Perfil da Unidade
Brigada de Reacção Rápida - BrigRR
INTRODUÇÃO:
Antecedentes da criação da BAI:
A BrigRR é a grande unidade operacional do Comando de Tropas
Aerotransportadas-CTAT do Exército Português.
A unidade foi criada com o intuito de responder aos compromissos internacionais assumidos por Portugal, tanto na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) como nas Nações Unidas. Assim, logo após a sua criação a BAI foi atribuída à Forca de Reação Rápida da OTAN.
A BrigRR é a única grande-unidade de Tropas de Elite do exército português, passando no momento da sua criação a ser a prioridade nº 1 do Exército. Por tudo isso, ainda como BAI, passou também a estar na primeira linha das missões no exterior, como por exemplo:
Todo este histórico que a BrigRR já possui desde o seu nascimento não decorreu, no entanto, sem gerar diversas polêmicas, começando logo pelo seu processo de criação. Este levou os ex-militares e militares da ativa do Corpo de Tropas Pára-quedistas (CTP) e do Regimento de Comandos a manifestarem-se contra a sua extinção, pois se tratavam de duas das unidades com mais prestígio, tradições e espírito de corpo dentre todas as que fazem parte das Forças Armadas.
Após sua criação, passou a haver atritos entre a BrigRR e as demais unidades do Exército, devido ao fato da nova unidade ser a prioridade nº 1 do Exército e possuir melhores equipamentos. No entanto, isso aconteceu, não em virtude do Exército a ter equipado recentemente, mas por estes equipamentos terem sido herdados do extinto Corpo de Tropas Pára-quedistas, casos dos fuzis automáticos “GALIL”, dos equipamentos rádio mais avançados, os próprios camuflados e mochilas passaram a ser objeto de ciúmes por parte das demais unidades e de seus militares.
Estrutura Operacional A BrigRR abrange um comando territorial, o Comando das Tropas Aerotransportadas (CTAT), ao qual subordina-se um conjunto de unidades: - o CTAT propriamente dito - Escola de Tropas Aerotransportadas (ETAT) - Área Militar de S. Jacinto - Regimento de Infantaria Nº 15
O CTAT é um comando territorial que está instalado na ex-Base Aérea Nº 3 em Tancos. Possui as seguintes unidades:
A ETAT está aquartelada na antiga Base-Escola de Tropas Pára-quedistas (BETP) e possui três Batalhões:
O Batalhão de Instrução (BI/ETAT) é responsável pelo recrutamento e por ministrar o curso de pára-quedismo aos candidatos a militares aerotransportados. Após a conclusão do Curso de Pára-quedismo, os soldados recebem o direito de ostentar a tão ambicionada Boina Verde, mas seu treinamento ainda não está completo, faltando adquirir uma Especialidade, que tanto pode ser realizada dentro da BrigRR (Atirador) ou em outras unidades do Exército.
Os pára-quedistas especializados, em seguida, retornam à ETAT, para que sejam distribuídos a uma nova unidade da BrigRR. O BI é também responsável pelo Curso de Instrutores Pára-quedistas o qual por vezes é designado para ministrar cursos a militares de outras unidades do Exército quando estes têm de prestar serviço e missões no exterior com equipamentos que só existem na BrigRR, como é o caso do canhão sem recuo Carl Gustav (que também Equipe os Fuzileiros).
O Batalhão de Apoio Aeroterrestre (BAAT/ETAT) é a casa dos Precursores Aeroterrestres (PRECs), que são considerados, juntamente com os Rangers e o Destacamento de Ações Epeciais (DAE), uma das unidades de Forças Especiais das Forças Armadas portuguesas. Para o Curso de Precursores são admitidos apenas Oficiais e Sargentos com o Curso de Instrutores de Pára-quedismo, enquanto que o Curso de Auxiliares Precursores é destinado às praças com o Curso de Pára-quedismo. A missão dos Precursores e dos Auxiliares Precursores é de serem infiltrados por meios terrestres, navais ou aéreos (por vezes a grande altitude) a fim de preparar as zonas de lançamento onde saltarão as demais unidades da BrigRR.
A AMSJ é a antiga Base Operacional de Tropas Pára-quedistas Nº 2 (BOTP2) e a grande-unidade da BrigRR, aquartelando as seguintes unidades: - 2º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (2 BIPara/BrigRR) - Companhia Anti-Carro (CACar/BrigRR) - Companhia de Comando e Serviços (CCS/AMSJ) - Centro de Instrução de Condução Auto (CICA/AMSJ) Devido à sua grande área de instrução (área de combate em localidade, montanhismo, sobrevivência e operações anfíbias), tem servido para preparar as várias unidades do exército português que partem para missão no exterior.
O Regimento de Infantaria Nº 15 (RI 15) é a mais recente unidade a passar para o controlo do CTAT é abriga as seguintes unidades: - 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista (1 BIPara/BrigRR) - Batalhão de Apoio e Serviços (BAS/BrigRR) - Companhia de Comando e Serviços (CCSv/RI15)
Existem também várias unidades que, embora subordinadas à BrigRR, encontram-se instaladas em quartéis pertencentes às Regiões Militares e não ao CTAT: - Grupo de Artilharia de Campanha (GAC) – RA 4 (LEIRIA) da RMN - Bateria de Artilharia Antiaérea (BAAA) – RA 4 (LEIRIA) da RMN - Esquadrão de Reconhecimento (EREC) – RC 3 (ESTREMOZ) da RMS - Companhia de Engenharia (CENG) – EPE (TANCOS) da RMS
Unidades e equipamento A BrigRR é a estrutura operacional do CTAT e possui um A sua constituição é a seguinte:
1º Batalhão de Infantaria Pára-quedistaCom a designação de 1º Batalhão de Infantaria Aerotransportado (1BIAT), foi constituído durante o ano de 1994, em Tancos, com militares oriundos dos extintos Regimento de Comandos e Corpo de Tropas Pára-quedistas. Inicialmente aquartelado no CTAT/BrigRR, em 1997 foi transferido para o 15º Regimento de Infantaria em Tomar. O quadro orgânico total dos BIParas gira em torno de 600 homens e a sua organização é a seguinte: - Comando e Estado-Maior - 3 Companhias de Atiradores (CAt) - Fuzis Galil, metralhadoras MG3, morteiros 60mm (3 por companhia) e canhões Carl Gustav (3 por companhia) - 1 Companhia de Apoio de Combate (CAC) - Metralhadoras Browning 12,7mm; lança-granadas Santa Barbara; 6 morteiros 81 mm; 6 postos de tiro Milan (possuem câmaras térmicas MIRA) - 1 Companhia de Comando e Serviços (CCS)
2º Batalhão de Infantaria Pára-quedistaInicialmente com a designação de 2º Batalhão de Infantaria Aerotransportado, foi criado em janeiro de 1994 na AMSJ, com os militares e equipamentos dos Batalhões de Pára-quedistas Nº 11 e Nº 21 da extinta Base Operacional de Tropas Pára-quedistas Nº 2, em S. Jacinto. Tal como no 1 BIPara, o quadro orgânico de pessoal contempla um efetivo de cerca de 600 homens e possui seguinte organização similar à do 1º Batalhão de Infantaria Pára-quedista
3ºBatalhão de Infantaria Pára-quedista O 3º Batalhão de Infantaria Aerotransportado (3 BIAT), foi organizado em janeiro de 1994 na ETAT, com militares do Batalhão de Pára-quedistas 31 da Base-Escola de Tropas Pára-quedistas em Tancos. Contudo, a unidade foi desativada em 1998. Está prevista a sua reativação futuramente com localização em Beja, onde deverá utilizar a infraestrutura da Base Aérea Nº 11 para embarque nas aeronaves de transporte. Seu pessoal e equipamento foram distribuídos pela restante Brigada, completando assim algumas faltas que havia nas outras unidades.
