Esta era uma unidade aérea clandestina para operações
especiais do US Army. Sua existência dentro do Departamento de Defesa foi
negada devido as suas ligações com a CIA. Foi estabelecida em 2 de março
de 1981,
paralelamente a Task Force 160 (que daria
origem no futuro ao
160th SOAR (A).
A TF 160 e a responsável pelas operações
especiais quando a participação das forças americanas na operação era
oficial, e a existência do TF 160 era reconhecida oficialmente. A
existência da Seaspray, pelo contrário, era mantida secreta, e a unidade
devia assegurar o transporte rápido e secreto de homens e material em
operações clandestinas, ou seja, operações não reconhecidas pelo governo
americano. A gerência da
unidade estava a cargo de um comando conjunto CIA/US Army.
A Seaspray pode
ter sida estabelecida em resposta à Ordem Executiva 12036 do presidente
Carter em 1978 que proibia geralmente o uso das forças armadas dos Estados
Unidos “em atividades especiais.”, leia-se operações clandestinas. Esta
Ordem Executiva criou um problema para a CIA e o Exército. Pois em uma
mão, a CIA transformou-se no único braço para executar no exterior
operações clandestinas, mas faltava-lhe os recursos para fazer isso
(durante a operação Eagle Claw, a única coisa que a CIa pode fazer foi um
vôo de reconhecimento sobre Desert One); na
outra mão, o Exército tinha o equipamento, mas não a autoridade para
realizar operações clandestinas. Uma unidade comum foi então criada para
trazer resolver este problema.
A Seaspray operou sob a fachada de uma companhia aérea privada associada
com a CIA, a Aviation Tech Services.
Dentro do Exército dos EUA a unidade foi rebatizada mais tarde de
First Rotary Wing Test Activity-FRWTA,
teve sua base principal no Fort Eustis, Virgínia. Um destacamento foi
baseado no aeroporto internacional de Tampa, Florida, para operações na
América Central. Em 1981 o Ten. Coronel
Vasken W. Moomjian
tornou-se o comandante da unidade.
A Seaspray era uma unidade de dimensão modesta. Na sua
criação, contava apenas dez pilotos, escolhidos entre centena de
voluntários dentro do aviação do US Army. A sua frota não devia contar com
uma máximo de doze aparelhos, sete aviões (dos quais o Cessna e o
Beechcraft King Air) e cinco helicópteros, nomeadamente o Hughes 500MD. Os
dois primeiro Hughes 500MD eram com efeito os protótipos dos AH-6 e MH-6
“Little Birds” desenvolvido pela TF 160 para a Operação Honey Badger.
Derivados famosos “do ovo voador” OH-Cayuse, os “Little Birds” eram
equipados de rotores alterados para ser menos ruidosos e de um FLIR que
lhes permitia voar de noite à baixa altitude, a mais de 250 km/h. Era
possível colocar em seus flancos armas como metralhadoras e
lança-foguetes, ou bancos para transportar até à quatro operadores das
forças especiais de cada lado.
MH-6 transportando quatro operadores
Delta
A unidade participou de diversas missões na primeira metade
dos anos 1980. Em 1985, após diversos escândalos que tocaram as forças
especiais americanas secretas, a Seaspray foi dissolvida. Os seus meios,
pelo menos parte deles, incluídos os Beechcraft e as suas tripulações,
foram transferidos para o componente aéreo da
Intelligence Support Activity-ISA.
Esses Beechcraft participaram nas
operações de escuta eletrônica na América central, que foram as operações
Grazing Lawn em 1985 e Heavy Shadow entre de 1989 e de
1993.
Pode ser que uma outra parte da Seaspray,
nomeadamente os aparelhos e tripulações dos AH-6 e MH-6 “Little Birds”,
foi transferida diretamente para a
Força Delta.
Com efeito, diversas fontes evocam a existência de um esquadrão aéreo
unido a Força Força e levando a efeito aparelhos pintados em cores civis.
Outras fontes situam esta unidade como pertencendo ao Joint Special
Operations Command e chamando-a de
Joint Aviation Unit.
Helicoptéro
AH-6 em ação
Entre as operações que provavelmente participou esta a
Operação Queens Hunter,
concernida para traficar armas entre a Nicarágua e Honduras. A unidade foi
recebeu um novo codinome, Quasar Talent
no começo dos anos 1990.