homens ao todo, avançou 30 milhas dentro das linhas inimigas e resgatou do campo de prisioneiros de Cabanatuan, 511 emagrecidos e doentes prisioneiros de guerra, sobreviventes da Marcha da morte de Bataan. Levando muitos dos prisioneiros nas suas costas e em carroças, os Rangers ajudados por guerrilheiros filipinos, mataram mais de 200 homens da guarnição japonesa de um total de 250, se evadindo de dois regimentos inimigos, e alcançando com segurança as linhas americanas no dia seguinte. Dois rangers morreram na ação e um ex-prisioneiro veio a falecer poucas horas depois de libertado. Morreram também 21 guerrilheiros filipinos.

Relatórios de inteligência tinham indicado que os japoneses estavam planejando matar os prisioneiros quando eles se retirassem para Manila. Um bom reconhecimento realizado pelos Alamo Scouts  contribuiu para o sucesso do assalto a Cabanatuan foi comandado pelo Coronel Mucci e conduzido pelo Capitão Robert Prince.

A unidade depois comandada pelo Coronel Robert Garrett teve um papel importante na captura de Manila e Appari, e estava se preparando como ponta-de-lança da invasão de Japão quando o inimigo capitulou. A unidade recebeu a Citação de Unidade Presidencial e a Citação Presidencial filipina. O 6º Batalhão foi desativado em 30 de dezembro de 1945 nas Filipinas.  

Seja na África, Europa ou Pacífico sempre que o Exército americano tinha uma missão dura e crucial os batalhões Rangers eram acionados para dar cabo da mesma.   

OUTROS RANGERS 

Cabo da 1ª Força de Serviço Especial da Kiska Task Force, em Kiska, Aleutas em 1943.

Há três outras unidades que devem ser mencionadas quando se fala da história dos Rangers na II Guerra Mundial são: a 1ª Força de Serviço Especial, uma força conjunta de americanos e canadenses,a 5307ª Unidade Composta (Provisória) também conhecida como o Merrill's Marauders e o 29º Batalhão Ranger

1ª FORÇA DE SERVIÇO ESPECIAL 

A 1ª Força de Serviço Especial era meio canadense e meio americana e composta 100% de voluntários. Eles foram treinados para operar atrás de linhas inimigas para coordenar operações de guerrilha com o objetivo de romper as operações inimigas. Os homens estavam qualificados em montanhismo, pára-quedismo e operações com esquis. Tudo tiveram experiência com montanhas altas e com o frio extremo. O 1º SSF foi desdobrado para os Alpes da França Meridional e tiveram grande êxito destruindo postos na retaguarda alemã. Os alemães tiveram que destacar um grande contingente para guardar suas linhas de suprimento por causa da ameaça do 1º SSF e eles pagaram um alto preço tentando destruir as tropas Aliadas. 

MERRILL´S MARAUDERS 

Os Merrill's Marauders era outra unidade composta só de voluntários, e foi treinada especialmente para operações de longa penetração na selva. A unidade foi criada em 1943 de outubro para manter a Lêdo Road de Birmânia aberto para materiais. Seu chefe era Brigadeiro General Frank Merrill.

A unidade foi treinada para alcance longo, penetração funda invade em inimiga segurou selvas. Durante suas operações o 5307º era conhecido por seu nome de código, GALAHAD.  

De janeiro até 1944 de abril, GALAHAD era Geral a unidade de combate mais segura de Joseph Stilwell na liberação de Birmânia. GALAHAD estava em combate quase constante com as forças japonesas. 31 de março de 1944, Gen Merrill foi evacuado devido a enfermidade séria e dano contra o desejo forte dele para permanecer com as tropas dele. GALAHAD continuou lutando na Birmânia até 1944 de agosto quando a unidade foi reorganizada como o 475º Regimento de Infantaria.  

Os Merrill's Marauders nunca foram oficialmente designados como uma unidade Rangers de Infantaria, mas com toda certeza eles eram Rangers. Em setembro de 1943 os Estados Unidos concordaram com a formação de uma unidade de penetração de longo alcance, como ponta de lança do Exército chinês na área do Teatro de Operações nop Norte da Birmânia com o objetivo de abrir a estrada de Ledo para o envio de provisões para a China.

O envio dos Merrill's Marauders era um dos resultados da Conferência de Quebec, realizada em agosto de 1943. A nova unidade foi ativada em 8 de janeiro de 1944 como 5307ª Unidade Composta (Provisional), nome código Galahad. Mas a unidade ficou conhecida mesmo como Merrill's Marauders (Saqueadores de Merrill) em homenagem a seu comandante General Brigadeiro Frank D. Merrill.

Os Merrill's Marauders era uma unidade de tamanho regimental, organizada e treinada para operações de penetração profunda atrás das linhas inimigas na Birmânia.

Eles foram a primeira força de combate terrestre norte-americana a lutar  contra os japoneses no continente asiático durante a II Guerra Mundial. De janeiro até abril de 1944, os Merrill's Marauders era a unidade de combate mais segura sob o comando do General Joseph Stilwell, superior do General Frank D. Merrill, na liberação da Birmânia. Os Merrill's Marauders estiveram em combate quase constante com as forças japonesas neste período.

Em 31 de março de 1944, Frank D. Merrill foi evacuado devido a problemas de saúde mesmo contra a sua vontade. Os Merrill's Marauders continuaram lutando na Birmânia até agosto de 1944 quando a unidade foi reorganizada como o 475º Regimento de Infantaria.  

(1) - 6º Batalhão Rangers; (2) - Alamo Scouts; (3) Merrill's Marauders -

29º BATALHÃO RANGER

Poucos sabem que nos dia 20 de dezembro de 1942 foi formado um Batalhão Ranger, com voluntários da 29ª Divisão de Infantaria que estava estacionada na Inglaterra. Esta  unidade também foi treinada pelos Comandos britânicos em Achnacarry, Escócia, e seus Rangers estavam altamente motivados e ansiosos para entrara em ação. Depois de se formar com honras, a unidade foi anexada ao Commando 4 de Lord Lovat, para treinamento tático e de escalada de montanha, ganhando o respeito de Lord Lovat e a aprovação do General Brigadeiro Cota, que foi normando que era então ligação principal para Maj. Gen. Russell Hartle.   

Pouco é conhecido pelo público sobre este Batalhão que foi formado 20 de dezembro de 1942, com voluntários da 29ª Divisão de Infantaria então estacionada na Inglaterra comandada por Randolph Milholland Principal, que esta unidade também foi treinada pelos Comandos britânicos a Achnacarry, Escócia, e seus Rangers altamente motivados, ansioso para ação, esperanças altas tidas de operar independentemente em missões de tipo de Comando. Depois de se formar com honras, a unidade foi prendida ao Número de Senhor Lovat 4 Tropa de Comando por treinamento tático e precipício escalar, ganhando o respeito de Senhor Lovat. 

Vários membros do 29º Batalhão Ranger participaram do assalto dos Commandos britânicos a uma ilha na costa da França,  e em 20 de setembro de 1943, uma companhia foi transferida para Dover para tomar parte em um assalto ao Continente. Mas o assalto foi cancelado. Mais decepção se abateu sobre a unidade quando o QG da 29ª Divisão de Infantaria emitiu ordens para  licenciam a unidade em 18 de outubro de 1943. Muitos dos Rangers voltaram para as suas companhias na 29ª Divisão de Infantaria e lutaram no Dia-D. 

GUERRA DA CORÉIA

Depois da II Guerra Mundial, a maioria das unidades Rangers foram licenciadas. Em 1950, quando as hostilidades começaram na Coréia, os Rangers foram mais uma vez reorganizados para entra em ação. Foram pedidos voluntários e logo mais de 5,000 soldados, muitos da 82ª Divisão Aerotransportada, tinham se apresentado. Em outubro de 1950, o treinamento dos Rangers começou, visando formar três Companhias.

Rangers em combate na Coréia

Rangers em ação na Guerra da Coréia

Também naquele mês, uma 4ª companhia Rangers foi ativado com soldados do 505º Regimento de Infantaria Aerotransportado e o do 80º AAA BN. Esta companhia foi designada de 2ª Companhia Ranger.

Soldado de 1ª Classe da 4ª Cia Ranger em Munsan-ni, Coréia 1951. ele está com um pára-quedas T-5A e uma fita de munição de .30, além de um fuzil M1 Garand.