Batalhão de Apoio e Serviços (BAS)Criado em 1994 com efetivo e meios do Grupo Operacional de Apoio de Serviços (GOAS) do extinto CTP. Ainda em 1994 foi transferido para Tancos, para o aquartelamento da ex-Base Aérea Nº 3 que passou a constituir o CTAT/BrigRR. Em 1999, dada a necessidade de liberar infraestruturas no CTAT, o BAS/BrigRR mudou-se para o RI 15 em Tomar.
Grupo de Artilharia de Campanha (GAC)A 1ª Bateria de Bocas de Fogo (1ª BBF) foi estruturada em 1994, em S. Jacinto, com efetivos da Companhia de Morteiros Pesados do extinto CTP. Em 1997 esta companhia foi extinta e a 1ª BBF transferiu-se para o Regimento de Artilharia Nº 4 em Leiria, constituindo o núcleo inicial do GAC. Durante o processo de reequipamento desta unidade, foram adquiridos novos obuseiros. O modelo escolhido foi o britânico L-119 Light Gun. Este obus possui calibre de 105mm e um alcance máximo de mais de 11 km. Sua escolha para equipar o GAC foi acertada, pois pelas suas características, tem capacidade para ser aerotransportado e, se necessário, lançado de um avião de carga, dando, assim, maior flexibilidade ao emprego pelos pára-quedistas deste armamento. O exército adquiriu um total de cerca de 21 peças em 1998, tendo sido incorporadas ao Grupo de Artilharia de Campanha da BrigRR (aquartelado no Regimento de Artilharia Nº 4) para o qual foram distribuídas 18 peças (para as 3 Baterias de Fogo).
Esquadrão de Reconhecimento (ERec) Ao ERec da BrigRR estão atribuídos os meios blindados da BrigRR, aquartelado no Regimento de Cavalaria Nº3 em Estremoz. Esta unidade tem um vasto histórico operacional, com a sua participação na Guerra Colonial. Quando da reestruturação do exército e criação da BrigRR, coube a esta unidade formar o ERec dos pára-quedistas, contando para isso com 3 pelotões operacionais. No cenário dos Bálcãs, as viaturas blindadas foram um meio imprescindível para garantir a proteção individual e coletiva dos militares portugueses envolvidos nas operações de manutenção de paz. Neste âmbito, coube ao ERec da BrigRR fornecer as viaturas blindadas necessárias às operações no território que foram, posteriormente, reforçadas com mais viaturas do ERec da BLI (Brigada Ligeira de Intervenção) e blindados de transporte de lagartas M-113 pertencentes à BMI (Brigada Mecanizada Independente). Segundo dados de 1998, o ERec da BrigRR possui os seguintes blindados (todos sobre rodas): - VBL Panhard M-11, com 4 viaturas por pelotão (total de 12 viaturas) - APC Chaimite V-200, com 3 viaturas por pelotão (total de 9 viaturas) - VBL V-150, com 3 viaturas por pelotão (total de 9 viaturas)
Curiosamente o ERec estava previsto para operar com um único tipo blindado, contudo, vários motivos levaram a que esta unidade opere não com um, mas com três modelos viaturas blindadas. Estes acontecimentos tiveram origem no período logo após a formação da BrigRR, quando foram iniciados os processos de novos blindados para o ERec. Um dos requisitos era que os veículos pudessem ser aerotransportáveis, tal como deve ser todo o equipamento que Equipe a BrigRR, exceto as viaturas de Engenharia, pois estas só virão numa segunda vaga já com a cabeça de ponte bem defendida. A este concurso concorriam o M-11 da Panhard, um blindado 4x4 da Fiat e o blindado de lagartas Wiesel, sendo que este último Equipe os pára-quedistas alemães. Finalmente (e depois de muita controvérsia) o Ministro da Defesa decidiu pelo contrato com os franceses, pois estes ofereceram um upgrade nas viaturas que o exército já possuía (foi adquirido um primeiro lote de 18 viaturas no início da década de 90).
A utilização de outras viaturas pelo ERec surgiu, inicialmente, a título temporário, sendo adquiridas algumas viaturas blindadas Chaimite. Estas operavam em conjunto com os M-11, também estes cedidos provisoriamente pelo Regimento de Cavalaria de Braga. Ou seja, o que deveria ser um esquadrão equipado com um só tipo de viaturas acabou ainda por passar a estar equipado também com blindados V-150, com canhão de 90mm.
Curioso é também o fato do emprego dos Chaimites ser um pouco diferente da das outras viaturas, pois são mais usados para o transporte dos militares das companhias de atiradores dos BIPqdt. Os M-11 e V-150 são operados exclusivamente por elementos do ERec.
Companhia Anticarro (CACar)Fundada em 2 de junho de 1982, na extinta Base Operacional de Tropas Pára-quedistas Nº 1 em Monsanto, foi a primeira unidade das Forças Armadas Portuguesas equipada com mísseis anticarro MILAN. Em 1991, em virtude de uma reorganização do dispositivo territorial do CTP, a BOTP1 foi extinta e a CACar transferida para a BOTP2 em S. Jacinto. Em 11 de abril de 1991 foi oficialmente integrada na BOTP2.
