Perfil da Unidade

BRITISH COMMANDOS - ORIGEM E TREINAMENTO


 

 

Eles foram formados numa época da Segunda Guerra Mundial, quando a Europa estava mergulhada num imenso manto de trevas e países como a França, Holanda e Bélgica tinham sido derrotadas e a Grã-Bretanha era o único país a resistir aos avanços do império nazista. Os Commandos britânicos foram formados primeiro pelo Exército britânico em junho de 1940, como uma força bem armada e treinada para realizar operações irregulares e assaltos contra posições inimigas no continente europeu e na Escandinávia.

 

O formato dos Commandos foi proposto pelo Tenente-Coronel Dudley Clarke.

Inicialmente os assaltos foram feitos com um pequeno número de soldados, e tinha um curta duração e geralmente eram realizados a noite. Com o passar do tempo esses assaltos foram crescendo em complexidade e tamanho. Os Comandos foram formados e operados em segredo e tinham como objetivo produzir um efeito desmoralizador nas forças litorais alemãs, enquanto alcançavam um status de celebridade entre o público britânico, criando um mito mito, comparável com pilotos caça da RAF, que lutaram na Batalha da Inglaterra. Como a continuidade da guerra, os Comandos tiveram as suas responsabilidades operacionais aumentadas, passando de tropas de choques, para a dotação de brigadas reforçadas que serviam em apoio a grandes operações militares.

Formação
Winston Churchill deu a instrução para a criação dos Commandos, tendo em vista a formação de uma força que fosse capaz de levar a guerra ao continente europeu, enquanto as forças britânicas e aliadas se preparavam para reconquistar a Europa. A ordem para criação da nova força foi expedida logo após a evacuação da Força Expedicionária britânica em Dunquerque. Um novo formato de força foi proposto pelo Tenente-Coronel Dudley Clarke (Artilharia Real), durante o seu tempo de serviço como assistente militar do General Sir John Dill, na época, Chefe do Estado-Maior britânico.

Na noite do dia 4 de junho de 1940, em pleno resgate de Dunquerque, Clarke ficou pensando em um novo tipo de unidade militar que pudesse levar a guerra ao território ocupado pelos alemães. Naquela noite ele escreveu em uma folha de papel o rascunho de como devia ser essa nova força.

 

No dia 5 de junho em uma reunião com Dill ele apresenta a sua proposta. No dia 6 Dill apresenta a proposta a Churchill. E da tarde do dia 8 de junho Dill comunica a Clarke que seus planos foram aprovados e é criado  o departamento MO9 do Escritório de Guerra.

Nos dias seguintes os britânicos começaram a trabalhar na idéia de Clarke, que foi modificada e ampliada. Desta forma a nova força passou a ser parte das Operações Combinas, que eram formadas pela Marinha, Exército e RAF. Churchill ordenou que as novas unidades, que deviam ser tão agressivas quanto os leopardos, deveriam ser amadas com os recentes equipamento e deveriam lançar um ataque de oportunidade o mais cedo.

 

O verdadeiro espírito dos Commandos - O aguerrido Winston Churchill, aqui com uma submetralhadora  criou as tropas Commandos com o objetivo de levar a guerra ao continente europeu, enquanto as forças britânicas e aliadas se preparavam para reconquistar a Europa.

Em 1940, foram chamados voluntários que serviam ao Exército britânico em várias partes de Inglaterra e das Companhias Independentes que tinham sido recentemente desmobilizadas. Dez Companhias foram formadas por voluntários do Exército Territorial para lutarem na Noruega contra os alemães, sabotando as suas linhas de comunicação. Mas diante do rápido avanço dos nazistas eles não fizeram isso e muitas não entraram em ação, apenas de outras terem visto muita ação na retaguarda nos vales nevados dos arredores de Bodo e Mo. O quadro dos Commandos Nº 1 e Nº 2 foram veio das Companhias Independentes. Algum tempo depois, também foram chamados voluntários que serviam ao Exército britânico em outros teatros operacionais e homens de países que eram aliados da Grã-Bretanha.