 Em 15 de novembro de 1950 a 1º Companhia Rangers (Aerotransportada) saiu dos Estados Unidos e chegou na Coréia em 17 de dezembro. As 2ª e 4ª companhias Rangers (Aerotransportada) chegaram 2 semanas depois. Nesta guerra, não haveria nenhuma grande ação dos Rangers na escala do assalto a Pointe du Hoe.

Na verdade os Rangers foram destacados párea apoiarem várias unidades de Infantaria, com a missão de realizar reconhecimento, patrulhar as linhas inimigas patrulhadas e realizar assaltos e emboscadas em sua retaguarda. As unidades Rangers ficaram assim distribuídas: A 2ª Companhia Rangers (Aerotransportada) foi destacada para à 7ª Divisão de Infantaria, a 1ª Companhia Rangers (Aerotransportada) foi destacada para à 2ª Divisão de Infantaria e a 4ª Companhia Rangers (Aerotransportada) foi destacada para à 1ª Divisão de Cavalaria. Depois, a 3º Companhia Rangers (Aerotransportada) seria destacada para à 3ª Divisão de Infantaria, a 5ª Companhia Rangers (Aerotransportada) seria destacada para à 25ª Divisão de Infantaria e a 8ª Companhia Rangers (Aerotransportada) seria destacada para à 24ª Divisão de Infantaria. 

Durante a Guerra da Coréia, os Rangers desempenharam de forma soberba as suas missões. Em um assalto noturno, a 1ª Companhia Ranger, marchou 9 milhas na escuridão por trás das linhas inimigas e destruiu o QG da 12ª Divisão norte coreana e eliminou seu comandante e o pessoal do seu estado-maior. O ataque realizado por 112 Rangers contra uma força norte coreana de 2 Regimentos levou o inimigo a se retirar em pânico. Na única operação conjunta dos Rangers na  guerra, a 2ª e 4ª Companhias Rangers fizeram um assalto a Munsan-Ni ao longo do paralelo 38º. A 2ª Co Ranger tinha tampado um buraco nas linhas Aliadas depois que unidades Aliadas tinham se retirado, enquanto a 4º Co Ranger realizava uma assalto para tomar a represa de  Hwachon dos chineses. Durante a 5ª fase da ofensiva chinesa, a 5ª Co Ranger foi unindo a 25ª Divisão para parar o assalto chinês. Durante a batalha, Sargentos Rangers conduziram unidades de linha de frente quando a cadeia de comando ruiu, mas os Rangers rapidamente arregimentaram os soldados e , montaram a linha de defesa e preveniram um desastre. 

Uma famosa batalha dos Rangers aconteceu quanto um pelotão da 8ª Co Ranger estava em patrulha atrás das linhas inimigas. Os 33 Rangers da patrulha foram descobertos por 2 Companhias de Reconhecimento chinesas. A batalha durou horas enquanto os Rangers lutavam para chegar até as suas linhas. Quando o combate terminou, 70 soldados chineses tinham sido mortos e muitos mais feridos. Dois Rangers morreram e três ficaram feridos, mas os Rangers levaram todos os 5 de volta para as linhas Aliadas, o que apóia tradição de que um Rangers nunca deixa para trás outro Ranger.   

VIETNAN

Soldado de 1ª Classe, Esclarecedor/Observador Companhia Ranger do 75º Regimento - Vietnam, 1970. Ele está armado com uma submetralhadora XM177E2 de 5,56mm, mais conhecida por CAR-15.

Em Okinawa em 1954, foi formado o 75º Regimento de Infantaria. O Regimento foi formado com os graduados das Companhias Rangers que lutaram na Coréia, mas as sobras da 475ª Infantaria (que tinha sido formada da 5307ª Unidade Composta, os Merrill's Marauders). Em 1 de fevereiro de 1969, as 13 companhias Rangers da 75º Regimento de Infantaria começaram suas operações no Vietnã. A sua missão era semelhante às realizadas pelos Rangers na Coréia. Foram destacadas companhias individuais e também destacamentos para apoiarem Divisões e Corpos de Exército na tarefa de patrulhas, reconhecimento, assaltos, e missões de esclarecimento. Além disso os Rangers realizaram seqüestro de pessoal inimigo e outras missões secretas. Mesmo sendo todos os Rangers pára-quedistas qualificados, a maioria das suas missões foram realizadas através da inserção de helicópteros.

Logo os Rangers começaram a conduzir Patrulhas de Reconhecimento de Longo Alcance (LRRPs - Long Range Reconnaissance Patrols) usando equipes de 6 a 12 homens. Unidades Rangers operavam freqüentemente atrás das linhas inimigas durante semanas e realizavam assaltos e emboscadas sempre que possível. Foram desdobradas outras unidades Rangers para operarem à frente das forças americanas para orientar fogo de artilharia naval e ataques aéreos as posições inimigas. Considerando que eles operaram tão longe à frente, os Rangers puderam dirigir ataques contra QGs inimigos e resgatar prisioneiros de guerra americanos. 

As unidades da 75ª de Infantaria tiveram tanto êxito nas suas operações, que o Secretário do Exército os chamou de os Novos Marauders. Depois que a Guerra do Vietnã terminou, o 75º Regimento se tornou o núcleo da primeira unidade Ranger em tempo de paz da história americana quando foi renomeado 75º de Infantaria (Rangers).  

DÉCADA DE 1970 – OS RANGERS MODERNOS 
O Chefe de Estado-Maior do Exército dos EUA , General Creighton Abrams, viu
diante da realidade da Guerra do Yom Kippur entre árabes e israelenses em 1973, a carência do Pentágono de ter a habilidade estratégica de deslocar com rapidez para qualquer parte do mundo, especialmente para o Oriente Médio, forças de infantaria leve, altamente móveis e  bem treinadas, que estariam aptas a realizar missões de intervenção. Em 31 de janeiro de 1974, o 1º Batalhão do 75º Regimento de Infantaria (Rangers) foi ativado oficialmente. Foram aceitos voluntários e a nova unidade Ranger começou seu treinamento imediatamente. O 1º BN passou por um treinamento extenso de março até junho de 1974 quando eles saltaram na sua nova casa, Fort Stewart, Geórgia. Em 1 de outubro de 1974, o 2º BN do 75º de Infantaria (Rangers) foi formado e foi instalado em Fort Lewis, Washington. Os novos Rangers continuaram treinando e freqüentemente enviaram pequenos destacamentos pequenas para treinar patrulhamento e táticas de pequenas formações com unidades das Divisões de Infantaria e Aerotransportadas do Exército dos EUA.

OPERAÇÃO EAGLE CRAW 
O primeiro teste de combate real para os Rangers surgiu em 1980, quando a Companhia C, do 1º BN do 75º de Infantaria (Rangers) foi acionado para apoiar a missão de resgate dos reféns americanos presos no Irã, a Operação EAGLE CRAW. A missão era principalmente uma operação das Forças Especiais e os Rangers foram usados para prover segurança de apoio enquanto as forças de assalto da Força Delta agiam. 

O plano era relativamente simples (Para uma visão completa da operação acesse Operação EAGLE CRAW). Previa algumas ações preliminares e uma operação em três fases. Em 1 de abril de 1980, Jim Rhyne, piloto de CIA, transportou para dentro do Irã, em um pequeno avião de dois motores, o major John Carney. A missão de Carney era localizar uma pista de aterrissagem no deserto iraniano, cerca de 500km de Teerã. Carney verificou toda a pista com a ajuda de uma motocicleta Honda que ele tirou d o avião. Uma vez definido as condições e tamanho do campo, ele instalou um sistema de iluminação que podia ser acionado remotamente do cockpit de um C-130 (tarefa esta que ele mesmo desempenhou na noite da aterrissagem). Esta pista seria  batizada de  "Desert One". 

Fase I: Incursão. A Força Delta, realizaria uma grande jornada vindo da Alemanha, passando pelo Egito, e de lá indo para o  campo de aviação Masirah, em Omã onde embarcaria nos MC-130. A seguir voaria muito baixo pelo golfo de Omã para evitar os radares, entrando no Irã pelo indo até Desert One. Lá, os seis C-130 Hércules (três para transporte  de tropas e três para reabastecimento de helicópteros) deveriam aterrissar e aguardar a chegada dos helicópteros por trinta minutos.  A Força Delta deveria transferir-se dos aviões para os RH-53D que seriam reabastecidos naquele mesmo local. Como Desert One ficava ao lado de uma estrada (que se acreditava ser pouco usada), uma equipe especializada de doze homens foi desembarcada primeiro: sua missão era interceptar e deter qualquer pessoa que passasse. 