Em 1994, após a extinção das Tropas Pára-quedistas e criação das Tropas Aerotransportadas do Exército Português, a CACar continua aquartelada em S. Jacinto na AMSJ e passa a integrar a BrigRR. O quadro orgânico de pessoal contempla a companhia com um efetivo de aproximadamente 100 homens, distribuídos pelos 3 Pelotões Anticarro, estando cada um equipado com 6 unidades de tiro Milan. Algumas câmaras térmicas MIRA foram atribuídas.
Companhia de Engenharia (CEng) Encontra-se aquartelada na Escola Prática de Engenharia (EPE), em Tancos.
Companhia de Transmissões (CTm)A atual Companhia de Transmissões (CTm) foi criada em 1994 em S. Jacinto, com base nos efetivos e meios da Companhia de Comunicações do extinto CTP. A Companhia de Comunicações tinha sido criada em 1 de dezembro de 1981 na BOTP1, em Monsanto. Com a extinção da BOTP1 a CCom foi transferida em Maio de 1991 para a BOTP2, em S. Jacinto. Em 1994, com a criação das Tropas Aerotransportadas no Exército, a CCom deu origem à CTm. Dois anos depois a CTm foi transferida da AMSJ para o CTAT/BrigRR em Tancos onde permanece até hoje.
Companhia de Comando e Serviços (CCS)Criada em 1994, com a organização da BrigRR, foi inicialmente constituída com pessoal do Comando do Corpo de Tropas Pára-quedistas então extinto. Aquartelada no quartel do CTAT/BrigRR em Tancos (ex-Base Aérea Nº 3), a CCS possui um Pelotão de Polícia do Exército Pára-quedista(Pel PE Pqdt). Em julho de 2001, este pelotão, após ter recebido instrução específica de controlo de distúrbios civis, participou da missão na Bósnia, em reforço ao 1º BIPara.
Bateria de Artilharia Antiaérea (BAAA) Criada em janeiro de 1994, foi oficialmente ativada em 14 de Fevereiro de 1995 no aquartelamento do CTAT/BrigRR em Tancos. Em 1998 foi transferida para o Regimento de Artilharia Nº 4 em Leiria (RA 4). Seu armamento principal é o míssil antiaéreo de curto-alcance Stinger.
Resumo dos Equipamentos:
Armas Ligeiras:
Armas Anti-Carro:
Morteiros:
Morteiro
Médio 81mm; Morteiro Ligeiro de Longo Alcance 60mm. Artilharia de Campanha: Obus Rebocado 105mm Light Gun.
Artilharia Antiaérea: Lançador Portátil de Míssil AA Stinger. Veículos Blindados: Blindado Ligeiro de Rodas Panhard VBL M11; Blindado de Rodas Comando V150.
Situação Atual
Atualmente a BrigRR passa por diversos problemas.
O primeiro é o psicológico, resultante da não aceitação por parte de parcela
do exército português tendo em vista a Brigada ter sido criada às custas da
extinção de unidades tradicionais como o CTA e os Comandos. Entretanto, um
passo está sendo dado neste sentido com a criação de um Batalhão de Comandos
no Regimento de Infantaria Nº 1 (Carregueira) e os Batalhões da BrigRR terem
sido designados, a partir de 1999, como Batalhões de Infantaria
Pára-quedista, revivendo a mística da tropa aeroterrestre em Portugal.
Outra dificuldade enfrentada é dispersão das unidades da Brigada, pois,
apesar de trazer um benefício na oportunidade do recrutamento por estar
espalhada por todo o país, traz reflexos negativos à instrução e ao
emprego. Para manter a qualificação de seus efetivos – a maior parte com
curso de pára-quedismo – e preciso realizar uma quota mínima de saltos por
semestre, o que acarreta elevados custos financeiros e viagens para o
pessoal, uma vez que os saltos são realizados na base de Tancos.
Apesar de ser constituída por voluntários, ainda há claros nos efetivos de
várias unidades da BrigRR. Os custos de formação e de manutenção de um
Pára-quedistas são muito mais elevados do que as demais especialidades do
Exército e, como os recursos são limitados, algumas unidades têm preenchido
seus quadros com militares sem o Curso de Pára-quedismo. Por outro lado, as instalações da
BrigRR são, provavelmente, as melhores de
todas as Forças Armadas. O CTAT, ETAT e AMSJ possuem instalações adequadas e
vêm recebendo obras de melhoria a cada ano.
Recentemente o Estado-Maior do Exército português anunciou uma nova
reestruturação na força, inclusive na BrigRR, envolvendo a transferência de
local do CTAT e de outras unidades, além da reativação do 3º Batalhão de
Infantaria Pára-quedista no Regimento de Infantaria de Beja.
No que tange ao reequipamento da Brigada, está prevista a aquisição de novas
viaturas, a fim de padronizar a operação e manutenção no âmbito das
unidades. Cogita-se também na substituição dos mísseis MILAN, o que traria
maior capacidade anticarro à Brigada.
Tanto na defesa do território português, quanto nas operações de força de
paz no exterior, a BrigRR tem desempenhado seu papel com profissionalismo e
abnegação.
Pára-quedistas portugueses
Uma história de glória
1819 - (Dezembro, 12) - O inglês Eugénio Robertson
realizou o primeiro salto em Pára-quedas registado em Portugal. Subindo
num balão pilotado por seu pai, Robertson lançou-se da altura de 700
metros utilizando um pára-quedas de barquinha e indo aterrar para os lados
da estrada da Luz, em Lisboa.