Em março de 1941, os Commandos 1 a 9, 11 e 12 foram identificados como Special Service Battalions. Em 1942 o Almirantado concordou que voluntários fossem recrutados entre os Fuzileiro Navais e o primeiro Royal Marines Commando foi formado (Commando No.40), em meados de fevereiro de 1942. entre 1942 e 1944 os Reais Fuzileiros Navais formaram nove Commandos. Ainda em 1942  recrutas também foram chamados da Força Policial britânica. Cerca de 400 homens participaram do treinamento dos Commandos e depois deste formaram unidades com a dotação de batalhão.

Dudley Clarke propôs o nome "Commando" (que alguns dizem ser uma corrupção do termo afrikaans, Kommando, e outros dizerm ser de origem hispânica), por causa dos assaltos das unidades Boer Commando, que lutaram contra 250.000 soldados britânicos na Guerra dos Boers (1899-1902). Apesar de Churchill ter gostado do termo, alguns oficiais superiores preferiam o termo "Special Service" e os dois termos coexistiram até o pós-guerra. Por causa da persistência do termo "Special Service" é que surgiram novas unidades com termos derivados como: "Special Air Service" e "Special Boat Service".

A principio cada Commando era constituindo por uma unidade de QG, e mais 10 Tropas de 50 homens (3 oficiais e 47 praças), porém esta formação se mostrou inadequada e foi mudada no começo de 1941, para 6 Tropas de 65 homens (3 oficias e 62 praças) por Commando. Cada Commando tinha tropas com funções específicas, como por exemplo Tropa de Barco, Tropa de Montanha e até Tropas de Ciclistas. Em 1944 os Commandos britânicos formavam quatro brigadas. A 1ª e 4ª operavam no Noroeste da Europa, a 2ª na Itália e Grécia e a 3ª na Birmânia.

Cada uma dessas brigadas tinha cerca de 2.000 voluntários, e eram compostas por quatro Commandos. Cada Commando como já falado tinha 6 Tropas de 65 homens (3 oficias e 62 praças), mais um QG e tropas de apoio (engenharia e armas pesadas, por exemplo), o que fazia com que cada um tivesse de 450 a 500 homens. No caso, não habitual, de uma brigada operar como um bloco, esta seria comandada por um comandante de divisão.

A principio só cidadãos britânicos podiam fazer parte dos Commandos, mas em 1942 foi formado o Commando 10 (InterAliado). Este Commando tinha um QG britânico d tinha um total de 8 tropas: 1ª e 8ª - francesas; 2ª - holandesa; 3ª - judeus (alemães e austríacos), húngaros, tchecos, era reforçada elementos britânicos; 4ª - belgas; 5ª - noruegueses; 6ª - poloneses e 7ª - iugoslavos. Especialmente cada tropa do Commando 10 tinha cerca de 100 homens e não 65 como era o padrão. O objetivo do Commando 10 era servir de reforço aos outros Commandos, onde os soldados que faziam parte deste comando serviriam em seus próprios países.

Sub-metralhadora Thompson, .45. Muito usada pelos commandos britânicos.

A Submetralhadora M1A1, popularmente conhecida como Tommy Gun, era a arma de uso geral preferida pela maioria dos oficiais da infantaria. Totalmente automática, a M1A1 dispara entre 600 e 700 projéteis calibre .45 por minuto de um pente com 30 balas.

Os soldados carregam estojos em seus cintos com até três pentes, outros carregam jaquetas com até oito pentes.

A M1A1, basicamente, é uma arma de curta distância.