Reabastecidos, os helicópteros rumariam para um esconderijo no deserto, Desert Two em um distante leito seco de rio, cerca de 80 km a sudoeste de Teerã,  chegando lá aproximadamente uma hora antes do alvorecer. Neste ponto deixariam a equipe de assalto e prosseguiriam até um esconderijo 24 km ao norte onde haveria mais proteção. No ponto de desembarque o grupo de assalto encontraria dois agentes que o guiariam até uma ravina a cerca de 8 km de distância. Homens e helicópteros ficariam em seus respectivos esconderijos durante todo o dia. Ao anoitecer, um agente levaria doze homens (motoristas com conhecimento da língua) até seis caminhões Mercedes, enquanto o outro agente levaria o cel. Beckwith por uma rota de reconhecimento. Às 20h30 todos os homens seguiriam até Teerã nos caminhões, pois uma chegada de helicóptero faria muito barulho. 

Fase II-A: O resgate na Embaixada do EUA.  O resgate começaria entre 23 e 24 horas. Depois de se livrarem dos guardas, e soltarem os reféns, os homens chamariam os helicópteros para apanhar os reféns na embaixada ou, se isso não fosse possível, num estádio de futebol ali perto. Em certo momento os norte-americanos consideraram a hipótese da retirada das forças do estádio para a base aérea abandonada em Manzariyeh, denominada Desert Three, em um Hércules equipado com sistema de decolagem auxiliado por foguete. Porém, quando a aeronave usada num teste caiu. essa idéia foi abandonada. Caso houvesse helicópteros insuficientes para transportar todos até Manzariyeh de uma só vez, a Força Delta, os reféns e os agentes, seria feita uma ponte aérea. A Força Delta estaria também preparada para se evadir por terra, caso fosse necessário. Dois vetores Hércules AC-130E estariam, nesse ínterim, no ar: um circulando sobre o Aeroporto Internacional de Mehrabad para evitar a decolagem de dois McDonneIl Douglas F-4 Phantom da Força Aérea Iraniana, e outro circulando sobre a embaixada, pronto para deter qualquer blindado iraniano que tentasse intervir. Depois que a embaixada tivesse sido evacuada, a segunda aeronave destruiria os edifícios. Em todas as fases da operação, a Força Delta poderia pedir apoio aéreo do USS Nimitz (CVN-68), que possuía aeronaves de ataque Grumman A-6 Intruder e Vought A-7 Corsair, bem como aviões de interferência Grumman EA-6B Prowler; a cobertura superior seria realizada por aparelhos Grumman F-14B. Uma aeronave-ambulância C-9A Nightingale também estaria no ar. 

Fase II-B; O resgate no Ministério do Exterior. Ao mesmo tempo que se desenvolvesse a Fase II-A, uma equipe de treze homens assaltaria o Ministério das Relações Exteriores, resgataria os três reféns e os levaria até um parque, onde seriam apanhados por um helicóptero e levados para o estádio de futebol. 

Fase III: A retirada. Enquanto a ação se desenrolasse em Teerã, uma companhia Ranger tomaria o campo de aviação de Manzarieh, 56 km ao sul, entre Teerã e a cidade sagrada de Qom. De lá todos seriam transportados até Omã por um Lockheed C-141 Starlifter. Os helicópteros seriam abandonados em Manzarieh. 

Comando e controle: O comandante das forças de terra era o coronel Beckwith, que respondia ao general James Vaught, comandante da Força-Tarefa Conjunta. O general Vaught estava no campo de aviação de Wadi Kena, no Egito, comunicando-se com Beckwith e com Washington através do sistema de terminais de satélite portáteis. Em Washington, tudo era acompanhado pelo presidente Carter e pelo general David Jones, chefe do Estado-Maior Conjunto. 

Os Rangers nunca entraram porém em ação com Operação EAGLE CRAW pois a mesma foi abortada durante a sua primeira fase. Numerosos problemas mecânicos com os helicópteros usados na operação forçaram a missão a ser cancelada. Quando os americanos estavam partindo de Desert One um dos helicópteros colidiu com um C-130 e mata 8 homens. Uma segunda missão de resgate  nunca foi tentada.

Porém os Rangers tinham provado ser uma unidade de pronto emprego.Eles tinham se desdobrado para a missão mais rápido do que o Exército pensava que eles podiam e levaram mais equipamento com eles do que o esperado. Uma vez no Egito, os Rangers tinham estabelecido o seu posto de comando e estavam preparados para a operação mais rápido do que qualquer outra unidade acionada para a missão. 

Jeep M151A2 dos Rangers de uma equipe de segurança e bloqueio de estrada. O M151 pode ser levado de C-141, C-130, HH-53 e CH-47. Pode ser armado com metralhadoras M-60 e levar canhão sem recuo M-67 de 90mm, LAWs e minas Claymore. Os Ranger são tropas de infantaria de alta prontidão capazes de se mover por terra, mar e ar.

OPERAÇÃO URGENT FURY  - 1983

A próxima missão dos Rangers aconteceu em outubro de 1983 quando eles desdobrados para participar da Operação URGENT FURY, a invasão americana da ilha de Granada no Caribe. Os Rangers receberam grandes atribuições: A sua missão consistia em aterrissar e assegurar o aeródromo de Ponto o Salinas, se deslocar para True Blue Medical campus, para resgatar os estudantes de medicina americanos,  e finalmente capturar o acampamento do exército cubano em Calivigny.  

O perfil da missão exigia que uma equipe SEAL provesse inteligência sobre o aeródromo de Porto Salinas. Porém os SEALs  não conseguiram alcançar a praia e os Rangers tiveram que se direcionar para o alvo sem informações precisas. Duas equipes dos Seals (doze tropas) do Seal Team 4 foram lançadas de pára-quedas a noite junto com botes infláveis (boat drop) por dois MC-130 a cerca de 40km da costa junto com quatro controladores de combate (CCT - Combat Control Teams) da USAF e depois se ligariam com o contratorpedeiro USS Clifton Sprangue. Os Seals iriam fazer reconhecimento da pista do aeroporto de Point Salinas e das defesas locais e os CCT guiariam as aeronaves para lançar pára-quedistas e/ou pousar. Ligariam com as tropas depois. Após chegar na água as equipes continuaram depois em botes Zodiac e lançariam mergulhadores para reconhecimento da praia. A missão teve vários erros. Os pilotos não estavam treinados na missão e lançaram as equipes 3,5km uma da outra. As equipes também não treinaram antes para a missão. A missão deveria ser ao nascer do sol mas foi a noite. As ondas estavam muito maiores que o esperado. Quatro membros dos Seals se afogaram no salto provavelmente devido a carga pesada nas mochilas. No caminho até a praia o tempo estava ruim, com ondas fortes, e tiveram que evadir de um barco patrulha. Um bote perdeu o motor e a infiltração teve que esperar até o outro dia. Na segunda noite conseguiram chegar a praia mas o bote virou nas ondas com os CCT perdendo a maior parte do equipamento. A missão foi abortada novamente e os Rangers foram lançadas sem dados de inteligência. Uma lição (re)aprendida nesta missão é não atuar com equipe com a qual não treinou junto antes.

Quando eles se aproximaram do aeródromo, receberam informações de haviam obstáculos na pista e eles não poderiam aterrissar. Só havia uma forma de tomar  Salinas: saltando de pára-quedas. Rapidamente os Rangers começaram a se preparar para o salto. Eles tinham se preparado para um assalto ao aeródromo de Salinas depois que desembarcassem dos C-130 e não estavam usando os seus pára-quedas para um salto de combate. Mas rapidamente os Rangers resolveram este problema. Com os C-130 circulados, os Rangers trocaram os seus pacotes e colocaram os seus pára-quedas e em 15 minutos estavam pronto para o salto. 

Os primeiros Rangers do 1º Batalhão começaram a saltar de 500 pés por volta das 6:30. Uma vez no solo, os Rangers rapidamente tomaram a pista enquanto outros tomavam os edifícios do aeródromo. Cerca de 30 minutos depois, o 2º Batalhão começou a saltar sobre o aeródromo. O tempo ruim e a inexperiência de alguns pilotos contribuíram para a demora do salto. Por volta das 10:00 o aeródromo foi considerado seguro e os C-130s começaram a aterrissar, trazendo equipamentos e materiais necessários. O 2º pelotão da Companhia A do 1º Batalhão tinha assegurado o
True Blue Medical campus e os estudantes de medicina americanos foram evacuados para o aeródromo. 