1922 - (Outubro, 06) - O Capitão Eng Mário Costa França e
o Tenente Eng José Machado de Barros, da Companhia de Aerosteiros do
Exército, efectuam em Alverca, a partir de um balão, o primeiro salto em
pára-quedas feito por militares portugueses. 1930 - (Outubro, 14) - Na Base Aérea de Tancos, numa
sessão de experimentação de pára-quedas para pilotos, é efectuado pelo
1ºCabo José Maria da Veiga e Moura, o primeiro salto em pára-quedas a
partir de uma aeronave. O Cabo Moura saltou a 800 metros de altura
utilizando um pára-quedas AVIOREX e aterrou perfeitamente ileso a Nordeste
da povoação de Madeiras. 1942 - Em Richmond (Austrália) são formados 12
pára-quedistas naturais de Timor Leste. Alguns deles viriam a ser lançados
na retaguarda das tropas japonesas que ocupavam Timor. Os 12
pára-quedistas foram: José Rebelo, Armindo Fernandes, José de Carvalho,
Celestino dos Santos, João de ALmeida, Bernardino Reis Noronha, Câncio
Reis Noronha, António José Álvaro Pinto, Abel de Sousa, Félix Barreto,
João Bublic, José Joaquim dos Santos. 1951 - Os capitães Armindo Martins Videira, e Mário de
Brito Monteiro Robalo, do Exército, frequentam na École de Troupes
Aeroportèes, em Pau (França) o curso de pára-quedismo. 1952 - (Maio, 27) - É promulgada a Lei 2055, de 27 de
Maio, que cria a Força Aérea Portuguesa como ramo independente das Forças
Armadas. Esta Lei, no seu artº nº 9, prevê a constituição de uma unidade
de pára-quedistas. 1953 - (Agosto - Dezembro) - O Aspirante-a-oficial Fausto
Pereira Marques e os sargentos Américo de Matos, e Manuel Coelho Gonçalves
frequentam em Pau o curso de pára-quedismo, e após a conclusão do curso,
conjuntamente com o Capitão Monteiro Robalo, frequentam o curso de
instrutores e monitores de pára-quedismo. 1953-54 - (Setembro - Março) - Os aspirantes-a-oficial
Fernando Soares Cunha e António Rosado Serrano e o sargento José Freire de
Sousa frequentam na Escuela Militar de Paracaidismo Mendez Parada,
da Força Aérea Espanhola, em Alcantarilla (Espanha) os cursos de
pára-quedismo e de instrutores.
1955 - (Abril) - 232 voluntários, oficiais, sargentos e
praças, frequentam em Alcantarilla (Espanha) o curso de pára-quedismo (22º
Curso Basico de Paracaidismo), dos quais 192 terminam com
aproveitamento.
1955 - (Maio, 27) - 192 pára-quedistas portugueses
efectuam o seu primeiro salto de pára-quedas. Este núcleo inicial regressa
e fica aquartelado, até ao fim do ano, nas instalações do Campo de Tiro da
Serra da Carregueira. 1955 - (Agosto, 14) - É entregue o Guião à primeira
Unidade de Pára-quedistas, em Lisboa, na Praça Marquês de Pombal. 1955 - (Novembro, 23) - De acordo com o artº 20 do
Decreto-Lei nº 40395 (Regulamento para a Organização, Recrutamento e
Serviço das Tropas Pára-quedistas) é autorizado, pela primeira vez na
história dos uniformes das Forças Armadas Portuguesas, o uso de uma boina
como cobertura de cabeça. As tropas pára-quedistas usam a
Boina Verde.
1956 - (Janeiro, 01) - É criado o
Batalhão de Caçadores Pára-quedistas - BCP (Portaria Nº 15671, de
26 de Dezembro de 1955), com sede em Tancos e dependente da recém criada
Força Aérea Portuguesa. 1956 - (Janeiro - Outubro) - O Tenente Argentino Urbano
Seixas e o Alferes Sigfredo Ventura Costa Campos frequentam no Brasil o
curso de pára-quedismo e outros cursos técnicos aeroterrestres incluíndo
os cursos de mestre de salto e precursor aeroterrestre.
1956 - (Fevereiro, 10) - Na Quinta dos Álamos (Golegã) é
organizado o primeiro salto de pára-quedas da unidade em Portugal. Um a
um, cerca de 50 homens, saem das portas dos velhos JU-52. O primeiro a
saltar é o próprio comandante do Batalhão, capitão Armindo Videira. 1956 - (Maio, 23) - É oficialmente inaugurado o BCP em
Tancos, tendo presidido à cerimónia o Subsecretário de Estado da
Aeronáutica, Coronel Kaúlza de Arriaga. 1956 - (Julho, 1) - Na cerimónia comemorativa do Dia da
Força Aérea, no Aeroporto da Portela, é entregue o Estandate Nacional ao
BCP. 1957 - (Janeiro, 7) - Tem início o primeiro curso de
pára-quedismo ministrado em Portugal. O curso que incluía 10 saltos, viria
a ser concluído a 28 de Fevereiro, tendo ficado aptos 37 instruendos. 1957 - (Março, 7) - Tem inicio o primeiro "Curso de
Instrutores e Monitores Pára-quedista", o curso terminaria em 25 de Maio
tendo ficado aprovados 14 instruendos. 1959 - (Abril) - Antecedendo a instalação no Ultramar
e para divulgação da Força Aérea e das tropas pára-quedistas, das suas
possibilidades e versatilidade, são executados lançamentos de demonstração
em Luanda, Sá da Bandeira e Nova Lisboa, no âmbito do exercício HIMBA.
1959 - (Agosto, 10) - Na sequência de incidentes em Bissau
um Pelotão de Pára-quedistas comandado pelo Alferes Jerónimo Gonçalves
segue para Bissau ai permanecendo até 20 de Agosto. 1960 - (Novembro) - Embarcam os primeiros pára-quedistas
para Angola, para cumprirem missões operacionais.
1961 - (Janeiro, 26) - Uma Companhia de Pára-quedistas
segue, em aviões DC-4 da FAP, para a ilha do Sal (Cabo Verde), Bissau
(Guiné), e ilha de S. Tomé, com a missão de interceptarem um possivel
desembarque dos assaltantes do paquete Santa Maria, que não chegou a
realizar-se. 1961 - (Março, 16) - Logo após os graves incidentes no
norte de Angola, chega a Luanda a 1ª Companhia de Caçadores Pára-quedistas
(1ªCCP), logo seguida, em Abril pela 2ªCCP e um mês mais tarde, pela 3ªCCP. 1961 - (Abril, 24) - No Norte de Angola as tropas
pára-quedistas sofrem o seu primeiro morto em combate: Sol/Paraq Joaquim
Afonso Domingues. 1961 - (Maio, 5) - Criação do
Regimento de Caçadores Pára-quedistas (RCP) com sede no BCP em
Tancos que então é extinto (Portaria 18462, de 5 de Maio). Fazem parte
integrante do novo Regimento, o Batalhão de Instrução (BI) e o Batalhão de
Caçadores Pára-quedistas Nº11 (BCP 11) 1961 - (Maio, 8) - Formação do Batalhão de Caçadores
Pára-quedistas Nº21 (BCP 21) em Angola (Portaria 18464, de 8 de Maio).
1961 - (Maio, 8) - Formação do Batalhão de Caçadores
Pára-quedistas Nº31 (BCP 31) em Moçambique(Portaria 18464, de 8 de Maio).