Algumas dezenas de unidades dos mais variados tipos foram formadas durante a guerra entre o Exército, Reais Fuzileiro Navais, Marinha Real e RAF. Essas unidades ostentavam o título de Commandos ou "Special Forces". As unidades padrões dos Commandos do Exército e dos Reais Fuzileiros Navais, formaram quatro brigadas. Os Comandos não ficavam em alojamentos militares e recebiam pagamento extra para prover sua própria acomodação na Inglaterra.

Commando 1 [1940-1945]

Commando 1/5 [1945-1946]

Commando 2 [1940-1946]

Commando 3 [1940-1946]

Commando 4 [1940-1946]

Commando 5 [1940-1945]

Commando 6 [1940-1945]

Commando 7 [1940-1941]

Commando 8 [1940-1941]

Commando 9 [1941-1946]

Commando 10 (Inter-Allied) [1942-1943]

Commando 11 Special Air Service Battalion [1940-1941]

Commando 11 (Scottish) [1940-1941]

Commando 12 (Irish and Welsh) [1941-1943]

Commando 14 [1942-1943]

Commando 30 [1941-1945]

Commando 40 Royal Marines [1942-1945;1946-Hoje]

Commando 41 Royal Marines [1942-1981]

Commando 42 Royal Marines [1940-Hoje]

Commando 43 Royal Marines [1940-1968]

Commando 44 Royal Marines [1940-1946]

Commando 45 Royal Marines [1940-Hoje]

Commando 46 Royal Marines [1942-1945]

Commando 47 Royal Marines [1941-1946]

Commando 48 Royal Marines [1940-1946]

Commando 50 (Middle East) [1941-1941]

Commando 51 (Middle East) [1941-1941]

Commando 52 (Middle East) [1941-1941]

Commando 62 [1941-1942]

Middle East Commando [1941-1942]

1st Parachute Battalion [1940-1942]

2nd Parachute Battalion [1941-1942]

3rd Parachute Battalion [1941-1942]

4th Parachute Battalion [1942-1942]

Em novembro de 1943 com a expansão das forças de Commandos, todos os Commandos, foi formando um QG do Grupo de Commandos e criadas quatro Brigadas Special Service. em dezembro de 1944, o SS Group e as SS Brigadas foram renomeados para Commando Group e Commando Brigades respectivamente.

As quatro brigadas em março de 1944:

1 SS Brigade (CO Brig Lord Lovat) – Commandos No.3, 4, 6 e 45 (RM).
2 SS Brigade (CO Brig TDLC Churchill) –
Commandos No.2, 9 e 40, 43 (RM).
3 SS Brigade (CO Brig DI Nonweiler) –
Commandos No.1, 5 e 42, 44 (RM).
4 SS Brigade (CO Brig BW Leicester) –
Commandos No.41, 46, 47(RM) e 10 (IA).

Ações:

1 SS Brigade (Cdo Brigade) – 09/07/43–12/07/43 Sicília; 06/06/44 Normandia; 08/02/45-10/03/45 Avanço para o Reno; 23/03/45-01/04/45 Reno.
2 SS Brigade (Cdo Brigade) – 09/09/43-18/09/43 Salerno; 22/01/44-22/05/44 Anzio; 13/04/45-21/04/45 Argenta Gap.
3 SS Brigade (Cdo Brigade) – 09/07/43-12/07/43 Sicília; 01/01/44-12/06/44 Norte Arakan; 12/01/45-29/04/45 Praias de Arakan.
4 SS Brigade (Cdo Brigade) – 06/06/44 Normandia; 01/10/44-08/11/44 O Scheldt.

Ordem de Batalha do Army Commandos em 1940

Destinados à realização missões de alto risco, em que possibilidade de baixas eram considerável, mas se o sucesso fosse obtido, o inimigo sofreria sérias perdas, os membros dos Commandos incomodaram a tal ponto Hitler com seus ataques e incursões, que o ditador nazista decretou uma ordem em 18 de outubro de 1942, conhecida como Commando Order ou ‘Kommandobefehl’, ordenando que todos membros dos Commandos ou participantes de operações irregulares (SAS, OSS, SOE), capturados, mesmo uniformizados, fossem tratados como sabotadores, entregues a SD (Policia nazista), transportados para um campo de concentração e imediatamente fuzilados, sem direito a julgamento.