Depois naquela tarde, os cubanos lançaram um contra-ataque com 3 APCs. Os cubanos conseguiram quebrar as linhas da Co A, mas foram destruídos, depois que  dois dos APCs colidiram entre si. O 3º APC se retirou, mas foi destruído por um AC-130 gunship Spectro. A maioria dos soldados cubanos foram mortos durante o ataque. A mais a leste
True Blue Medical campus, os Rangers foram alvos de disparos do alto de uma colina. Eles chamaram o apoio aéreo e a casa foi destruída, mas só depois que várias bombas foram lançados perigosamente perto da posição dos Rangers. 

Noi dia seguinte o 2º Batalhão, reforçado pela Co A do 1º Btl lançou um ataque ao quartel de Calivigny. Depois de um bombardeiro aéreo e naval do quartel, os Rangers se lançaram de helicópteros Blackhawks. O desembarque foi confuso e e 3 Blackhawks se chocaram, matando 3 Rangers. Os Rangers se reagruparam, e descobriram que o quartel tinham sido abandonado. Os Rangers voltaram ao Aeródromo e no dia seguinte voltaram para os EUA.

A Operação URGENT FURY  foi um sucesso, mas teve muitos problemas sérios. No início das hostilidades foi negado aos helicópteros do Exército quem eles aterrissassem nos navios da Marinha porque os seus pilotos não estavam qualificados. Isto impediu que alguns dos feridos recebessem cuidado necessário imediato.  O despreparo foi algo predominante. Alguns dos pilotos dos C-130 não foram treinados em operações noturnas de lançamento de pára-quedistas e vários Rangers e unidades Aerotransportadas foi lançados no lugar errado. Outro problema era comunicações entre as armas. Algumas dos assaltos com helicóptero foram prejudicados porque houve confusão com a freqüência de rádio entre helicópteros do Exército e dos Marines. Apesar de tudo estes problemas, os Rangers superaram depressa as dificuldades e completaram todas as suas missões. A sua habilidade para se adaptar a situações táticas variáveis e críticas foi um sucesso. 

Os Rangers tem equipes com a Building Clearing Team (BCT)

especializado em "limpar" prédios.

OPERAÇÃO JUST CAUSE - 1989

Rangers desembarcam no Panamá - 1989Depois de Granada, o Exército autorizou a criação do 3º Batalhão Ranger do 75º de Infantaria (Rangers) e a sede dos Rangers foi transferida para Fort  Benning, Geórgia. Os Rangers tinham agora 2.000 homens e essa era a maior dotação de Rangers desde Segunda Guerra Mundial. Em 20 de dezembro de 1989, o Regimento inteiro foi chamado para participar da Operação JUST CAUSE, a invasão de Panamá para prender Manuel Noriega, que estava envolvido com tráfico de drogas. Os Rangers receberam a missão de tomar o Aeroporto Internacional de Torrijos-Tocumen, o Aeródromo Militar Rio Hato, e a casa de praia fortificada de Noriega.

Nesta operação os Rangers tiveram mais oportunidades de realizar saltos de combate na invasão do Panamá em 1989. Dois batalhões formam lançados próximos a base panamenha de Rio Rato. Foram levados em 15 C-130 e lançados a menos de 200m a noite sofrendo 35 baixas por ferimentos no salto devido ao vento forte. Os primeiros C-130 tinham 65 Rangers em cada aeronave e por isso nem tinham espaço para ir no banheiro na viagem de sete horas até o salto. Junto foram levados quatro Jeeps e quatro motos. Apenas duas aeronaves não foram atingidas por fogo antiaéreo leve. Nos treinamentos o salto é realizado a cerca de 400m mas pode chegar a 200m.

Os Rangers foram apoiados por helicópteros AH-6, AH-64 e aeronaves AC-130 Gunships Spectro. Blindados CG-150 que estavam próximos foram logo destruídos com LAW. Um Ranger foi arrastado por um caminhão que fugiu e agarrou seu pára-quedas. Foi parado com um LAW a 150m. O comandante do regimento foi responsável por cortar a energia da base ao cair em cima das linhas de energia sem se ferir, mas no meio da base inimiga. Para abrir a porta de uma das casas de praia de Noriega também usaram um LAW. A resistência foi moderada em ambos, mas foi suprimida depressa com o apoio dos AC-130 Gunships Spectro. Depois de duas horas de combate, os Rangers tinham tomado os aeródromos. Reforço, materiais e equipamentos começaram a fluir e os Rangers foram enviados para uma missão nova. 

Outro batalhão Ranger (Terceiro Batalhão), durante a invasão do Panamá, tomou a base aérea de Tocumen para desembarque posterior da 82a Divisão. Tiveram apoio de helicópteros AH-64 e aeronaves AC-130. O salto dos 700 Rangers foi a menos de 200 m com 19 feridos por atingir a pista dura. Junto foram lançados 12 Jeeps e 12 motos. Um batalhão costuma ter 2-3 feridos a noite com equipamento completo durante os treinamentos. Já a 82a Divisão tomou a base aérea de Torrijos com 2200 pára-quedistas levados por 20 aeronaves C-141 junto com o lançamento de oito carros de combate leve Sheridan. Foram 50 feridos no salto. Depois receberam helicópteros UH-60 para realizar assalto aéreo pelo país.

Os Rangers foram ordenados atacar e destruir a unidade de Forças Especiais panamenhas, chamada de Tropas de Montanha. O ataque começou no início do amanhecer e os Rangers se moveram de casa em casa. O perímetro defensivo foi destruído rapidamente e muitos soldados do Panamá foram capturados sem luta. Os Rangers continuaram as suas operações ao redor da Cidade do Panamá e eliminam vários bolsões de resistência. Vários dias depois, os Rangers entraram na capital e cercaram a Embaixada Vaticano, onde Noriega tinha buscado refúgio. Logo depois Noriega foi capturado e foi levado aos EUA para julgamento. 

Os Rangers permaneceram no Panamá até janeiro de 1990. Durante a operação foram mortos 5 Rangers e 42 foram feridos. Os Rangers tinham capturado mais de 1,000 soldados panamenhos e 18.000 armas inimigas. A Operação
JUST CAUSE foi um sucesso da capacidade agressiva dos Rangers. 

OPERAÇÃO DESERT STORM - 1991
Durante a Guerra de Golfo, as Companhias A e B do 1º Batalhão Ranger foram desdobrada em defesa da missão Aliada para salvar o Kuwait da invasão iraquiana. Os Rangers realizaram numerosas ações de combate contra as forças iraquianas e serviram como uma força de reação rápida contra possíveis contra-ataques iraquianos. Durante a Guerra do Golfo, os Rangers mataram ou aprisionaram dúzias de soldados iraquianos enquanto não sofreram nenhuma baixa. Os Rangers também realizaram reconhecimento avançado para determinar as posições e composição das forças  iraquianas. 

Depois da guerra os Rangers foram enviados em numerosas ocasiões para o Kuwait para treinar unidades do Exército daquele país no estilo dos Rangers. Os Rangers também estavam entre as primeiras unidades deslocadas para o Kuwait em dezembro de 1991 em resposta a uma possível agressão iraquiana. 

OPERAÇÃO GOTHIC SERPENT - Força Tarefa Ranger - Somália 

Em 26 de agosto de 1993,  a Companhia B do 3º Batalhão Ranger  foi deslocada para Mogadíscio, Somália, para ajudar no esforço das Nações Unidas para trazer a paz para esta nação africana. A sua missão primária era a captura de Maomé Aidid, o líder de uma força de guerrilha que estava impedindo os esforços de paz da ONU. Os Rangers juntamente com a Força Delta, realizaram numerosas missões contra as forças de Aidid e capturaram muitos dos seus tenentes.

Em 3 de outubro, os Rangers realizaram um ataque diurno ao mercado de Bakara, dominado por Aidid e tiveram sucesso em capturar mais homens da estrutura de comando dele. Durante a sua extração, dois dos helicópteros foram abatidos em lugares diferentes, e os Rangers foram enviados para resgatar as tripulações. As forças de Aidid atacaram rapidamente e uma grande batalha urbana teve início e os Rangers ficaram situados. Uma missão de salvamento Ranger foi enviada mas foi emboscada. E as tentativas de se chegar ao Rangers foram frustradas. Quando caiu a noite,os somalis continuaram atacando.