1961 - (Junho, 06) - Inicio do 1ºCurso de Enfermeiras
Pára-quedistas, das 11 candidatas que iniciaram o curso, 6 conquistam a
Boina Verde. Pela primeira vez na história militar portuguesa as mulheres
tem lugar nas fileiras. 1961 - (Agosto, 11) - Angola, Operação QUIPEDRO:
pela primeira vez os pára-quedistas portugueses são empenhados em combate
por meio de um lançamento em pára-quedas. 1961 - (Dezembro) - Três enfermeiras pára-quedistas
participam na operação de evacuação de Goa, na sequência da invasão pela
União Indiana. 1963 - (Julho, 3) - Colocado um Pelotão de Pára-quedistas
em Bissau. O Pelotão irá integrar o Destacamento de Defesa Imediata do
Aérodromo-Base 2. A 3 de Dezembro o Destacamento é reforçado com uma
Equipe de Cães de Guerra e a 20 de Janeiro de 1964 recebe um segundo
Pelotão de Pára-quedistas. 1964 - (Fevereiro, 7) - Durante uma operação realizada na
mata de Cachide as Tropas Pára-quedistas sofreram o seu primeiro morto no
Teatro de Operações da Guiné - Soldado Pára-quedista Rosa Neto. 1964 - (Outubro, 14) - Um terceiro Pelotão de
Pára-quedistas chega a Bissau e é criada uma Companhia no AB2.
1966 - (Outubro, 20) - Formação do Batalhão de Caçadores
Pára-quedistas Nº12 (BCP 12) em Bissau - Guiné (Portaria 22260, de 20 de
Outubro). O Batalhão será activado a 14 de Outubro de 1966 incluindo a
Companhia de Pára-quedistas do AB2. 1966 - (Novembro, 9) - Formação do Batalhão de Caçadores
Pára-quedistas Nº32 (BCP 32) em Nacala - Moçambique (Portaria 22302, de 9
de Novembro). 1968 - (Abril, 04) O BCP 12 é condecorado com a Medalha de
Cruz de Guerra de 1ª classe. 1968 - (Julho, 03) É inaugurado em Tancos, à entrada do
aquartelamento do RCP, o monumento aos Pára-quedistas mortos em combate.
1969 - O BCP 31 é condecorado com a Medalha de Cruz de
Guerra de 1ª classe. 1969 - (Novembro) - No decorrer da operação JOVE,
militares pára-quedistas do BCP 12 (Guiné) aprisionam em combate o Capitão
das Forças Armadas Revolucionárias de Cuba, de nome Pedro Rodriguez
Peralta, confirmando o apoio externo às forças do PAIGC. 1973 - (Fevereiro, 12) - O BCP 21 é condecorado com a
Medalha de Valor Militar - Ouro. 1974 - (Abril, 25) - Revolução do 25 de Abril. O Movimento
das Forças Armadas depõe o antigo regime. Os Pára-quedistas apoiam a
revolução efectuando a ocupação da Prisão de Caxias e já em 27 de Abril, a
escolta para o Funchal do Presidente e 1ºMinistro depostos. 1974 - (Outubro, 15) - É extinto o BCP 12 na Guiné
(Decreto-Lei 765/74). 1974 - (Novembro) - É desactivado o BCP 32 em Moçambique.
1975 - (Junho, 25) - É extinto o BCP 31 em Moçambique
(Decreto-Lei 140/76). 1975 - (Abril, 07) - Um destacamento do RCP é enviado para
Timor, constituindo-se no Destacamento de Caçadores Pára-quedistas Nº 1 (DCP).
1975 - (Julho, 05) - Criação do Corpo de Tropas
Pára-quedistas (CTP) e das Bases Operacionais de Tropas Pára-quedistas Nº
1 e Nº2 (BOTP1 e BOTP2) respectivamente em Monsanto e S. Jacinto - Aveiro.
1975 - (Julho, 05) - É criada a Base Escola de Tropas
Pára-quedistas (BETP) com sede no RCP em Tancos que é então extinto. 1975 - (Agosto, 26) - O DCP assegura a retirada, para a
Ilha de Ataúro, do Governo do Território de Timor e do seu Estado-Maior.
1975 - (Agosto) - Durante a permanência em Ataúro, uma
secção de pára-quedistas, a bordo da barcaça COMORO, dirigiu-de de
novo a Timor tendo resgatado alguns militares do Exército que se
encontravam aprisionados e abandonados no enclave de Oé-Cussi.
1975 - (Novembro, 10) - Na Fortaleza de S. Miguel, em
Luanda, os pára-quedistas do BCP 21 prestam honras ao último arrear da
Bandeira Nacional em Angola. 1975 - (Novembro, 11) - Com a independência de Angola é
desactivado o BCP 21. 1977 - (Outubro, 19) - É constituido o Pára-Clube Nacional
"Os Boinas Verdes", concretizando a vontade de 407 militares do CTP, que
passavam a ser estatutariamente sócios fundadores. A 12 de Novembro o
Pára-Clube é oficializado pelo Decreto-Regulamentar nº262. 1978 - (Julho, 01) - Definitivamente activada a BOTP2 em
S. Jacinto. 1979 - (Julho, 05) - O CTP e as Bases recebem os seus
Estandartes Nacionais em Tancos. 1981 - (Setembro) - Renasce, modernizada no formato, a
revista BOINA VERDE, orgão de informação do CTP. 1985 - (Janeiro, 03) - O Estandarte Nacional do CTP,
herdeiro do património moral e histórico dos batalhões de caçadores
pára-quedistas, é condecorado com a Ordem Militar da Torre e Espada do
Valor Lealdade e Mérito pela acção das tropas pára-quedistas no antigo
Ultramar Português. 1987 - (Dezembro, 07) - A BETP é condecorada com a Medalha
de Ouro de Serviços Distintos. 1991 - A BOTP1 (Monsanto) é desactivada e todos os seus
meios materiais e humanos são transferidos para a BOTP2 (S. Jacinto). 1991 - (Julho, 05) - Durante as cerimónias do 35º
Aniversário da criação das Tropas Pára-quedistas, em Tancos, o Ministro da
Defesa Nacional, Dr Fernando Nogueira, no seguimento de um anúncio já
feito em Bruxelas, confirma que a transferência das Tropas Pára-quedistas
para o Exército é irreversivel e terá lugar em 1 de Janeiro de 1994. 1991 - (Setembro, 25) Cinco graduados pára-quedistas
partem para o Zaire, em aeronave C-130 da FAP, em apoio da operação
BLUE BEAM para evacuação de Europeus residentes no Zaire. 1991 - (Outubro e Dezembro) Oficiais do CTP integram pela
primeira vez a missão portuguesa na European Comunity Monitor Mission
(ECMM) para a Jugoslávia.