A ordem foi expedida porque na noite de 3/4 outubro de 1942, dez homens do SOE, do Small Scale Raiding Force-SSRF e do Commando 12 (anexado) fizeram um assalto de reconhecimento ofensivo na ilha de Sark, a Operação Basalt. A força era comandada pelo major Geoffrey Appleyard e o major Anders Lassen, também fazia parte da mesma.

Como linha de procedimento padrão foi requerida a aquisição de prisioneiros. Nove Comandos arrombaram uma casa enquanto o décimo homem foi ao encontro coberto de um agente do SOE. A dona da casa, Frances Pittard, passou várias informações e disse que havia aproximadamente 20 alemães no Hotel Dixcart, ali perto. Ela inclusive recusou uma oferta para ser levada a Inglaterra.

Na frente do hotel havia um prédio aparentemente desprotegido. Este anexo tinha um corredor e cinco quartos em que havia cinco alemão dormindo, mas nenhum oficla entre eles. Os homens foram despertados e foram levados para fora. Os Comandos decidiram ir para o hotel e capturar mais inimigos. Para minimizar o número de guardas, os Comandos amarraram as mãos dos prisioneiros.

Enquanto eram amarrados, um dos alemães começou a gritar para alertar os companheiros que estavam no hotel. O homem que deu o alarme foi morto imediatamente com um tiro de revólver .38. Os homens que estavam no hotel, agora alertados, abriram fogo, e os Comandos decidiram voltar para a praia, levando os seus quatro prisioneiros. No caminho para a praia, três prisioneiros tentaram fugir e foram mortos. Se estavam com as mãos amarradas não se sabe. O quarto foi levado seguramente para a Inglaterra e foi uma verdadeira mina de informação. Os Comandos também evacuaram um agente do SOE. Em conseqüência a tudo foi expedida a
Kommandobefehl que vitimou milhares de vidas. Os alemães alegaram falsamente que os Comandos britânicos tinham ordens de matar os prisioneiros. Mas isto não era verdade; os homens operando em Sark agiram conforme eles acharam apropriado a situação.  Algum tempo depois Appleyard e Lassen foram enviados ao Mediterrâneo. Appleyard juntou-se ao novo SAS 2 e Lassen ao SBS. Nenhum dos dois sobreviveram a guerra.

O Castelo Achnacarry

O Coronel Charles Voughan comandante do Centro de Treinamento Básico dos Commandos passa em revista Commandos dos Franceses Livres

No começo da história dos Commandos os oficiais de cada unidade eram responsáveis pelo recrutamento e treinamento de seus homens. Desta forma não existia uma padronização no treinamento dos soldados. Muitos oficiais, NCO e instrutores de recrutas inicialmente assistiram vários cursos no Centro Especial de Treinamento em Lochailort, na Escócia. Também nas Montanhas Escocesas, Operações Combinadas estabelecera um centro de treinamento anfíbio em Inveraray. Desta forma o treinamento dos Commandos era muito disperso.

Este procedimento continuo até dezembro de 1942, quando o QG da Operações Combinadas estabeleceu o Castelo Achnacarry, Escócia, como o Centro de Treinamento Básico dos Commandos. Antes disso muitos comandos foram treinados no Centro de Treinamento Especial em Lochailort, também na Escócia.  O centro seria comandado até o final de guerra pelo Coronel Charles Voughan, ex-vice-comandante do Comando 4 e que tinha 28 anos de serviço nos Coldstream Guards. 