Cenas dos combates dos Rangers em Mogadíscio em 1993

Finalmente no dia 4, uma força de tarefa reforçada conseguiu de alcançar os Rangers sitiados. A missão de resgate rapidamente começou a evacuar os Rangers e os Deltas. Logo as forças somalis lançaram um forte ataque com foguetes e morteiros. Debaixo de de intenso fogo, as forças de salvamento continuaram evacuando os Rangers. Depois de 4 horas de combate todo os Rangers, inclusive os mortos, foi levados de volta ao base americana. Os Rangers tinham lutado durante 13 horas e tinham tido 16 mortos e 57 feridos.

As forças somalis pagaram um alto preço, com mais de 300 homens mortos em ação e centenas de feridos. Os Rangers lutaram com coragem e tenacidade. E reforçaram a sua tradição do seu código de honra de que nunca deixaram um camarada abatido cair em mãos inimigas, não importa o quanto isso custe. (Para mais informações acesse Operação Gothic Serpent).

OPERAÇÃO ENDURING FREEDOM - 2001... 

Este Ranger em operação no Afeganistão no pe´riodp 2001-2002 está armado com um fuzil M4, além de usar o moderno capacete balístico MICH (Modular/Integrated Comunications Helmet) .

Em resposta ao ataque terrorista de 11 de setembro a Nova Iorque e o Pentágono, o Presidente dos EUA, George Bush,  lançou Operação Enduring Freedom. Sua missão: procurar e destruir  Osama Bin Laden e sua rede Al Qaeda e remover o regime Taliban do poder no Afeganistão. Junto com outras tropas da Forças Especiais dos EUA tropas, os Rangers deram assistência a Aliança do Norte, grupo que se dedicava a derrotando o regime Taliban. A Operação começou em 7 de outubro, com bombardeiros aéreos e os Rangers entraram em ação em 19 de outubro. 

Mais de uma centena de soldados Rangers, apoiados por aviões artilhados AC-130, desencadearam na madrugada de ontem a primeira ação terrestre de larga escala da guerra contra o terrorismo no Afeganistão. O ataque, que foi precedido de mensagens de rádio à população avisando da chega das tropas e instruindo as pessoas a evitar pontes, estradas, ou contato com os soldados americanos, foi contra uma guarnição do Taleban, o regime fundamentalista afegão que protege o terrorista Osama Bin Laden, perto de Kandahar, a capital espiritual do Taleban e base de seu líder máximo, o mulá Muhamad Omar. Bombardeios aéreos que precederam a ação provocaram a saída de dois terços da população da cidade. A ação foi precedida de várias incursões de forças especiais no sul do Afeganistão. 

Enquanto o ataque acontecia um helicóptero Blackhawk americano caiu no Paquistão, matando dois Rangers. Eles estavam as postos para auxiliador numa possível missão CSAR. Os Rangers procuraram esconderijos da Al-Qaeda nas cavernas e participaram de muitas operações ao lado de outras forças Aliadas, inclusive a Operação Anaconda. As Forças dos EUA capturaram e destruíram grandes quantidades de equipamento e obtiveram inteligência vital relativa ao treinamento e atividades terroristas. As operações americanas no Afeganistão ainda continuam.  

Varias Forças Tarefas de unidades de Forças Especiais foram formadas no conflito do Afeganistão por forças da Coalizão. Uma das principais era a Task Force Sword. A TF Sword/ TF 11 era um Joint Special Operations Command - JSOC denominada Força "Hunter-killer'', algo como caçador assassino, e sua missão era capturar ou matar a liderança sênio ou alvos de alto valor - "high-value targets" (HVTs) da Al-Qaeda e do Talibã. a Sword foi estruturada ao redor de um componente de dois esquadrões da Unidade de Missão Especial (SMU-Special Mission Unit) formada por operadores do Grupo de Aplicações de Combate (CAG-Combat Applications Group, leia-se Força Delta) e do Grupo Naval Especial de Desenvolvimento de Guerra (DEVGRU), apoiados por equipes de segurança dos US Rangers, pelo especialistas em inteligência da Grey Fox, NSA e CIA. Durante a Operação Enduring Freedom o CAG ficou conhecido por Task Force Green, os Rangers trabalhando em apoio a Sword por TF Red, o DEVGRU TF Blue, a Grey Fox por TF Orange, e o 160th SOAR conhecido por TF Brown. A Coalizão de Forças de Operações Especiais as vezes anexava a Sword forças especiais britânicas para missões específicas, particularmente tropas do SBS.

Membros da Força Delta compuseram uma das duas unidades envolvidas em uma invasão numa residência que pertencia ao Mullah Omar. De acordo com o Pentágono, o nível da resistência a essa operação era mínimo. O Mullah não estava no local mas alguns papéis e discos do computador foram apreendidos na invasão. Críticos alegaram mais tarde que a segunda unidade era desnecessária, reivindicando a força era muito grande. Em conseqüência, dizem, os afegãos foram alertados cedo. Os operadores Delta quiseram um método mais discreto de inserção, mas o Comando da operação negou e optou para um assalto combinado com tropas Rangers. Os guerrilheiros do Taliban armaram uma emboscada quando as equipes americanas estavam se extraindo e diversos operadores Delta foram severamente feridos.

IRAQI FREEDOM - 2003...

Como uma força de elite dos EUA os US Army Rangers também participaram das operações de conquista do Iraque e da manutenção pós-guerra, neste país. Eles tem participado de missões de busca e destruição de grupamentos rebeldes e operações de segurança nas cidades iraquianas. Existem poucas informações sobre as ações dos Rangers no Iraque pós-Saddan.

Invasão

Em 18 de Março de 2003, os Esquadrões B e D do 22 SAS, juntamente com 1º Esquadrão do SASR, foram infiltrados por terra e ar, tendo como objetivo as base aéreas iraquianas de H-2 e H-3. Em 21 de março uma força combinada do 22 SAS britânico (150 homens de três Esquadrões Sabre) e do SASR (100 soldados) australiano a se dirigiu para os dois principais aeródromos iraquianos (H2 e H3) na região ocidental do país, perto da fronteira da Jordânia.

As patrulhas avançadas estabeleceram secretamente postos de observação em torno das bases iraquianas, acionando a partir destes, ataques aéreos precisos que minimizaram a resistência iraquiana.

O SAS atacou a primeira base com dezenas de Land Rovers fortemente armados e seus DPV (Desert Patrol Vehicles), enquanto os australianos usaram veículos com 6 rodas.  Os operadores viajaram em alta velocidade em seus transportes.

Este Range do 1º Batalhão em operação no Iraque, usa o novo uniforme camuflado com três cores. Seu capacete é o MICH com o Wilcox NOD montado. suas botas são Danner Acadia. Ele usa um colete CIRAS Land com a cor marron coyote. Ele tem uma escopeta Remington 870 pendurada e seu rifle é um 5.56x45mm M4A1 com lançador de granada M203 de 40mm, onde está montado um PEQ-2, com um M68
Aimpoint e uma lanterna Surefire. Esta arma foi pintada a mão em um padrão de camuflagem.

O SAS atacou com seus Land Rovers em formação. O poder de fogo dos Land Rovers era imenso: cada um tinha um metralhadora pesada de .50 cal e cada veículo tinha pelo menos um lançador de granada de 40mm. Cada operador tinha também a sua disposição óculos e miras noturnas. Equipes a direita e a esquerda proviam fogo de cobertura para o ataque principal. Eles entraram na base velozmente, e depois se dividiram para atacar a torre de controle, escritórios, torres de guardas e hangares. Os edifícios foram tomados em uma ação muitas vezes ensaiada de lançar granadas e depois realizar buscas de sala em sala.

Dentro de algumas horas, a missão foi concluída, centenas de iraquianos tinham sido capturados e o SAS apelou ao apoio das tropas do 45 Commando, Royal Marines, e dos US Army Rangers, para garantir o aeródromo. Eles estabeleceram um perímetro de segurança em torno dos aeródromos, onde foram estabelecidas Bases Operacionais Avançadas - forward operating bases (FOBs) para o SAS. A segunda base aérea caiu sem a necessidade de a mesma escala de assalto.

Com essas duas FOBs, o SAS foi operar no oeste, para fora do deserto iraquiano. E uma reprise da Operação Desert Storm, o SAS se viu mais uma vez caçando SCUDs, que Saddam poderia usar mais uma vez para atacar Israel. As colunas de Land Rover do SAS foram apoiadas pelos Harriers GR7 da RAF, que operavam a partir de bases na Jordânia. Aviões espiões não tripulados Predator voavam a frente do SAS, a fim de realizar reconhecimento de alvos.