1992 - O Estandarte Nacional do CTP é agraciado com a
Medalha de Agradecimento da Cruz Vermelha Portuguesa. 1992 - (Março e Agosto) - Oficiais do CTP partem pela
primeira vez para a Ex-Jugoslávia ao serviço das Nações Unidas, como
Observadores Militares da
UNPROFOR. 1992 - (Abril, 25) - Mais de 30 anos após o 1ºCurso de
Enfermeiras Pára-quedistas, depois de alteração legislativa, as mulheres
são autorizadas a ingressar nas Forças Armadas. O 166º Curso de
Pára-quedismo será o primeiro a incluir, de novo, mulheres, do grupo
inicial 27 conquistariam a Boina Verde. 1992 - (Outubro, 02) - Um Pelotão de Pára-quedistas, em
representação da BRIPARAS, participa em Bielefeld (Alemanha) na cerimónia
de activação do
Allied Rapid Reaction Corp (ARRC), componente
terrestre das Forças de Reacção Rápida da NATO, na nova estrutura de
Forças da Aliança Atlântica. 1992 - (Novembro) - As Tropas Pára-quedistas participam na
operação de evacuação de cidadãos nacionais residentes em Angola enviando
33 militares para S. Tomé, Brazaville (Congo) e Angola. 1993 - (Setembro) - O 175º Curso de Pára-quedismo inclui
pele primeira vez oficiais e sargentos do Exército que irão integrar a
nova unidade aerotransportada do Exército. 1993 - (Dezembro, 30) - O Presidente da República e
Comandante Supremo das Forças Armadas, Dr Mário Soares, condecora o
Estandarte Nacional do CTP com a Ordem Militar de Avis. 1993 - (Dezembro, 31) - É extinto na
Força Aérea Portuguesa o Corpo de Tropas Pára-quedistas
(Decreto-Lei 27/94, de 5 de Fevereiro). 1994 - (Janeiro, 1) - É criado no Exército Português
(Decreto-Lei 27/94, de 5 de Fevereiro), o Comando das Tropas
Aerotransportadas
(CTAT) e a Brigada Aerotransportada Independente (BAI),
com base nos efectivos especializados em pára-quedismo da FAP e do
Exército. O CTAT é herdeiro das tradições e património do extinto Corpo de
Tropas Pára-quedistas da FAP e também do extinto Regimento de Comandos
do Exército. 1994 - O CTAT fica aquartelado em Tancos na antiga
Base Aérea 3, e sob a sua dependência fica a Escola de Tropas
Aerotransportadas (ETAT) criada em Tancos na extinta BETP, e a Área
Militar de S. Jacinto (AMSJ) criada em S. Jacinto na extinta BOTP2.
1994 - A BAI é atribuida ao
Allied Rapid Reaction Corp (ARRC) da NATO, sob
controlo de uma Framework Division Italiana. 1995 - Um Batalhão da BAI é atribuido para participar na
operação JOINT ENDEAVOUR da NATO, na Bósnia. 1996 - (Janeiro) - O 2ºBIAT da BAI e um Destacamento de
Apoio de Serviços (DAS) embarcam para a Bósnia onde vão integrar a Brigada
Multinacional Sarajevo Norte (BMNSN) de comando italiano, no sector da
Divisão Multinacional Sudeste (DMNSE) de comando francês na
IFOR. 1996 - (Janeiro, 24) - Em conseqência de um acidente com
uma mina o 1ºCabo Paraq Mouta e o 1ºCabo Paraq Tavares do DAS morrem em
Sarajevo. São as primeiras baixas mortais portuguesas na Bósnia. 1996 - (Agosto, 9) - O 3ºBIAT da BAI, sob o comando do
Tenente-Coronel Paraq Fernando Saraiva, substitui o 2ºBIAT na Bósnia.
1996 - (Outubro, 6) - Em consequência de um acidente
ocorrido com uma viatura blindada Chaimite, na qual se deslocavam
em patrulha, morreram na Bósnia os Sold Paraq Francisco Barradas e Sold
Paraq Ricardo Souto, do 3ºBIAT. 1996 - (Novembro, 6) - É criada a Força Multinacional
Europeia EUROFOR, na cerimónia de activação do Comando da Força, em
Florença - Itália, participam dois pelotões da BAI. 1997 - (Fevereiro) - Já após o final da missão da IFOR
(Dez96) e a sua substituição pela SFOR, o 3º BIAT regressa a Portugal e é
substituido por um batalhão reduzido, da Brigada Mecanizada Independente (BMI). 1997 - (Fevereiro, 14) - O Presidente da República, Dr.
Jorge Sampaio, condecora o Estandarte Nacional da BAI com a Medalha de
Ouro dos Serviços Distintos. 1998 - (Janeiro) - O
Regimento de Infantaria 15 (RI15) de Tomar, que desde o inicio
de 1997 tinha aquartelado o 1º BIAT da BAI, deixa de estar sob o comando
da Região Militar Sul e fica subordinado ao Comando das Tropas
Aerotransportadas (CTAT). Com esta nova unidade passam a ser 4 os
aquartelamentos do CTAT: a
ETAT (Tancos), o
CTAT/BAI (Tancos), a
AMSJ (S.Jacinto - Aveiro) e o
RI15 (Tomar). Algumas subunidades da BAI ficam aquarteladas
noutras unidades do Exército, fora do CTAT: o Grupo de Artilharia de
Campanha no RA 4 -
Leiria (RMN), o Esquadrão de Reconhecimento no
RC3 - Estremoz (RMS), e a Companhia de Engenharia na
EPE
- Tancos (RMS). 1998 - (Janeiro) - O 1ºBIAT da BAI, sob o comando do
Tenente-Coronel Paraq Carreto Cuba, segue para a Bósnia-Herzegovina para
substituir na SFOR, o batalhão da Brigada Mecanizada Independente que
regressa a Portugal. 1998 - (Março) - A BAI participa activamente no Exercício
STRONG RESOLVE 98, da NATO e Partnership for Peace (PfP).
Este foi o maior exercício jamais realizado pela NATO. 1998 - (Junho) - O Comando da BAI e o 2ºBIAT participam,
em França, no Exercício EOLE 98 da responsabilidade da EUROFOR e que
contou com a participação de forças de França, Espanha, Itália e Portugal.