O voluntário chegava ao castelo pela estrada de ferro, desembarcando na estação de Spean Bridge. De lá ele tinha que caminhar cerca de 16 km, quase sempre debaixo de chuva, passando por Lochy e atravessando as montanhas. No Castelo Achnacarry os Commandos treinavam sobrevivência, navegação, combate aproximado, combate noturno, combate corpo-a-corpo (inclusive com os famosos punhais Fairbairn Sykes), comunicações, montanhismo, explosivos, sabotagem, armamentos (inclusive inimigo), operação com veículos e assaltos anfíbios. Grandes acampamentos de barracas militares foram construídos nas propriedades do Castelo Achnacarry. Em algumas ocasiões os recrutas usavam o próprio castelo para treinar escalada.

A aptidão física não eram desprezada, e muita ginástica e corridas com material completo eram realizadas. Em vários treinamentos se usava munição real, que era disparada pelos instrutores. Os recrutas tinham que rastejar sob arame farpado, atravessar rios de forte correnteza e escalar penhascos, enquanto ao seu lado os instrutores disparavam explosivos e davam tiros para simular as condições de uma combate. O último grande teste dos recrutas eram 36 horas ininterruptas de combate que envolviam um ataque noturno.

Nos três anos em que funcionou o centro houveram apenas 40 baixas fatais. Este número diante do grande volume de homens que passaram pelo Castelo Achnacarry demonstrar o profissionalismo dos instrutores e as normas de segurança ali aplicadas. Em Achnacarry foram treinados cerca de 25.000 homens, muitos deles americanos (Rangers), franceses, belgas, noruegueses, poloneses, alemães (judeus) e holandeses.

A principio o treinamento durava três meses, mas depois foi reduzido para cinco semanas. A região onde o castelo estava localizada tinha muitos rios, florestas e montanhas e o clima era sempre úmido e chovia demais. O que era excelente para forma os novos guerreiros. Na terras próximas ao castelo eram montados grandes acampamentos de barracas para acomodar os recrutas. Entre os exercícios mais criativos estava o "Curso Tarzan", que consistia de passar de uma árvores para outra, numa distância de 10m, através de uma corda suspensas a 12m de altura. O recruta tinha que uma perna suspensa, manter o equilíbrio, e a outra em torna da corda. Os recrutas também carregavam uma corda da grossura de um polegar e de 1m de comprimento. Com ela, os recrutas improvisavam pontes fluviais. Para se construir um metro de ponte, utilizavam  3 metros de cordas: dois pedaços como apoios para as mãos e o terceiro para servir de "piso" da ponte em forma de "V".

Os Commandos treinavam exaustivamente os desembarques anfíbios, que eram no começo a sua principal forma de infiltração. Aqui eles desembarcam de uma barcaça LCA que podia transportar 35 homens armados.

O desenvolvimento da iniciativa individual e coletiva representava uma preocupação constante, que era estimulada por todos os meios. As vezes já em sua nova unidade, os comandos recebiam dos seus superiores uma lista de equipamentos que deviam obter em uma tarde. Eram sempre peças do equipamento, cuidadosamente guardados em outras unidades. Havia também as viagens de centenas de quilômetros. Nessas viagens os comandos recebiam bem pouco dinheiro e uma autorização para circular (guardada num envelope lacrado que devia ser só exibida em último caso). O método mais comum era viajar clandestinamente de trem, passando de um vagão para outro. Certa vez, um soldado se superou. Ele convenceu o pessoal de uma base da RAF que era o portador de informações importantes e foi transportado de avião até seu destino.

Os homens que não alcançavam os índices exigidos recebiam a temida RTU (Returned To Units - Retorno para a unidade de origem). Os que completavam o treinamento recebiam a tão esperada boina verde. Colunas de Commandos recém-formados, com suas boinas verdes, marchavam em direção a ponte Spean, deixando Achnacarry para trás, e tendo pela frente muitas aventuras pelo mundo.

BRITISH COMMANDOS - ARMAS, UNIFORMES E EQUIPAMENTOS



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