No dia 23 de março de 2003 uma JSOC, formada por operadores da Força Delta e/ou DEVGRU, e Rangers foi transportada por helicópteros do 160º SOAR, com a missão de assaltar um local suspeito de armazenar armas químicas em Al Qadisiyah, uma cidade remota no iraquiano deserto.

A força de assalto era composta de:
2 helicópteros MH-6 Little Bird, transportando snipers da Delta Force.

2 helicópteros AH-6 Little Bird gunships
4
helicópteros MH-60K 'Kilo' Black Hawks, transportando Rangers
2
helicópteros MH-60L DAP Black Hawk gunships
2
helicópteros MH-47 Chinooks, transportando  a força de assalto da JSOC

2 helicópteros MH-47 Chinooks, transportando uma força de reserva


Os primeiros elementos da força chegaram em cima do objetivo por volta da meia-noite - 2 MH-6s com os seus passageiros da JSOC fizeram uma varredura no solo, procurando alguma resistência do exército iraquiano. Em seu apoio, bem atrás deles estavam 2 AH-6 gunships, armados com miniguns e foguetes. Eles não encontraram nada.

Logo depois chegaram os MH-60K, que desembarcaram os Rangers em posições pré-definidas. Os Rangers proveram fogo de apoio para a Força Delta/DEVGRU, que desembarcou logo após e passou a vasculhar a posição inimiga. Os Rangers atacaram os prédios adjacentes ao objetivo e em seu apoio, um AH-6 disparou foguetes contra posições inimigas.

Como os AH-6 e os snipers transportados pelos MH-6K suprimiram qualquer hostilidade no chão, uma força composta por Deltas/DEVGRUs chegou nos MH-47s, que pousaram em uma rápida sucessão perto do alvo designado. Os operadores da JSOC começaram a limpar os edifícios do complexo designado, metodicamente, vasculhando laboratórios, escritórios e instalações de armazenamento, enquanto procurando sinais de aramas de destruição em massa e coletavam inteligência.

A força de assalto tinha sofrido só 2 feridos durante a inserção; um Rangers que tinha se machucado em seu MH-60K e um Nightstalker a bordo de um Chinook que inseriu a força Delta/DEVGRU e que tinha sido baleado na mandíbula. Ambos foram levados para uma posição segura no deserto onde eles foram tratados por uma equipe médica instalada a bordo de um C130 especialmente equipado. Esta posição também serviu como um ponto de reunião para os Kilos e Chinooks, que esperaram até que eles foram acionados de volta à área designada para extrair os seus "clientes".

Os iraquianos tentaram atacar os americanos, mas a ação integrada do poder de fogo dos Rangers no solo e dos dois MH-60L DAP no ar, mantiveram a força hostil a distância, dando a força dos Deltas/DEVGRUs o tempo que eles precisaram para completar sua varredura. Com a missão completada no chão, foram chamados os Chinooks para extração. Assim que os Deltas/DEVGRUs foram retirados, os 4 MH-60Ks entraram e extrairam os Rangers , que não pasaram mais de 45 minutos em terra. Dentro de minutos, todos estavam em território amigo, escoltados pelos gunships. Precisamente o que foi achado dentro dos prédios não foi declarado oficialmente.

No 24 de Março, Rangers do 3º Batalhão conduziram um salto de combate contra o aeródromo H-1, para garantir as operações na zona oeste. A base foi então utilizada como plataforma de lançamento de operações especiais. Segundo algumas fontes militares o deserto ocidental do Iraque se transformou no "playground das forças especiais".

Durante várias noites, operadores Deltas conduziram através das linhas iraquianas em torno da barragem de Haditha, com seus quadriciclos ATVs "stealth", para marcarem alvos para os ataques aéreos da Coalizão. Esses ataques destruíram um grande número de veículos blindados e sistema de defesa antiaérea. As missões de reconhecimento em torno da barragem indicaram que uma força maior era necessária para capturar aquele objetivo. Assim um segundo esquadrão da Força Delta foi enviado de Fort Bragg, juntamente com um Batalhão dos US Rangers e a Companhia C do 2/70º Blindado equipada com tanques Abrams M1A1. Os tanques foram trazidos de Tallil para H-1 em aviões transportes C-17 e de lá foram para Grizzly, um local estabelecido pela Força Delta no deserto entre a barragem e Tikrit, que servia de posto de suporte para a missão. O esquadrão Delta adicional voou diretamente dos EUA para Grizzly.

A noite de 1º de abril viu o esquadrão Delta e 3º Batalhão dos Rangers realizar um assalto terrestre com veículos Pinzgauers e GMVs contra o o complexo da barragem de Haditha. Apoiados por um par de AH-6Ms, eles tomaram os principais edifícios administrativos com pouca oposição inicial. Logo após de madrugada um sniper dos Rangers eliminou três iraquianos com RPG do lado Oeste da barragem, e Rangers no lado oriental engajaram um caminhão transportando infantaria, o que levou a uma hora de duração contacto.

No lado sul da barragem um pelotão Ranger recebeu a missão de tomar a estação de força, enquanto posições de bloqueio eram instaladas na estrada principal que levava ao complexo de Haditha. Esses bloqueios ficaram sob fogo de morteiros, mas helicópteros AH-6 silenciaram as posições de morteiros com suas metralhadoras de múltiplos canos. Quando outra posição de morteiro foi acionada pelo inimigo, foi imediatamente eliminada por uma equipe dos Rangers armada com Javelin.  

Por cinco dias após a tomada da barragem de Haditha as forças iraquianas continuaram a atacar os Rangers. Os ataques consistiam principalmente de fogo artilharia e de morteiros, mas houve vários assaltos de infantaria. Três Rangers foram mortos por um suicida em um carro bomba no dia 3 de abril. O carro era conduzido por uma mulher grávida que pediu água aos Rangers, pouco depois o terrorista dentro do carro detonou a bomba, matando todos dentro do carro e três Rangers.

Um observador avançado iraquiano se aproximou da barragem em uma caiaque, que foi afundado como fogo de .50 e o iraquiano capturado com mapas e esboços das posições dos Rangers.

Outro, problema mais sério ocorreu quando um disparo de artilharia atingiu um transformador, desligando a eletricidade na barragem. Pouco depois que o transformador foi reparado se descobriu que apenas uma das cinco turbinas na barragem estava operando, e que a barragem estava começando a vazar. Um ex-engenheiro das Forças Especiais, servindo agora com os Assuntos Civis chegou em um CH-47E e auxiliado por iraquianos civis, conseguiu solucionar o problema de ruptura da barragem. Ironicamente os iraquianos aparentemente não planejavam inundar região, mas a ação dos americanos evitou um desastre não intencional.

Ranger dispara uma Mk 48 Mod 0 (versão da M249 SAW),

os outros Rangers ao seus lado estão armados com o fuzil M4A1

 

Os Delta entregaram aos Rangers em 1ª abril o controle do local e se dirigiram para o norte para realizar emboscadas ao longo da estrada ao norte de Tikrit, onde estava forças iraquianas e tentar capturar altos funcionários e comandantes militares iraquianos que tentassem escapar para a Síria. Os Deltas travaram contato com meia dúzia de fedeyeen perto de Tikrit em 2 de Abril, onde dois operadores Delta ficaram feridos, um seriamente. Imediatamente o Esquadrão C solicitou uma evacuação médica (CASEVAC) urgente e um suporte aéreo aproximado, visto que forças iraquianas de tamanho de uma companhia estavam se aproximando dos americanos.

Dois MH-60Ks e dois MH-60L DAPs do 1/160th SOAR foram acionados imediatamente e chegaram a posição onde estavam os Deltas em 90 minutos. As aeronaves DAPs engajaram alvos inimigos em terra, permitindo que os Deltas levassem seus feridos para uma LZ onde os MH-60K puderam pousar. Um dos operadores tinha morrido devido a perda de sangue. Ele foi colocado na aeronave envolto em uma bandeira. Os MH-60 voltaram a toda velocidade para sua base sendo escoltados por um par de aviões A-10.

Os DAPs permaneceu no local e destruíram um caminhão que transportava uma equipe de morteiros e tropas de infantaria. Os Deltas eliminaram o fogo de armas de pequeno porte que estava sendo direcionado contras os DAPs. Outro par de A-10 chegou ao local e foram guiados para seus objetivos pelos DAPs. Uma bomba de 500 libras lançou fragmentos a 20m da posição dos Deltas, matando uma grande quantidade de tropas inimigas em uma ravina. Os DAPs entregaram aos A-10 a cobertura sobre os Deltas e se preparam para voar em direção ao Norte. Com pouco combustível eles avistaram a frente no terreno várias posições de morteiro e tropas de infantaria que rapidamente se tornaram alvo de seus canhões de 30 mm e suas miniguns. Depois do ataque os DAPs voltaram para H-1 voando baixo e com pouquíssimo combustível.