1998 - (Junho, 20) - Uma Secção de Abastecimento Aéreo da
BAI (1 Oficial, 2 Sargentos e 9 Praças) vão para Cabo Verde no âmbito da
missão de ajuda humanitária à população da Guiné-Bissau. 1998 - (Julho) - O 1ºBIAT regressa a Portugal sendo
substituido na SFOR pelo Agrupamento ALFA da Brigada Ligeira de
Intervenção. 1998 - (Julho) - Na sequência do violento sismo que em 9
de Julho abalou os Açores, a Companhia de Engenharia da BAI (CEng/BAI),
aquartelada na EPE - Tancos, destaca para os Açores pessoal e material
para apoiar os trabalhos de reconstrução. 1998 - (Dezembro) - Pela primeira vez uma mulher frequenta
e obtém a qualificação no Curso de Instrutor de Pára-quedismo. 1999 - (Janeiro) - A BAI inicia a organização e preparação
do Agrupamento ALFA/BAI (Agr ALFA/BAI-SFOR) com a missão de substituir, a
partir de Julho, o Batalhão da BMI na Bósnia. O Agrupamento é constituido
pelo Comando, Companhia de Comando e Serviços e uma Companhia de
Pára-quedistas do 2ºBIAT da AMSJ, e pelo Esquadrão de Reconhecimento (ERec/BAI)
do RC3. 1999 - (Fevereiro) - O Grupo de Artilharia de Campanha da
BAI (GAC/BAI), aquartelado no RA 4 - Leiria, é equipado com obuses L - 119
105mm (Light Gun). Em 11 de Fevereiro, Sempre em Eficácia, os
artilheiros pára-quedistas efectuaram a primeira sessão de fogos reais com
as novas armas em Santa Margarida. 1999 - (Fevereiro) - Um Pelotão (-) com 20 pára-quedistas
do 1ºBIAT do RI15 participa numa operação de ajuda humanitaria à
Guiné-Bissau, partindo num avião C-130 da FAP que aterrou em Bissalanca.
1999 - (Abril) - É atribuida à BAI a missão de preparar o
Agrupamento BRAVO/BAI para participar numa missão de apoio à paz no Kosovo,
integrado numa força da NATO - KFOR. O Agr BRAVO/BAI é constituido pelo
ERec/BAI, (que deixa de integrar o Agr ALFA/BAI), por um Esquadrão de
Lanceiros, e um Esquadrão de Comando e Serviços. 1999 - (Julho) - O 2ºBIAT comandado pelo TCor Paraq
Cameira Martins parte para uma segunda comissão na Bósnia, no âmbito da
SFOR. Com a passagem do ERec/BAI para o Agr BRAVO/KFOR a unidade é
totalmente constituida pelo 2ºBIAT que permanece na Bósnia de Julho 1999 a
Janeiro 2000. 1999 - (Agosto) - O Agrupamento BRAVO/BAI-KFOR parte para
o Kosovo para tomar parte na operação da NATO. Na KFOR o Agrupamento é
integrado na Brigada Multinacional Oeste, sob comando Italiano. O Agr
BRAVO permanece no Kosovo até Fevereiro de 2000 sendo então rendido por um
Agrupamento da Brigada Ligeira de Intervenção. 1999 - (Agosto, 20) - Um Despacho do General Chefe do
Estado Maior do Exército, General Martins Barrento, altera a designação da
especialidade Aerotransportado para Pára-quedista
(Para) e altera igualmente a designação de Batalhão de Infantaria
Aerotransportado (BIAT) para Batalhão de Infantaria
Pára-quedista (BIPara). 1999 - (Setembro) - É atribuida à BAI a missão de preparar
um Agrupamento destinado a integrar uma força internacional numa operação
de apoio à paz em Timor. O Agrupamento é constituido com base no 1ºBIPara,
comandado pelo TCor Para Camacho Soares e integra uma Companhia de
Fuzileiros. Por decisão das Nações Unidas a participação portuguesa não se
concretiza.
2000 - (Janeiro/Fevereiro) - O 1ºBIPara, comandado pelo
TCor Para Cordeiro Simões, e reforçado com uma Companhia de Fuzileiros,
integra o Contingente Nacional para Timor (CNT) que vai participar na
United Nations Transitional Administration in East Timor -
Peacekeeping Force (UNTAET/PKF). Para além do Batalhão e de um
Destacamento de Helicópteros, é atribuido a Portugal o comando do Sector
Central da UNTAET, sendo comandante o Cor Para Lima Pinto. 2000 - (Janeiro) - O 2ºBIPara regressa a Portugal sendo
substituido por uma unidade da BMI. De novo em S. Jacinto o 2ºBIPara
inicia a sua preparação para render o 1ºBIPara em Timor. 2000 - (Fevereiro) - O BAS/BAI aquartelado no CTAT/BAI em
Tancos (ex-BA3) é transferido para o aquartelamento do RI 15 em Tomar. 2000 - (Agosto) - O 1ºBIPara regressa a Portugal e ao RI
15 sendo substituido em Timor pelo 2ºBIPara sob o comando do TCor Para
Marquilhas. 2000 - (Outubro, 3) - No decorrer de uma operação das
Nações Unidas em Timor, o 1Sar Para José Vitorino M. Fernandes e o Sold
Para José Miguel G. Lopes, do 2ºBIPara, foram vítimas de um acidente
mortal com um helicóptero AL-III do Destacamento de Helicópteros da FAP na
UNTAET. Com estas duas baixas eleva-se para seis o número das baixas
mortais das Tropas Pára-quedistas em missões de apoio à paz, desde 1996. 2001 - (Fevereiro) - O 2ºBIPara regressa a Portugal e à
AMSJ sendo substituido em Timor por um batalhão da Brigada Ligeira. 2001 - (Julho) - O 1ºBIPara, sob o comando do TCor Para
Gomes Martins parte mais uma vez para a Bósnia-Herzegovina onde vai
substituir um batalhão da Brigada Mecanizada Independente, como Reserva
Operacional do Comando da SFOR. 2001 - (Dezembro, 19) - A Directiva do General Chefe do
Estado-Maior do Exército para a reorganização do Exército prevê a
reactivação do 3ºBIPara em Beja e a mudança do Comando da BAI de Tancos
para outro local. O mesmo documento prevê a reactivação do Regimento de
Comandos a duas Companhias, na Serra da Carregueira. 2002 - (Janeiro) - O 1ºBIPara regressa a Portugal e ao RI
15, sendo substituído na Bósnia por um BIMec. 2002 - (Janeiro-Julho) - Duas Equipes de Ligação
constituidas por um oficial, um sargento e uma praça da BAI participam na
Operação da NATO AMBER FOX, na Antiga República Jugoslava da
Macedónia (FYROM). As Equipes asseguravam a ligação da força da NATO aos
monitores da OSCE. 2002 - (Junho, 8) - O 2ºBIPara, sob o comando do TCor Infª
Pires da Silva e reforçado com uma Companhia de Fuzileiros Navais, volta
mais uma vez a Timor-Leste, integrando desta vez a nova missão das Nações
Unidas - UNMISET (United Nations Mission in Support of East Timor).
O Contingente Nacional é comandado pelo Cor Para Jerónimo. 2002 - (Setembro, 19) - O Despacho 164/CEME/02, do General
Chefe do Estado-Maior do Exército, determina a reactivação do 3ºBIPara no
Regimento de Infantaria nº3, em Beja. 2002 - (Dezembro, 16) - O Brigadeiro-General Lima Pinto
parte para a Bósnia-Herzegovina para comandar o Multinational Battle Group
(MNBG), constituido por um Batalhão Português, um Batalhão Polaco, e uma
Companhia Eslovena. O MNBG fica aquartelado em Doboj, no Norte da Bósnia e
na dependência de uma Brigada de comando Norte-Americano. 2003 - (Janeiro) - O 1ºBIPara sob o comando do TenCor Cmd
César Fonseca parte de novo para a Bósnia-Herzegovina, desta vez para
Doboj, indo integrar o MNBG, comandado por um oficial Pára-quedista
Português, na dependência de uma Brigada Americana na SFOR. 2003 - (Janeiro) - O 2ºBIPara regressa a Portugal e a
S.Jacinto sendo substituido em Timor Leste no âmbito da UNMISET por um
batalhão de Brigada Mecanizada.
2003 - (Março, 31) - Por Despacho de 31Mar03 do General
CEME (exarado na Informação nº04 de 17Fev03 do Gen AGE) os militares
qualificados em Para-quedismo em serviço nas unidades do CTAT e da BAI
passam a usar na Boina Verde uma nova insignia. 2003 - (Maio, 19) - O Major-General Eduardo Lima Pinto
assume o comando do CTAT e da BAI, substituindo o Major-General Avelar de
Sousa que passou à reserva a 4 de Abril de 2003. 2003 - (Julho) O 1ºBIPara termina mais uma comissão na
Bósnia-Herzegovina e regressa a Portugal e ao RI 15. 2004 - (Janeiro) - O 3ºBIPara, sob o comando do TCor Para
Mendes dos Prazeres, parte para para Doboj, na Bósnia-Herzegovina, indo
integrar o MNBG sob comando de um oficial Polaco e na dependência de uma
Brigada Americana na SFOR. O Batalhão é reforçado com uma Companhia
Eslovena. 2004 - (Fevereiro, 2) - Morre em Lisboa com 89 anos de
idade o General Kaulza de Arriaga, o principal impulsionador da criação
das Tropas Pára-quedistas em Portugal. 2004 - (Julho, 16) - O Soldado Pára-quedista Ricardo
Manuel Pombo Valério do 3ºBIPara morre na Bósnia vitima de acidente. 2004 - (Julho) - O 3ºBIPara conclui o seu serviço na
Bósnia e regressa a Portugal e ao RI 3. Uma vez mais é anunciada a sua
desactivação. 2005 - (Janeiro, 13) - Elementos do 2ºBIPara integram a
Componente PRT (componente portuguesa) de um Batalhão de Manobra
Multinacional (MNBn) conjuntamente com forças turcas e polacas, na Bósnia
Herzegovina. O MNBn faz parte da Multinational Task Force - North (MNTF N)
da nova Força da União
Europeia na Bosnia-Herzegovina - EUFOR. A Componente PRT é comandada
pelo TCor Inf Para Carlos Pereira e fica aquartelada em Doboj. 2005 - (Maio) - É colocado online o Site Oficial da Tropas
Pára-quedistas:
http://www.paraquedistas.com.pt/ 2005 - (Julho) - Os Elementos do 2ºBIPara na Componente
Portuguesa na EUFOR, na Bósnia Herzegovina, regressam a Portugal e à AMSJ. 2005 - (Setembro) - O 3ºBIPara é mais uma vez reactivado,
desta vez na Unidade de Apoio do CTAT (UA-CTAT) para constituir a Força
Nacional Destacada no Teatro de Operações no Kosovo. O Batalhão comandado
pelo TenCor Para Carlos Sobreira ira actuar como reserva táctica da KFOR,
ficando aquartelado em Camp Slim Lines em Pristina. 2005 - (Outubro, 15) - Iniciam-se oficialmente as
comemorações do cinquentenário da criação das Tropas Pára-quedistas
Portuguesas. As comemorações, organizadas pelo CTAT e pela União
Portuguesa de Pára-quedistas (UPP), irão prolongar-se ao longo do ano indo
culminar a 23 de Maio de 2006 em Tancos com a comemoração dos 50 anos da
Casa Mãe dos Pára-quedistas Portugueses: BCP - RCP - BETP - ETAT. 2006 - (Março) - O 3ºBIPara conclui o seu serviço no
Kosovo e regressa a Portugal e à Unidade de Apoio do CTAT. 2006 - (Março, 21) - É publicada uma nova Lei Orgânica do
Exército (Decreto-Lei nº61/2006, de 21 Março). A nova Lei extingue o
Comando das Tropas Aerotransportadas (CTAT), como comando de natureza
territorial do Exército, e a Brigada Aerotransportada Independente (BAI).
É criada uma nova Brigada de Reacção Rápida (BRR), que irá incluir os
Batalhões de Infantaria Pára-quedistas, tropas Comandos e de Operações
Especiais. A BRR é uma das componentes da nova Força Operacional
Permanente do Exército (FOPE). 2006 - (Março, 21) - A nova Lei Orgânica do Exército
(Decreto-Lei nº61/2006, de 21 Março) extingue o Comando das Tropas
Aerotransportadas (CTAT) e a Brigada Aerotransportada Independente (BAI)
criando uma nova Brigada de Reacção Rápida (BRR), que irá incluir os
Batalhões de Infantaria Pára-quedistas, tropas Comandos e de Operações
Especiais. Fonte: paras5.htm Militar português em operação na África portando um
fuzil automático AR-10 de 7,92mm, predecessor do M-16. O AR-10 era muito
usada pelas tropas pára-quedistas, Policia Aérea e outras tropas da força
expedicionária como os Comandos e os Caçadores.
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