A partir de Grizzly, os Deltas montaram operações para interditar avenidas de evacuação para altas dirigentes do partido Baath Rodovia 1 (as Rodovias 2 e 4, através do deserto ocidental foram asseguradas pelas equipes do SAS britânico e australiano). Em 9 de Abril, uma equipe conjunta capturou outro aeródromo perto Tikril. Durante a noite um ataque M1A1 caiu em um buraco de 12m de profundidade, ferindo o carregador. O Abrams foi mais tarde destruída por dois tiros de 120mm de um outro Abram, uma vez que foi considerado como não recuperável. Em meados de Abril, a Força Delta se mudou para Bagdá e os tanques Abrams devolvidos para sua unidade de origem.
 

Pós-invasão

Força Tarefa 145

A TF 145 foi formada em 2003 e tinha a tarefa de capturar ou matar Saddam Hussein e seus 55 auxiliares diretos, estampadas em cartas de baralho. O Esquadrão C da Força Delta capturou Saddam Hussein em dezembro de 2003. Após essa captura, os principais esforços da TF 145 foi o de capturar ou matar Zarqawi, que representava a principal ameaça à estabilidade no Iraque. ele foi morto algum tempo depois. Enquanto o combate aos insurretos e a reconstrução do Iraque continuava, a TF 145 cresceu e passou por diversas mudanças. As TF 121 e a TF 626 foram suas precedentes.

No Iraque a TF 145 foi dividida em quatro grupos:

Task Force West: Organizada em torno do SEAL Team 6 (DEVGRU) com suporte dos US Rangers. Está estruturada de forma similar a TF Center, na medida em que tem uma Companhia dos Us Army Rangers e baseia-se em torno de uma unidade do tamanho de batalhão de ação direta que pode, em qualquer momento ser um esquadrão Delta Force ou do Naval Warfare Development Group (conhecido também como SEAL Team 6). Parece que essas unidades rodar a cada três a quatro meses. TF West é responsável pelas operações em Anbar, onde é conhecida por ter sido ativa em vários momentos em Fallujah, Qaim, Husayba, e Ramadi. É provável que TF West basei-se, em Camp Asad ou Taqaddum Camp.

Task Force Center: Organizada em torno da Força Delta com suporte dos US Rangers. Localizada na sede da TF 145 em Balad, mas também poderia ser baseada em Camp Liberty, uma vez que é responsável pela região Bagdá. TF Center baseia-se em torno de uma força ação direta: os três esquadrões da Força Delta e o SEAL Team 6 participam de um rodízio para esta posição. Também é apoiada por uma Companhia do 75º Regimento Range e elementos do 160 SOAR.

Task Force North: Organizada em torno do Batalhão dos US Rangers, combinada com um pequeno elemento da Força Delta. Está organizada de maneira diferente: é baseada em torno de um batalhão completo dos Rangers (a posição gira entre os três batalhões), com uma Companhia da Delta Force agindo em seu apoio. É possível que a TF North esteja baseada em qualquer lugar entre Marez FOB em Mosul e COB Speicher perto de Tikrit.

Task Force Black: Organizada em torno do 22 SAS (Esquadrão Sabre), suportado por tropas pára-quedistas do SFSG. Baseada na área Basra, TF Black (que é apoiada pelo Regimento de Pára-quedistas britânicos da Task Force Red, uma organização separada) é baseado em torno de um esquadrão do 22 SAS, com unidades integradas dos Royal Marines e do Special Boat Service. ainda existem elementos de apoio na área de inteligência e transporte aéreo. A TF Black é responsável pela região sul do país, mas tem participado em operações na área Bagdá no combate a homens-bomba e seqüestradores. A Operação Marlborough, em Julho de 2005, quando o SAS matou três insurgentes suicidas, também foi realizado por esta unidade na capital iraquiana.

A Task Force 145 foi renomeada para Task Force 88 e é chefiada pelo comandante da Força Delta. Quando operam no solo, as tropas das forças especiais dos EUA e da Grã-Bretanha utilizam cores para identificar uns aos outros. A Força Delta é Task Force Green - porque é principal unidade de operações especiais dos EUA; Seal Team Six é conhecida como Task Force Blue - da Marinha - e o 22 SAS como Task Force Black, que decorre de sua famosa perícia contraterroristas. Uma unidade secreta dos EUA especialista em inteligência é conhecida como Task Force Orange.

OS RANGERS HOJE

Rangers em treinamento de combate urbano

Os US Rangers são hoje uma das melhores unidades de infantaria do mundo. Extremamente experimentados em combate, desde seu primeiro teste de combate real em 1980 durante a Operação Eagle Claw, são uma força móvel e plenamente armada e treinado para operação em qualquer parte do globo em ações de commandos ou apoio a operações especiais.

O que fazem os Rangers? Em princípio, qualquer ação militar de infantaria que apresente uma particular dificuldade, aquilo a que os militares chamam "ação direta". As operações típicas incluem raids para conquistar instalações de grande importância estratégica (um aeroporto, por exemplo) através de ataques noturnos de surpresa, ações de reconhecimento em áreas perigosas, infiltração em território inimigo (através de terra, mar ou ar - todo Ranger é uma pára-quedista qualificado e preparado para operações aeroterrestes), preparação de emboscadas, etc.  

Em 2001 os Rangers adotaram a boina marron, como novos "flashes" que representam as seis cores adotadas pelos Grupamentos de Combate dos Merrill's Marauders (branco, verde, azul, laranja, caqui e vermelho). Cada linha vermelha que aparece nos lados representa um dos três batalhões Rangers. As cores do escudo (azul, branco, vermelho e verde) representam as quatro equipes de combate originais da  5307ª Unidade Composta (Provisória) "GALAHAD", que mais tarde tornou-se popularmente conhecida como "MARAUDER'S MERRILL" (Incursores de Merrill)

Os Rangers são uma unidade de infantaria ligeira, de grande mobilidade, mas que possuem certas limitações: a sua capacidade de fogo é relativamente limitada (notadamente contra blindados) e, em certas operações, precisam de fogo de apoio, que tem de ser fornecido por helicópteros de assalto ou aviões, como os AC-130. Cada Ranger só transportam mantimentos para cinco dias. Os Rangers não tem blindados e eles usam Land Rovers ou Hummers artilhados com metralhadoras .50 ou lançadores de granadas.

As suas armas são canhões anti-tanque de 84 mm CArl Gustav, AT-4, Javelin e LAW (Light Antitank Weapon) de 60mm, canhões sem-recuo de 90mm, morteiros de 60 mm, metralhadoras pesadas M2 .50 e ligeiras como a M249 SAW, a M-60 foi substituída pela M240G, sub-metralhadoras, especialmente a série MP-5, lançadores de granadas e rifles de precisão. Sua arma padrão era o rifle M-16, mas a partir de 2002 o M4 passou a ser sua arma standard. Suas pistolas automáticas são de calibre .45 e 9mm.

Cada batalhão opera 12 RSOVs (Ranger Special Operations Vehicles) com capacidade aerotransportada. Este veículo é uma modificação do Land Rover e pode levar uma tripulação de seis/sete Rangers. Está armado com metralhadoras M240G, um lançador de granada MK19 ou uma metralhadora pesada M2 .50cal.

Mobilidade Ranger: Um RSOVs (Ranger Special Operations Vehicles) e uma motocicleta

Os Rangers também usam motocicletas e veículos Humvee GMV-R (de Ranger) (GROUND MOBILITY VEHICLE). A versão R-Ranger do GMV é adaptada segundo às especificações do Regimento Ranger. Os GMV tem as seguintes características:

* Abertura no teto para operar uma metralhadora ou um lançador de granada

* suspensão pesada
* pneus para terrenos acidentados
* motor mais potente
* melhor espaço na traseira para armazenar equipamentos, combustível, suprimentos e armas
* guincho para rebocar outros veículos (até 4.200 libras)
* Sistema de navegação GPS

* Normalmente tem seus vidro e portas removidos para facilitar o movimento dos operadores e tiros de dentro do veíulo

* A GMV tem uma capacidade de de cruzeiro de até 275 milhas, o que lhe permite operar longe atrás das linhas inimigas, por própria conta, com apenas ocasionais reabastecimento a partir do ar.


Os GMVs podem ser armados com uma grande variedade de armamentos. Entre estes podemos ter:
* Metralhadoras pesadas M2 .50 cal
* Metralhadoras M240 7.62mm
* Metralhadoras leves M249 SAW 5.56mm
* Lançadores de granadas MK19/MK47 40mm

 

As versões do GMV são específicas para às diferentes unidades de operações especiais unidades:
* GMV-S (Special Forces)
* GMV-R (75th Ranger Regiment)
* GMV-N (Navy SEALs)
* GMV-T / GMV-SD / GMV-ST (AFSOC)

 

GMV-S (Special Forces)

Os Rangers também possuem boates Rubber, capazes de serem lançados de pára-quedas, e equipamentos de mergulhos, para suas missões aquáticas.

Rangers em missão urbana no Iraque

Existe um único regimento de Rangers nos EUA (o 75th Ranger Regiment), que está dividido em três batalhões, cada um com 580 elementos, possuindo três companhias de fuzileiros, com 152 homens cada, mais uma companhia de QG.

Cada companhia de fuzileiros tem um pelotão de QG, três de fuzileiros e um de armas. Os Batalhões estão instalados em três regiões distintas (1º Btl - Hunter Army Airfield, 3º Btl - Fort Benning, ambos na Geórgia; e o 2º Btl - Fort Lewis, em Washington). O 75th Ranger Regiment é considerado uma unidade de operações especiais e está subordinado ao United States Special Operations Command (USSOCOM).

*

http://www.globalsecurity.org/military/library/policy/army/fm/7-85/index.html

RANGER UNIT OPERATIONS

The Ranger rifle squad

Each rifle squad consists of a squad leader and two balanced fire teams of four men each. The machine gun squad consists of a squad leader and three M240B machine gun crews of three men each. The machine gun squad is normally employed as a single element to provide quick, accurate, long-range supporting fire. One or more crews may be attached to other squads within the platoon.

Ranger rifle platoon.

The ranger rifle platoon consists of a headquarters section, three rifle squads, and a machine gun squad. The headquarters section personnel include a platoon leader, a platoon sergeant, and a radiotelephone operator.

Ranger weapons platoon.

The ranger weapons platoon consists of a headquarters section, a mortar section, and an antiarmor section. The headquarters section consists of a platoon leader, a platoon sergeant, and a radiotelephone operator. The mortar section has two 3-man 60-mm mortar squads. The mortar squads are normally employed as a section. They may be attached by section or squad to other platoons. The antitank section normally consists of a section sergeant and three 3-man 90-mm Gustav recoilless rifle or Javelin missile teams. They are normally employed as a section. The antiarmor section may also be attached by section or team to other platoons.

The ranger rifle company

 includes a company headquarters, three rifle platoons, and a weapons platoon. Each company can conduct semi-independent operations for a short time when augmented by assets from the ranger battalion headquarters company.


Ranger battalion.
a. The ranger battalion is organized and equipped to conduct both special and conventional combat operations. It contains organic combat, CS, and limited CSS elements. It consists of a battalion headquarters, a headquarters company, and three ranger rifle companies. (See Appendix A.)

b. The ranger battalion is the combat element of the ranger regiment. It can conduct independent combat operations or subdivide into its separate ranger rifle companies and their subordinate elements who can conduct semi-independent operations.

c. The ranger battalion headquarters and headquarters company (see Appendix A) includes:

(1) Battalion headquarters. The battalion headquarters consists of the commander; the executive officer; the command sergeant major; the S1, S2, S3, S4, and S5 officers; the chaplain; the communications officer; the fire support officer; and two radio operators.

(2) Battalion headquarters section. The battalion headquarters section consists of the S3 air and assistant S8, an assistant S2, an intelligence sergeant and a senior intelligence analyst, two operations sergeants and an operations assistant, a personnel staff noncommissioned officer (PSNCO), the chaplain's assistant, two clerk typists, two radio operators, a chemical officer and NCO, a personnel administration center (PAC) NCO, three PAC clerks, and a legal specialist. There is a USAF tactical air control party permanently attached.

(3) Communications section. The communications section consists of one telecommunications technician, one tactical communications chief, two combat signal radio team chiefs, one tactical communications systems supervisor, three radio operators, one switchboard operator, one single channel radio operator, and two equipment mechanics. The section provides communications support and associated maintenance.

(4) Battalion medical section. The battalion medical section consists of one general medical officer, one physician's assistant, two medical specialists, and twelve aidmen. The section provides unit-level medical support and trains selected members of the battalion in advanced medical procedures.

(5) Battalion support platoon. The battalion support platoon consists of a battalion support platoon leader, an ammunition NCO, and a food service section. The platoon provides limited CSS for assigned and attached units. This platoon does not have organic transportation. The battalion food service section consists of a food service sergeant (E7), a first cook (E6), and eight cooks.

(6) Fire support team headquarters. The fire support team (FIST) headquarters is supervised by the battalion fire support officer. It consists of the fire support sergeant and two fire support specialists. The headquarters controls three 9-man fire support teams. These teams are normally with the ranger rifle companies in a habitual support relationship. When operations are conducted near water, the fire support team headquarters may be augmented by spotter teams from the naval shore fire control party.

(7) Company headquarters. The HHC company headquarters consists of a commanding officer, an executive officer, a first sergeant, a supply sergeant, and an armorer.

The ranger regiment is a specially organized and trained light infantry force consisting of about 2,000 personnel. It includes a regimental headquarters and headquarters company and three ranger battalions. The regiment can operate as a single unit, separate battalions, or separate companies on specific missions. Independent missions are not normally assigned to ranger platoons.

Headquarters and headquarters company.

The HHC of the ranger regiment consists of 130 personnel, the majority being senior noncommissioned officers, commissioned officers, or soldiers with special skills to support the operations of the ranger battalions. The HHC consists of two elements: the regimental headquarters and the headquarters company (minus).

Regimental headquarters.

a. The regimental headquarters consists of the regimental commander and his staff. The primary staff is composed of five sections: personnel (S1), intelligence (S2), operations and training (S3), supply (S4), and civil affairs (S5). These staff sections perform the standard functions and are supervised by the executive officer (XO). The regimental commander has a deputy commander and a special staff consisting of a communications officer, fire support officer, surgeon, and staff judge advocate. The S2 officer has a large intelligence analysis and counterintelligence section. The S3 section has extra liaison officers and assistant operations officers to coordinate the widespread and complex ranger missions. A United States Air Force (USAF) staff weather officer and a tactical air control party (TACP) are permanently attached.

b. The regimental headquarters:

Analyzes assigned missions.
Plans, coordinates, and controls training and operations.
Coordinates the infiltration, resupply, exfiltration, and debriefing of the reconnaissance teams.
Provides liaison support.
Provides administrative, medical, NBC, and logistical planning and coordination support to the committed ranger battalions.
Coordinates special support requirements (rigger, transportation, communications security [COMSEC]) for the ranger battalions.

Regimental headquarters company.
The regimental headquarters company (minus) consists of the company commander and his administrative personnel, plus the limited combat support (CS) and combat service support (CSS) elements assigned to the regiment. These are the fire support element, the communications platoon, the reconnaissance platoon, and the medical treatment team.

Ranger Operations FM 7-85
 

*

Os batalhões de Rangers estão preparados para partir em missão para qualquer ponto do mundo com um pré-aviso de 18 horas e uma companhia deve estar sempre de prevenção e pronta para entrar em ação no espaço de 9 horas. As missões dos Rangers tanto podem ser levadas a cabo a partir do território dos EUA, como a partir de uma base intermediária.

Antes de poder integrar o Regimento de Rangers dos EUA um soldado tem de se voluntariar por três vezes: da primeira vez para o Exército, da segunda vez para a Escola de Pára-Quedismo e só à terceira dá o direito a candidatar-se aos Rangers.  

O MH-6J é o único helicóptero leve do Us Army que sofreu modificações externas para poder transportar seis soldados armados e seus equipamentos, sendo capaz de realizar infiltrações, exfiltrações, assaltos sobre uma variedade de terrenos e condições ambientais diversas. Também pode ser usado para Comando e Controle e em missões de reconhecimento. É muito usado em missões dos Rangers.

 


O que você achou desta página? Dê a sua opinião, ela é importante para nós.

Assunto: US ARMY RANGERS